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domingo, 11 de outubro de 2009

A criança é o futuro que já começou

Por: - Maguito Vilela

maguito_vilela

Ao ensejo das festivas comemorações do Dia da Criança, neste 12 de outubro de 2009, ouso fazer sucinta e singela abordagem sobre estes pequeninos, nossos irmãos em humanidade, que hão de representar amanhã o futuro glorioso da nossa pátria.
Alimento o audacioso e imenso desejo de que minha breve e despretensiosa reflexão em torno deste assunto possa despertar a sociedade organizada e as autoridades constituídas, para o impostergável compromisso, contido na sábia e diligente sentença de Salomão, que determina a todos, “ensinar a criança no caminho em que deve andar...”
Como o futuro da humanidade haverá mesmo de passar por um renascer educativo, não é difícil perceber que o futuro glorioso de nossas crianças há de ser urdido a partir das ações construtivas e dos projetos edificantes do presente.
Assegurará um futuro promissor e venturoso a nação que investir, decididamente, na educação de seus filhos.
O país que implantar, definitivamente, no solo fértil do  coração e na sensível mente  de sua infância e juventude, a semente preciosa da verdadeira educação - que não se confunde com instrução curricular, mas que incute hábitos bons, que gera caracteres - e se preocupar com a formação de homens e mulheres de bem, sairá na frente na difícil e abençoada tarefa de remir a humanidade.
E assim, nesta mesma linha de raciocínio, há de se entender que são os pais os primeiros mestres e os grandes responsáveis pela educação de seus filhos.
Em nosso país, a numerosa ausência de lares moralmente bem constituídos tem dificultado o cumprimento da  nobre  e redentora  tarefa de remir o futuro da pátria, através de um  processo vanguardeiro na educação das nossas crianças.
Educar, na linguagem aqui enfocada, dizem os doutos, é remir, é libertar, é salvar. Educar enfim, numa palavra é “promover o desenvolvimento progressivo e harmonioso de todas as potencialidades do ser imortal,” como diria  o grande mestre Pestalozi.
É importante ressaltar que esta notável carência de famílias moralmente bem constituídas e harmoniosas, se não inviabiliza, dificulta, e muito, a plena consolidação do processo educativo.
Esta dificuldade, imposta muitas vezes pela ausência física do pai ou da mãe, pela fome e a desnutrição, pela doença física e pela estrema miséria material, além de outras situações igualmente penosas, são fatores impeditivos à recepção mental dos princípios e normas norteadoras da conduta humana.
O grande desafio que se nos apresenta, como medida quase inatingível, nos dias que correm, ainda é, segundo a preciosa lição pauliana, promover a transformação da humanidade, através da renovação da mente. Portanto, não há falar em mudança de instituições através de normas ou decretos. Muda-se as instituições mudando seus integrantes. Para mudar a trajetória da humanidade é indispensável mudar o homem. Para mudar o mundo é preciso mudar o indivíduo.
Como ser humano, sinto-me agente ativo deste processo. Vinculo-me a ele tão estreitamente, que não posso, não devo e não quero passar de largo, acobertado pelo manto protetor da insensibilidade, sem perceber a gravidade desta problemática desafiadora da inteligência humana.
Como homem público, ex-professor, pai e  cidadão comum, que aspira um novo amanhecer para a história do nosso país e da própria humanidade, sou compelido a reconhecer o esforço que têm despendido as autoridades brasileira e mundiais em busca de soluções para um problema que entendo ser de responsabilidade de todos.
A elaboração de leis específicas, sobretudo no Brasil, com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente, objetivando normatizar e disciplinar a conduta da população infanto juvenil na sociedade, sem dúvida, representa formalmente um avanço.
Forçoso é, todavia, reconhecer que este avanço louvável é ainda muito tímido, ante a imensidão do difícil compromisso de, com a prática da verdadeira fraternidade que haverá de unir os povos  e as nações, amparar, educar, assistir promovendo e proteger a criança, sobretudo a que se encontra entregue ao abandono e submetida a um penoso processo de desvalimento moral.
A letra fria da lei, por mais bem intencionados que sejam nossos legisladores, é impotente para oferecer adequada solução a um problema humano que depende essencialmente do sentimento. O socorro emergencial está a exigir de todos imediata aplicação da infalível técnica do amor e da solidariedade universal.
A educação, presentificada na linguagem atual da juventude, é o canal. Ela é, típica e essencialmente, um processo que não se aparta da aplicação e da vivência da indefectível lei da fraternidade universal. Por este motivo é que a verdadeira educação começa e termina no lar, seja ele pobre ou rico, porque neste cenário harmoniosamente ou não, convivem almas que reciprocamente têm compromissos diretos, inadiáveis e intransferíveis.
Ao saudar carinhosamente nesta data auspiciosa de 12 de outubro as crianças do meu município, de Goiás, do Brasil e do mundo, pretendo registrar aqui o meu alerta, materializado no imenso desejo de continuar lutando, com pensamento, palavras e ações, em favor da edificação moral e espiritual da humanidade.
Crianças, parabéns pelo seu dia. Sejam plenamente felizes. “Amem com fé e orgulho a terra em que nascestes, não verás país nenhum como este.”
Vale relembrar aqui, estimados leitores, que a solução dos problemas redentores através da educação no Brasil e no mundo, não é de responsabilidade exclusiva das autoridades e dos educadores, mas de todos nós.
Todo cidadão, brasileiro ou não, encontra-se convocado para esta cruzada de amor em favor da criança, sobretudo da criança carente, e ninguém pode pretestar, dizendo não dispor de recursos para contribuir. O simples fato de sorrir para uma criança, dignificando-a com sua atenção,  respeitá-la e proteger seus direitos já é de grande valia.
O rumoroso tempo da transição planetária que vivenciamos impõe-nos o inevitável desafio da fraternidade humana. Abramos, pois, nossos braços para recebermos, com carinho, estes peregrinos que chegam pressurosos e desejosos de encontrar a luz do saber e do entendimento, que estão plenamente sintonizados com a sentença crística: “Deixai vir a mim os pequeninos, porque dos tais é o reino do céu”.

