Mostrando postagens com marcador Imprensa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Imprensa. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 14 de março de 2012

Sob relatoria de Taques, CCJ aprova projeto que restringe imprensa brasileira

Da Redação

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou hoje (14.03), por unanimidade, o projeto de lei (PLS 141/11) que estabelece novas regras para o chamado "Direito de Resposta". Sob relatoria do senador Pedro Taques (PDT-MT), o texto prevê que o ofendido terá direito de resposta no mesmo espaço, dia da semana e horário da notícia que originar a reclamação.

O senador Pedro Taques destacou que a intenção não é censurar a imprensa. "A liberdade de imprensa deve ser ressaltada, cultuada por todos nós. Agora, liberdade rima com responsabilidade, daí a Constituição da República, no artigo 5º, inciso V, fala do direito fundamental à resposta. Vale destacar que o projeto não ofende nenhum princípio da liberdade de imprensa”, afirmou.

A medida irá preencher um vácuo jurídico aberto com a declaração do Supremo Tribunal Federal (STF) de inconstitucionalidade da Lei de Imprensa (Lei nº 5.250/67). Desde abril de 2009, o país não tem um dispositivo legal que regulamente o direito de resposta para quem se sentir ofendido.

Pelo texto de autoria do senador Roberto Requião (PMDB), o cidadão poderá exercer o direito de resposta ou retificação por matéria divulgada, publicada ou transmitida por qualquer veículo de comunicação social. O projeto recebeu sete emendas do senador Pedro Taques, também aprovadas por unanimidade.

Com a nova regra, a pessoa terá 60 dias para reclamar a publicação ou veiculação de resposta ao órgão de imprensa que divulgou a notícia considerada ofensiva. A partir do recebimento da reclamação, o veículo deverá atender ao pedido em até sete dias. Em caso de recusa, o ofendido poderá entrar com uma ação na Justiça em até 30 dias. O juiz também terá 30 dias para proferir decisão. Para o autor do projeto, a falta de regulamentação tem levado a mídia a desconsiderar pedidos de reparação. "Nestes últimos três anos, a Presidência do Senado enviou à imprensa 148 cartas para corrigir erros e acusações descabidas ao Senado da República. Sequer uma delas foi publicada”, observou o senador Roberto Requião.

Ao final da leitura do relatório, Pedro Taques lembrou que a regulamentação do direito de resposta foi debatida com representantes da Federação Nacional dos Jornalistas, da Associação Nacional dos Jornais e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão.

O projeto foi aprovado em caráter terminativo pela CCJ e fica dispensado de votação pelo plenário do Senado, podendo seguir direto para a Câmara.

Guia de Mídia

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Em breve os usuários também poderão 'assinar' sites na timeline do Facebook

Expandindo a função do botão 'assinar', que permite que usuários recebam atualizações de pessoas das quais nao sao amigos, a direção do Facebook deixou escapar em uma apresentação em Paris que a funcionalidade será expandida também para sites - com isso, 1 plugin permitirá que os internautas recebam informações de determinada página em sua timeline. Se pensar bem, é quase uma função de leitor de RSS atribuída a um plugin específico da rede social.

Com Informações: Blue Bus

terça-feira, 3 de maio de 2011

Senado pode votar PEC do diploma nos próximos dias

 

Cresce a expectativa em torno da votação da PEC 033/09 no Senado na semana em que se comemora o Dia Internacional da Liberdade de Expressão. Com o mutirão realizado pela FENAJ, em conjunto com a Coordenação Nacional da Campanha pela volta do diploma e Sindicatos de Jornalistas na semana passada, cresceu o número de senadores que se declararam favoráveis à proposta. A Federação convocou as entidades apoiadoras do movimento a novo esforço de sensibilização dos parlamentares para o dia 3 de maio.
Com o esforço de sensibilização realizado na semana passada, mais 11 senadores se manifestaram favoráveis à PEC 33/09. Agora 68 senadores são favoráveis, 6 são contrários à restituição da exigência do diploma como requisito para o exercício profissional do Jornalismo e ainda é desconhecida a posição de 7 senadores sobre a Proposta. O “placar” com o posicionamento dos parlamentares está disponível no site da FENAJ.
Nesta terça-feira (03/05), às 9h, haverá audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado sobre a liberdade de imprensa e a violência contra os jornalistas. A FENAJ convocou os Sindicatos de Jornalistas a participarem do evento e, ao mesmo tempo, fazerem novo mutirão de sensibilização de senadores pela aprovação da PEC 33/09 e para que estejam presentes no plenário no dia da votação da proposta. A ideia é aproveitar a presença dos representantes dos jornalistas em Brasília para fazer um novo corpo a corpo também na Câmara dos Deputados pela aprovação da PEC 386/09.
Para o presidente da FENAJ, Celso Schröder, se a votação da PEC 33/09 no Senado ocorrer na semana em que se comemora o Dia Internacional em Defesa da Liberdade de Expressão (3 de maio) será uma importante contribuição para os jornalistas e para a sociedade brasileira. “A ausência de um posicionamento do Congresso Nacional em questões importantes para o Jornalismo fez com que o Judiciário ocupasse um espaço que por essência é do Legislativo”, disse, referindo-se à decisão do STF de extinguir a Lei de Imprensa e o diploma como requisito para o exercício da profissão de jornalista.
“Hoje qualquer cidadão que for vítima de calúnia ou difamação pode ficar irreparavelmente lesado em seu direito de resposta, pois não existe nada que regulamente a relação entre os veículos de comunicação, os jornalistas e a sociedade”, lembra Schröder. “E a qualificação do Jornalismo foi jogada por água abaixo porque, pela decisão do STF, qualquer pessoa sem a menor formação pode exercer nossa profissão”, critica.
Celso Schröder considera, no entanto, que há tempo para reparar este erro. “As liberdades de expressão e de imprensa em nada são afetadas pela exigência do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão”, sustenta, esperançoso de que o Senado aprove a PEC 33/09. “Estas liberdades são caras à democracia e são de toda a sociedade, inclusive dos jornalistas”.
E conta que há um movimento internacional para resgatar as liberdades de imprensa e de expressão que, segundo ele, foram “seqüestradas” pelos donos dos veículos de comunicação. Neste sábado (30/04) Celso Schröder participou de um ato organizado pela Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) e pela Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe (FEPALC), em Santiago (Chile), alusivo ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. “Graças a uma mobilização internacional estamos conseguindo que o governo chileno abandone a ideia de extinguir a versão impressa do jornal La Nación”, registra.

FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas

Abaixo-assinado de cidadãos em apoio às PECs do diploma de jornalista

Para: Deputados e Senadores
Nós, cidadãos abaixo assinados, expressamos nosso apoio às Propostas de Emendas à
Constituição que tramitam na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, restabelecendo
a exigência do curso superior específico de jornalismo para o exercício da profissão de
jornalista.
A PEC 33/2009, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares e relatoria do senador
Inácio Arruda, e a PEC 386/2009, de autoria do deputado Paulo Pimenta e relatoria do
deputado Maurício Rands, por um lado resgatam a dignidade dos jornalistas brasileiros e
contribuem para a garantia do jornalismo de qualidade.
Por outro lado, as PECs estabelecem o local adequado para a discussão extemporânea,
promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que, a serviço das grandes empresas de
comunicação do país, prestou um desserviço à sociedade brasileira ao desregulamentar a
profissão de jornalista.
O parlamento brasileiro responde adequadamente, sintonizado com a opinião pública, a um
processo de judicialização da vida nacional, com caráter nitidamente conservador.
Nós, cidadãos abaixo assinados, apostamos na independência e na vocação democrática do
parlamento para reverter uma decisão nitidamente obscurantista do STF, que tem como
único objetivo atingir a profissão de jornalista e a sua capacidade de expressar a liberdade
de expressão prevista na Constituição Brasileira.
Pela votação imediata das emendas.


