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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Pai rico, filho nobre, neto pobre

Por Lélio Braga Calhau

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Repercutiu intensamente nas mídias sociais a matéria publicada pela Folha de São Paulo, neste domingo (18/10/15), sobre a situação financeira dos netos e bisnetos de Oscar Niemeyer, que trabalhou até os 104 anos como arquiteto. Segundo a matéria, seus netos e bisnetos estariam hoje sem fonte de renda e disputando uma herança minguada.   

A situação acima me lembrou uma expressão popular, bem antiga: "Pai rico, filho nobre, neto pobre".  Embora a matéria se refira a um caso específico, que talvez tenha chamado a atenção pelas quantias envolvidas, essa situação ocorre mais perto de nós do que imaginamos, só muda o fato de que os valores são muito menores.

Conheço diversos casos de pessoas que mesmo em idade avançada sustentam adultos que podem trabalhar, mas preferem viver de mesadas irreais que os avós ou bisavós proporcionam. Eles compram carros caros, investem em cavalos, possuem casas gigantescas com despesas enormes, fazem viagens caras, etc. É um padrão de consumo, que se retirada a ajuda financeira do provedor, não é sustentável nem no curto prazo.

Bem, todo mundo sabe o que acontece nesses casos após o falecimento do provedor. Quando a fonte de renda termina há uma queda violenta na capacidade de se auto sustentar. E pior, a fonte se esgota e a pessoa não possui as habilidades financeiras para reorganizar a sua vida.

As pessoas que passaram anos (ou décadas) só consumindo de forma não sustentável, não desenvolveram comportamentos financeiros frugais, ficaram fora do mercado de trabalho e não acompanharam a sua evolução, quando sofrem um baque na perda de renda abrupta, não conseguem se adaptar a essa nova realidade. E os resultados são sinistros.

Na maioria dos casos, viveram padrões de consumo insustentáveis durante longos períodos e acabam por ter uma queda abrupta de rendimentos, e como não se prepararam, chegam a ter uma diminuição de até 90% do seu “padrão de vida”. Gente que era rica até vinte anos atrás, hoje está correndo atrás de um salário mínimo para sobreviver ou vivendo de favor de parentes e amigos próximos.

Fique atento com essas experiências negativas e não caia nessas armadilhas financeiras. Comece a construir o seu futuro ainda hoje.

Você já parou para refletir como estará financeiramente daqui a vinte anos? O momento de pensar (e começar a se preparar) é agora. Não sabemos o nosso futuro, mas podemos tentar construir “redes de proteção” para a nossa vida. Fique atento com isso.

O dinheiro não aceita desaforo.

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Lélio Braga Calhau é Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ e Coordenador do site e do Podcast "Educação Financeira para Todos".

Sobre a Educação Financeira para Todos:

www.educacaofinanceiraparatodos.com

Criado e mantido por Lélio Braga Calhau, Promotor de Justiça do Consumidor no Ministério Público de Minas Gerais, o Portal Educação Financeira Para Todos promove conteúdo gratuito sobre planejamento financeiro. Sua missão é conscientizar os consumidores brasileiros através de artigos, cases, vídeos e reflexões sobre gastos sem planejamento.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Pai herói

Por Luiz Gonzaga Bertelli*

Clique para obter OpçõesSão muitas as histórias sobre a origem das homenagens aos pais. A mais antiga delas vem da Babilônia, há quatro mil anos, quando um jovem chamado Elmesu teria moldado um cartão de felicitação em argila, desejando saúde, sorte e uma longa vida ao seu pai, o rei Nabucodonosor. Nos Estados Unidos, a figura de William Jackson Smart, um ex-combatente da Guerra Civil Americana – que perdeu a esposa e teve de criar os seis filhos pequenos – remonta às comemorações realizadas em junho. Na religiosa nação portuguesa, o Dia dos Pais é comemorado em 19 de março, data em que a Igreja celebra o dia de São José, pai de Jesus Cristo e esposo da Virgem Maria. No Brasil, a data começou a ser comemorada em 1953 em razão de uma campanha de entidades de imprensa que promoveram um concurso para homenagear três tipos de pais: o mais jovem (16 anos), o mais velho (98 anos) e com o maior número de filhos (31!). Passou então a ser comemorado o Dia dos Pais em 16 de agosto, dia de São Joaquim, pai da Virgem Maria. Posteriormente a data mudou para o segundo domingo de agosto.

Histórias à parte, o Dia dos Pais tem um significado importante para as famílias. A conduta de um pai é o maior legado que deixa para os filhos. Içami Tiba, grande médico e educador, que nos deixou órfãos na semana passada, dizia que a maioria dos problemas psíquicos dos adolescentes podia ser atribuída ao imaturo comportamento de seus pais, que viviam uma espécie de “adultescência”.

Dentro da família, a figura paterna representa segurança e controle dos limites, tendo uma valiosa chance de transmitir bons valores por meio da educação. No campo profissional, são inúmeros os casos de jovens que buscam semelhanças com os pais, seguindo carreiras idênticas. Os bons exemplos devem ser seguidos. Nada melhor do que ter, no próprio seio familiar, alguém que possa orientar e refletir sobre os problemas e soluções para que os filhos sigam pelos caminhos corretos no mar caótico que se transformou a estrada da vida.

*Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do CIEE, presidente do Conselho Diretor do CIEE Nacional e Presidente da Academia Paulista de História.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Pátria educadora?

Por LUIZ CARLOS AMORIM

Brasil – Pátria Educadora se faz com educação de qualidade. Para um país que vem sucateando a educação de seus cidadãos há décadas, soa por demais irônicos a presidente fazer deste o lema para o seu segundo e mais desastroso “governo”.
O ensino – que faz parte da educação, conforme o dicionário – foi perdendo qualidade numa crescente assustadora, durante o governo do PT e está aí o resultado: crianças no terceiro, quarto ano, que não sabem ler e escrever, jovens que não sabem se comunicar – não conseguem escrever ou ler um bilhete, não conseguem interpretar um texto; escrever uma redação, então nem pensar. Isso sem contar as escolas sem manutenção, sem equipamento, professores mal pagos, etc., etc.
A prioridade na campanha da presidente foi o resgate da educação, a melhoria do ensino no Brasil. E o que aconteceu logo que ela assumiu o segundo mandato? O principal alvo do corte de “despesas” do governo foi à educação: teve o maior corte de todos os ministérios, no valor de nove bilhões e meio de reais. O Fies – Fundo de Financiamento Estudantil, ficou inacessível justamente na época de inscrição dos estudantes. Em dezembro, o governo mudou as regras do programa, além de proibir a renovação de contratos que tinham sido reajustados com taxas menores do que a taxa de inflação. As “autoridades” educacionais - leiam-se MEC – fecharam o acesso ao site do Fies para conter a inscrição de dois milhões de alunos que dependem do financiamento para continuar estudando. Depois de muito protesto, o MEC prorrogou as inscrições até junho, mas não se sabe se todos os alunos conseguiram se inscrever. Aliás, o MEC reabriu as inscrições, mas dando preferência ao Norte e Nordeste. O corte no Sul teria sido para disponibilizar em outro lugar? Programas como Pronatec e Ciências Sem Fronteiras também sofreram cortes.
Então essa é a Pátria Educadora da presidente: corte de verbas para a educação, esvaziamento do conteúdo programático do ensino em todos os níveis, abandono das escolas, pagamento bem aquém do devido a professores, profissionais tão importantes na vida de todos os brasileiros, que deveriam ser melhor qualificados, também. Não é à toa que acontecem greves de professoras em vários pontos do país.
As universidades federais são obrigadas a suspender investimentos em projetos e pesquisas, para conter despesas. Há que se conter despesas de qualquer jeito. Esperemos que não tenham que diminuir o quadro de professores.
Então não parece deboche, escolher tirar a maior quantidade de recursos justamente da pasta da educação e ficar alardeando que o Brasil é uma Pátria Educadora? Onde está o ensino de qualidade? Que país é esse, que prefere que seu povo tenha cada vez menos educação?

* LUIZ CARLOS AMORIM – Escritor, editor e revisor, fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA ·.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

É possível termos um trânsito mais seguro?

Por Fernando Medeiros

image002Muito se fala sobre acidentes de motos e, a grande maioria das pessoas não tem a menor ideia sobre os fatos que envolvem este assunto. É importante que a sociedade saiba o que é feito e o que se pode fazer, pois acredito que todos nós temos um motociclista na família ou no círculo de amizade e podemos influenciar direta ou indiretamente para que se qualifique e pilote com segurança.