Maguito Vilela é prefeito de Aparecida de Goiânia

DM

Selzy Quinta

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Acidente envolve cinco carros na Miguel Sutil e deixa dois feridos graves

24 Horas News

CAPSLIDS2008ACI

Um acidente grave aconteceu por volta do meio dia na Avenida Miguel Sutil, a Perimetral, no trevo do Círculo Militar, que dá acesso ao bairro Jardim Cuiabá. Cinco veículos se envolveram numa batida, na qual duas pessoas ficaram gravemente feridas. Elas foram levadas ao Pronto Socorro Municipal pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). O trânsito ficou congestionado no local e atraiu a atenção de muita gente.

O acidente, segundo testemunhas, teria sido provocado por uma camionete Ford F2000, em péssimo estado de conservação. Ela seguia em direção ao bairro do Porto, quando atravessou o canteiro e bateu com um caminhão-tanque, carregado com 15 mil litros de água. Uma moto acabou se envolvendo no acidente, cujo condutor ficou em estado grave, vindo a quebrar uma das pernas.

Na confusão, um Ford Fox, de placas NGH 2456, de Cuiabá, foi colhido pelo caminhão. No carro havia quatro pessoas, entre elas, uma criança de apenas um ano. Ninguém ficou ferido. Outro carro que acabou se envolvendo no acidente foi um veiculo Toyota Corolla, placa HSC 1309, de Cuiabá. Seu ocupante nada sofreu.

Olhar Direto

Caminhão cruza canteiro, bate forte e deixa dois gravemente feridos

Comentários:

joao povin - 20/08/2009 22:13:00

a grana??????? o gato comeu.

Francisca - 20/08/2009 20:44:00

Pergunte para o executor da obra, talvez do além, ele possa responder aonde foi parar o dinheiro dos viadutos, ou então pergunta para o PSDB, quem sabe ele tem a resposta, assim como tem resposta para a beleza de projeto do PAC cuiabá

Rodrigo - 20/08/2009 18:53:00

O dinheiro foi para o bolso dos empreiteiros............

Aloisio Póvoas - 20/08/2009 15:24:00

Na época da construção e/ou duplicação da perimetral, 4 ou 5 viadutos deveriam ter sido construidos mas não foram. E a grana, para onde foi?

Selzy Quinta

domingo, 5 de julho de 2009

Cuspindo no prato que comeu: jogando veneno na SECOM

Cícero Henrique com informações do site MidiaNews

Depois de desfrutar das benesses como Secretário de Comunicação de Estado, e desprezar a grande maioria dos veiculos de comunicação, principalmente os alternativos e os sites, agora como ironia o ex-titular da pasta montou um blog(provando do mesmo veneno), tentando assim dar uma de vitima. O referirdo ex-secretário agora tenta de tudo jogar veneno na comunicação do ex-patrão, o governador Blairo Maggi(PR).

O ex-secretário de Comunicação do Estado, José Carlos Dias, vulgo "Zé Veneno", continua, decididamente, cuspindo no prato em que comeu por mais de cinco anos. Através de informantes de sua confiança, que trabalharam em sua gestão e permanecem "plantados" na Secom, Zé Veneno tem obtido informações privilegiadas sobre praticamente tudo o que acontece na pasta. E repassado a mesma a possíveis inimigos da gestão Blairo Maggi.

Além de xingar e destilar todo o seu veneno contra secretários e servidores do governo, Zé Veneno tem dito por aí que os atuais gestores da Secom, sob o comando de Eumar Novacki, são, por assim dizer, um bando de incompetentes. Mais: ele tem "denunciado" que a secretaria estaria usando os serviços de uma agência do Rio de Janeiro, subcontratada a peso de ouro, para fazer as campanhas publicitárias mais recentes do governo. Segundo apurou a coluna, o ex-poderoso da Secom estaria espalhando também o boato de que essa mesma agência carioca será uma das vencedoras da licitação de R$ 39 milhões que está em curso. A coluna recomenda ao nobre ex-secretário que tome muito cuidado para não morder a própria língua. Pode ser fatal...

Falando em competência o ex-secretário não pode falar muito, aliás sua gestão foi uma das piores que já teve no Palácio Paiaguás, que diga os veiculos de comunicação do interior, os sites, os blogs. talvez o dito cujo esteja com memória curta, ele cansou de falar pelos corredores que esses "tipos de veiculos" eram todos picaretagem. Será que seu blog enquadra nesses quesitos que tanto ele pregava?

Agora ele está saboreando do seu próprio veneno...