Clique no link e assine http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N8603

FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas

É preciso desprivatizar as liberdades de imprensa e de expressão

Este 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, tem significado especial para os jornalistas brasileiros porquanto estão em pauta, no Congresso Nacional, duas questões de fundamental importância para o exercício profissional do Jornalismo com democracia. Paralela à agressão cotidiana contra jornalistas, buscando impedir ou censurar a livre circulação de informações, a extinção da exigência de diploma como requisito para o exercício da profissão desprotege o exercício do Jornalismo ético e responsável e destitui da sociedade seu direito à informação com qualidade.
Não por acaso a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado pautou para este 3 de maio uma audiência pública sobre a liberdade de imprensa e a violência contra jornalistas. A escalada de agressões a profissionais de comunicação vem se manifestando em episódios de manutenção de repórteres, repórteres fotográficos e cinematográficos em cárcere privado, agressões físicas, ameaças de morte, em casos de censura prévia e mesmo nos locais de trabalho, quando ao denunciarem casos que ferem interesses econômicos e políticos os profissionais são “premiados” com demissão.
Se no 3 de Maio do ano passado o debate sobre liberdade de imprensa no Congresso Nacional se deu sob a ótica patronal, a audiência pública de hoje na CDH dá voz aos trabalhadores e suas organizações, com manifestações de representantes da FENAJ, de Sindicatos de Jornalistas, da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial e de profissionais da área.
Para a FENAJ é fundamental desparticularizar e desprivatizar os conceitos de liberdade de expressão e liberdade de imprensa. A liberdade de expressão tem que ser assegurada como um direito universal de todos os seres humanos manifestarem seu pensamento. E a liberdade de imprensa é condição necessária para a livre circulação de informações com responsabilidade, ética, pluralismo, respeito às diferenças e sem discriminações.
O Artigo XIX da Declaração Universal dos Direitos Humanos consagra que "toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”. Neste contexto, evidentemente os veículos e os profissionais de comunicação têm papel destacado. Mas além de uma mídia livre, independente e pluralista, é fundamental que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não negligenciem em seu papel de coibir iniciativas que comprometem as liberdades civis e a democracia.
Igualmente faz-se necessário reconhecer que as liberdades de expressão e de imprensa não são direitos absolutos. Seu limite é o respeito aos direitos dos cidadãos e usuários. É inadmissível recorrer a tais liberdades para proteger quem oculta ou distorce fatos, macula a honra das pessoas ou atropela direitos e obrigações.
Por isso, a FENAJ sustenta que o vazio jurídico deixado com a extinção da autoritária Lei 5.250, de 1967, não pode prosseguir e que é urgente uma nova e democrática lei de imprensa, com a regulação das relações entre o estado, os veículos de comunicação, os profissionais do setor e a sociedade. A entidade defende a aprovação do substitutivo do ex-deputado Vilmar Rocha ao PL 3.232/92, que está pronto para votação há 13 anos.
Registramos, também, que demissões, precarização das relações de trabalho, censura empresarial e autocensura são fatos que acontecem diariamente nas redações e que configuram violências. A elas somou-se a decisão do STF de 17/06/2009, que pôs fim a exigência do diploma como requisito para o exercício do Jornalismo, e entregando às empresas de comunicação a definição do acesso à profissão de jornalista. Cabe ao Congresso Nacional consertar este erro com a aprovação das Propostas de Emenda Constitucional que restabelecem a exigência do diploma como condição básica para acesso ao exercício profissional do Jornalismo assegurando o direito da sociedade à informação de qualidade.


Brasília, 03 de maio de 2011.
Diretoria da FENAJ

terça-feira, 25 de maio de 2010

Jornalistas de MT conquistam piso salarial depois de 15 anos

Após 15 anos de luta por um piso fixado em lei, a categoria de jornalista de Mato Grosso pode finalmente comemorar. Com mais de três horas de reunião entre a atual diretoria do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT), acompanhada pelo advogado da entidade, Marcos Dantas, conseguiu fechar acordo histórico com quatro empresas: TV Cidade Verde (Band); Grupo Folha do Estado; Grupo Diário de Cuiabá; e Grupo Gazeta de Comunicação.

Das seis empresas que começaram a negociação com o Sindjor, em 11 de maio, duas faltaram: TV Centro América (TVCA) e Circuito Mato Grosso. Apenas o Circuito justificou imprevisto e se comprometeu a analisar o acordo fechado com as demais empresas para também assinar o documento.

O acordo, celebrado na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-MT), em Cuiabá, determina piso único de R$ 1.380,00 para todos os jornalistas registrados que trabalhem no estado, além de reajuste de 5,4% (de acordo com o INPC) e mais 1% para cada ano trabalhado, a partir do segundo ano de contrato.

Isso significa que o jornalista que receber salário inferior a R$ 1.380,00 passa a receber o valor do piso, retroativo a 1º de maio, data base dos jornalistas e os demais tem o reajuste do INPC, e os antigos na empresa mais 1% por ano de casa. O acordo tem validade por um ano. Como a TVCA não justificou a ausência, o Sindjor poderá propor dissídio coletivo a empresa.

Apesar do site Olhar Direto não ter participado das reuniões, a diretoria conversou com a presidente do Sindicato, Keka Werneck, e colocou-se totalmente favorável ao valor discutido, devendo ser colocado em ata o posicionamento. Além disso, o Olhar Direto há anos ultrapassa o piso salarial dos jornalistas.
Memória
Para se chegar a esse piso, o Sindjor deflagrou, no dia 27 de janeiro, a campanha salarial de 2010, com o slogan “15 anos sem piso, sem direitos, sem dignidade e agora... sem diploma”, com a realização da Assembleia Geral da categoria.
Na ocasião foi aprovada uma pauta de reivindicação com mais de 40 itens reclamados pelos trabalhadores em jornalismo, entre eles um piso salarial de R$ 2.600,00 e reajuste linear de 20% para todos que atuam na área.

O Sindjor então convocou os empresários, marcando a primeira rodada de negociação com o patronato para o dia 04 de março, na sede do Sindjor. O edital foi publicado no dia 23 de fevereiro. Porém, os jornalistas foram totalmente ignorados. Das 13 empresas convocadas para a primeira rodada de negociação em Cuiabá, nenhuma compareceu ou enviou representante para dialogar com a diretoria.

No dia 11 de maio foi chamada a segunda rodada de negociação, dessa vez já na SRTE-MT. Seis empresas de comunicação enviaram representantes (TVCA, Grupo Gazeta, Diário de Cuiabá, Folha do Estado, Circuito Mato Grosso e TV Cidade Verde-Band). Após uma manhã toda de diálogo com mediação da chefe-substituta da SRTE, Marilete Molinari Girardi, e várias flexibilizações dos trabalhadores, a proposta encaminhada para análise dos empresários estabelecia piso de R$ 1.400,00 e reajuste linear de 5,4% (INPC).