A frota de motos aumentou muito nos últimos 10 anos, e com ela o número de acidentes o que torna ainda mais importante as ações de prevenção e desenvolvimento do segmento de motos no transito.

A partir de maio deste ano, uma ação de qualificação de instrutores de auto escola será promovida pelo governo do Estado de SP em parceria com a Moto Honda. A primeira etapa do projeto começa com instrutores dos Centros Formação de Condutores (CFC) da região de Marília, no interior do Estado de São Paulo.

Uma estrutura itinerante da montadora percorrerá, dentro dos próximos dois anos, outras cinco regiões do Estado, entre elas São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Campinas, Sorocaba e a Região Metropolitana de São Paulo.

É uma medida importante, principalmente pelo fato de levar a qualificação diretamente aos profissionais que orientam pilotos iniciantes.

Experiências anteriores têm mostrado que grandes deslocamentos não são realizados espontaneamente para este tipo de treinamento, sendo assim o fato de levar uma estrutura itinerante é bastante relevante também. Torcemos para que este modelo obtenha sucesso e que atitudes como está se proliferem por todo o país.

Fabricantes, concessionários, sindicatos e associações têm se movimentado no sentido de reduzir o número de acidentes. Algumas ações em curso têm apresentado bons resultados. Um exemplo é o curso de qualificação que atende à Lei Federal 12009/09 do CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito. Conhecido como 30 Horas, o curso é destinado aos pilotos de motocicletas que atuam profissionalmente.

Uma pesquisa realizada pela USP, em parceria com o Hospital das Clínicas e Abraciclo, constatou que os acidentes que acontecem com motociclistas profissionais representam 23% em relação ao total dos registros. Considerando que 50% da frota da cidade onde foi feita a pesquisa é de profissionais, este número mostra que qualificação e experiência são determinantes para segurança na condução de uma motocicleta.

Há também ações promovidas isoladamente por fabricantes com treinamentos teóricos e práticos. A Honda, por exemplo, já realizou 80 mil treinamentos de pilotagem com aulas práticas e teóricas em seus três centros de pilotagem, que além de qualificar cidadãos, são usados também para o aperfeiçoamento de policiais, exército, bombeiros e muitos outros profissionais do serviço público e privado. Concessionários de motocicletas também realizam palestras e treinamentos práticos em todo o Brasil, mas precisamos de ações ainda mais efetivas e abrangentes.

A educação para o trânsito deveria começar ainda na escola. Os exames para a habilitação deveriam ser mais rigorosos, completos e progressivos. Quem está tirando a CNH passa por um período de um ano de experiência, para então receber a habilitação definitiva. No entanto, mesmo neste período ele já pode conduzir qualquer tipo de motocicleta, tenha ela cem ou mil cilindradas. Quem pilota moto sabe que são universos completamente distintos.

Outros fatores de impacto direto no número de acidentes são: ausência de uma política pública de sinalização, falta de faixas exclusivas, medidas de trânsito que considerem a existência da moto, além das vias cheias de buracos. Quase tudo o quê existe hoje, em termos de via pública, foi feito desprezando a existência de motocicletas, principalmente porque são projetos de uma época em que as motos representavam uma parte ínfima da frota de veículos. Hoje a realidade é outra.

Exemplo disto são alguns tipos de tinta utilizados para demarcar as vias. Por serem muito lisas provocam acidentes mesmo quando o motociclista está em baixa velocidade. Tampas de esgoto em ferro também são lisas e igualmente perigosas.

Nas regiões Norte e Nordeste do país, a frota de motos regulamentada tem crescido muito, porém, ainda não são contabilizadas as motos de até 50 cilindradas, as quais muitas vezes protegidas por lei, não são emplacadas. Estas ficam à margem de toda e qualquer lei que regulamenta o universo das duas rodas. Só em 2013, mesmo com uma crise que atingiu o setor de motocicletas, foram importadas mais de 160 mil unidades destes modelos, mas como não são emplacadas, pouco se sabe sobre elas.

Passou da hora do poder público incluir estas motonetas na legalidade, nas exigências da lei e nas estatísticas. Não podemos mais tolerar a ausência de placas nestas motos, usuários sem habilitação e instrução, menores de idade pilotando, ausência de capacetes e itens mínimos de segurança nestes modelos.

É claro que o motociclista é o maior responsável por sua própria segurança, afinal, a vida é dele, mas ninguém está sozinho no trânsito. Pedestres, ciclistas, motociclistas, motoristas devem fazer cada um a sua parte para não se prejudicarem e machucarem os que estão ao seu redor. Todos devem ficar atentos e contribuir, no mínimo, com atenção e cuidado, pois 50% dos acidentes ocorrem por interferência de terceiros e 88% por imprudência. Enfim, todos temos que zelar por um trânsito mais seguro e harmonioso.

Fernando Medeiros é diretor executivo da ASSOHONDA.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

PMEs: Quando e como transferir a administração a outra pessoa?

Por Vagner Miranda

Os desafios que o administrador de uma empresa enfrenta são muitos e alguns são específicos e comuns em empreendimentos de pequeno e até de médio porte. Nelas, é normal que o próprio dono atue como o principal administrador, já que foi ele quem criou, desenvolveu os processos e conhece melhor o negócio - o que acaba provocando seu envolvimento com o planejamento, estruturação, organização, avaliação da performance e até execução das atividades.

Por muitas vezes as circunstâncias existentes criam a necessidade do dono do negócio manter-se como o administrador da empresa, mesmo que esse não seja seu forte, que ele não goste de desempenhar a função e não seja o mais interessante para o negócio.

Para poder se dedicar ao que tem vocação e que normalmente é a maior causa do sucesso da empresa, é preciso muita perspicácia do proprietário para que desde cedo se preocupe em criar as condições que permitirão que ele transfira a administração da empresa para um terceiro, tendo a certeza que terá como manter o controle das ações.

Tomar a decisão de transferir o comando da empresa é um passo muito importante e existe a forma certa e o momento ideal para ser praticada. A transmissão do comando deve ser feita de forma plena, o que corresponde a delegar não apenas responsabilidade, mas também autoridade ao novo administrador que irá passar a gerir a empresa à sua maneira, porém perseguindo os objetivos traçados com o dono do negócio.

O momento de se fazer isso é quando tudo o que for impactado de alguma forma pela mudança estiver devidamente preparado e adequado para a nova situação. As pessoas, incluindo o novo e o antigo administrador, são os que mais precisam estar preparados para essa mudança, sob vários aspectos. O principal deles está relacionado com a necessidade de respeito às regras de conduta que vão garantir a legitimidade a todas as decisões tomadas na empresa nesse novo cenário.

Deixando preparadas as pessoas diretamente envolvidas na transição, o mais importante passa a ser a criação dos mecanismos de controle interno que darão ao dono da empresa a convicção que ele continuará tendo o domínio da situação. A implantação e utilização de bons controles internos é um dos meios que pode contribuir significativamente para que a transferência do comando da empresa ocorra dentro de um ambiente seguro.

Ter bons controles internos funcionando é importante para empresas de todos os tamanhos e em todas as fases de sua existência. Entretanto, quando se fale em controle, logo se pensa na existência de variados tipos de mecanismos voltados para garantir que as metas sejam atingidas, que o patrimônio fique protegido e que o custo e a dificuldade de implementação, manutenção e respeito a eles são fatores impeditivos. Nem tanto.

O administrador de qualquer tipo e tamanho de empresa precisa compreender que os relatórios produzidos a partir do sistema de contabilidade, que legalmente deve ser mantida funcionando pela empresa, podem funcionar bem como instrumentos de controles interno. Os relatórios gerados pela contabilidade permitem controlar as contas bancárias, acompanhando a entrada e saída de dinheiro e os estoques, permitindo saber se o valor investido está adequado. Tem-se também um controle das contas pagar e a receber, analisando os prazos e datas de pagamentos e recebimentos. Além disso, a contabilidade acompanha o pagamento de salários, impostos, empréstimos, receitas e despesas, dentre outras funções.

Uma vez percebida a utilidade da contabilidade como instrumento de controle interno há mais um motivo para os donos e administradores das empresas insistirem e investirem na manutenção de um sistema de contabilidade que funcione e disponibilize informações em tempo hábil. Delegar a administração a outra pessoa pode significar também mais tempo para fazer a empresa crescer e prosperar. Vale a pena investir.