Caldeirao Politico

Selzy QUinta

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Riva quer mais empenho nas discussões da LDO

Por: Ubiratan Braga - Caldeirão Politico

 

O secretário Yênes Magalhães e a comissão técnica da Secretaria de Planejamento (Seplan) iniciaram as exposições acerca do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), a peça que dispõe sobre as diretrizes orçamentárias do Estado para o exercício financeiro de 2010. A primeira audiência com a Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO) ocorreu na tarde desta quarta-feira (01.07), na Assembléia Legislativa de Mato Grosso e, também, incluiu alterações técnicas no Plano PluriAnual (PPA).
A segunda audiência acontece dia 16 deste mês. A Constituição estadual prevê votação da matéria antes do recesso parlamentar, que tem inicio em 17 de julho.
O governo estima para o ano que vem uma receita de R$ 8,598 bilhões. Na primária são R$ 8,579 bilhões, contra despesas de R$ 7,790 bilhões, ou seja, superávit primário de R$ 788 milhões. A monta se destina ao pagamento de juros e encargos da dívida pública, bem como contribuição na amortização do estoque da dívida.
Magalhães solicitou dos deputados, o empenho no sentido de a Casa de Leis colaborar para que os recursos priorizem os anos seguintes, pelo fato que o projeto que tratará da Copa do Mundo 2014, que está sendo finalizado, possa contemplar os programas destinados as metas.
O presidente do Poder Legislativo, deputado José Riva (PP), informou ao secretário da apresentação de oito emendas ao projeto da LDO, uma especificamente destina ao evento e outras maximizando investimentos nas áreas da segurança, cultura, meio ambiente, ciência e tecnologia, esportes e ouras.
Riva reafirmou taxativamente que o orçamento público brasileiro é ilusório e enganoso. “Estas cadeiras estão vazias porque a população não acredita, pois sabe que é ficção e tudo pode ser modificado com uma simples canetada. Não lanço culpa ao governador Blairo Maggi. Estou criticando o governo brasileiro e o congresso que não fazem as reformas necessárias. Se fizessem não estaríamos discutindo a queda do Sarney. Não adianta achar que vamos resolver os gargalos, pois a centralização dos recursos está na União que destina uma pequena fatia aos estados e municipios”, assinalou.
O parlamentar, como forma de colaborar no sentido de tentar corrigir as distorções regionais, ofertou a Yênes e autoridades presentes, a segunda edição do livro ‘Desigualdades Regionais’.
Segundo o progressista, o livro aponta as falhas e as possibilidades de uma maior proximidade das realidades atuais. “Acho, por exemplo, que o turismo é um setor que poderia combater o desemprego. Cito Primavera e Poxoréu, um ao lado do outro. O primeiro é rico e o segundo pobre. Mas o potencial das riquezas do segundo é muito maior”, explicou Riva e acrescentou “Não vejo outro municipio com enorme potencial como Poconé, mas está no ostracismo e o que falta é investimento”.

Selzy QUinta

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Sefaz publica lista preliminar dos Índices de Participação dos Municípios

 DANIEL DINO <Assessoria/Sefaz-MT

A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz-MT) publicou no Diário Oficial desta terça-feira (30.06), que circula amanhã, o Índice Preliminar de Participação dos Municípios. Os gestores municipais terão o prazo máximo de 30 dias para encaminharem pedidos de impugnação, caso julguem necessário, contra os índices calculados pela Secretaria, obedecendo a Lei Complementar n°63/90. O índice definitivo será divulgado dentro de 60 dias.
Os índices aprovados em 2009 servirão para determinar os valores que cada município irá receber referente à arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). A participação é formada de 75% pelo valor adicionado pelo município, informação levantada pela Sefaz; 11% pelo coeficiente social e 5% pelas unidades de conservação e terras indígenas (UCTI), ambos indicados pela Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral (Seplan). A população e a receita próprias dedicam 4% cada um, restando o último 1% para a área do município, números apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A publicação do índice preliminar no mês de junho faz parte do esforço praticado pela admnistração fazendária para auxiliar as administrações municipais a planejarem suas execuções. “Com base nesses índices é possível que os prefeitos tenham em mente como melhor aplicar os recursos de seus municípios e atender as necessidades da população”, ressaltou o secretário de Fazenda, Eder Moraes.

 

Selzy Quinta

sábado, 13 de junho de 2009

Blairo vai à África conhecer projetos da copa para implantá-los em Cuiabá

 

Com o anúncio de que Mato Grosso é um dos 12 Estados do Brasil que receberá o maior evento de futebol do mundo, Cuiabá começa a se preparar para ser palco da Copa de 2014. Agora, o governador Blairo Maggi segue para à África do Sul, país que será sede da Copa do Mundo do ano que vem. A data da viagem ainda não confirmada pela Casa Civil.

O governador já anunciou interesse em criar uma agência com objetivo de cuidar especificamente dos eventos relacionados à Copa do mundo. As quatro principais áreas são: transporte e mobilidade urbana, segurança, infraestrutura, saúde a captação de investimentos. Essas providências devem acontecer logo após a ida de Maggi à África do Sul.

Hoje, o Estado tem garantido um fundo próprio para a copa e que já conta com R$ 100 milhões em caixa. Entre as medidas pró-copa, foi lançado no último mês o programa "Segurança Cidadã" com investimentos na ordem de mais de R$ 1 bilhão no setor.


Só Notícias com Willian Fidelis

Selzy Quinta Marcas:

terça-feira, 9 de junho de 2009

Riva lidera senatória em Diamantino; Antero leva 2ª vaga

 

Deputado José Riva (PP).

O presidente da Assembleia, deputado José Riva (PP), lidera os cenários em Diamantino como pré-candidato a senador, independente de quem seja o virtual adversário. Pesquisa do instituto Mark, realizada em 6 de junho, revela que o progressista aparece em primeiro lugar como opção à senatória, com 31,6% das intenções de voto. O ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB) figura em segundo, com 17,4%. Já o deputado federal Wellington Fagundes, pré-candidato do PR após a desistência do governador Blairo Maggi, surge na terceira colocação, com 10,5% das intenções de voto. A amostragem é estimulada, ou seja, apresenta-se uma relação com possíveis nomes dos candidatos para, a partir daí, o eleitor opinar sobre o grau de preferência rumo ao pleito de 2010.

O deputado federal Carlos Abicalil (PT) teria 5,3% de intenções de voto em Diamantino caso as eleições fossem hoje. O senador Gilberto Goellner (DEM), disposto a concorrer à reeleição, tem 2%. Já o secretário de Governo da Prefeitura de Cuiabá e ex-vice-governador Osvaldo Sobrinho (PDT) é lembrado por 1,2% dos eleitores diamantinenses. O procurador da República em São Paulo, Pedro Taques (sem partido), que costura pré-candidatura ao Senado, surge na "lanterna" com apenas 0,4%. O percentual de eleitores indecisos chega a 29,1% . A pesquisa, realizada por meio do método Survey, foi feita junto a 247 moradores em 15 bairros.

Mato Grosso conta com três cadeiras no Senado. Nas eleições de outubro de 2010, apenas duas delas estarão em disputa, com o vencimento dos mandatos de Serys, eleita em 2002, e de Goellner, que tomou posse em fevereiro do ano passado com o falecimento do senador Jonas Pinheiro, que havia sido reeleito em 2002. Já o mandato de Jayme prossegue até 2012.

Segunda Vaga

A Mark levantou junto aos diamantinenses, um dos 141 municípios do Estado, qual seria o nome preferido como segundo voto para senador. No mesmo cenário, quando questionados sobre em qual dos pré-candidatos votaria para a segunda vaga no Congresso Nacional, 14,2% dos eleitores entrevistados citaram o tucano Antero Paes de Barros e, outros 12,1%, o republicano Wellington Fagundes. Riva teria o segundo voto de 11,7% e, Abicalil, de 7,3% dos entrevistados. Em seguida, aparecem Osvaldo Sobrinho, Pedro Taques e Gilberto Goellner, respectivamente, com 4,9%, 3,2% e 0,8% das intenções de votos para a segunda cadeira no Senado. O índice de indecisos chega a 40,1%.

Em outro cenário, com Serys Marli concorrendo à reeleição no lugar de Abicalil, Riva mantém a liderança com 29,6% das intenções de voto, seguido de Antero e Fagundes, com 17,4% e 10,9% respectivamente. A senadora Serys só aparece na quarta colocação, com 2%, seguida de Goellner com 1,6%. O procurador Pedro Taques é lembrado por 0,8% dos eleitores entrevistados e, Sobrinho, por 0,4%.

Quando perguntados para quem dariam o segundo voto de senador, 13% dos entrevistados apontaram Fagundes. O republicano aparece tecnicamente empatado com Antero e Riva, respectivamente, com 11,3% e 10,9% das intenções de voto. Serys aparece novamente na quarta colocação, com 4,9%, seguida de Pedro Taques, com 3,2% e de Sobrinho, que tem 2,4%. O senador Goellner segura a lanterna, com 0,8%. Os indecisos somam 47,8% e os que disseram votar em branco ou nulo somam 5,7%.

Andréa Haddad
RD News

Selzy Quinta

domingo, 7 de junho de 2009

Presos e pacientes dividem o mesmo espaço dentro de PS

Falta de condições mínimas de segurança colocam em risco a vida de doentes e funcionários que temem serem feitos reféns

Alci Ribeiro faz tratamento do PS de Cuiabá, onde médicos e enfermeiros o atendem no mesmo espaço onde estão outros pacientes

Silvana Ribas-
Da Redação Jornal A Gazeta

Pacientes do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá dividem espaço com criminosos de alta periculosidade. Falta de condições mínimas de segurança colocam em risco a vida de doentes e funcionários que temem serem feitos reféns. A frágil estrutura torna eminente a possibilidade de resgate ou atentados e é denunciada pelos próprios carcereiros que possuem a difícil missão de resguardar os presos sem uso de armas, muitas vezes do lado de fora das enfermarias, nos corredores. Esta semana, agentes prisionais reivindicavam dois pares de algemas para manter dois detentos presos às suas camas, na enfermaria.

Outro homem, capturado em uma operação da Polícia Federal, acusado de tráfico e assalto a bancos com pena de 37 anos ocupava um dos leitos. Há 10 anos ele foi resgatado de um hospital de São Paulo por membros da quadrilha a que pertencia. O número de detentos em tratamento varia, mas já chegou a 8 em um dia só, informa o major PM Maurício Monteiro Domingues, que comanda o Batalhão de Guardas, responsável pela escolta e vigilância dos criminosos até os hospitais.

O problema é antigo e médicos, enfermeiros, carcereiros apontam que a implantação de unidades hospitalares com enfermarias dentro de presídios seria a solução ideal para o problema. Principalmente do ponto de vista da segurança, que hoje é precária. O próprio major Maurício admite que cada policial designado para escolta de preso fora da unidade, desfalca o efetivo dentro da prisão. "Imagine quando temos que fazer escolta e vigilância de um grupo grande. O custo para o Estado é alto", enfatiza.