Os representantes dos empregadores levaram a proposta e retornaram com a contraproposta de R$ 1.365,00, aceitando o piso unificado. A diretoria tentou argumentar que desde 1995 o salário inicial do jornalista é de R$ 1.050,00, avançando um pouco o valor, chegando aos R$ 1.380,00.
Nova reunião
Além das cláusulas econômicas, a pauta de reivindicação dos jornalistas é composta por 46 itens das chamadas cláusulas sociais, desse total 17 ficaram suspensas (irão levar para o patronato definir ou não houve tempo para análise na mesa). Para dar continuidade às negociações, uma nova reunião na SRTE-MT foi agendada para o dia 17 de junho, às 09h00.


Fonte: Olhar Direto

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Palestra ministrada pelo assessor especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Jorge Dua

 Da Redação

Os profissionais de comunicação da administração pública estadual participaram, na tarde desta quarta-feira (19.05), de uma palestra ministrada pelo assessor especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Jorge Duarte, no salão nobre Cloves Vettorato, no Palácio Paiaguás. O evento foi promovido pela Secretaria de Comunicação Social de Mato Grosso (Secom/MT), com o objetivo de conhecer a rotina, diretrizes e trabalhos da assessoria federal, além de ser um momento de entrosamento entre os integrantes das assessorias do Executivo.

De acordo com o secretário de Comunicação Social do Estado, Osmar de Carvalho, os profissionais de imprensa devem estar preparados para saber lidar com o adverso, com as crises, informando de forma correta a população e aproximando os órgãos públicos da imprensa. “Trouxemos o Jorge que tem uma experiência enorme nessa área e é uma pessoa qualificada para nos auxiliar nesse momento”, explicou Osmar ao falar também sobre a unificação da linguagem, já que são muitos os órgãos com diferentes setores. “De que forma a informação chegará à sociedade. A busca da unificação da linguagem foi um dos motivos dessa palestra. A própria Secom/MT vai dar continuidade a esse trabalho na prática”.

Para Osmar o que se percebe é que os órgãos de imprensa, de uma forma geral, têm visto que os órgãos públicos e seus assessores têm mudado a visão que tinham antes. “Até pouco tempo atrás a ideia era que o assessor blindava o assessorado, no entanto ele deve estar preparado para informar”, esclareceu o secretário.

Durante a palestra Jorge Duarte falou sobre uma série de questões, desde o ponto de vista teórico da relação do Governo com a sociedade até a rotina de trabalho. “A ideia não é trazer fórmula ou sugestão, mas sim colocar questões pra serem discutidas e os presentes interpretarão da forma que acharem melhor”, disse.

Abordando o viés da comunicação governamental, que segundo Jorge tem que estar cada vez mais voltada para o cidadão ele mencionou que no Brasil existe a história de haver uma comunicação voltada para os dirigentes ou Governo e uma comunicação que tende a ser unilateral. “O governo fala muito e ouve pouco. Hoje, em função das próprias mídias que estão se reconfigurando, a comunicação digital, por exemplo, e até o aperfeiçoamento da sociedade, cada vez mais o Estado vai ter que ouvir e dialogar com o cidadão em todos os âmbitos. A comunicação é a área que vai lidar com isso”, antecipou.

Segundo Duarte, a preocupação é saber como o cidadão está recebendo essa informação. Que tipo de informação interessa pra ele e fazer que a informação chegue a ele no momento, formato, linguagem adequados e atender a necessidade dessas pessoas, já que a tradição brasileira governamental é muito maior de distribuição de informação, quando a sociedade hoje prefere um outro tipo de comunicação. “A comunicação de Governo é um pressuposto para o exercício dos direitos de cada um”, concluiu.

Ao fim da palestra o espaço foi aberto para que os profissionais de comunicação fizessem perguntas e iniciassem um debate sobre o assunto abordado na palestra.

O secretário-adjunto de Estado de Comunicação Social, Onofre Ribeiro, definiu a palestra como provocante, que com certeza norteará as atividades da Secom/MT e servirá de pressuposto para discussões acerca da assessoria de comunicação nos órgãos públicos estaduais.

O Documento

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ministério do Trabalho e Fenaj discutem emissão do registro de jornalista

Por Eduardo Neco/ Portal IMPRENSA

Após cinco meses do julgamento que tornou inconstitucional a obrigatoriedade do diploma para exercício do Jornalismo, foi publicado, na última sexta-feira (13), o acórdão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que reúne os relatórios dos votos dos nove ministros que se manifestaram. 

Em tese, o Ministério do Trabalho e Emprego está apto a voltar a conceder o registro profissional para funcionários de imprensa, procedimento que estava em suspensão, pois a pasta aguardava a publicação do acórdão do STF.

O Ministério alegava que sem a publicação da decisão, não era possível emitir registros profissionais, pois não saberia informar quais procedimentos deveriam ser adotados pelos jornalistas.

O presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo, disse ao Portal IMPRENSA que se reunirá com o ministro Carlos Lupi, na próxima terça-feira (23), para discutir como se dará a emissão do registro profissional.

Na avaliação de Murillo, o acórdão do STF apresenta "excessos e omissões, trechos obscuros" que necessitam de esclarecimento para que o Ministério se posicione a respeito da profissão. Murillo comentou que se a decisão do STF for considerada em sua totalidade, até mesmo o registro da profissão por parte do Ministério pode ser encarado como uma ofensa à Constituição e ao direito de liberdade de imprensa.

Murillo observa, ainda, que o Supremo julgou "além do que foi requisitado pelas próprias empresas" ao declarar inconstitucionalidade na eventual abertura de um Conselho Federal de Jornalistas. Para ele, o STF cometeu um equívoco ao antecipar-se à criação da entidade. 

Ele não acredita que a publicação do acórdão influenciará os votos de deputados e senadores sobre as Propostas de Emendas Constitucionais que tramitam nas duas Casas que visam o restabelecimento da obrigatoriedade do diploma. "O Congresso não será irresponsável a ponto de permitir que essa situação se consolide", disse.

A Fenaj, por meio de seu advogado, João Roberto Pizza Fontes, entrará com embargo à decisão do Supremo para que partes do acórdão que permitem interpretações dúbias sejam esclarecidas.

Leia mais

-Ministério do Trabalho ainda não emite registro para jornalistas
-Para Gilmar Mendes, registro profissional de jornalista perdeu a relevância jurídica

  Comentários

“Com diploma, sem MTB”

O pior absurdo é não fazerem o registro nem com MTB provisório e diploma na mão, para o definitivo. Qual a dúvida de procedimento neste caso, se era o que eles faziam até então???

Daíza Lacerda - 17/11/2009 16:56

Selzy Quinta

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Censura contra o Estadão viola liberdade de imprensa

Gláucia Milício

A censura que o jornal O Estado de S.Paulo sofre há mais de dois meses foi criticada durante seminário organizado pela Associação dos Advogados de São Paulo (Aasp) esta semana. Manuel Alceu Afonso Ferreira, advogado do jornal, voltou a falar sobre o assunto. O Grupo Estado está proibido de divulgar informações relativas a Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que fazem parte da Operação Boi Barrica da Polícia Federal, que corre sob segredo de Justiça. Fernando Sarney foi indiciado por lavagem de dinheiro, tráfico de influência, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Para Manuel Alceu Afonso Ferreira, a proibição ofende um valor constitucional maior que é o da liberdade de imprensa.

O advogado afirmou que, um dia antes de participar do seminário na Aasp, enfrentou um drama de consciência para saber se levaria o teor das gravações proibidas para citar no evento. Optou por não divulgar as conversas gravadas do filho de Sarney. “O que posso garantir é que as gravações sobre Fernando Sarney contêm matéria do mais alto e qualificado interesse público. Existe, claro, no meio conversas particulares, mas não é nem o estilo do jornal divulgá-las. Elas são de pasmar”, disse.