Vagner Miranda Rocha é administrador de empresas e sócio da VSW Soluções Empresariais.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Artigo: Estamos pagando caro pela incompetência

por Susana Falchi

O crescimento da massa salarial nos últimos anos vem acompanhado pela queda de produtividade e da dificuldade de as empresas conseguirem mão de obra qualificada e reter talentos. O quadro tende a se agravar em 2014 e nos anos que se seguem e não é nem um pouco pessimista alertarmos para um apagão de mão de obra no Brasil. Além das questões estruturais, é preciso lembrar que há questões comportamentais que agravam o problema, como o assédio moral e os problemas de desvio de conduta verificado em recente pesquisa. Todo esse cenário é bastante desafiador para os empresários.

A massa de rendimento médio real habitual dos brasileiros ocupados foi estimada em R$ 45,1 bilhões em outubro de 2013. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, representaria uma alta de 1,4%, segundo dados do IBGE. De acordo com o Instituto, entre 2004 e 2012, a média de crescimento da massa salarial real foi de 5,2% ao ano. O comportamento dos salários está relacionado, em grande parte, à retração da taxa de desemprego, que encontrava-se ao redor de 10% em 2004 e hoje está em 5,2% (IBGE).

Em compensação, a realidade do empregador é bem diferente. Os dados da pesquisa “Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade da indústria”, publicada em outubro de 2013 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram que 65% das empresas consultadas enfrentam problemas com a falta de trabalhador qualificado. Metade das empresas que encontram dificuldade para qualificar seus colaboradores apontam a baixa qualidade da educação básica como o maior entrave. O levantamento abrange 1.761 empresas, sendo 607 pequenas, 692 médias e 462 grandes.

A pesquisa detalha que as indústrias enfrentam dificuldades para encontrar trabalhador qualificado em todos os níveis, porém o problema é mais abrangente com relação a operadores e técnicos na produção. Entre as empresas industriais em que a falta de trabalhador qualificado é um problema, 90% têm problemas com operadores e 80% com trabalhador de nível técnico. As áreas de pesquisa e desenvolvimento e gerencial são as que geram menos problemas para as empresas, ainda que os percentuais de empresas afetadas seja considerável: 59% para pesquisa e desenvolvimento e 60% para pessoal do nível gerencial.

No setor de serviços, que emprega o maior número de pessoas, a realidade não é diferente. Pesquisa encomendada ao Grupo Ipema pela Central Brasileira do Setor de Serviços – Cebrasse, mostrou que apenas 18,4% das pessoas que atuam nesse segmento têm curso superior completo. Desse total, somente 3,24% conta com pós-graduação. O mesmo mal afeta o setor: 86% apontam como seu maior problema de gestão a questão de atrair e reter bons profissionais. Assim, empresários desenvolvem ações internas de treinamento e capacitação, buscam novas fontes de recrutamento ou fazem parcerias com sindicatos dos trabalhadores para solucionar o problema.

Unindo as duas questões temos um grave problema: a mão de obra está mais cara e menos produtiva. Tal fato leva à perda de competitividade da indústria brasileira no mercado global.

A pesquisa da CNI mostra um quadro totalmente desafiador: dentre as três principais dificuldades decorrentes da falta de trabalhador qualificado, a busca pela eficiência ou a redução de desperdícios é a opção mais lembrada: 74% das empresas. Na comparação com a sondagem feita em 2011, verifica-se um crescimento de 5 pontos percentuais no número de respostas. Assim, não é de se estranhar o fato de que a produção industrial manteve-se praticamente estagnada entre janeiro de 2011 e abril de 2013.

Para aumentar o desafio, o empresário se depara com outro problema, que cresce geometricamente: quem trabalha está doente. Segundo o Ministério da Saúde, dez pessoas pedem afastamento do trabalho por hora por causa de depressão. Há inúmeros fatores que provocam isso, mas um fator prevalece: desvio de caráter de executivos. Uma amostragem realizada pela HSD com mais de 5.000 avaliações com pessoas ocupantes de cargos de comando mostrou que 20% dos avaliados possuem desvio de conduta, o que leva a diversos tipos de abusos, que chegam a afetar a saúde daqueles a quem comandam.

As corporações insistem em ignorar o perfil de caráter daqueles que contratam, principalmente, quando geram resultados econômicos. Isso cria um quadro grave, como mostra um estudo realizado pela revista The Week sobre as profissões que mais atraem psicopatas, que, definidos a grosso modo pela publicação, são pessoas que possuem emoções superficiais, estresse, falta de sensibilidade com o sentimento dos outros, irritabilidade, entre outras características. Em primeiro lugar, estavam os CEOs.

Obviamente, isso passa pelos departamentos de RH, onde há pouco investimento na qualificação desses profissionais para que deem o suporte adequado à estratégia empresarial. Raro é o RH que está alinhado com a atividade fim da empresa, que tem capacidade – ou interesse – em analisar o mercado em que a corporação atua e suas tendências. Dessa forma, são poucos os profissionais da área que sabem algo sobre estratégia empresarial e que são capazes de traçar uma política de gestão de pessoas coerente com essa estratégia.

Num futuro próximo, não é difícil imaginar as empresas vivendo problemas de liderança. Levantamentos da HSD apontam que um quarto dos que atualmente ocupam funções de comando estará aposentado em cinco anos. Até 2025, serão 40%. Simultaneamente, nota-se que 35% dos jovens não se interessam por cargos organizacionais o que, curiosamente, não parece alarmar os CEOs: 25% dos que ocupavam a função em empresas que faturam mais de US$ 10 milhões ao ano ignoram programas de atração e retenção de talentos.

Somados os problemas sistêmicos do país, que resultam na baixa qualificação da mão de obra, baixa competitividade, o descompasso entre planejamento organizacional e o crescimento econômico nas empresas privadas, vemos um apagão de mão de obra surgindo no horizonte.


(*)Susana Falchi, é CEO da HSD Consultoria em Recursos Humanos. Com quase 20 anos de experiência na área, a executiva foi convidada a integrar o Comitê de RH do IBGC, após fazer o curso de formação para conselheiros. Ela atua como executiva e consultora em Projetos Estratégicos em empresas nacionais e multinacionais de grande porte. É administradora de Empresas com MBA em RH pela FEA/USP.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Artigo: BRASILEIROS DE HOJE:

Por Renzo  Sansoni

BRASILEIROS DE HOJE: MATEM A IMPUNIDADE, EXTERMINEM  A CORRUPÇÃO.

SE NÃO O FIZEREM, ELAS MATARÃO, AMANHÃ, SEUS FILHOS E NETOS.

Num país roubado, saqueado e corrompido,  como é o caso do Brasil, onde a turma da política e do dinheiro compram a Justiça quando querem e pelo preço que querem, a pergunta idiota/sensata que se faz é: é lícito/ético/direito/honesto/democrático o Ministro da Justiça e ministros do Supremo Tribunal Federal serem indicados/nomeados pelo Presidente da República?

Pode um cidadão vindo das barbaridades partidárias, com fé cega em sua sigla, alcançando a Presidência da República, nomear/canetar para que o ministro da Justiça seja de seu agrado?

Pode um cidadão, com exemplar currículo judiciário,  e notável saber jurídico, ficar atrás de políticos, choramingando  indicação ao STF?

Cadê a independência dos 3 poderes?

Nestes tempos bicudos, onde salva-se quem tiver  apadrinhadas costas políticas, já passa da hora de conceder Poder Judiciário a autonomia total para aplicação dura/implacável/justa da Justiça. 

DOA A QUEM DOER. O PAÍS PRECISA RESPIRAR SEGURANÇA E SERIEDADE!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

PEC – 215: QUEDA DE BRAÇO CONTRA O FALSO INDIGENISMO

Por Kalixto Guimarães/ Correspondente do Araguaia

992869_163010173887706_1057267366_n Aprovada em todas as comissões da Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda Constitucional, PEC-215/00, de autoria do deputado Almir Sá (PPB/RR), vem em sua reta final enfrentando a fúria da Frente Parlamentar de Defesa do Índio e do movimento indigenista radical, representado por uma bateria de Ongs mal intencionadas responsáveis pela guerrilha imoral e antessoberana entre índios e produtores rurais que envergonha toda a nação. Em abril (11/04), por ocasião da instalação da Comissão Especial da Câmara Federal, para analisar o mérito da emenda e leva-la a votação, os mercenários do falso indigenismo após intensa mobilização e agressivos protestos invadiram o plenário da Câmara fazendo com que fosse suspensa a comissão especial, indicada pelo deputado Nilson Leitão (PSDB/MT). Como se todo esse aparato não bastasse para engavetar de vez a Pec-215/00, que coloca um termo final na malfada política indigenista brasileira levada a cabo pela FUNAI, Os deputados que atuam e se dizem “defensores dos povos indígenas”, protocolaram no dia 19/08/2013), documentos no Supremo Tribunal Federal,STF, pedindo a suspensão da Pec-215/00.