No caso dos agentes carcerários que atuam nos Centros Integrados de Segurança e Cidadania (Ciscs) o desfalque é ainda pior. De acordo com a delegada Cláudia Maria Lizita, coordenadora do Cisc Verdão, existe apenas um agente prisional por plantão. Como esta semana haviam dois presos sob custódia no pronto-socorro, o Cisc ficou sem o plantonista e o trabalho é realizado emergencialmente por investigadores, o que contraria as normas. Foi justamente neste Cisc que no início da semana um dos carcereiros reivindicava duas algemas para fixar os presos na cama. Segundo ele, por estarem em quartos diferentes havia muita dificuldade em manter a vigilância da dupla. Um deles, assaltante e o outro um homem que matou um policial e feriu outros dois a facadas, no interior do Estado. Mas a delegada garantiu que haviam algemas e que uma falta de informação entre os agentes prisionais acarretou o problema, já solucionado.

Os agentes prisionais denunciam que os plantões no Pronto-Socorro de Cuiabá são os piores. São turnos de 24h por 72h, em péssimas condições. Falta de local para se alimentar e até das refeições que muitas vezes não são entregues. Não há espaços e nem uma cadeira sequer para ficarem dentro das enfermarias lotadas. O que resta é permanecer em corredores ou no pátio interno do PS. Fazer refeições em bares próximos. Até o uso dos banheiros de funcionários só foi concedido depois de muita "briga". Os agentes preferem não se identificar e alegam que estão sujeitos a punições pelos superiores, ao relatarem os problemas que enfrentam no dia-a-dia. Proibidos de usar armas de fogo, ao contrário dos PMs, questionam que medidas poderiam ser tomadas para impedir uma fuga. Lembram que o grande movimento de pessoas dentro da unidade hospitalar possibilita o acesso de armas ou objetos que possam ser usados pelos criminosos em fugas.

Na opinião deles, muitos dos presos que estão no pronto-socorro poderiam receber atendimento dentro das enfermarias dos presídios e que são subaproveitadas. Agentes prisionais alegam que os ambulatórios dos presídios são subtilizados e, médicos e enfermeiros acabam não cumprindo com a carga horária, delegando o trabalho deles para os carcereiros. "Enfermeiro nenhum vai até os corredores das celas para levar comida ou conduzir presos. Mas querem que nós alimentemos os presos da enfermaria quando tiram folgas nos finais de semana ou feriados", acusa um agente prisional.

O fato é que enfermeiros que trabalham no pronto-socorro também se dizem amedrontados. Em alguns casos afirmam perceber que a situação do paciente-detento não seria de internação, o que gera mais insegurança. Temem, nestes casos, que o criminoso esteja no local com um plano de fuga, pronto para ser colocado em prática. Muitos são irônicos e comentam com os profissionais da saúde sobre a possibilidade de escaparem pulando janelas.

Enfermeiros, por outro lado, criticam a postura de alguns agentes prisionais que, segundo eles, praticamente abandonam os presos que deveriam cuidar. Em alguns casos o paciente precisa ir ao banheiro e os enfermeiros e médicos precisam fazer buscas em todo hospital para localizá-lo, já que está com a chave das algemas. Muitos não esperam o outro carcereiro que vai substituí-lo no plantão e deixam o hospital, indo para casa, sem se preocupar com o que vai acontecer na sua ausência.

O diretor clínico do PSMC, Huark Douglas Correia admite que a situação em relação a esta clientela é bastante delicada, principalmente por não haver um local específico para receber os pacientes dos presídios e delegacias. Eles são tratados sem discriminação e acomodados de acordo com as vagas oferecidas. Huark admite que um convênio com o Estado que permitisse a implantação de uma ala com mais segurança poderia ser a solução. Mas segundo ele, a discussão seria em nível de gestores e não depende apenas do município.

Resgate - Atuando há 15 anos na urgência e emergência do pronto-socorro o médico José Antônio de Figueiredo, 43, coleciona histórias sobre pacientes de alta periculosidade que já passaram pela unidade. Uma delas ocorreu há cerca de 10 anos, quando homens encapuzados invadiram o pronto-atendimento e levaram um homem ferido, que horas antes havia se envolvido em um tiroteio onde um delegado da Polícia Civil foi ferido gravemente. Ameaçado com armas, o médico foi obrigado a se deitar debaixo de uma maca, enquanto o paciente ferido era levado pelo grupo, formado por mais de 10 homens. A ação durou cerca de 5 minutos e deixou aterrorizados e inertes pacientes, médicos e enfermeiros, que não puderam fazer nada.

O grupo de encapuzados acabou abandonando o homem com cerca de 50 anos, próximo ao Trevo do Santa Rosa. Ele recebeu vários outros disparos pelo corpo e acabou morrendo de um ataque cardíaco, depois de passar pelo centro cirúrgico, horas depois. Mas este não é o único caso relembrado. Outro paciente de alta periculosidade conseguiu escapar, depois de ser transferido do PS para o Hospital Geral, mesmo usando algemas nos pés. Foi preso mais tarde, pela dificuldade que teve em caminhar com as algemas presas aos pés. Um caso mais recente foi de um criminoso, foragido da Justiça, que acabou fazendo um disparo dentro da enfermaria, contra outro paciente. A ficha criminal dele foi descoberta depois do atentado. O criminoso usava cadeira de rodas e nunca levantou suspeitas.

Já, por sua vez o assaltante de banco Assis Leite Mauro Filho, 32, na quinta-feira (4), aguardava pela cirurgia ortopédica, na perna esquerda. Ele foi preso pela Polícia Federal no dia 30 de abril, em São Félix do Araguaia (1.200 km a a nordeste de Cuiabá). Se feriu na fuga, ao cair com a motocicleta. Natural de Belém, no Pará, admite que é de "alta periculosidade", já que foi condenado a 37 anos de prisão e agora aguarda decisão do Superior Tribunal Federal (STF), para ser mandado para um presídio com Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Além de ter sido resgatado de um hospital em São Paulo, já fugiu pela porta da frente de um presídio da Bahia. Ao ser perguntado que nota daria para a segurança dispensada a ele, no pronto-socorro de Cuiabá, apenas sorriu e disse que a resposta poderia lhe trazer problemas. Passou por cirurgia no período da tarde e aguarda recuperação no setor de isolamento. Só para vigilância dele estão designados dois policiais militares e um agente prisional.