O colunista da Folha de S.Paulo, Walter Ceneviva, também comentou a censura. Para ele, falta ao Judiciário a preocupação de que certas decisões “vergonhosas prejudicam a imagem da instituição”. Ceneviva aproveitou a oportunidade para contar um caso de um juiz de Jequié (BA) que queria ser transferido de vara. O objetivo do juiz era ir para uma comarca mais próxima da capital. Por isso, foi conversar com o corregedor-geral. Lá, falou da pretensão de ir para a cidade de Feira de Santana, pois tinha méritos para ser promovido. Segundo o colunista, o corregedor de Justiça ouviu atentamente o que o juiz tinha a dizer, concordou que ele merecia ser promovido, mas fez uma pergunta inquietante. Perguntou ao juiz se ele já tinha conversado com o "Doutor Antônio Carlos Magalhães". Para Ceneviva, esse é um exemplo clássico que envergonha o Poder Judiciário.

A censura ao Estadão foi imposta no final de julho pelo juiz Dácio Vieira, da Justiça do Distrito Federal. O jornal recorreu ao Tribunal de Justiça do DF, que manteve a liminar, mas afirmou não ter competência para julgar o caso. A ação será encaminhada para a Justiça Federal do Maranhão, onde corre o processo aberto com a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal. As investigações resultaram em cinco inquéritos sobre negociações suspeitas de empresas do Grupo Sarney. A defesa do jornal promete levar o caso para o Superior Tribunal de Justiça julgar.

Caldeirao Politico

Selzy Quinta

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

'Jornalista tem a obrigação de conhecer de perto a realidade em que vive', opina Rodrigo Vargas

Rodrigo Vargas, aos 33 anos, ainda é um jornalista da nova geração, considerando, por exemplo, Mino Carta, de 76 anos, ou outros de nós, já há duas, três décadas ou mais no exercício do jornalismo. Tem 11 anos de estrada, mas é um cara bem sucedido - nos moldes do capitalismo, que ele, incluse, defende - mas sobretudo parece ser visto, por seus colegas, como alguém que chegou ao auge. Vargas trabalha em um dos jornais de maior distribuição do país, a Folha de S. Paulo, como correspondente em Mato Grosso/Mato Grosso do Sul. E tem se destacado! Escrevendo, diz vencer a timidez. Assume que já se emocionou ao ponto de quase chorar fazendo matéria e já pagou muito mico no dia a dia das apurações. Leia a entrevista, para quem sabe, perceber melhor esse sujeito boa praça...

Nome: Rodrigo Vargas.
Idade?
33 anos.
Nasceu onde?
Patrocínio/MG.
Se não nasceu aqui, veio para cá como e com quem e para quê? Vim para Cuiabá aos 4 anos de idade, quando meus pais decidiram tentar a sorte por estas bandas.
Casado?
Sim.

Filhos?
Pedro, 4, e Gabriela, 20 dias.

Você está no auge?
Espero que não. Quando alguém chega ao auge, não há mais o que conquistar, não há mais para onde avançar e, em muitos casos, só resta seguir ladeira abaixo. Diria que estou vivendo um bom momento, trabalhando onde sempre quis, fazendo o que gosto e aprendendo muito.
O jornalismo é um prazer inenarrável ou um ofício simplesmente? Ou um meio termo?
Minha relação com o jornalismo sempre foi muito passional. Desde pequeno, em vez de bombeiro ou médico, queria ser jornalista. Admirava os repórteres da TV, invejava a coragem dos correspondentes de guerra, sonhava com uma vida repleta de muitas viagens e contato com pessoas e pontos de vista diferentes do meu. De certa forma, e guardadas as devidas proporções, tenho vivido esse sonho, o que é muito gratificante. Agora, essa dificuldade de considerar o meu trabalho também como um emprego já me fez aceitar condições de trabalho inadequadas e inseguras. Meu esforço, hoje, é tentar chegar a esse meio termo, no qual a paixão pelo que faço não me impeça de perceber o que é melhor para mim.
Onde você estudou até chegar à faculdade de jornalismo? Tem títulos acadêmicos? Isso é importante?
Do pré à quarta séries (até hoje não aprendi a nova nomenclatura), estudei em escolas públicas de Cuiabá (Maria Dimpina e Souza Bandeira). Fiz parte do ginásio no Patronato Santo Antônio e, a partir da 8ª série, passei a estudar no Colégio São Gonçalo, onde concluí o 2º grau. Formei-me na UFMT em 1998 e, por absoluta falta de planejamento do meu tempo, não obtive nenhum título depois disso. Considero importantes os títulos acadêmicos obtidos como resultado de um genuíno interesse em pesquisa -e não apenas como forma de enriquecer o currículo do pesquisador.
Diploma tem alguma validade para o exercício das profissões? E para o exercício do jornalismo?
Diploma, por si só, não -a multidão de diplomados em Direito que leva sucessivas bombas no exame da OAB não me deixa mentir. Agora, é inegável que uma formação acadêmica bem feita contribui para melhorar a qualidade do profissional que chega ao mercado. A grande questão, no caso do jornalismo, não é a obrigatoriedade ou não do diploma, mas a ausência de regulamentação profissional. Não vejo problema em um graduado em História buscar registro como jornalista -desde que atenda a requisitos definidos pela categoria e se comprometa a seguir o código de ética do ofício. A liberação irrestrita, contudo, deixará milhares de trabalhadores submetidos unicamente à regulação do mercado, um caminho que a atual crise econômica já provou ser desastroso. A desregulamentação também causa a mim preocupações de ordem mais, digamos, prática: como ficarão as filas para o credenciamento de jornalistas em eventos pagos, como seminários e jogos de futebol? Coletivas de imprensa serão concedidas a partir de palanques? Quem vai ler tanta notícia?
Qual a matéria mais besta que você já leu ou viu, e onde viu?
Qualquer abordagem sobre a vida amorosa e/ou sexual e/ou social de celebridades é absolutamente besta sob qualquer ponto de vista -os sites de notícias estão repletos de pérolas da insignificância jornalística que, para meu desalento, ocupam sempre o topo dos rankings de notícias mais lidas.

Qual livro que todo jornalista deveria ler? Qual livro qualquer pessoa deveria ler? E filme? Por que?
Para jornalistas, qualquer livro do “dinossauro” Ênio Silveira (recomendo “A Milésima Segunda Noite da Avenida Paulista”, editado pela Companhia das Letras na coleção Jornalismo Literário). É triste perceber como nós jornalistas estamos a perder a capacidade de escrever textos que tenham, além de registros factuais e números, um pouco de vida, de sabor e de alma. Os textos do Ênio são repletos dessa chama verdadeira. Para todos, recomendo “A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta”, do Ariano Suassuna: simplesmente a melhor e mais impressionante obra literária que já tive a oportunidade de ler (e reler, compulsivamente) nos últimos 33 anos.
Capitalismo ou socialismo? Ou nenhum dos dois sistemas?
Num mundo em que o principal esteio do capitalismo mundial é um país comunista e os ditos socialistas empreendem reformas neoliberais, acho que a única resposta possível seria nenhum dos dois. Mas, para não ficar em cima do muro, declaro aqui a minha admiração pelo capitalismo tal como se vê em países como Noruega e Canadá, onde a livre iniciativa e a democracia convivem com um Estado forte e presente na vida das pessoas.

