Prefeito minimiza índices de rejeição e diz que trabalhou pelo bem de Cuiabá
Do MidiaNews
O prefeito Chico Galindo, que reluta em aceitar a candidatura à reeleição ao Alencastro
LAÍSE LUCATELLI
O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), voltou a demonstrar confiança nos resultados de atos administrativos considerados impopulares e declarou que, se sair candidato à reeleição, conseguirá vencer a disputa municipal, mesmo com os altos índices de rejeição que acumula. Ele garantiu, porém, que não é esse seu desejo.
“Eu ganho a eleição, se eu quiser ser candidato. É só pegar a história dos últimos 20 anos e ver quem, em tão pouco tempo, realizou tanto quanto eu”, afirmou o prefeito, em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (18) , durante visita ao Palácio Paiaguás.
“Por que enfrento rejeição [dos eleitores]? Porque eu fiz o bem para Cuiabá, que ali na frente vão entender. Que é a [concessão da] Sanecap, o [aumento do valor do] IPTU. Qualquer prefeito que tomar essa atitude, vai ter rejeição. E Cuiabá, como está? Estamos pavimentando e recapeando rua, construindo escola. Eu preferi ter desgaste pelo bem de Cuiabá”, afirmou.
O prefeito demonstrou confiança em seu desempenho eleitoral, e afirmou que a decisão dos outros candidatos não influencia sua definição, nem mesmo a decisão do pré-candidato considerado mais forte para a disputa, como o empresário Mauro Mendes (PSB), que ainda não anunciou se vai para a disputa.
Mauro não influencia
“A definição dele é zero para me influenciar. Que o cenário com Mauro, ou Pedro ou Joaquim é diferente, é. Não tenha dúvida. Se você tiver três candidatos é um cenário, com quatro é outro. Mas, em política, você não pode se preocupar com adversário. Se tiver essa preocupação, você não pode ser político. Eu nunca tive. Já provei que eu sou um homem de coragem, nas atitudes que eu tomei por Cuiabá”, afirmou o prefeito.
Galindo disse, ainda, que não tem vontade de ser candidato e que, se depender dele, não entrará na disputa pela reeleição. “O meu desejo, de um ano e meio atrás, é o mesmo de hoje. Meu desejo é não ser candidato. Mas, eu não vou decepcionar o meu partido, que está discutindo com diversos outros partidos. Não vou decepcioná-los, eu tenho que convencê-los que não é meu desejo agora”, observou o petebista.
Ele refutou os comentários de que teria desistido de entrar no páreo, afirmando que “desistir” não é a palavra correta para o fato de ele não se lançar candidato.
“Há um ano e meio, eu anunciei que não seria [candidato]. Eu até fico triste quando dizem que eu desisti, como noticiaram em alguns sites. Puxa vida, vocês são testemunha. Minha decisão foi trabalhar por Cuiabá, e nós temos muito o que fazer. O Poeira Zero está começando a engatinhar, são 30 bairros para pavimentar, e apenas 8 que já começaram”, apontou.
“O que eu disse, há cerca de 15 dias, é o que estamos fazendo agora, conversar com os partidos, e então eu ia reafirmar o meu desejo de não ir à reeleição ou uma parceira com alguns partidos”, afirmou. Galindo disse que a definição sobre se candidatar ou não deve sair na semana que vem.
Aliança
Ele reafirmou a decisão de se aliar ao PSDB, que tem como pré-candidato à prefeitura o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB). O acordo, segundo Galindo e o próprio Maluf, é no sentido de se definir pela candidatura de um dos dois e o outro partido indicar o vice.
“A parceira mais avançada é com o PSDB. Mas, estamos procurando todos os partidos, sem exceção”, afirmou o prefeito.
Ele não quis, porém, apontar nenhum nome para o caso de o PTB vir a indicar o vice na chapa. “A política é a arte da discussão. Se eu falo que vai ser um o vice, e depois é outro, eu queimo o primeiro. Então tem que decidir primeiro e depois anunciar”, avaliou.