As artimanhas contra a aprovação dessa emenda são muitos, uma delas é a proposta de audiências públicas para discuti-la e a criação de grupos de trabalho composto por indígenas, para buscar soluções que amenize o gritante problema dos conflitos étnicos que espalham pelo território nacional colocando em risco a segurança institucional , o estado democrático de direito e a própria soberania do País. O requerimento de nº 64/2013, dos deputados Lincoln Portela e Celso Jacob, solicitando audiência pública para discutir a “constitucionalidade” da PEC-215/00, é preocupante e bastante temerário. Os deputados petista Padre Ton e Alessandro Molon, da bancada indigenista vem trabalhando sistematicamente para retirar definitivamente da pauta de votação e referida PEC, condenando-a como “inconstitucional.” Alessando Molon , disse que; “ tem a certeza de que se a PEC-215/00, for para comissão especial e para o plenário, ela será aprovada pela força dos ruralistas e nunca mais se demarcará terra indígena no Brasil.” O deputado Molon, está corretíssimo quanto a aprovação da emenda, porém, ele tripudia contra a verdade quando diz; “que nunca mais se demarcará terras indígena no Brasil.”

O que esta emenda propõe é o fim do arbítrio absoluto e desenfreado da FUNAI., em demarcar “terras indígenas” da forma tão aleatória e conflitante como o vem fazendo. O Congresso Nacional, não pode mais ficar alheio ao caos instalado no País, por conta das ambições e dos interesses que gravitam em torno das questões indígenas. Esta mais do que provado que a FUNAI e sua rede de Ongs, não tem competência e nem boa vontade em resolver o problema do índio brasileiro, muito pelo contrario, o órgão vem atuando como um verdadeiro cartel na promoção da violência, da grilagem e do confisco de terras em nome dos “direitos originários e inalienáveis dos indígenas.” Se tal jurisprudência continuar vigorando nos colendos tribunais de justiça do País e o Congresso Nacional não votar em regime de urgência a PEC-215/00, vencendo esta queda de braço, ficará sacramentado que vivemos de fato em uma falsa Republica e o Brasil não passa de um país alugado.

ARTIGO: QUEM É O BANDIDO?

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Por Renzo Sansoni

Lembremo-nos, todos, daquela lenda da raposa que queria comer todas as galinhas do galinheiro, sem dar tempo para que ocorresse nova safra; nem queria saber que as galinhas vinham dos ovos e que  isto leva algum tempo; queria porque queria comer todas as galinhas; de repente, viu-se a raposa sem ter o que comer e acabou  definhando pela  própria imprevidência e insensatez.

                                    Vemos  na televisão todos os dias a indigitação de policiais pelos
                                 mais variados e horrendos crimes que se possa cometer contra a pessoa
                                humana. A mídia passa-nos a impressão de que os bandidos é que são as
                                  vítimas e que, em tudo onde a  polícia entra para trabalhar, ela já está
                                errada de antemão. Antes de qualquer  verificação sensata, transparente,
                                      criteriosa, racional e com provas sólidas  a mídia já bateu  no
                                  traseiro  dos policiais. Passados alguns dias, as coisas começam a ter
                                  outra versão, outros significados, outros  rumos, outros responsáveis.
                                 Mas  a faca na carne já fez o estrago indelével. Tenho conhecimento de
                                  policiais que, no mais lídimo cumprimento do dever, tiveram funestas
                                     consequências para  o resto de suas vidas; é só encomendar uma
                                   estatística de quantas viúvas e órfãos de policiais existem no país; de
                                      quantos policiais estão presos porque mataram bandidos que
                                                     mataram e espancaram  tanta
                                           gente; de quantos policiais estão inválidos, doentes
                                 e incapacitados para o trabalho, numa indigência que deveria revoltar a
                                 todos; de quantos policiais abandonaram a profissão pelo desencanto e
                                decepções sem fim; de quantos policiais tornaram-se bandidos para serem
                                     tratados com mais dignidade. Estas estatísticas fariam nós todos
                                tremermos pelo inusitado da situação e pela frouxidão das autoridades em
                                   consentir no apodrecimento induzido de uma das mais necessárias
                                        instituições, em detrimento do bem público e do privado.

                                 Voltando à lenda da raposa, estamos assistindo o desmantelamento de
                                   nossa polícia, pois que nenhum jovem  de boa saúde moral e mental
                                  interessará em seguir nesta profissão. A família barrará.  E os poucos
                                   que restarem não serão confiáveis. E quem sofrerá com isto? Toda a
                                  sociedade.     Evidentemente que não se defende, aqui, a idéia de que
                                 todos os policiais são santinhos imaculados e benzidos. Sabemos que é
                               grande o contingente de péssimos e desumanos profissionais que atuam na
                                 área policial.  Mas não se pode aprovar o nivelamento de nossa polícia
                                  com o que há de mais abjeto e desclassificado neste Brasil.  Polícia é
                                  coisa muito séria, e necessita da mais ampla colaboração da sociedade
                                para o pleno exercício de sua função. Pare por uns momentos e pense no
                                  cotidiano de um policial nos grandes centros, notadamente Rio e São
                                 Paulo. Pense no inferno que é a vida destes trabalhadores da vigilância
                                 onde o coronelismo argentário, o império dos narco-milionários e a lei
                                 do mais esperto fazem  as regras e os costumes da região. Pense, como
                                  filho, quando o pai deixa a família à noite para defender a sociedade
                                   dos bandidos e sanguinários, mafiosos e estupradores, pistoleiros e
                                   vigaristas, filhinhos de papai e drogados. Ainda me causa frêmito  e
                                    melancolia  o chôro de  um garoto de  11 anos, ao chegar ao meu
                                   consultório, trazendo o pai policial que foi atingindo por uma bala
                                      bandida num dos olhos e  com graves consequências visuais e
                               neurológicas. Para podermos dormir em paz, trabalhar em paz, divertir em
                                   paz  e ter o direito de ir e vir em paz,  precisaremos  muito de uma
                                 instituição policial severamente preparada, corretamente remunerada e
                                                         moralmente  elevada.
          

Renzo Sansoni

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Os cachorros do Barsa

Por Barsanulfo Pereira

Muita gente conhece o Barsa no município de Abadia de Goiás, na Chácara São Vicente de Paula, Quinta dos Sonhos, onde moro há quase 20 anos e me relaciono amistosamente com os moradores do município. Lugar ideal para aposentados como eu que não tenho compromisso com atividades sistematizadas e obrigatórias. Não sei por que carga d'água eu vim parar aqui. Só sei que, parodiando Júlio César à margem do Rubicão, Vim, Vi, Amei e fiquei.
Aqui vivo com minha atual esposa, Helena, que não é de Troia, cuja pequena estatura me inspirou a apelidá-la carinhosamente por Peketita, enquanto que Barsa é vocativo reduzido de meu prenome Barsanulfo, que eu mesmo, propositalmente, impusera para facilitar o entendimento da “complicada” origem pouco conhecida de meu nome e, ao mesmo tempo, evitar sua explicação repetida e incômoda.
Nunca imaginara que um dia viesse a morar em Abadia de Goiás, embora conhecesse o local há muitos anos, desde quando ainda era um bairro distante no município de Goiânia, administrado por uma subprefeitura.
Em 1994, aposentado do serviço público federal e como professor universitário, sem perspectiva futura, vim morar definitivamente na chácara, me isolando em completo ostracismo em relação à Capital, onde vivia desde 1950.
Aqui assisti sua emancipação político-administrativa e, como um de seus primeiros eleitores com Título transferido, embora nunca pertencendo a nenhum partido político, porém entusiasmado pelo nascimento de uma possível administração competente e virgem de vícios históricos, coloquei à disposição dos políticos locais meu currículo com dossiê e experiência em diversas áreas do serviço público.
Não interessaram, pois deviam ter pensado que eu teria experiência demais para o gosto dos que se apossaram do nascituro município. Não toquei mais no assunto, permanecendo aqui ao lado, observando seus erros e acertos, pois eu fora requisitado para atividades em entidade associativa de âmbito nacional.
Agora assistimos novamente, em todas as capitais e municípios, a corrida competitiva em busca da permanência, ou da ascensão ao poder, corrida esta em que o lícito e o ilícito são empregados, como no aforismo de que o fim justifica os meios.
Isso me faz lembrar uma cadela que, na época certa, entra no cio e pelo seu cheiro e poder da força reprodutiva atrai pretendentes que se digladiam numa disputa em que o vale tudo é o método principal e, em comparação com as atuais disputas políticas, não importando os arranhões éticos e morais que caracterizam esses tipos de competições.
Lembra-me também meu cachorro, o Marley, de porte médio, que, ao sentir o cheiro da cadela do vizinho, resolveu disputá-la com os concorrentes mais poderosos, numa luta desigual em que, literalmente, levou o dono da cadela a dar-lhe um pontapé no escroto, além das mordidas dos outros cachorros maiores.
O mesmo, tempos atrás, aconteceu com outro meu cachorro, o Valente, que acabou quebrando o rabo durante suas farras na disputa de uma fêmea.
Em 2012, as eleições gerais nos municípios vêm aí, moçada, e quem quiser se habilitar a concorrer, com fichas limpas, ou sujas, cachoeiras e cascatas e tudo mais permitido pela Lei Eleitoral vigente, pode começar desde já afrouxando os nós das gravatas e colocando seus paletós nos guarda-roupas; vestir camisas xadrezes de mangas curtas, combinando com uma calça surrada, tênis barato e sapatos desgastados; mude o linguajar formal do político de gabinete para a informalidade da linguagem popular e... mãos à obra.
Nas capitais e nas cidades de maior porte, os focos eleitorais são os bairros, onde não se deve deixar de levar alguns trocados, fígado e estômago preparados, para pagar e beber juntos alguns tragos com os “companheiros e companheiras” eleitores.
Não se esqueça das galinhadas! E... Boa sorte para quem tiver maior “Mensalão” e poder de convencimento. Muitas vezes um presentinho simples camuflando uma ingênua notinha de R$ 50 é uma boa lembrança.
A cadela está no cio e meus cachorros já perceberam!
(Barsanulfo Pereira Gomes, membro emérito da Loja Maçônica Liberdade e União, do Grande Oriente do Estado de Goiás; e-mail: barsagomes@hotmail.com)

Fonte: Diário da Manhã

quarta-feira, 26 de junho de 2013

As formações de pirâmides financeiras no Brasil

  • 960272_324921087636889_411562257_nPor Dr Amauri Martins Fontes

    as formações de pirâmides financeiras no Brasil. A mais visível é a Telexfree, que apresenta sinais claros de deterioração, mas de maneira surpreendente ainda continua adquirindo novos sócios, crescendo a pirâmide.

    Como dito, a Telexfree é uma pirâmide formada através de pessoas que entram em uma rede binária, tendo como pano de fundo a venda do serviço Voip.

    As pessoas pagam dois tipos de pacotes, e são remuneradas por colocarem anúncios diários na internet, em classificados que ninguém lê. Obviamente se trata de uma pirâmide intangível, que remunera as pessoas com a entrada de novos sócios.

    A remuneração apenas pela postagem de anúncios na internet fica em torno de 242% ao ano. Algo claramente insustentável, conforme mostramos aqui, já que a Telexfree já distribui de propaganda mais que a Casas Bahia (R$ 240 milhões em um mês) em um produto que vendeu apenas R$ 300 mil. Em resumo: a “propaganda” custou 800 vezes a receita da empresa.

    Durante este período surgiram outras pirâmides, mas uma “pegou”: a BBOM.

    A BBOM, teoricamente, é uma empresa de rastreadores que funciona em sistema de Marketing Multinível.

    A história é exatamente a mesma.

    Pega-se um produto de baixa demanda, monta-se uma rede de compradores autoremunerados e sustenta-se a rede com a entrada de novos entrantes. Neste caso, não precisa postar anúncios fictícios na internet, apenas arrumar novos “parceiros”.

    Até a lavagem cerebral é semelhante.

    Ao contrário da Telexfree, que é uma pirâmide intangível, este é o típico caso de Marketing Multinível.

    O que quer dizer: um péssimo negócio.

    O Marketing Multinível tem duas classificações possíveis: ou é uma pirâmide financeira ou um péssimo negócio. Só é bom negócio para quem entra no começo, pois vai ganhar dinheiro nas costas dos entrantes novos.

    E por que o Marketing Multinível é um negócio ruim?

    Porque para remunerar a rede, ele precisa vender um produto superfaturado em relação aos preços reais de mercado, justamente para remunerar a rede. É o caso da famosa Herbalife, que vende shakes de emagrecimento por um preço muito superior (até 3 vezes mais) que a concorrência. Para remunerar a rede, a empresa precisa ter uma margem bruta enorme no produto vendido.

    Quando o “parceiro” percebe, está almoçando e jantando shakes. O objetivo, que é emagrecer, acaba sendo alcançado porque o camarada só se alimenta de shakes nutricionais.

    No caso da BBOM, é uma mistura de remuneração Telexfrializada com produtos de baixa demanda, que é o caso do rastreador. Junta a fome com a vontade de comer dos desavisados.

    E ainda estão sendo mais espertos. Ao invés de ficar no submundo dos negócios como a Telexfree, a BBOM está indo para a mídia tradicional, colocando propaganda na Globo, pagando para Amaury Júnior fazer programa específico, inclusive contratando gente famosa para fazer a entrega de prêmios.

    Mas no fundo é a mesma coisa, com uma roupagem nova. Coloca-se um Diretor de Marketing falastrão, arruma-se uns exemplos de pessoas que eram fracassadas ficando ricas e fala-se em realização de sonhos.

    Quer um conselho?

    Não entre nisso. Vá buscar uma forma de produzir correta, crescendo na vida através do estudo, se qualificando. Ainda não arrumaram uma forma de ficar rico sem trabalhar.

    Em relação à Telexfree, esta suspendeu os pagamentos do mês de junho, falando que está ocorrendo uma alteração no cálculo do Imposto de Renda. A princípio pode fazer sentido, mas esta mudança de regra pode mostrar que algo está errado.

    E este algo errado pode estar justamente na falta de novos entrantes.

    E a dica do que pode estar acontecendo quem dá é o próprio Diretor da Telexfree, em vídeo divulgado no You Tube (acima).

    A concorrência com a BBOM.

    Explica-se: como o negócio em si não é o produto, mas os entrantes, o potencial da empresa se esgota rapidamente pelo concorrente.

    Em outras palavras, os negócios se canibalizam por falta de pessoas interessadas neste tipo de transação.

    Mas duas coisas chamam a atenção nisso tudo: a recorrência de casos deste tipo (dia desses uma pirâmide chamada Mister Colibri quebrou lesando milhares de pessoas) e a total falta de controle do Poder Público, que não consegue se organizar. Os únicos que estão agindo são os Procons, quando isso deveria ser algo articulado pelo Ministério Público Federal ou Polícia Federal, dada a importância do ocorrido.

    Engana-se que este tipo de ocorrência é exclusiva do Brasil. Em 2009 o FMI publicou um trabalho (Ponzi Schemes in the Caribbean) falando especialmente das pirâmides que se formaram em países caribenhos, justamente pela falta de regulação correta do sistema financeiro. A frequência é o tamanho destas pirâmides assusta. E a Telexfree já pode constar como uma das maiores da história.

    A verdade é que, no fim de tudo, o resultado será o mesmo. Famílias quebradas, pessoas endividadas e com perda de patrimônio por absoluta falta de regulação.

Dr. Amauri Martins Fontes é advogado em Mato Grosso

terça-feira, 23 de abril de 2013

O Brasil é um país sério?

LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Estou no blogdolfg.com.br

ImageProxyEm todos os países acontecem coisas bizarras (e eu curto muito quando cada um ri das suas próprias bizarrices). Mas no Brasil erramos até mesmo a autoria da famosa frase que diz que “Le Brésil n’est pas un pays serioux”. A atribuímos a Charles de Gaulle, quando o certo seria a Carlos Alves de Souza e Filho (que foi embaixador do Brasil na França) (veja Renato de Moraes, O Globo de 28.03.13, p. 17).