De que forma a miséria aparece nos jornais? Mostrá-la é uma forma de resolvê-la?
O jornalista não tem a obrigação de resolver nada, nem deve prometer isso a ninguém. Jornalista tem a obrigação de conhecer de perto a realidade em que vive e, por meio um trabalho de apuração sensível, apartidário e rigoroso, ser capaz de levá-la ao conhecimento de seus leitores, provocar o debate e cobrar ações do Estado. Sobre a miséria, trata-se de uma realidade em muitos lugares do Brasil e não é possível colocar todas as abordagens da imprensa em um mesmo balaio para a avaliação. Muitas matérias sobre a miséria limitam-se ao registro factual de sua existência, o que costuma render fotos chocantes, mas não provoca o debate. Mas há muitos exemplos de jornalistas que conseguem enxergar e traduzir o cenário político e econômico que gera e faz perpetuar a fome país afora. Cito um exemplo da chamada “grande imprensa”: a série “A Fome no Brasil”, do excelente Marcelo Canellas, repórter da TV Globo.

Qual seu melhor momento na produção jornalística? Apurando ou escrevendo?
Escrever é uma tarefa dolorosa para mim. É quando me deparo com a realidade do espaço (o tempo da TV, as linhas do jornal, as laudas da revista), tenho de fazer escolhas e optar por essa ou aquela abordagem. E há o relógio, o deadline, o tempo a me vigiar por sobre o ombro. Por isso mesmo, meu melhor momento é na apuração, quando ainda não há limites de abordagem e cada pergunta ou observação pode levar a matéria para um rumo completamente novo.
Você tem fama de ter lindo texto, quem te ensinou a escrever?
O Carlos Heitor Cony disse certa vez que começou a escrever por não saber falar. Acho que a timidez também foi uma grande escola para mim. Quando criança, escrevia jornais e revistas (com tiragem de 1 exemplar) para dizer aquilo que, em público, guardava comigo ou expunha de forma atrapalhada. Depois, já na faculdade, a participação no jornal laboratório coordenado pelo professor Aílton Segura e a oportunidade de produzir textos sobre eventos específicos (eleições, seminários) me ajudaram a ter mais confiança no que fazia. Naquele momento, porém, ainda achava que teria mais futuro no fotojornalismo do que na produção de textos. Depois, a vida tratou de ir me encaminhando, sem que eu pudesse fazer nada para impedir.

Já chorou apurando matéria?
Não, mas já tive que me segurar muitas vezes. A mais recente que me lembro foi quando entrevistei aquele senhor que trabalhava como borracheiro em um posto de gasolina e viu o filho de 9 anos morrer em seus braços, vítima de uma bala perdida. Durante a entrevista, eu não conseguia deixar de lembrar do meu próprio filho e de como devia ser terrível estar na pele daquele sujeito. Saí de lá bem abalado e quase que não consigo escrever a matéria.
Homem chora?
Claro. Uns mais abertamente que os outros (botafoguenses e colorados, por exemplo), mas todos temos na vida momentos em que, por alegria ou tristeza, não resta outro jeito de colocar para fora o que sentimos e cair no choro.
Já pagou algum mico no jornalismo? Já foi ofendido por fonte?
Vários. Lembro que uma vez um cacique xavante conseguiu me convencer que sua etnia enviaria a Cuiabá dezenas de ônibus lotados de guerreiros para uma audiência na qual um índio seria julgado por homicídio. Ele me disse que, se fosse preciso, iriam invadir o Fórum e resgatá-lo. No dia seguinte, a manchete do Diário Žfoi: “Índios ameaçam invadir Cuiabá”. Quando cheguei ao Fórum, contudo, estranhei a falta de mobilização. Encontrei por lá o cacique e perguntei pelos guerreiros: “Vieram três”, disse ele. Eu retruquei, ainda confuso: “Três ônibus?”. Foi quando, com o mesmo ar grave do dia anterior, o cacique me olhou nos olhos e disse: “Não, três índios. Mas são bem bravos, viu?”. Sobre ofensas, não me lembro de nenhuma em particular, mas muitas fontes já bateram o telefone na minha cara, o que considero uma tremenda falta de educação.
Cite um assunto que você acha importante e não está na pauta da chamada grande mídia. E se não está, por que não está, sendo importante?
Não acredito em movimentos deliberados que justifiquem essa ou aquela deficiência de abordagem. Creio que falta à imprensa investimento e tempo. Só assim vai ser possível um tratamento mais aprofundado de grandes assuntos, como desigualdade de renda, desenvolvimento regional, educação básica, geração de empregos, fluxos migratórios e racismo, para citar só alguns. No caso dos jornais impressos, que sempre foram a minha praia, tenho a cada dia mais certeza de que o atual modelo (baseado em notícias de leitura rápida) já foi ultrapassado pelas novas tecnologias. Não há nada mais velho do que notícias de ontem. Se quiserem sobreviver, os jornais terão de investir em mão de obra qualificada e permitir que os jornalistas tenham tempo para trabalhar em pautas melhores e mais contextualizadas.
Você iria à guerra por algo?
Que perguntinha, hein? Seria fácil responder que sim, aqui do conforto da minha poltrona e sem nenhum inimigo à vista, só para dar uma de revolucionário. Eu só sei que estar predisposto à guerra significa estar predisposto a matar outro ser humano (ou vários, se for preciso). Eu não estou e espero nunca estar. De qualquer modo, fosse qual fosse o motivo, seria um soldado de meia tigela.
Você se surpreendeu com o golpe em Honduras? A embaixada brasileira fez certo ao acolher Manuel Zelaya?
Parafraseando o Casseta & Planeta: se as instituições do Brasil são como são, imagine em Honduras? Então não houve surpresa alguma com tudo o que ocorreu, a saber: uma tentativa de golpe “democrático” por parte de Zelaya (um latifundiário neo-esquerdista que pretendia se perpetuar no poder) e sua destituição por um contragolpe de opositores “legalistas” de araque. Ninguém é santo naquela briga e a diplomacia brasileira, ciente disso, tinha é que ter se mantido como uma força de busca pela estabilização e o diálogo. Se de fato não sabia dos planos de Zelaya, o país tomou a atitude correta ao recebê-lo em sua representação, mas falhou feio ao permitir que ele e seus seguidores transformassem a embaixada em um comitê de campanha. Se sabia, correu um risco desnecessário.
Quais são as melhores histórias?
Tudo depende do repórter. Uma matéria sobre casas levadas pela enxurrada pode se limitar ao registro factual e durar, no máximo, até o final do dia seguinte. Uma matéria sobre a história das vítimas, e de como vieram morar em áreas de risco, pode render muito mais e revelar problemas como a falta de uma política habitacional, fiscalização deficiente e o efeito de movimentos migratórios repentinos.
Uma pessoa pode ser mais importante que a outra?
Dependendo do contexto e das habilidades de cada um, sim. Explico: se você tem uma hemorragia interna, um cirurgião será para você muito mais importante do que um cabeleireiro. Se for o dia do seu casamento, poucas pessoas serão mais importantes do que o seu cabeleireiro. Agora, perante a Lei, a sociedade e as instituições públicas, nenhum deles deveria ser tratado de forma diferente, nem gozar de privilégios de nenhum tipo. Não é o que acontece, mas é o que devemos buscar.