Outro lado - Os problemas existem, mas a situação está sob controle e nunca esteve tão bem, se for comparada a outros tempos, assegura o gerente de Saúde do Sistema Penitenciário, Sebastião Elson Pereira. Segundo ele, não existe a necessidade de se implantar um hospital voltado para os reeducandos. Tal obra estaria fadada a se transformar em um "depósito" de presos. Segundo ele, hoje apenas os casos graves, que necessitam da estrutura de um hospital, são encaminhados para estas unidades. Lembra que não existem condições do Estado montar uma estrutura hospitalar completa voltada exclusivamente para o sistema prisional.

Quanto as enfermarias dentro das 7 penitenciárias do estado, hoje elas atendem a demanda. Cita que para cada grupo de 500 presos a lei determina que haja uma equipe multidisciplinar, na área de saúde, composta por médicos, enfermeiros, técnicos, psicólogos entre outros. Quanto as denúncias de que as equipes não estariam atuando, Sebastião diz que não procedem. Reconhece que em alguns casos é difícil lidar com profissionais da área médica, que reclamam do baixo salário, que líquido que fica pouco acima dos R$ 1 mil por uma carga de 30 horas semanais. Mas lembra que as queixas partem dos agentes prisionais que relutam em cumprir as escalas nos hospitais que para eles são muito "pesadas". Diz que infelizmente, para muitos agentes e policiais, o trabalho com os plantões fora das unidades não é bem visto e eles preferiam estar dentro das unidades onde a rotina é menos cansativa.

Categoria - Para a vice-presidente do Sindicato dos Investigadores e Agentes Prisionais (Siagespoc), Jacira Maria da Costa Silva, hoje os 1.194 agentes carcerários do Estado enfrentam muitos problemas e este é apenas um. Mas lamenta a falta de mobilização da classe, que não tem se unido para expor esta falta de estrutura junto à autoridades e a comunidade em geral. Lembra que esta semana apenas 52 representantes da categoria participaram de um evento promovido pelo Estado, justamente para mostrar onde estão os maiores problemas. Dos 600 que atuam na baixada cuiabana, apenas 33 participaram. Ela espera que nos dias 18, 19 e 20 os agentes participem da Conferência Estadual de Segurança Pública, que é a última oportunidade da classe colocar e debate os problemas que enfrentam no dia a dia e que poderão ser levados para a conferência nacional.

domingo, 31 de maio de 2009

A vitória de Alcides

 

Por por Helvécio Cardoso

O governador vence a primeira batalha ao evitar fazer o jogo dos provocadores
O objetivo primário do deputado Carlos Leréia não foi atingido. Como ação tática visando obter um efeito político pré-estabelecido, a investida do deputado tucano foi um retumbante fracasso. As entrevistas iradas de Leréia, com seus insultos grosseiros ao governador e ao secretário Jorcelino Braga não foi um mero incidente. Foi um movimento estudado dentro de uma estratégia em curso há bastante tempo.
Toda ação desenvolvida por Leréia não passou de uma provocação. Não uma provocação inconseqüente, embora assim pareça. Alcides foi provocado para reagir de um modo tal que justificasse uma retaliação por parte do marconismo. Alcides foi provocado para declarar rompida a aliança do PP com o marconismo. Esta aliança já está vencida faz tempo, e o contrato não foi prorrogado. Mas o PSDB queria, por conveniências político-eleitorais, que a iniciativa de um rompimento traumático e beligerante partisse de Alcides.
Marconi e o PSDB ficariam, assim, no papel de vítimas. Alcides seria declarado “traidor” e “ingrato”. Perante a opinião pública e o moralismo mediano do povo, pregar no adversário a pecha de Judas é condená-lo ao inferno. Tudo foi uma manobra para estigmatizar Alcides e situá-lo como o vilão da história. Uma tática usada com êxito no passado contra Henrique Santillo, que sofreu horrores na língua ferina dos iristas. Nenhuma novidade, portanto.
Um influente político tucano, atualmente sem mandato, e que possui acesso direto ao senador, revelou a este jornal, sob compromisso de anonimato, que a estratégia dos tucanos é exatamente esta: provocar o governador para tome a iniciativa do rompimento. É por isso, por exemplo, que vários marconistas ocupantes de cargos importantes do governo não vão pedir exoneração. A orientação do senador é que fiquem onde estão, mesmo esvaziados e desprestigiados, só deixando o cargo se Alcides os exonerar.
Segundo esta fonte, “Marconi percebeu que, nos últimos tempos, vinha perdendo substância, e por isso resolveu agir”. Perder substância, no caso, quer dizer mais ou menos o seguinte: Marconi está isolado e perdendo favoritismo em pesquisas de intenção de votos que os políticos fazem para consumo interno. Essas pesquisas apontam crescimento de Íris e de Meirelles. Em uma situação como esta, a “trincheira da oposição” seria um local privilegiado para travar o combate eleitoral. Marconi, então, vestiria novamente o figurino do herói sem mácula, o valente guerreiro incompreendido e renegado por aqueles a quem amparou no passado. Em termos de marketing eleitoral, não existe nada igual.
Como já se disse, foi o que Íris Rezende fez em l990. Depois de usufruir os benefícios políticos do Governo Santillo, Íris rompeu estrepitosamente com o governador, anunciando-se candidato de oposição. PDS, PFL e PDC assistiram, impotentes, o esbulho do oposicionismo de que legitimamente detinham a posse.
A manobra de Leréia fracassou por duas razões. A primeira é que Alcides não aceitou a provocação. Ele deu respostas duras, defendeu-se das aleivosias de Leréia, sustentou suas convições, não se arreglou, manteve a altivez. Mas também fez o que os tucanos esperavam que ele fizesse. Alcides não retaliou, não ameaçou represálias. Manteve-se sereno e comedido.
A segunda razão do fracasso é que os deputados tucanos não tiveram peito de romper com o governo. Os mais afoitos, como Daniel Goulart, propunham o imediato início de operações bélicas contra o Palácio das Esmeraldas. Tudo que ele mais deseja é guerra. Teoricamente, os marconistas podem, na Assembléia, travar o governo de Alcides, já que datem a maioria numérica. O problema é que muitos deputados, marconistas pero no mucho, não querem brigar com o governo. Têm seus próprios interesses e, largar a sombra fresca do poder para sofrem sob o sol escaldante da oposição, é uma decisão que pode custar muito caro a alguns. Melhor contemporizar. Uma vez que Alcides não fez a declaração oficial de guerra, as aparências se salvaram. Chegou-se a um cessar-fogo, mas o estado de beligerância permanece. Em todo caso, a velada ameaça de ingovernabilidade com que tucanos coagiam o governo, agora se vê, nunca passou de um blefe.
...endurecerse, pero sin
perder la ternura!

Um graduado prócer tucano, membro do estado-maior marconista, falando off the record a este repórter, procura dourar a pílula. Segundo ele, a avaliação de Marconi é que o rompimento é desejado pelos hardliners do PP, não do PSDB. Marconi não quer rompimento porque, diz a fonte, precisa do PP e do DEM na sua coligação. Mas, como! Será que Marconi ainda não desconfiou que Alcides e o PP não querem mais aliança com o PSDB, e que até já têm candidato a governador? Não, Marconi ainda não desconfiou. Segundo a fonte, a avaliação do senador é que o PP, cedo ou tarde, vai se recompor com o PSDB. "Eles não têm para onde ir, o PMDB não aceita eles; então, não vai restar ourtra saída senão compor com a gente", explica didaticamente a fonte tucana. Mas, e a candidatura própria do PP? "Isso não existe. Marconi acha que Meirelles não será candidato. O Meirelles não virá. Aí, quem eles teriam para lançar?" questiona.
É, portanto, esta convição de que "Meirelles não vem", e que o PP descerá por gravidade ao PSDB, que orienta todos os movimentos táticos de Marconi e sua gente. Não é uma certeza racional, pois não se baseia em fatos. É, na verdade, um wisfull thinking, um desejo ardente de que que meras aspirações venham a se tornar realidade. É um desejo tão intenso que o estado-maior marconista sequer elaborou planos alternativos. Caso Meirelles venha mesmo, os tucanos não têm um plano B. Mas, por quê, então, a agressão de Leréia? "Olha, o Leréia tomou a iniciativa, ninguém mandou ele falar, mas ele falou por todos nós, lavou a nossa alma. Chega de ficar apanhando calado! Fica aí o Braga esculhambando a gente, e vamos deixar por isso mesmo? Claro que não! Agora, não queremos romper, mas temos que defender o nosso patrimônio político; temos ser duros, mas sem perder a ternura" - explicou a fonte, aludindo ao Che.
Enquanto os marconistas confabulavam sobre como pendurar o guizo no pescoço do gato, Alcides recebia em palácio a Bancada do PMDB e do PSC, com a ausência do peemedebista tucano Thiago Peixoto. Foi um acontecimento histórico. Nunca, em toda história republicana de Goiás, um governador convida a palácio a bancada oposicionista para dialogar.
O PMDB garantiu a Alcides aprovação a todos os projetos do governo que, a critério dos peemedebistas, consultarem os interesses públicos. Não quer dizer que o PMDB aderiu. Equivocam os que julgam que o PMDB deixou de ser oposição. Ao aceitar o diálogo com o governador e assumir o compromisso político de apoiar pontualmente o governo, o PMDB reinventa o oposicionismo, conferindo ao mister oposicionista uma nova dimensão.
Não chega a ser uma novidade. No final dos anos 50, o PSD de Pedro Ludovico ameaça boicotar o governador Juca Ludovico, pessedista. Juca é amparado pela UDN de chico de Britto e o PPS de Alfredo Nasser. Os dois foram a um encontro com o governador em Palácio. Entregaram ao governador um papel com reivindicações políticas. Caso Juca se comprometesse em atendê-las, as oposições lhe dariam suporte na assembléia Legislativa. Nasser, porém, deixou as coisas bem esclarecidas: a oposição não estava virando governo, não aceitava favores fisiológicos, e expulsaria de suas fileiras qualquer um que aceitasse benesses governamentais. Com esta conduta ética, Nasser estabeleceu o postulado segundo o qual “oposição também governa” (H.C.).

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Opinião pessoal: Oposição também governa

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Por por Helvécio Cardoso

O convite do governador Alcides Rodrigues Filho ao PMDB para uma conversa em palácio é um fato histórico, pelo ineditismo e pela significação do gesto. Claro que, antes dele, nos anos 50, José Ludovico buscou um entendimento com a oposição da época ( UDN e PSP), mas o diálogo aconteceu apenas com os líderes Alfredo Nasser e Chico de Britto.
Agora é diferente. O governador chama toda a bancada oposicionista. Apenas o deputado Thiago Peixoto, que ainda não foi diplomado pelo Jardim da Infância, negou-se a comparecer. O encontro estabeleceu um novo paradígma na política de Goiás, inaugurou uma nova prática - essencialmente democrática - de se fazer política. aos poucos, o
Estado vai ingressando na modernidade.
A tradição política de Goiás sancionou uma lei não escrita do jogo partidário: governo manda, opoisção esperneia. A maioria oprime e a minoria geme. Não existe conversa com oposição. Governo só conversa com deputados de sua "base". aliás, nem conversa, porque, por esta forma de fazer política, deputado governista apoia incondicionalmente o governo, rfebendo em troca benesses. Para os governista tudo; para a opoisão, a lei. Na eventualidade de um partido ter feito maioria parlamentar e ter perdido o governo, o novo governamente restabelece a "governabildiade" aliciando oposicionistas sem convicções políticas e sem fidelidade partidária, burlando, assim, o resultado das urnas.
O adesismo tornou-se, com o tempo, uma das mais vergonhosas práticas políticas deste país, e de Goiás, em particular. Muitos adesistas ficaram de tal forma estigmatizados que tiveram suas carreiras encerradas precocemente. Fiquemos nos últimos anos. Ary Valadão desfalcou o MDB angariando a adesão até de um ex-presidente da sigla, João Felipe. Assumindo o poder em l983, com o país voltando à normalidade democrática, Íris Rezende buscou adesistas e passoua controlar mais de dois terços da Assembléia Legislativa. Marconi Perillo, não fez diferente. Já no início de seu governo a "base aliada" já se tornara maioria por conta das adesões. Políticos que sempre juraram fidelidade a Íris Rezende, e que foram eleitos sob sua bandeira, passaram-se lépidos e fagueiros para o lado marconista. Não satisfeito em aliciar oposicionistas, Marconi recrutou militantes de partidos aliados. O início da briga dele com Ronaldo Caiado foi o aliciamento de prefeitos pefelistas. O atual presidente do PSDB goiano, deputado federal Leonardo Vilela, era um quadro pepista que Marconi tirou do PP para ser seu sucessor.
Ao levar o PMDB ao Palácio das Esmeraldas, alcides em momento algum pediu aos peemedebistas que aderissem. Em momento algum pediu ao PMDB para deixar de ser oposição, para renunciar às sias convicções e aos seus compromissos públicos. O que Alcides quer é estabelecer com a oposição um diálogo político, aberto, público, transparente, sem barganhas fisiológicas.
Governo dialogando com a oposição? Estranho, isso, não? Sim, muito estranho para uma sociedade ainda provinciana relutante em abandonar velhos e deploráveis costumes políticos. Em todo e qualquer país civilizado, a coisa mais corriqueira é o governo ouvir a oposição antes de tomar decisões importantes. É coisa comuníssima debater com a oposição e, a partir daí, formartar reformas e avanços. Não há desdouo para o governo acalher sugestões e críticas da oposição, como também não há desdouro para os oposicionistas negociarem com o governo, fazer concessões aqui para obter avanços ali.
A recente aprovação da PEC que resolveu a questão dos repasses para a UEG foi o resultado de uma experiência neste sentido. A oposição topava aprovar a proposta patrocinada pelo governo desde que incorporasse as sugestões oposicionistas. Cedeu o governo, cedeu a oposição - ganhou a sociedade.
Há um bom tempo os deputados do PMDB vêm apoiando várias iniciativas de Alcides Rodrigu7es. Os preconceituosos e os atrasados caçoam. Falam que não existe mais oposição. Mas os peemedebistas estão fazendo a coisa certa. Não se admite mais, nos dias de hoje, uma prática oposicionista inssurrecional, predatória, lacerdista e caprichosa, ainda mais quando quem está na chefia do governo é uma pessoa disposta a ouvir,a dialogar, a transigir, procurando fazer o melhor e a acertar.
O Médico Alcides rodrigues Filho foi ainda mais longe. Convidou para conversar o presidente do PMDB, o médico Adib Elias. Adib é um dos mentores da resistência a qualquer forma de aproximação. Adib, é claro, está com medo de falr com Alcides. Tem medo do que possam falar dele. Tem medo de arruinar a sua reputação de político destemido, homem valente e peemedebista combativo. Por causa desses receios, pode perder a chance de se elevar acima da mediocridade reinante. Talvez ele não sabia que Alfredo Nasser, o maior oposicionsita que Goiás já tecve, e que é até hoje o molelo do oposicionista perfeito, não teve receio de ir ao Palácio das Esmeraldas falar com o governador.
Num época em que o discurso parlamentar, proferido do alto da tribuna, perdeu relevância, o gesto dos peemedebistas de atender ao convite do governador exigiu muito mais coragem do que meramente subir em palanques para deitar falação contra o governo. Adib, portanto, não precisa temer por sua reputação de oposicionista aguerrido e desassombrado. Aceitando o convite do governador, acrescerá à sua fama de valente o conceito de "sábio".
Agora, não indo, Adib apenas vai perdendo substância, ficando cada vez mais isolado dentro de um PMDB que pens em termos estratégicos e não quer perder tempo com picuínhas. Os deputados do PMDB, seu líder maior, o prefeito Íris Rezende Machado, figuras de expressão dentro do partido, como Maguito Vilella e Eurico Barbosa, querem o diálogo nos termos propostos por Alcides. O que estaria faltando a Adib para acertar o passo com a tropa?

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