O “filósofo” Tim Maia (que nas horas vagas cantava coisas incríveis e inesquecíveis) dizia que aqui “prostituta se apaixona pelo amante, cafetão tem ciúme de prostituta, traficante se vicia e pobre é de direita”. Nossas incongruências (ao lado de tantas virtudes, claro) não param, no entanto, por aí. Em São Paulo, um assaltante emocionado e assustado morreu enquanto roubava um posto de gasolina. Homofóbico cuida dos direitos humanos das minorias, desmatador zela pelo meio ambiente, condenados vigiam a Justiça e  acusado de suborno cuida de Comissão de Finanças da Câmara (Tutty Humor, O Estado de S. Paulo de 27.03.13, p. C10).

Preso de confiança toma conta de delegacia, parlamentar é “julgado” pela Comissão de Ética da Câmara ou do Senado, fechamos escolas e construímos muitos presídios e os réus são colaboradores da Justiça; médicos, que deviam curar, matam pacientes para abrir vagas em hospitais e a magistratura admite que é só 70% ética (30% de patrocínio pode), como se fosse possível falar em virgindade parcial; virgem é dona de cabaré, policial vende cocaína para traficante, músico bota fogo em boate e atropelador joga o braço de atropelado nos esgotos.

Aluno passa na prova de ética colando, professor de ética faz apologia da traição e confunde-se ética com estética; políticos há 50 anos no poder falam da necessidade de peridiocidade dos mandatos, a honestidade gera vergonha (Rui Barbosa), e ainda há gente escolhendo o caminho do crime, quando há tantas maneiras legais de ser desonesto (Al Capone). Quem se vende vale mais, imorais dão lição de moralidade (K. Marx) e tudo que é rigorosamente proibido resulta ligeiramente permitido (Roberto Campos). A Justiça é cega, mas permite que todo mundo seja interceptado; o país é grande, mas falta espaço para o pequeno (na saúde, na Justiça, nas escolas etc.).

Também no Brasil é possível riqueza sem trabalho, prazer sem escrúpulos, conhecimento sem sabedoria, comércio sem moral, política sem ideal, religião sem sacrifício e ciência sem humanidade (Gandhi). Nas concorrências públicas muita gente não concorre coisa nenhuma e todo cidadão é culpado, até que prove ser influente. Na prisão não há espaço, mas todos os dias centenas de pessoas são mandadas para lá.

O crime organizado comanda os presídios e determinados políticos (já condenados pelos colegas ou pelo STF) aprovam leis dizendo “não roubem” (por medo da concorrência). Encontramos políticos honestos quando vemos que os comprados (para uma reeleição ou para a governança) permanecem comprados para sempre (não traindo o combinado). Para alguns governantes (os condenados pela Justiça, os de ficha-suja) não podemos nunca dar a chave da cidade, sim, devemos trocar as fechaduras. Não há como não ver o Brasil, em alguns momentos, de ponta-cabeça.

*LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Estou no blogdolfg.com.br

domingo, 17 de fevereiro de 2013

DESINTRUSÃO DA SUIA-MISSU VINGANÇAS DO PASSADO‏

  • Por Calixto Guimarães

  • Para comemorar a vitoria e o sucesso na operação de “desintrusão” de “marãiwatsede”dezenas de ONGs entre as quais, a Pastoral Operaria de Gilberto Carvalho, CIMI, Prelazia e outras organizaram o Comitê de Solidariedade a dom Pedro Casaldáliga e ao povo Xavante. O ato aconteceu na noite do dia 7 de fevereiro de 2013 na Câmara Municipal de São Paulo com toda a pompa dos natizista. Regado a bons vinhos pelos bares da vida e como sempre, com belos discursos humanitários a favor dos povos indígenas. Propagando denuncias gratuitas contra a classe produtora e com um publico de jovens militantes da Pastoral da Juventude, o evento serviu para dar visibilidade e impresssão de que esta tudo bem com a política indigenista e com os demais movimentos sociais rotulados pela intelligencia petista de “minorias.” Paulo Maldos, secretário de articulação social do governo, presente na reunião declara; “O papel do Estado é de servir, é justamente de fazer decisões da justiça acontecerem da melhor maneira possível. Uma lição quando o Estado se une, entra em sintonia, seja o Executivo com o Judiciário e com o Legislativo, até o impossível pode acontecer. A gente acha essa articulação, essa sintonia de Estado, de uma causa legítima, eticamente correta. A gente acha que pode sim, defender as conquista em a favor dos povos indígenas, dos quilombolas, das populações tradicionais e a gente também sabe que esses são setores mais frágeis da nossa sociedade.”

Realmente, a união, o conluio entre o poder executivo petista, parte do judiciário e do legislativo federal foi preponderante na farsa montada para confiscar as terras dos produtores da Suiá-Missu. A criação da falsa reserva “marãiwatsede” e de tantas outras só foi e é possível porque a quadrilha de insanos promotores da instabilidade social e institucional da nação brasileira se apoderou do Estado. O “impossível” dito por Maldos, significa a tendência ditatorial do governo petista e linha arbitraria na qual eles pretendem seguir se assemelhando bem a revolução do bichos de George Orwell. A Comissão da Verdade, montada para punir e achincalhar os antigos membros do regime militar é a prova cabal de que os lideres petista e seus ideólogos radicais, se vingarão das refregas do passado. A “desintrusão” da Suiá-Missu, a pedido de Casaldáliga é uma dessas vinganças. Bispo serviçal do eterno latifúndio feudal da igreja católica romana e comandante da guerra do indigenato contra o povo brasileiro na região do Araguaia, vive agora seu momento de êxtase enquanto, as cinzas da Suiá-Missu e a poeira da demolição de Estrela do Araguaia formam uma nuvem de lembranças impagáveis.

 

sábado, 15 de dezembro de 2012

Artigo: MINISTRO JOAQUIM BARBOSA CEGO SURDO E MUDO DIANTE DA GUERRA DO INDIGENATO

Kalixto Guimarães/Correspondente do Araguaia

ministro-joaquim-barbosa-148342Enquanto o conflito se recrudesce na Suiá-Missu, na luta pelo direito legal da propriedade, o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, se cala diante da truculência da FUNAI e do MPF, em promover a guerra do indígenato no país.

Consagrado como guardião e esperança viva da moralidade nacional, conquistando a confiança do povo brasileiro em julgar com severidade e de forma implacável os membros da quadrilha petista que assolou e ainda assola o país, o ministro Joaquim Barbosa, parece ter sucumbido aos ditames do complô internacional que pretende parar o Brasil rural em nome dos direitos indígenas. Naturalmente, o caso suiá-missu, não é o único que mostra o caráter arbitrário da FUNAI e de seus aliados, especialmente, do MPF, órgão criado para defender os interesses da nação e que de repente, se torna em uma das mais perigosas trincheiras contra a cidadania e os direitos do povo brasileiro. Existem vários outros casos mal resolvidos como foi o de Raposa Serra do Sol, dos Ianomâmis, da reserva Roosevelt, onde, comprovadamente, índios e brancos se deram mal e os gringos bem, levando vantagens com a biopirataria e o intenso trafico de minérios.

Com a portaria 303, editada pela Advocacia Geral da União, sendo suspensa pela tropa de choque do indígenato, mais o trancamento da pauta do decreto 215, no Congresso Nacional, que pretende retirar o poderio da FUNAI, nos procedimentos de criação e demarcação de reservas indígenas, as previsões é de que o governo brasileiro, esta de “bunda baixa” para atender os acordos espúrios feitos com os países ricos. Tais acordos, como o que foi assinado em 2007, na Organização das Nações Unidas, ONU, pelo ex-presidente Lula, aceitando os termos da Declaração Universal do Direitos do Povos Indígenas, onde, reconhece a autonomia territorial dos índios bem como, a independência administrativa e política das etnias brasileiras como autenticas “Nações Indígenas”

A insensatez da presidenta Dilma Rousseff, em não receber o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, para tratar do caso suiá-missu, mais o jogo de empurra de seus ministros, que nada fizeram para rever o processo falacioso montado pela FUNAI e MPF, compromete a soberania do país .Mais grave ainda, é o silencio do super-ministro Joaquim Barbosa, que ate agora, se faz de cego e surdo, não vendo e nem ouvindo o grito de socorro do Araguaia ecoando por todo o Brasil, clamando por Justiça! Enquanto isso, as Forças Armadas cochilam sob as botas das tropas de elite da Força Nacional, criada por Lula e sua turma, para governar a terra do Nunca, o país do “faz de conta.”

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Artigo: DILMA ROUSSEFF SE VINGA NO ARAGUAIA IMPONDO TERROR NA SUIÁ-MISSÚ

Kalixto Guimarães/Correspondente do Araguaia

Há quarenta anos o governo militar descia ao vale do Araguaia, para combater guerrilheiros que sonhavam implantar no país, uma nova ordem política e social. Alguns radicais queriam trocar a ditadura brasileira tocada a samba, futebol e de credo religioso livre pelo ateísmo do comunismo russo. Outros combatentes mais light, idealizavam um socialismo moreno, que fosse adaptado aos costumes e hábitos do povo brasileiro. Acusando os militares de “entreguistas e borra botas dos yanques ,” os jovens combatentes da guerrilha do Araguaia, do Movimento de Libertação Nacional, MR-8, Vanguarda-Palmares e tantos outros grupos armados resistentes ao regime militarista que tomou o comando do país em 1964, diziam abertamente que; “os milicos torturadores e vendilhões da pátria, entregavam as riquezas minerais da Amazônia aos estrangeiros e dispunha todo o país, aos interesses do capitalismo selvagem.”

Durante a fase mais dura da nossa “ditadura,” que rolou pelo idos da década de setenta, a jovem Dilma Rousseff , enfrentava pelas ruas do país, os bravos cães da policia militar, os agentes delatores do temido SNI- Serviço Nacional de Informação e o próprio Exército brasileiro, juntamente com um monte de “amiguinhos armados e dispostos a morrerem pela pátria.” Vários desses seus colegas se tornaram anos mais tarde, membros da famosa e conhecida “quadrilha do mensalão,” enquanto a “ex-terrorista e guerrilheira” Dilma Rousseff, por ironia do destino e sob as bênçãos de “São Lula,” se elegia em 2010, presidenta da República.

Paradoxalmente, os mesmos que atiravam nos generais, dizendo que estes eram capachos do capitalismo internacional no momento, se voltam contra os interesses de milhares de cidadãos brasileiros. De posse do poder e do cavalo de batalha da nação, a presidenta Dilma, ordena o Exército, a Força Nacional e todo o aparato institucional de seu governo, de volta ao Araguaia, para oprimir o povo e espalhar o terrorismo estatal. A operação militar montada para despejar da suiá-missu, a ferro e a bala milhares de famílias que ocupam a área, cerceando o direito ao contraditório no Supremo Tribunal Federal, STF, além de violar o estado de direito democrático do país, revela o caráter revanchista e vingativo da ex-guerrilheira, agora, senhora poderosa dos destinos da pátria.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Oito anos

Autor: Onofre Ribeiro

Como em todos os anos, neste também trago aqui algumas reflexões pessoais e familiares sobre o aniversário de passagem do nosso filho Marcelo que, no dia 7 de dezembro de 2004 partiu da vida. A intenção não é pessoal, mas quem sabe, um afago a quem está passando pela inesperada experiência de ver a morte levar um filho. Estão morrendo mais jovens do que adultos na atualidade.
Desde a passagem do Marcelo, minha mulher Carmem e eu, uma vez por mês, frequentamos um grupo de pais que passaram pela experiência, na casa dos amigos José Carlos Branco e Nara Nardez. A cada reunião mais e mais pais chegam sofrendo muito. Quem já está na estrada há mais tempo, como muitos ali, tem a missão de confortar os que estão chegando com o coração em frangalhos.
Gostaria de dizer neste artigo alguma coisa mais ou menos óbvia: passados os primeiros meses, a gente vai se fortalecendo e recupera a vida, na medida do possível. É uma cruel inversão das circunstâncias que filhos morram primeiro do que os pais. Mas é fato! Se o filho ou filha partiu, nada mais há que possa ser feito senão reconstruir a nossa própria vida e a dos que nos cercam, especialmente a de outros filhos que ficaram e também sofrem. Não são bons conselheiros o isolamento e o desespero. Desestabilizar-se é natural nessa circunstância. Até porque sabe-se que ninguém morre nesse sentido tradicional de que tudo acaba quando o corpo físico morre. Lá no mundo espiritual onde outros valores e princípios funcionam sob novas regras, o filho percebe o sofrimento familiar e se sente preso a essa dor e sofre impotente.
Por essa razão, entre tantas outras, o melhor caminho não é o desespero. Realmente não é. Isso, porém, não quer dizer indiferença. Confesso que levei muito tempo antes de conseguir chorar. Paguei muito caro por isso. Sugiro que os pais chorem sempre que se a saudade bater, e vai bater muito frequentemente, mas não se desesperem e nem chamem de volta o filho. Isso será muito ruim para ele onde se encontra construindo uma nova vida espiritual.
Desculpem-me os leitores que não passaram pela experiência, e desejo que nunca passem, mas tantos passam e passarão. Esse tipo de situação não traz manual de comando. A surpresa quase sempre é a principal companheira nos primeiros momentos. Depois cai a ficha e vem a angústia, que também não é boa conselheira. Quem sabe a busca de ajuda, seja religiosa, seja clínica ou, como Carmem, eu e tantos amigos buscamos num grupo que acaba realizando uma psicanálise coletiva?
Hoje confesso que muitos já readquiriram a estabilidade emocional e espiritual. Sabemos que os nossos filhos estão bem na sua nova vida espiritual. Se aqui estamos bem, então, alcançamos o equilíbrio necessário pra continuarmos vivendo. Carmem e eu, meus filhos, neto e amigos, continuamos com Daniela, nossa nora amada, e Luka, nosso neto amado, hoje com 11 anos. Todos, seguindo com a vida, mais maduros e, podemos dizer, mais conscientes sobre a vida e sobre a morte! Ah! Marcelo está muito bem!

Artigo: A LIDERANÇA DE RIVA LEVA TRAIDORES AO DESESPERO!

Por Ivaldo Lúcio

Não há qualquer dúvida quanto ao fato de que a matéria que saiu na revista Veja circulada na Sexta-feira, 23 de Novembro, com o claro e meridiano objetivo de desmoralizar o atual Presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso não surtirá o efeito imaginário pelos tartufos.

Não há qualquer dúvida quanto ao fato de que a matéria que saiu na revista Veja circulada na Sexta-feira, 23 de Novembro, com o claro e meridiano objetivo de desmoralizar o atual Presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso não surtirá o efeito imaginário pelos tartufos. Por traz da matéria está óbvio, que desta feita não foi o Carlos Cachoeira quem articulou junto à alta direção da publicação para que a Veja enviasse uma equipe de reportagem a Mato Grosso para escarafunchar a vida do senhor José Geraldo Riva, e mais uma vez requentar notícias que já foram publicadas em outras ocasiões.

Quem poderia ser o autor ou os autores dessa última tartufagem? Está mais que claro que só poderia ter sido alguém que está lá em Brasília sentado nas cadeiras de altos espaldares, distribuídas em filas para abrigar parlamentares desse Estado, que desejam ardentemente em 2014 concorrer ao cargo de governador de Mato Grosso.

Supomos que tais políticos já sabem que José Geraldo Riva, na eventualidade de assumir o governo de Mato Grosso quando o atual governador Silval Barbosa se desincompatibilizar para concorrer a uma vaga na Câmara ou Senado, bem como seu Vice Chico Daltro também cair fora para concorrer a uma vaga na Assembléia Legislativa, o Presidente do parlamento, José Riva será irremediavelmente empossado no cargo de governador.

O que vai acontecer no quadro político de Mato Grosso, a partir dessa previsão, quase profética? É claro que se tudo correr dentro dessa previsão as pretensões dos supostos paladinos da moralidade pública, que provavelmente estão articulando para que publicações de circulação nacional façam o que está sendo feito para desmoralizar perante a opinião pública, o que é indiscutivelmente o politico mais influente de Mato Grosso nos últimos anos.

Imaginamos que, a matéria publicada na revista Veja, dizendo que José Riva é a maior folha corrida do Brasil, com mais de cem processos agendados na Justiça contra ele, não trará qualquer prejuízo moral para Riva, até porque é sabido que essa grande quantidade de processos é fruto do desmembramento de uma única ação, Riva já disse isso várias vezes e nem mesmo o Ministério Público se pronunciou contrariamente.

O certo é que a tartufagem patrocinada pelas forças quase ocultas que estão em Brasília, terão que se utilizar de outros artifícios que não seja a traição para desestabilizar a liderança exercida por José Riva na politica de Mato Grosso. Para concluir vale salientar o seguinte: se ao final dessa “fuxicomania”, os autores de tal sacanagem forem despidos perante a opinião pública, e Zé Riva resolver se candidatar ao governo, eles podem encomendar o caixão e comprar a cova no cemitério do Ribeirão do Lipa, porque político que arquiteta tais expedientes imaginado que é assim que se ganha eleição, acaba sendo sepultado em cova rasa pelo povo, que não acompanha o cortejo. Pois não é?

Ivaldo Lúcio

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Canabrava do Norte: A iminência de boas novas

É dever da Defensoria cuidar dos direitos das pessoas necessitadas e vulneráveis

Como todos sabem, no passado, lamentavelmente, os serviços de assistência jurídica plena e gratuita foram interrompidos, abruptamente, em quarenta e um municípios de Mato Grosso, ante o arbitrário fechamento de diversos núcleos da Defensoria Pública responsáveis por atender várias cidades.
São elas: 01) Alto Boa Vista; Apiacás; 03) Arenápolis; 04) Aripuanã; 05) Brasnorte; 06) Campinápolis; 07) Canabrava do Norte; 08) Cláudia; 09) Colniza; 10) Confresa; 11) Cotriguaçu; 12) Feliz Natal; 13) Figueirópolis D’Oeste; 14) Guarantã do Norte; 15) Itaúba; 16) Jauru; 17) Juruena; 18) Lucialva; 19) Luciara; 20) Marcelândia; 21) Nortelândia; 22) Nova Bandeirantes; 23) Nova Guarita; 24) Nova Marilândia; 25) Nova Maringá; 26) Nova Monte Verde; 27) Novo Mundo; 28) Novo Santo Antônio; 29) Porto Alegre do Norte; 30) Porto Esperidião; 31) Santa Cruz do Xingú; 32) Santa Terezinha; 33) Santo Afonso; 34) Santo Antônio do Fontoura; 35) São Félix do Araguaia; 36) São José do Rio Claro; 37) São José do Xingú; 38) Tabaporã; 39) Terra Nova do Norte; 40) União do Sul; 41) Vila Rica.
Isso foi muito grave! Pois, hoje, no Brasil, por força da Lei Complementar nº 80/94 (Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública), mediante alterações trazidas pela LC nº 132/09, a Defensoria Pública é a instituição que tem no centro de sua missão a defesa dos direitos humanos de todas as pessoas necessitadas e vulneráveis da sociedade, assim como a promoção da educação e orientação da população carente nesses direitos. E entre os diversos direitos humanos consagrados pelos tratados internacionais e pelas constituições nacionais, certamente os que possuem maior pertinência com a razão de ser e de existir da Defensoria Pública Brasileira são os direitos, também fundamentais, de acesso à justiça, de defesa e a se ter direitos.
É exatamente por isso que a Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso precisa e deve estar de portas abertas em todas as comarcas de Mato Grosso, mediante a nomeação de, pelo menos, trinta novos defensores públicos, já no vizinho ano de 2013, para reabrir suas portas em cerca de vinte comarcas, quarenta municípios e para quase meio milhão de mato-grossenses, bem como para fortalecer os núcleos já em funcionamento.
Bom, neste mês de dezembro, depois de muita luta e martírio social, um suspiro de cidadania e dignidade da pessoa humana foi dado, já que três novos defensores públicos foram empossados e já estão designados para lotarem e reabrirem os núcleos das comarcas de Porto Alegre do Norte, São Félix do Araguaia e Terra Nova do Norte, levando mais e melhor justiça para cerca de oitenta mil mato-grossenses.
Porém, até poucos dias, o prenúncio de déficit orçamentário que se fazia para o ano novo de 2013, configurava um empecilho para o atendimento da justa e legítima pretensão popular de se reabrir os demais núcleos fechados e fortalecer os já em funcionamento.
Contudo, para a enorme felicidade da cidadania, se adiantando em se adequar ao Projeto de Lei Provisória nº 114/11 (que altera a Lei de Responsabilidade Fiscal e acrescenta um teto e uma meta de despesas com pessoal na Defensoria Pública Brasileira) - já aprovado pelo Congresso Nacional e aguardando apenas a sanção da Presidência da República e sua promulgação e publicação - e demonstrando sensibilidade com o clamor dos mais pobres, o Governo do Estado de Mato Grosso concedeu uma reformulação na proposta orçamentária da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, saltando da previsão de pouco mais de setenta milhões de reais, para mais de noventa milhões de reais (representando a participação de um por cento da receita líquida do Estado; que deverá crescer para um e meio e dois por cento, nos respectivos anos de 2014 e 2015).
Portanto, diante do novo quadro orçamentário e financeiro que se pinta no horizonte próximo de 2013, a Administração da Defensoria Pública terá a honrosa oportunidade de confirmar seu compromisso e sua opção preferencial pelos mais pobres, já manifestado publicamente e candente nas mentes e nos corações de milhares de mato-grossenses, dando uma resposta rápida, definitiva e acolhedora às vozes roucas das ruas que não se cansam, e não podem se cansar, de clamar pela extinção do quadro discriminatório que tristemente assola parte da população mato-grossense, onde alguns têm assegurado acesso à justiça e outros não, configurando uma apartheid estatal e social.
E essa resposta, além de rápida, definitiva e integradora, precisa ser plural; tem que ser para todos, sem acepção de região, cidade ou pessoas. Uma vez que, todo ser humano, esteja onde estiver, deve ter o mesmo tratamento e importância perante o Estado Democrático e Republicano de Direito que o Brasil se dispôs a ser.
Essa é a maior premissa dos direitos humanos. E sem direitos humanos, não há humanidade.
A sociedade saberá agradecer pelo atendimento dessa legítima e justa reivindicação popular, bem como reconhecer o mérito do elevado teor humanitário dessa providência.

PAULO LEMOS é ouvidor-Geral da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, advogado, membro da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/MT, secretário do Conselho Diretor do Instituto Beneficente Boas Novas de Responsabilidade Social e ex-vice-presidente Mato Grosso e Mato Grosso do Sul da UNE.

Midia News

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

NO SENADO FEDERAL, JAYME CAMPOS HOMENAGEIA ISABEL CAMPOS

9ccfff0a5552fd9f81ae0346c686fa0f.jpgO Líder da Minoria no Senado Federal, Jayme Campos (DEM-MT), lamentou em Plenário o falecimento da professora Isabel Campos, ex-primeira-dama de Mato Grosso e esposa do seu irmão, deputado federal Júlio Campos, aos 66 anos, vítima de um câncer, ocorrida no último sábado, em Cuiabá.

“É com profunda consternação que comunico o falecimento da Professora Isabel Campos, nossa querida Loló – assim carinhosamente tratada por nós – que muito realizou em prol do desenvolvimento de nossa cidade de Várzea Grande e do Estado do Mato Grosso, sobretudo no que se refere à atenção aos mais necessitados”, lamentou.

No discurso, Jayme Campos lembrou o legado de Isabel Campos. “Ela deixou indeléveis marcas de seu pertinaz trabalho por todos os locais por onde andou. Tanto como Secretária de Educação, como na Presidência da extinta Fundação de Promoção Social, tendo ali desenvolvido o famoso Projeto João de Barro, por meio do qual construiu centenas de casas populares, em diversos municípios. Foi também ali que desenvolveu o Loteamento Popular Osmar Cabral, que originou o bairro homônimo, na região Sul de Cuiabá”, destacou.

O senador destacou ainda a participação da ex-primeira-dama em outras áreas, como a da comunicação. “Isabel reestruturou e modernizou o jornal O Estado de Mato Grosso, tornando-o o primeiro a ser impresso pelo sistema off set e em cores; ela fez parte da implantação da Rádio Industrial AM, a primeira de Várzea Grande; foi sob sua direção que a TV Brasil Oeste tornou-se a primeira emissora a transmitir via satélite para todo o estado”, afirmou.

Na homenagem póstuma, Jayme Campos disse ainda que Isabel era mãe e esposa “dedicadíssima”. “A seus quatro filhos, Laura, Consuelo, Júlio Neto e Silvia, assim como a meu amado irmão Júlio, dedico estas breves palavras de pesar e homenagem, na certeza de que nossa saudosa Loló, agora alçada a uma dimensão mais sutil, seguirá nos inspirando de onde estiver, gozando da recompensa e conforto dos pródigos, no justo descanso dos bons, sempre a caminho da Luz Maior”, finalizou.

Da Assessoria de Imprensa