Agua Boa New

Selzy Quinta

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Câmara instala Frente Parlamentar em defesa da exigência do diploma de jornalismo

Redação Portal IMPRENSA

A Câmara dos Deputados instalou, nesta quarta-feira (23), a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma de Jornalista. Proposta pela deputada federal Rebecca Garcia (PP-AM), ela tem como objetivo defender a exigência do diploma para o exercício da profissão.

Agência Câmara

Rebecca Garcia (PP-AM)

A partir da instalação, a Frente terá recursos para realizar audiências públicas pelo país, mobilizando jornalistas e alertando a sociedade brasileira sobre os riscos de se deixar apenas nas mãos dos empresários de comunicação a decisão de quem exercerá a atividade jornalística, informou a assessoria de imprensa do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).

Entre as propostas, estão o fortalecimento, a promoção e a defesa de norma legal pela exigência do diploma de jornalismo para obtenção do registro profissional; apoiar as diretrizes do MEC pelo reconhecimento e valorização do diploma; e propor em lei período de transição para regularização dos jornalistas que exercem a profissão sem diploma, e após esse prazo só admitir profissionais diplomados em curso de jornalismo.

A Frente é também um mecanismo de adesão as duas Propostas de Emenda à Constituição que existem hoje no Congresso Nacional e que buscam restabelecer a obrigatoriedade do diploma. Uma na Câmara, de Pimenta (PT-RS), que já está sendo analisada na Comissão de Constituição e Justiça, e uma no Senado Federal, do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).

Segundo Rebeca, não há intenção de confronto com o STF e sim estabelecer regras para uma profissão tão importante como é a do jornalista. Para o ato oficial de instalação da Frente, foram convidados o Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murilo, o deputado federal Paulo Pimenta, representantes da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e dos Sindicatos dos Jornalistas do Brasil.

Leia mais

Selzy Quinta

domingo, 13 de setembro de 2009

Novo cenário do Jornal Nacional causa polêmica

Segundo a emissora, novidade não tirá atenção do telespectador

  • Divulgação

    William Bonner e Fátima Bernardes no comando do 'Jornal Nacional'

    PORTAL TERRA

    Um cenário girando atrás dos apresentadores pode até ser moderno. E o Jornal Nacional optou por essa ferramenta para comemorar os seus 40 anos. Mas a eficiência da ideia é discutível, pelo menos pelo ponto de vista da neurociência. A neurocientista Suzana Herculano Hoezel levantou a discussão em texto publicado em seu blog, intitulado "Assim não dá para prestar atenção na Fátima Bernardes".

    "Virei para a TV, e lá estava um globo tridimensional, rodando no fundo, atrás da Fátima Bernardes. Muito bonito - mas um horror para quem quer prestar atenção nela! Tudo o que se move atrai automaticamente a atenção do cérebro, de modo que me vi fazendo uma força danada para não deixar meus olhos correrem para os continentes atrás dela", escreveu Suzana.

    Segundo a Central Globo de Comunicação: "Foram feitos vários testes com o novo cenário do 'JN' antes da estreia. E o globo terrestre em movimento certamente não é uma novidade que tire a atenção do telespectador. Um outro exemplo é que até 1993 as tarjas informativas eram estáticas na tela. Talvez tenham estranhado no primeiro dia, mas, hoje, todas as tarjas têm movimento. O cenário ajuda a passar o dinamismo do jornalismo".

    Polêmica à parte, as indicações para que Fátima Bernardes não abuse de acessórios como brincos grandes, por exemplo, permanecem valendo, pois nada pode chamar mais atenção do que a notícia. E do ponto de vista da Globo, brincos, sim, podem atrapalhar.

  • Selzy Quinta

    quinta-feira, 10 de setembro de 2009

    Folha cria regras de conduta para jornalistas usarem blogs e redes sociais

    Portal IMPRENSA

    O jornal Folha de S.Paulo criou regras de condutas para seus jornalistas que atuam em blogs ou no serviço de microblog Twitter. O comunicado interno, enviado esta semana, pede que os profissionais não se posicionem em favor de um candidato, partido ou campanha, e que não publiquem "furos" em suas páginas da web.

    "Os profissionais que mantêm blogs ou são participantes de redes sociais e/ou do twitter devem lembrar que representam a Folha nessas plataformas, portanto devem sempre seguir os princípios do projeto editorial, evitando assumir campanhas e posicionamentos partidários", diz o texto assinado pela editora-executiva do jornal, Eleonora de Lucena.

    O comunicado afirma, ainda, que os profissionais "não devem colocar na rede os conteúdos de colunas e reportagens exclusivas. Esses são reservados apenas para os leitores da Folha e assinantes do UOL. Eventualmente blogs podem fazer rápida menção para texto publicado no jornal, com remissão para a versão eletrônica da Folha".

    Segundo José Roberto de Toleto, diretor do PrimaPagina e coordenador da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a Folha de S.Paulo é o primeiro veículo brasileiro a regular a atuação dos jornalistas em blogs e redes sociais.

    Selzy Quinta

    quarta-feira, 9 de setembro de 2009

    Guia IMPRENSA aponta melhores cursos da região centro-oeste

    Portal IMPRENSA

    O "Guia IMPRENSA - As melhores faculdades de jornalismo do Brasil", a ser publicado em outubro, antecipa, desde a semana passada, a divulgação das listas regionais. Nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, predominam os cursos de Brasília, ao ocupar seis das 10 posições, inclusive os quatro primeiros lugares. Algumas faculdades da região não autorizaram a avaliação pela equipe da IMPRENSA nem o acesso aos documentos e instalações.

    Para avaliar as faculdades, foram utilizados critérios como titulação e experiência profissional do corpo docente, infraestrutura e experiência laboratorial, projeto pedagógico e presença no mercado de trabalho.

    Conheça as melhores faculdades de jornalismo do centro-oeste
    01 Universidade Católica de Brasília, UCB (Brasília, DF)
    02 Universidade de Brasília, UnB (Brasília, DF)
    03 Centro Universitário de Brasília, UniCeub (Brasília, DF)
    04 Instituto de Educação Superior de Brasília, IESB (Brasília, DF)
    05 Centro Universitário da Grande Dourados, UniGran (Dourados, MS)
    06 Universidade de Cuiabá, Unic (Cuiabá, MT)
    07 Centro Universitário Unieuro (Brasília, DF)
    08 Centro Universitário UniRondon (Cuiabá, MT)
    09 Universidade Federal do Mato Grosso, UFMT (Cuiabá, MT)
    10 Unicesp (Brasília, DF)

    Como foi feito
    Todas as instituições de jornalismo do Brasil podiam participar do ranking. Algumas, no entanto, recusaram-se alegando que participar de um estudo desses não faria parte da política da faculdade, e ainda outras foram desconsideradas, ou porque enviaram dados fora do prazo ou porque esses dados estavam incompletos. A primeira fase do Guia começou há um ano, quando jornalistas freelancers foram contratados para visitar cada uma das faculdades e entrevistar os coordenadores de curso, apurando as condições físicas, o currículo das disciplinas, os projetos de jornal laboratório. Essas informações foram incluídas em um banco de dados, utilizado como referência para ponderar e avaliar os critérios definidos por uma comissão de profissionais das áreas de jornalismo impresso, televisão, rádio, webjornalismo, assessoria de imprensa e do movimento sindical.

    Após esse primeiro levantamento, a equipe do Guia estabeleceu uma pontuação específica para os parâmetros e atribuiu notas em cada um dos critérios, analisando os relatórios de visitas. Para isso, utilizou como referência tanto as exigências mínimas do Ministério da Educação quanto as indicações da comissão profissional em cada área de atuação. Por último, IMPRENSA elaborou uma pesquisa amostral no universo de 25,1 mil editores em todo o território brasileiro, perguntando em quais faculdades eles cursaram jornalismo e quais são as instituições de origem por eles preferidas na contratação. A soma de todos esses critérios, com diferentes pesos, gerou o ranking dos cursos de jornalismo do "Guia IMPRENSA".

    O estudo leva em conta os aspectos acadêmicos, mas também valoriza projetos que tenham o reconhecimento do mercado de trabalho e estejam atualizados com as novas exigências do atual panorama profissional, com as atribuições agregadas ao profissional de jornalismo, os novos postos de trabalho, o domínio das várias plataformas e das tecnologias digitais.

    Leia mais

    - IMPRENSA publica ranking nacional de cursos de Jornalismo; Casper lidera
    - IMPRENSA divulga melhores cursos de jornalismo da região Sudeste
    - Guia IMPRENSA: no sul, novos cursos e escolas tradicionais compõem lista das melhores

    quinta-feira, 20 de agosto de 2009

    Após 16 anos, Record compra documentário histórico que ataca trajetória da Rede Globo

    Como parte dos esforços para atacar a Globo, a Record fez uma aquisição poderosa: comprou o documentário "Muito Além do Cidadão Kane" ("Beyond Citizen Kane"). A emissora fechou o negócio nesta semana, mas já havia tentado adquirir os direitos de exibição para TV brasileira nos anos 90. Segundo apurou a Folha Online, o material saiu por menos de US$ 20 mil para a emissora do bispo Edir Macedo.

    Desde a semana passada, quando Globo e Record começaram a se atracar em rede nacional, o nome da produção voltou à baila. No entanto, quase tudo o que se diz sobre ela --de sua suposta proibição à autoria do trabalho-- é equivocado.

    A Record já vinha veiculando trechos do documentário em seus telejornais noturnos antes da aquisição. O filme chegou a ser citado no "Repórter Record" de domingo (16).

    Transmitido pela primeira vez em 1993, no Reino Unido, "Muito Além..." mostra o empresário Roberto Marinho (1904-2003) como ícone da concentração da mídia no Brasil --daí a referência a Charles Foster Kane, magnata das comunicações vivido pelo cineasta Orson Welles em "Cidadão Kane" (1941).

    Simon Hartog, diretor da obra, morreu em 1992, antes de o trabalho ser exibido. Seu produtor e braço-direito era John Ellis, que se tornou a partir daí o responsável pelo projeto. Ellis deteve, até o começo dessa semana, o direito de exibição do filme em TV aberta no Brasil, agora na mão da Record.

    Mesmo legendado de forma capenga, o documentário se transformou num "hit" no país antes da internet ser o que é hoje --ou seja, circulava em VHS. Custou cerca de US$ 260 mil [R$ 445 mil] à extinta empresa Large Door, na qual Hartog e Ellis eram sócios.

    A produtora independente fez o longa para o canal britânico Channel 4, responsável por sua transmissão (a BBC nunca teve qualquer ligação com a produção, diferentemente do que a própria Record insiste em divulgar). Curiosidade: uma das maiores audiências do Channel 4 é o "Big Brother", também carro-chefe da Globo.

    Bastidores

    Em entrevista ao caderno "Mais!" publicada em fevereiro do ano passado, Ellis revelou que tanto Globo quanto Record tentaram comprar os direitos do filme nos anos 90 --a primeira para engavetá-lo, a segunda pare exibi-lo. Ellis disse também que o título nunca foi proibido ou embargado pela Justiça brasileira.

    "A igreja [Universal do Reino de Deus] já tinha uma filial em Londres naquela época [começo dos anos 90]. Mas percebeu que haveria uma disputa judicial com a TV Globo a respeito das muitas imagens retiradas da programação deles. Então decidiu não comprá-lo", relatou o produtor.

    Agora, a Record pode se concentrar em exibir os trechos "autorais" do filme, ou seja, limar as imagens da TV Globo e focar nos relatos e entrevistas.

    Políticos como Leonel Brizola (1922-2004), Antonio Carlos Magalhães (1927-2007) e Luiz Inácio Lula da Silva --apresentado então como líder sindical-- falam sobre a emissora carioca no filme. "Nada se faz [no Brasil] sem consultar o dr. Roberto Marinho. É assustador", diz o cantor Chico Buarque, no início da fita.

    Em outro trecho da entrevista à Folha no ano passado, este inédito, Ellis criticou o envolvimento da Iurd com a Record.

    "Por que uma igreja deveria gastar seu dinheiro desse modo [em TV] quando há muitos assuntos urgentes que merecem seu dinheiro e atenção? Como eles respondem a isso?", questionou à época.

    A Justiça recebeu neste mês denúncia do Ministério Público de São Paulo e abriu ação criminal contra Edir Macedo, fundador da Iurd, e mais nove integrantes da igreja, sob acusação de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Procurada pela reportagem, a Record não confirmou tampouco negou a compra de "Muito Além do Cidadão Kane".

    No Google Videos, o documentário está disponível na íntegra desde fevereiro de 2006. Também aparece hospedado no site da Igreja Universal, o ArcaUniversal.com.br.

    Diógenes Muniz-Folha Online

    Selzy Quinta

    quarta-feira, 5 de agosto de 2009

    Reportagens proibidas: Decisão do TJDFT 'não pode partir para censura prévia', diz ministro do Supremo

    G1

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou nesta terça-feira (4) estar "preocupado” com a decisão adotada na última sexta-feira (31) pelo desembargador Dácio Vieira,do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que proibiu o jornal “Estado de S. Paulo” de publicar informações sigilosas do inquérito da Operação Boi Barrica.

    A ação da Polícia Federal investiga Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Para Mello, a decisão não pode servir de precedente para limitar a atuação da imprensa. “Me preocupa, porque, na minha compreensão pessoal, esse fato (a decisão do TJDFT) não pode ser ponto de partida para brecar a liberdade de imprensa”, argumenta Mello.

    O magistrado também falou da suposta censura prévia e lembrou que a Constituição já prevê mecanismos, como ações cível e penal, para coibir abusos em reportagens publicadas pela imprensa. “O que me preocupa é parti-se para censura prévia, quando a Constituição prevê algo diverso. Caberia nesse caso ação cível ou penal por dano moral contra o jornal, caso houvesse extravasamento”, analisou Mello.

    No dia 31 de julho, o desembargador do TJDFT concedeu liminar estipulando multa de R$ 150 mil para cada reportagem publicada pelo jornal sobre a Operação Boi Barrica. Para evitar “lesão grave e de difícil reparação” a Fernando Sarney, o desembargador determinou que o jornal se abstivesse “quanto à utilização (de qualquer forma, direta ou indireta) ou publicação dos dados relativos ao agravante (Fernando Sarney)”.

    Vieira atendeu ao pedido formulado pelos advogados do filho do presidente do Senado. Os defensores argumentam que o vazamento de informações sigilosas do inquérito pode “causar prejuízo incalculável à honra” de Fernando Sarney.

    A medida foi criticada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que a classificou como “censura prévia”. A Associação Nacional de Jornais (ANJ) também condenou “veementemente” a decisão. Na tarde desta segunda-feira (3), no entanto, Fernando Sarney divulgou nota afirmando que sempre defendeu a liberdade de imprensa e a livre manifestação de opinião.

    O filho do presidente do Senado lamentou que a decisão judicial esteja sendo apresentada como "forma de censura à imprensa" e que isso é uma tentativa de "distorcer os fatos". Segundo o empresário, ele recorreu à Justiça contra o que considera "uma injustiça e uma violência" contra ele e a sua família.

    Ainda segundo o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, a liminar obtida pelos advogados de Fernando Sarney merece cautela porque ainda pode ser julgado no próprio STF. “O ato desencadeará remédio jurídico. Precisamos aguardar. Não estou censurando o beneficiado (Fernando), mas nós do Judiciário defendendo o direito às liberdades”, justificou Mello.

    Jornal vai recorrer

    O advogado do jornal, Manoel Alceu, deve ingressar com recurso tentando anular a decisão. A medida será apresentada ao próprio desembargador que analisou o caso. “Entre quarta e quinta-feira tomaremos providências junto ao próprio relator (Dácio) e a depender da reação dele eu tomarei outras providências”, disse Alceu, que não revelou maiores detalhes para não atrapalhar a estratégia da defesa.

    Também em nota, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta segunda não ter responsabilidade sobre a decisão judicial. “Não fui consultado sobre essa iniciativa, de exclusiva responsabilidade dele e de seus advogados, e por isso é uma distorção de má fé querer me responsabilizar pelo fato”, diz.

    Sarney afirmou que seu filho era vítima de uma campanha “cruel e violenta” por parte do jornal “Estado de São Paulo”. Sarney disse que nunca processou nenhum jornalista. “Todo o Brasil é testemunha de minha tolerância e minha posição a respeito da liberade de imprensa, nunca tendo processado jornalista algum”, afirmou.

    O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), entrou com uma denúncia no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que concedeu a liminar pedida pelos advogados de Fernando Sarney.

    A aassessoria do desembargador Dácio Vieira, mas foi informado que o magistrado não iria comentar os fatos relacionados à decisão adotada por ele.

    Operação Boi Barrica

    No dia 22 de julho, na reportagem “Gravação liga Sarney a atos secretos”, o jornal revelou o teor de diálogos gravados durante a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal. As gravações mostram o empresário Fernando Sarney conversando com o pai sobre a nomeação de um suposto namorado de sua filha no Senado.

    Na sequência de sete diálogos, além do filho de Sarney e do próprio presidente do Senado, também aparece a neta de Sarney.

    A Operação Boi Barrica investiga as atividades empresariais de Fernando Sarney. Foi a partir do monitoramento das ligações telefônicas do empresário que os agentes gravaram as conversas com o presidente do Senado.

    Selzy Quinta

    "Sempre defendi a liberdade de imprensa", diz Fernando Sarney

    Redação Portal IMPRENSA

    Na última segunda-feira (3), o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), tentou minimizar as críticas à ação que impetrou contra o jornal O Estado de S.Paulo. Em nota, o empresário - presidente do Sistema Mirante de Comunicação, que possui a retransmissora da TV Globo no Maranhão - disse que "sempre defendeu a liberdade de imprensa, a livre manifestação de opinião e jamais apoiaria qualquer iniciativa que pudesse ser interpretada como censura".

    Fernando Sarney obteve posição favorável contra O Estado de S.Paulo. Por decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF), desde o último fim de semana o periódico paulistano está proibido de divulgar informações sobre a "Operação Boi Barriga", que apura irregularidades contra o filho do presidente do Senado.

    Ainda na nota, Fernando justificou que a decisão contra o veículo "simplesmente exige o respeito e garantias constitucionais inerentes a todo cidadão: intimidade, privacidade, honra e imagem. O empresário afirmou, também, ser "lamentável" que o caso tenha ganhado contornos de censura à imprensa.

    Também em comunicado à imprensa, o pai do empresário, José Sarney, disse que não foi consultado sobre a decisão do filho em abrir ação contra o jornal. No texto, o presidente do Senado ainda afirmou que Fernando tem sido alvo de campanha "cruel e violenta" iniciada por O Estado de S.Paulo.

    Leia Mais

    -Entidades veem como censura veto ao jornal O Estado de S.Paulo

    Selzy Quinta

    quinta-feira, 9 de julho de 2009

    Deputado pede a volta da exigência de diploma para jornalistas

    Autor: Maria Angélica -Agência Brasil
    Proposta de emenda à Constituição (PEC), que exige diploma de curso superior, devidamente registrado nos órgãos competentes, para o exercício da profissão de jornalista, foi apresentada nesta quarta (8) à Câmara pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS). A proposta teve o apoiamento de 191 deputados. Ela será encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça para analise da sua admissibilidade e constitucionalidade.
    A proposta visa incluir na Constituição Federal dispositivo que estabelece a necessidade de curso superior em jornalismo para o exercício da profissão de jornalista. A PEC também estabelece que nenhuma lei poderá conter dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social.
    Também já está tramitando no Senado outra PEC, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), visando incluir no texto constitucional a obrigatoriedade do diploma de curso superior em comunicação social na área de jornalismo para o exercício da profissão de jornalista. As duas PECs foram apresentadas ao Senado e à Câmara após o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar a exigência de diploma de curso superior de jornalismo para o exercício da profissão de jornalista.

    Selzy Quinta

    terça-feira, 7 de julho de 2009

    Presidente Lula estreia como colunista em 94 jornais do país

    Redação Portal IMPRENSA

    O presidente Luíz Inácio Lula da Silva iniciou nesta terça-feira (7) a redação de coluna em 94 jornais cadastrados pelo Palácio do Planalto no país. A seção, intitulada "O Presidente Responde", terá periodicidade semanal e será baseado por perguntas enviadas por cidadãos ao chefe de estado brasileiro. A Secretaria de Imprensa da Presidência informa que, jornais interessados em publicar a coluna devem enviar perguntas de leitores para Lula.

    Ricardo Stuckert/PR

    Presidente Lula

    Na primeira edição da coluna, o presidente respondeu duvidas sobre gastos com a Copa do Mundo de 2014 -que será realizada no Brasil -, além de falar sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e a possibilidade dos cidadãos se cadastrarem ao programa de casa própria pela internet.

    Desde 2003, ano em que iniciou o mandato, Lula é responsável pelo programa de rádio semanal "Café com o Presidente", em que responde a perguntas enviadas por eleitores. A Secretaria de Imprensa prevê ainda a criação de um blog até o final deste mês, para divulgar as ações do Executivo brasileiro.

    Leia Mais

    Selzy Quinta Marcas:

    Audiência pública na Câmara debate fim do diploma no Jornalismo

    Redação Portal IMPRENSA

    A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara Federal realiza, na próxima quinta-feira (9), audiência pública para debater o fim da exigência do diploma no Jornalismo. O encontro - que contará com a presença de ministros, jornalistas e professores de Comunicação Social - foi proposto pelo deputado federal Miguel Correa (PT-MG).

    "Precisamos entender melhor a decisão do Supremo Tribunal Federal e ouvir todos os pontos de vista sobre o assunto", disse Corrêa, citando que o resultado da Corte necessita de amplo debate para minimizar impactos no setor.

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes; o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo e a coordenadora do curso de Comunicação Social da Universidade de Brasília (UNB), Dione Oliveira Moura, estão entre os convidados ao evento. 

    O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 17 de junho, pelo fim da exigência do diploma ao exercício do Jornalismo. A matéria -que teve como relator o ministro Gilmar Mendes -registrou resultado unânime. Na ocasião, oito dos nove ministros presentes votaram pelo término do diploma. A informação é da Agência Brasil.

    Leia Mais

    Selzy Quinta Marcas: