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domingo, 13 de novembro de 2011

O poder permanente de derrubar governos

 

As ondas de pânico criadas em torno de casos de corrupção, desde Collor, têm servido mais a desqualificar a política do que propriamente moralizar a nossa democracia. Apesar da imensa caça às bruxas movida pela mídia contra os governos, em nenhum momento essa sucessão de escândalos, reais ou não, incluíram seriamente a opinião pública num debate sobre a razão pela qual um sistema inteiro é apropriado pelo poder privado, e, principalmente, porque não se questiona essa apropriação. O artigo é de Maria Inês Nassif.

Por Maria Inês Nassif (*)

A corrupção do sistema político merece uma reflexão para além das manchetes dos jornais tradicionais. Em especial neste momento que o país vive, quando a nova democracia completou 26 anos e a política, que é a sua base de representação, se desgasta perante a opinião pública. Este é o exato momento em que os valores democráticos devem prevalecer sobre todas as discordâncias partidárias, pois chegou no limite de uma escolha: ou diagnostica e aperfeiçoa o sistema político, ou verá sucumbi-lo perante o descrédito dos cidadãos.
O país pós-redemocratização passou por um governo que foi um fracasso no combate à inflação, um primeiro presidente eleito pelo voto direto pós-ditadura apeado do poder por denúncias de corrupção, dois governos tucanos que, com uma política antiinflacionária exitosa, conseguiram colocar o país no trilho do neoliberalismo que já havia grassado o mundo, e por fim dois governos do PT, um partido de difícil assimilação por parcela da população. Nesse período, a mídia incorporou como poder próprio o julgamento e o sentenciamento moral, numa magnitude tal que vai contra qualquer bom senso.
Este é um assunto difícil porque pode ser facilmente interpretado como uma defesa da corrupção, e não é. Ou como questionamento à liberdade de imprensa, e está longe disso. O que se deve colocar na mesa, para discussão, é até onde vai legitimidade da mídia tradicional brasileira para exercer uma função fiscalizadora que invade áreas que não lhes são próprias. Existe um limite tênue entre o exercício da liberdade de imprensa na fiscalização da política e a usurpação do poder de outras instituições da República.
Outra questão que preocupa muito é que a discussão emocional, fulanizada, mantida pelos jornais e revistas também como um recurso de marketing, têm como maior saldo manter o sistema político tal como é. É impossível uma discussão mais profunda nesses termos: a escandalização da política e a demonização de políticos trata-os como intrinsicamente corruptos, como pessoas de baixa moral que procuram na atividade política uma forma de enriquecimento privado. Ninguém se pergunta como os partidos sobrevivem mantidos por dinheiro privado e que tipo de concessão têm que fazer ao sistema.
Desde Antonio Gramsci, o pensador comunista italiano que morreu na masmorra de Mussolini, a expressão “nenhuma informação é inocente” tem pontuado os estudos sobre o papel da imprensa na formulação de sensos comuns que ganham a hegemonia na sociedade. Gramsci já usava o termo “jornalismo marrom” para designar os surtos de pânico promovidos pela mídia, de forma a ganhar a guerra da opinião pública pelo medo.
No Brasil atual, duas grandes crises de pânico foram alimentadas pela mídia tradicional brasileira no passado recente. Em 2002, nas eleições em que o PT seria vitorioso contra o candidato do governo FHC, a mídia claramente mediou a pressão dos mercados financeiros contra o candidato favorito, Luiz Inácio Lula da Silva. Tratava-se, no início, de fixar como senso comum a referência “ou José Serra [o candidato tucano] ou o caos”.
Depois, a meta era obrigar Lula e o PT ao recuo programático, garantindo assim a abertura do mercado financeiro, recém-completada, para os capitais internacionais. Em 2005, na época do chamado “mensalão”, o discurso do caos foi redirecionado para a corrupção. Politicamente, era uma chance fantástica para a oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a única alternativa para se contrapor a um líder carismático em popularidade crescente era tirar de seu partido, o PT, a bandeira da moralidade. A ofensiva da imprensa, nesse caso, não foi apenas mediadora de interesses. A mídia não apenas mediava, mas pautava a oposição e era pautada por ela, num processo de retroalimentação em que ela própria [a mídia] passou a suprir a fragilidade dos partidos oposicionistas. Ao longo desse período, tornou-se uma referência de poder político, paralelo ao instituído pelo voto.
Eleita Dilma Rousseff, a oposição institucional declinou mais ainda, num país que historicamente voto e poder caminham juntos, e ao que tudo indica a mídia assumiu com mais vigor não apenas o papel de poder político, mas de bancada paralela. Dilma está se tornando uma máquina de demitir ministros. Nas primeiras demissões, a ofensiva da mídia deu a ela um pretexto para se livrar de aliados incômodos, nas complicadas negociações a que o Poder Executivo se vê obrigado em governos de coalizão num sistema partidário como o brasileiro. Caiu, todavia, numa armadilha: ao ceder ministros, está reforçando o poder paralelo da mídia; em vez de virar refém de partidos políticos que, de fato, têm deficiências orgânicas sérias, tornou-se refém da própria mídia.
As ondas de pânico criadas em torno de casos de corrupção, desde Collor, têm servido mais a desqualificar a política do que propriamente moralizar a nossa democracia. Mais uma vez, volto à frase de Gramsci: não existe notícia inocente. O Brasil saído da ditadura já trazia, como herança, um sistema político com problemas que remontam à Colônia. O compadrio, o mandonismo e o coronelismo são a expressão clássica do que hoje se conhece por nepotismo, privatização da máquina pública e falha separação entre o público e o privado. A política tem sido constituída sobre essas bases e, depois de cada momento autoritário e a cada período de redemocratização no país, seus problemas se desnudam, soluções paliativas são dadas e a cultura fica. Por que fica? Porque é a fonte de poderes – poderes privados que podem se sobrepor ao poder público legitimamente constituído.
O sistema político é mantido por interesses privados, e é de interesse de gregos e troianos que assim permaneça. Segundo levantamento feito pela Comissão Especial da Câmara que analisa a reforma política, cerca de 360 deputados, em 513, foram eleitos porque fizeram as mais caras campanhas eleitorais de seus Estados. Com dinheiro privado. Em sã consciência, com quem eles têm compromissos? Eles apenas tiveram acesso aos instrumentos midiáticos e de marketing político cada vez mais sofisticados porque foram financiados pelo poder econômico. É o interesse privado quem define se o dinheiro doado aos candidatos e partidos é lícito ou ilícito.
O dinheiro do caixa dois passou a fazer parte desse sistema. Não existe nenhum partido, hoje, que consiga se financiar privadamente – como define a legislação brasileira – sem se envolver com o dinheiro das empresas; e são remotíssimas as chances de um político financiado pelo poder privado escapar de um caixa dois, porque normalmente é o caixa dois das empresas que está disponível. Num sistema eleitoral onde o dinheiro privado, lícito e ilícito, é o principal financiador das eleições, ocorre a primeira captura do sistema político pelo poder privado. E isso não acaba mais.
Esse é o âmago de nosso sistema político. A democratização trouxe coisas fantásticas para a política brasileira, como o voto do analfabeto, a ampla liberdade de organização partidária e a garantia do voto. Mas falhou no aperfeiçoamento de um sistema que obrigatoriamente teria de ser revisto, no momento em que o poder do voto foi restabelecido pela Constituição de 1988.
Num sistema como esse, por qualquer lado que se mexa é possível desenrolar histórias da promiscuidade entre o poder público e o dinheiro privado. Por que isso não entra, pelo menos, em discussão? Acredito que a situação permaneça porque, ao fim e ao cabo, ela mantém o poder político sob o permanente poder de chantagem privado. De um lado, os financiadores de campanhas se apoderam de parcela de poder. De outro, um sistema imperfeito torna facilmente capturável o poder do voto também por aparelhos privados de ideologia, como a mídia. Como nenhuma notícia é inocente, a própria pauta leva a relações particulares entre políticos e o poder econômico, ou entre a máquina pública e o partido político. A guerra permanente entre um governo eleito que tem a oposição de uma mídia dominante é alimentada pelo sistema.
O apoderamento da imprensa é ainda maior. Se, de um lado, a pauta expressa seu imenso poder sobre a política brasileira, ela não cumpre o papel de apontar soluções para o problema. Não existe intenção de melhorá-lo, de atacar as verdadeiras causas da corrupção. Apesar da imensa caça às bruxas movida pela mídia contra os governos, em nenhum momento essa sucessão de escândalos, reais ou não, incluíram seriamente a opinião pública num debate sobre a razão pela qual um sistema inteiro é apropriado pelo poder privado, inclusive e principalmente porque não se questiona o direito de apropriação do poder público pelo poder privado. A mídia tradicional não fez um debate sério sobre financiamento de campanha; não dá a importância devida à lei do colarinho branco; colocou a CPMF, que poderia ser um importante instrumento contra o dinheiro ilícito que inclusive financia campanhas eleitorais, no rol da campanha contra uma pretensa carga insuportável de impostos que o brasileiro paga.
Pode fazer isso por superficialidade no trato das informações, por falta de entendimento das causas da corrupção – mas qualquer boa intenção que porventura exista é anulada pelo fato de que é este o sistema que permite à imprensa capturar, para ela, parte do poder de instituições democráticas devidamente constituídas para isso.
(*) Texto apresentado no Seminário Internacional sobre a Corrupção, dia 7 de novembro de 2011, em Porto Alegre.

Carta Maior

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pedro Taques posta oração de São Jorge no Facebook endereçada a seus inimigos

Acusado de mafioso esta semana pelo jornalista José Marcondes “Muvuca”, o senador Pedro Taques (PDT), postou um vídeo pra lá de curioso em sua página no Facebook. A oração de São Jorge na versão musical do cantor Jorge Benjor.

“Para que os meus inimigos tenham pés e não me alcancem.. Salve Jorge. Bom dia!”, diz o senador, sugerindo o vídeo a seus milhares de seguidores. Clique AQUI para ver o video.

São Jorge nasceu na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia. Sua história envolve fé, devoção e bravura. Foi torturado para deixar de servir a Deus, mas resistiu. Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra “Satanás” terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão.

Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate. Morreu degolado no dia 23 de abril de 303, por enfrentar a corte.

 

Por: Sandra Carvalho
Fonte: Da Redação

Emanuel Pinheiro diz que o crescimento do partido é artificial.

PSD tem crescimento de proveta, alfineta deputado estadual

Emanuel Pinheiro diz que o crescimento do partido é artificial. Segundo ele, o PR é o maior partido de Mato Grosso

Divulgação

O PR pretende lançar candidatura própria nas cidades polos.O PR pretende lançar candidatura própria nas cidades polos.

INARA FONSECA

Contrariando especialistas e os números que apontam o PSD como o partido com maior legenda e bancada em Mato Grosso, o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) afirmou nesta segunda-feira (24) que o Partido Republicano está cada vez mais forte e é o maior partido de Mato Grosso. De acordo com balanço realizado neste mês, o PSD conta com a adesão de 50 prefeitos, mais de 350 vereadores, seis deputados estaduais e três federais.
“Este crescimento do PSD é artificial, um crescimento de proveta. O PR é o maior partido do estado de Mato Grosso porque saiu das urnas como o maior. Quero ver o desempenho do PSD no ano que vem (referindo-se as eleições)”, desafiou Emanuel Pinheiro.
Após aprovação da criação do Partido Social Democrático pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em setembro (27), o Partido Republicano perdeu nomes de peso para a nova sigla, tais como do ex-prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti, o deputado federal Homero Pereira e o atual prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli.
“Perdemos alguns nomes de peso, ganhamos outros. Conquistamos muita liderança na base, não ficamos atuando na política da pressão, no toma lá da cá”, alfinetou Emanuel Pinheiro.
De acordo com Pinheiro, o PR não tem vocação para coadjuvante e por isso a orientação partidária é lançar candidatura própria, no mínimo, nas cidades polos (Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Tangará da Serra, Colíder, Rondonópolis, Barra do Garças, Alta floresta e Juína).
Em Cuiabá, Sérgio Ricardo é o nome cotado pelo PR para disputar a prefeitura da cidade. Em Rondonópolis, o deputado estadual Ondanir Bortolini (PR), o Nininho (que transferiu recentemente seu título eleitoral de Itiquira para Rondonópolis), disputará o comando da cidade pela sigla. Já em Várzea Grande, Wiltinho Coelho, atual secretário de Educação da cidade industrial, concorrerá à vaga de prefeito.

Reporter MT

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Daltro passa a ter "superpoderes" no Governo

Por Antonielle Costa

Foto: ReproduçãoDaltro passa a ter

O vice-governador do Estado, Chico Daltro (PSD), passa a ter “superpoderes” no Palácio Paiaguás. As modificações nas atribuições da vice-governadoria e na estrutura organizacional da pasta foram publicadas no Diário Oficial, que circula nesta segunda-feira (17). Entre as principais mudanças está a vinculação da Superintendência da Defesa Civil, que antes estava subordinada a Casa Militar e a criação de 79 cargos de comissão e confiança.
De acordo com o Decreto n° 752, caberá ao vice-governador: a articulação e gestão das relações internacionais do Governo; coordenação e viabilização de projetos estratégicos para o desenvolvimento do Estado; coordenação das políticas de Telecomunicações no âmbito de Mato Grosso; articulação institucional com os municípios mato-grossenses.
Além da elaboração e coordenação das ações da Defesa Civil; elaboração e coordenação das ações das Políticas Indigenistas e a coordenação das atividades do Escritório de Representação de Mato Grosso, em Brasília (DF).
A autonomia de Daltro e interferência se estende ainda a Agência de Fomento do Estado (MT Fomento), ao Centro de Processamento de Dados (Cepromat) e a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager). Sendo assim, os diretores destas autarquias deverão prestar esclarecimentos ao vice-governador, no entanto, a nomeação ficará a cargo do governador Silval Barbosa.
Confira os cargos criados:
Escritório de Representação em Brasília – assessor especial (1), chefe de gabinete (1), Assessor Especial I (4), Assessor Especial II (11),  Assessor Técnico II (9), Assessor Técnico III (11) e Assistente Técnico I (13).
Superintendência de Defesa Civil – superintendente (1), Assistente Técnico I (1) e Agentes de Defesa Civil (16), coordenador de Prevenção e Resposta a Desastres e Reconstrução (1), gerente de Monitoramento de Riscos de Desastres (1), gerente de Avaliação de Danos (1), gerente de Capacitação e Mobilização Comunitária (1), coordenador de Atendimento a Acidentes Ambientais (1), gerente de Respostas a Acidentes com Produtos Perigosos (1), coordenador de Gestão do Fogo (1) e gerente de Articulação e Planejamento Operacional (1).
Superintendência de Assuntos Indígenas – superintendente (1), coordenador de Assuntos Indígenas (1), gerente de Apoio a Assuntos Indígenas (1).

Mato Grosso Notícias

domingo, 25 de setembro de 2011

Médico Alencar Farina projeta candidatura a prefeito de VG

Suplente de vereador em Cuiabá transfere domicílio eleitoral a pedido do PT
Médico Alencar Farina é a opção do PT para concorrer à Prefeitura de VG em 2012

O suplente de vereador em Cuiabá e médico Alencar Farina, transferiu o domicílio eleitoral para Várzea Grande numa tentativa de viabilizar sua candidatura a prefeito pelo PT.
Até o momento, já estão no páreo para concorrer ao cargo o prefeito em exercício, Sebastião dos Reis Gonçalves, o Tião da Zaeli, que está trocando o PR pelo PSD, o deputado estadual Walace Guimarães (PMDB), e o ex-deputado estadual Maksuês Leite, que trocou o PP pelo PRB.
Ao Midianews, Alencar Farina, que é ex-presidente da Unimed em Cuiabá, informou que atende pedido da cúpula do PT, que aposta em seu nome para lança-lo ao Paço Municipal Couto Magalhães.
"O partido discute um projeto de valorização social em Várzea Grande. O município está abandonado e enfrentando uma crise social imensa. A população está cansada disso e queremos uma intervenção do Estado em saúde, educação, saneamento básico, fornecimento de água e asfalto", disse.
Candidato derrotado a vice-prefeito de Cuiabá em 2004, numa chapa encabeçada por Alexandre César, Farina concorreu em 2008 a vereador, mas ficou somente na suplência. Agora, com a transferência de domicílio eleitoral, Farina, acha que tem identificação com o município.
"Sou médico concursado da Prefeitura de Várzea Grande, há mais de 20 anos. Também tenho investimento hospitalar no município. Diria que minhas atividades profissionais se concentram 60% em Várzea Grande e 40% em Cuiabá. Aceito este desafio porque minha vontade é contribuir socialmente com Várzea Grande", disse.
Integrante de uma ala mais identificada com o grupo da ex-senadora Serys Slhessarenko, Farina sustenta que conseguiu unir as diversas correntes políticas do PT em torno de seu projeto para 2012.
"São três correntes que dominam o PT em Várzea Grande e existe unidade em defesa da minha candidatura. Tenho certeza que vamos adiante nisso", observou.

Por RAFAEL COSTA

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Jayme quer diminuir violência no trânsito

Brasília (21.09) - Ao lamentar o elevado número de mortes em acidentes de trânsito, nesta terça-feira à noite, o senador Jayme Campos propôs a criação de uma corte judicial exclusiva para tratar desta questão. “O tribunal teria jurisdição específica para julgar infrações que envolvam acidentes, promovendo ações rápidas que punam infratores e diminuam a violência no trânsito”, defendeu.

Ele justificou a criação do tribunal a partir de dados apresentados pelo Ministério da Justiça (MJ). “Os números são assustadores, anualmente morrem 42 mil pessoas nas vias urbanas e nas rodovias brasileiras”, disse.

“Hoje possuímos uma frota de 61 milhões de veículos, com a inscrição de 53 milhões de CNH’s, trafegando por 1 milhão e 400 mil quilômetros de estradas. É uma nação à parte, que precisa ter regras e jurisdição específicas”, destacou o parlamentar.

Durante seu pronunciamento, o senador disse que pesquisa divulgada pelo MJ coloca Mato Grosso como a segunda unidade federativa com maior índice de mortes no trânsito. “Nada menos que 36 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes. Logo atrás de Tocantins, que aparece nesta triste estatística com apenas uma morte a mais”, destacou.

Segundo Jayme Campos, os números são referentes a um levantamento efetuado em 2010. Mas, alerta que os resultados atuais, “obtidos pela Polícia Militar, indicam a manutenção de incidência deste tipo de ocorrência” nas principais cidades mato-grossenses. “Para se ter uma idéia, Cuiabá registrou 2 mil e 700 acidentes com 42 óbitos de janeiro até agosto deste ano. Ou seja, uma morte a cada cinco dias”, enumerou.

Velocidade – O senador advertiu que as principais vítimas são jovens na faixa de 19 a 25 anos de idade e continuou pontuando os problemas do trânsito. “A velocidade e a imprudência são fatores determinantes para o aumento deste flagelo. Veículos mais equipados, facilidade no crédito para a aquisição de motocicletas e vias públicas em estado precário são uma combinação perfeita para o avanço do número de acidentes e mortes no trânsito das cidades brasileiras”.

Jayme Campos também chamou atenção para o elevado número de pacientes nos ambulatórios de ortopedia no Brasil. “Cerca de 70% desta clientela é formada por vítimas de acidentes de trânsito, sendo que 90% delas são motociclistas. O movimento do Pronto-Socorro de Cuiabá atesta essa realidade: dos 990 atendimentos no setor ortopédico realizados em maio deste ano, 560 têm relação com acidentes de moto”, afirmou o senador.

Para ele, falta uma política mais incisiva do setor público. “Os órgãos responsáveis, na atual configuração, restringem-se a unidades arrecadadoras de multas, sem projetos que determinem de maneira clara a redução da violência no trânsito e que garanta fiscalização, policiamento, monitoramento, avaliação permanente dos condutores e educação para o trânsito”, disse o parlamentar.

Ao final do discurso, Jayme Campos propôs ainda a conversão de parte do montante dos recursos arrecadados com as multas “em verbas a serem destinadas para premiar os estados e municípios que reduzam as mortes por acidentes em suas circunscrições. Ou seja, vamos substituir o ‘Índice de Mortes’ pelo ‘Índice de Vida’ no trânsito brasileiro”, concluiu.

Assessoria de Imprensa

Foto – Agência Senado

domingo, 18 de setembro de 2011

Ou Silval enquadra Éder e Brito, ou assinará atestado de incompetência

Governador Silval Barbosa terá pulso? - Foto de Reprodução

O governador do Estado de Mato Grosso, Silval Barbosa, se encontra numa saia justa entre Éder Moraes e Carlos Brito. Um se acha o próprio Deus – porque deram todos os poderes pra ele – e o outro, recentemente ressuscitado das cinzas, já se coloca como o primo-irmão de Deus. No ringue, eles disputam que é o melhor. Nessa brincadeira, quem pode ser nocauteado é o próprio Silval Barbosa.

Se o governador não mostrar pulso firme e deixar claro que é governador deste estado, estará carimbado como incompetente por não saber gerir uma briguinha de dois funcionários que estão se achando reis da cocada.

Oras! Os interesses do Estado vêm em primeiro lugar. Ficar nesse bate boca é se rebaixar ao ridículo. Toda a sociedade assiste de camarote o caso e quer saber qual será a mexida que o governador dará para administrar a crise.

Se tirar Carlos Brito, ele estará dando a Eder mais poderes (aliás, qual será o motivo de Éder ter tantos poderes...). Se permanecer com Brito, Eder ficará fazendo chantagem de garoto rebelde e ficará com o governo nas mãos (se é que já não está...)

O Estado de Mato Grosso tem problemas maiores. Um Estado sem infraestrutura, sem saúde pública, é um Estado que podemos chamar de SEM NADA.

Governador, o seu futuro passa por esse bate boca de dois sem vergonha, que estão colocando os seus interesses pessoais acima do Estado de Mato Grosso. Daqui a pouco o senhor levará de dedo de qualquer secretário de seu governo.

De duas ou uma: ou o senhor enquadra esses dos funcionários públicos, ou os demite, provando que quem governa esse Estado é Silval Barbosa.

Por: Sandra Carvalho/Editoria
Fonte: No Poder

Sorriso: grupos de Savi e Domingos podem apoiar empresário em 2012

A sucessão eleitoral em Sorriso deverá ser consensual entre os dois grupos mais fortes do município que é um dos mais atrativos economicamente por se localizar no Médio Norte de Mato Grosso. A pedido de segmentos empresariais descontentes com a atual administração do prefeito Chicão Bedin (PMDB), que se encontra envolvida em denúncias de corrupção em relação com vereadores, os deputados estaduais Mauro Savi (PR) e Zé Domingos Fraga (DEM), atual secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, podem se unir para apoiar o empresário Plinio Alegrete, sem filiação partidária.
Recentemente, em uma reunião, empresários pediram a Plinio Alegrete que assumisse a condição de candidato e procurasse urgentemente um partido para se filiar, já que o prazo para quem quiser disputar as eleições de 2012 no próximo dia 7 de outubro, ou seja, um ano antes do pleito. A opção pelo nome de Plinio Alegrete é pelo fato do mesmo ter bom relacionamento com todas as correntes políticas do município de Sorriso.
O que mais preocupa os empresários é a crise que se instalou no município por causa das denuncias de corrupção que acabaram abalando a credibilidade e a economia local que tem sua vocação no agronegócio. Mesmo estando localizada numa região próspera, Sorriso começa a ser alcançada pelos vizinhos municípios de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, outras duas potencias.
"Pela cidade e sua população é possível se construir uma unidade partidária", reconheceu o deputado Mauro Savi, que teve seu nome lembrado como candidato, mas pondera que se reelegeu deputado estadual e pretende cumprir seu mandato. O parlamentar, que foi líder do governo nos últimos 5 anos, sinalizou que o momento é de se deixar vaidades políticas de lado e trabalhar pelo engrandecimento do município e valorização de sua gente.
Mais reticente, o deputado e secretário Zé Domingos (DEM) acredita que ainda é cedo para se falar em eleição, mas referendou também que já foi 3 vezes prefeito do município e sempre procurou ouvir os reclames da sociedade para conduzir sua vida pública. "É preciso se amadurecer as coisas", disse Zé Domingos, admitindo conhecer Plinio Alegrete e colocar o mesmo como empresário de sucesso e pessoa respeitada pela sociedade de Sorriso.
O problema estaria no PMDB, partido do atual prefeito e do governo do Estado que deseja manter a cidade sob seu domínio político. Os caciques do partido tentam construir um arco de alianças que permita a reeleição de Chicão Bedin que se encontra no primeiro mandato a frente do Executivo estadual.

Fonte: A Gazeta

sábado, 17 de setembro de 2011

Eder Moraes critica prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande

Julia Munhoz

Foto: Secom/MT

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Alvo de muitas cobranças quanto aos prazos de início e conclusão das obras para a Copa do Mundo de 2014, quando Cuiabá irá sediar um dos jogos, o presidente da Agência Executora das Obras (Agecopa), Eder Moraes, reclamou da 'postura' dos prefeitos de Cuiabá e Varzea Grande, quanto aos trabalhos desenvolvidos nas duas maiores cidades do Estado, visando o Mundial.
"As vezes o prefeito acha que temos que realizar obras de competência exclusiva da prefeitura. Não sou prefeito de Cuiabá e Várzea Grande. Estou aqui para executar as obras relativas a Copa do Mundo", afirmou Eder, ao lembrar que a autarquia colaborou com R$ 20 milhões para a 'operação tapa buracos' realizada recentemente, através de uma parceria entre a prefeitura da capital e o Governo do Estado.
Quanto a Cidade Industrial, o presidente pontuou que as obras do Aeroporto Marechal Rondon, duplicação da rodovia Mario Andreaza e da Estrada da Guarita, bem como a construção de um centro de treinamento, devem ser consideradas 'um presente' para várzea Grande.
Sem titubear, Eder, que vem enfrentando uma séria crise na Agência com a demissão do diretor de Infraestrutura Carlos Brito, disse que não há tempo para discussões 'oportunistas. "Várzea Grande está recebendo um presente do Governo do Estado. Não vamos ser oportunistas, temos que discutir as coisas com paciência", finalizou o presidente.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

“O DEM tem de deixar de ser partido de vice”

Presidente do Democratas de Goiás desanca o PSD, que tem tirado parlamentares do DEM em nível nacional

O DEM sofreu perdas de parlamentares, mas se depurou como partido e ganhou força, tanto que com uma bancada pequena tem sido a verdadeira oposição ao governo do PT no Congresso. A avaliação é do deputado federal Ronaldo Caiado, lembrando que a sigla contrapôs com firmeza a base aliada da presidente Dilma, como na votação do Código Florestal e no processo de fritura que culminou na demissão de Antônio Palocci da Casa Civil.
"Cambeta" e desarticulado politicamente é como o deputado define administração petista nos seis primeiros meses. "O governo Dilma já dá sinais de fraqueza. Ela fazia papel de gerência, não tem vivência de partido. O estilo é bateu-levou e isso não funciona muito no Executivo", afirma Caiado. 
O deputado diz que Demóstenes Torres é um bom nome do partido até mesmo para disputar a Presidência da República. E lembra que para o ano que vem, na disputa pela Prefeitura de Goiânia, o senador bate os prováveis adversário com larga margem.
PSD, Código Florestal, drogas, lixo radioativo, reforma política, entre outros assuntos, também são tema da entrevista do político e médico, concedida em seu apartamento em Brasília, na quinta-feira, 16, quando recebeu em café da manhã a equipe do Jornal Opção.

Cezar Santos — Em política não tem cedo demais. O DEM goiano já está tratando da sucessão municipal? O senador Demóstenes Torres lidera todas as enquetes em Goiânia. Será ele o candidato do Democratas?
Já começamos essa discussão, mas não identificando nomes com essa antecedência. Realmente política começa cedo, mas qualquer candidatura colocada com um ano e meio de antecedência será bombardeada enquanto os outros continuarão articulando. O senador Demóstenes é um candidato não só do partido, mas do povo goiano. Qualquer pesquisa que se faça ele lidera por três ou quatro por um em relação a qualquer outro nome. Mas como esse processo vai avançar? Temos de nos concentrar em Goiânia e nos outros municípios. Estamos fazendo as reuniões, tanto eu, como Demóstenes, o José Éliton, os deputados Heuler Cruvinel, Hélio de Sousa e Nilo Resende, estamos buscando os nomes. Sem dúvida, Demóstenes em Goiânia será um fator alavancador e estimulador em todo o Estado, mas, além disso, quais são as candidaturas competitivas que podemos lançar nos outros municípios. Estamos trabalhando isso com intensidade. Mesmo porque temos que buscar filiação de alguns quadros e esse prazo exaure no dia 30 de setembro ou 1º de outubro.

José Cácio Júnior — A atuação de Demóstenes deu um prestígio muito grande em nível nacional e o nome dele tem sido ventilado para uma possível candidatura a presidente da República. Teria condições?
Condições ele tem de sobra. O trabalho pelo qual eu luto no partido há muito anos é que não sejamos mais linha acessória de nenhum outro partido no País. Que rompamos o estigma de partido de vice, nos desatrelemos dessa linha de raciocínio. Minha tese sempre foi de apresentar candidato. Nos últimos anos sofremos acidentes de percurso. Luís Eduardo Magalhães (BA) era um nome altamente competitivo, Roseana Sarney (MA) decolou bem depois teve o acidente que naufragou sua campanha [em 2002, quando a Polícia Federal descobriu R$ 1,3 milhão não declarado em comitê dela]. A partir daí não construímos mais uma candidatura à Presidência. Hoje temos de debater quais nomes podem ser viáveis para 2014, para apresentá-los como candidatos a presidente e não a vice. E logicamente que Demóstenes Torres é um desses nomes. Ser vice é a pior postura para o partido, sempre fui refratário a isso. Tem político em Goiás que adora isso, é uma cultura, parece que nasce para ser vice. Como presidente do DEM em Goiás, sempre trabalhei para lançar candidato majoritário a governo, ao Senado. Repito, o DEM tem de deixar de ser o partido da vice. O DEM hoje, depois que perdeu alguns deputados, está vivendo um bom momento. Houve uma depurada, estamos em harmonia interna, o que é importante. Não temos mais fogo amigo, não nos preocupamos mais com puxadas de tapete. O partido hoje é outro.

Cezar Santos — O DEM se fortaleceu qualitativamente então?
Sim, o DEM cresce. Para se ter uma ideia, temos menor quadro que o PSDB, no entanto fomos nós que entramos na luta contra o governo federal nas medidas provisórias. O DEM entrou de frente no processo do Palocci, não se acovardou em momento nenhum e conseguiu derrotar o governo. Conseguimos vocalizar o sentimento da sociedade. Denunciamos o colapso dos hospitais, a falência da saúde, o problema do crack, da educação. O Democratas está conseguindo fazer oposição com pouco mais de 30 deputados. Então não é a quantidade, é a qualidade. Essa qualidade tem feito diferença no plenário. Somos relativamente pequenos, mas somos o partido mais atuante, que consegue debater com conteúdo, preparo e independência. Nossos parlamentares podem enfrentar a máquina do governo por não termos rabo preso. Podemos ser avaliados, auditados e até grampeados (risos) e sobrevivemos na política. São poucos que podem passar por isso e os democratas fazem parte desse grupo. Por tudo isso, acredito      muito no crescimento do DEM em 2012, não só em Goiás, mas no Brasil todo. E eu luto duramente para que tenhamos candidato a presidente da República em 2014.

Cezar Santos — Falando em oposição, qual sua avaliação do governo Dilma Rousseff?
A presidente Dilma termina os primeiros seis meses com o seu governo cambeta, desarticulado politicamente. O governo Dilma já dá sinais de fraqueza. Ela fazia papel de gerência, não tem vivência de partido. O estilo é bateu-levou e isso não funciona muito no Executivo.  Ela está asfixiada por que não pode denunciar a herança maldita que recebeu de Lula e ao mesmo tempo não consegue administrar os dois orçamentos atrasados que tem para cumprir. O segundo ponto é que ela tem de atender a voracidade dos partidos da base. Ali as pessoas não discutem o Brasil, mas qual a fatia, os cargos, os ministérios que elas podem ter. A todo momento Dilma se vê vulnerável nesse apoiamento da base, porque aquilo é como alimentar vampiro com sangue. O tanto que der é pouco e cada vez eles querem mais. É uma base instável e ela já começa a criar mais cargos comissionados e isso desarticula sua base política e também de gerenciamento de governo, ao perder, em menos de seis meses, os dois principais ministros, Antonio Palocci (PT-SP) e Luiz Sergio (PT-RJ).

José Cácio Júnior — Luís Sergio não era ministro...
Sim, tudo bem, mas foi o próprio PT, partido da presidente, que deu a ele o apelido de garçom. É um processo de autofagia dos partidos da base. Então Dilma está tendo dificuldade de controlar isso. Por isso temos de mostrar à sociedade brasileira, aos formadores de opinião, a importância da oposição. E temos de ter o apoio da mídia nisso, porque quando um governo quer ser único e destruir ou dissolver as oposições, temos de ficar atentos. Porque o governo do PT não quer que as coisas sejam fiscalizadas nem que tenham transparência.

Cezar Santos — Cite exemplo disso, deputado.
Ontem (quarta-feira, 15), eles nos venceram na medida provisória sobre flexibilização e quase na quebra dos princípios básicos da lei de licitações, para facilitar as obras da Copa do Mundo. Não somos contra a Copa do Mundo, mas ocorre que eles ficaram quatro anos sem fazer nada para criar condição de comoção e dizer “agora só temos três anos, porque tem a Copa das Confederações, para fazer tudo e não podemos seguir a lei”. Foi premeditado mais uma vez o Brasil vai pagar um preço altíssimo.

Cezar Santos — O PT descobriu que a iniciativa privada é mais eficiente que o Estado?
Pois é, vivemos ontem outro momento importante que precisava ser mais bem noticiado. A presidente Dilma se converteu a uma política liberal, ela que negou duramente o processo de privatização, ontem encaminhou uma medida provisória em que reconhece a necessidade de chamar a iniciativa privada e transferir a ela os aeroportos. Ela que defendeu um discurso de estatização, de não privatizar órgãos públicos, menos de seis meses depois ela viu que para superar essa demanda existente (nos aeroportos) vai ter de dividir com quem tem competência.

Cezar Santos — Dilma tomou um choque de realidade?
Um choque de realidade. E o pior é que ela se elegeu com um discurso frontal a isso, dizendo não aceito, não admito não comungo com essa tese, sou opositora à privatização. De repente você percebe o processo avançando e a presidente autorizando. Há uma distância entre o discurso para ganhar o voto e a prática. Nós precisamos assumir essas bandeiras e mostrar com muita clareza o que realmente foi positivo em cada um dos governos e não ficarmos com rótulos. As privatizações foram positivas em vários momentos da vida brasileira, como em outros países. Um Estado inchado, o governo está se transformando em uma grande S.A. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que identifica quais são as empresas que devem ser salvas no Brasil, injeta recursos nelas e de repente as outras empresas podem quebrar, pois não fazem parte do grupo que financia as campanhas eleitorais e muito menos daqueles que são simpáticos ao Palácio do Planalto.

José Cácio Júnior - O PSD está desidratando o DEM, mas em Santa Catarina foi constatado nome de pessoas mortas em lista de apoio para oficializar a criação do partido, além de utilização de funcionários públicos em São Paulo nesse trabalho. Como o sr. analisa isso?
O DEM vai entrar com duas representações, uma no Ministério Público da Justiça Eleitoral e outra no Ministério Público do Estado de São Paulo, para que se apurem aquelas denúncias de utilização de funcionários públicos para fazer coleta de assinatura. O PSD começou mal por vários motivos. Você sai de um partido se estiver sendo perseguido ou se esse partido saiu de suas normas estatutárias e programáticas ou quando esse partido se funde com outro, e aí você não é obrigado a concordar com a decisão do diretório nacional. No PSD nada disso ocorreu. Foi um projeto de fisiologismo claro, escancarado. O prefeito Kassab, que sempre esteve no poder, ao não se ver contemplado com a eleição do Geraldo Alckmin (PSDB) e com seu mandato se exaurindo, resolveu fazer um projeto pessoal, virando as costas ao DEM. Para nós é difícil absorver isso porque sempre demos todo apoio a Kassab, em todos os momentos, quando Serra não quis aceitá-lo como candidato a vice-prefeito, nos momentos difíceis da carreira política dele em São Paulo, o DEM o respaldou. E na hora que o partido precisa dele, quando tínhamos sofrido uma derrota, perdido deputados, esperávamos que ele retribuísse, como prefeito da maior capital da América do Sul. E nessa hora o gesto dele para o partido foi virar as costas. Foi uma traição. Mas é interessante que o traidor tem vida curta. No interior de Goiás se diz que a esperteza quando é demais vira bicho e engole o dono.

Cezar Santos — A criação do PSD tem o dedo do governo federal?
Kassab abriu um caminho direto com o Antonio Palocci para destruição das oposições no Brasil, esse era o jogo. Se não tivesse um núcleo duro no Democratas, teríamos nos esfacelado completamente naquele momento. Lembre-se que toda a imprensa especulava que hora o DEM vai acabar, está perdendo deputados a todo momento. Mas perdemos deputados fisiológicos, que queriam entrar pelas portas dos fundos do Palácio do Planalto, aderir ao projeto do governo, sendo que as urnas nos escalaram para oposição. Mas o castigo vem rapidamente, agora nem mais a cavalo, mas a avião a jato. Em poucos dias o Palocci, que montava essa operação (eliminar o DEM) com o Kassab, caiu envolvido em escândalo. E logo Lula vem a público acusar o Kassab de ter traído Palocci entregando informações para que ele fosse denunciado à Procuradoria Geral da República. O PSD está em total indefinição. Os parlamentares que foram para lá estão num constrangimento enorme, envolvidos em escândalos em vários Estados e municípios nessa coleta de assinaturas. O projeto inicial naufragou. E o grande padrinho político que eles tinham no governo perdeu o cargo, foi desapeado da Casa Civil por denúncia em corrupção e enriquecimento ilícito. O PSD está fadado a ter vida curta. Nem sei se sequer conseguirão o registro definitivo até o último dia de setembro para registro das candidaturas municipais.

José Cácio Júnior — A votação do Código Florestal foi bem polêmica. A proposta vai passar no Senado?
Vamos aguardar. Na Câmara ela foi aprovada e nós precisamos quebrar o viés maniqueísta que tem na análise dessa matéria, como se todos que estão no setor rural fossem contra aquilo que nós fomos os únicos no mundo a preservar. Quando você vai por essa linha de raciocínio, o cidadão já não quer ouvir mais. A tese de buscar mecanismos para regularizar as áreas desmatadas pode vilanizar as pessoas que estão nessas áreas. A discussão tem que ser outra. O Brasil tem 850 milhões de hectares e apenas 256 milhões são áreas produzíveis. Tem um quarto do Brasil produzindo. O resto são florestas como Pedro Álvares Cabral achou. Em segundo lugar, existem os problemas que nós sabemos quais são em Áreas de Preservação Permanente (APPs). Nós queremos que essas áreas sejam identificadas pelos Estados para que sejam corrigidas. Mas é preciso lembrar que quando o produtor ocupou essa área, a legislação não autorizava? Sim. Por que falar em anistia se ele é obrigado a preservar ou recuperar essa área? Se você é obrigado a recompor uma área com serviços ambientais, isso não pode ser visto como anistia. O que está simplesmente é legalizando. Como pode, segundo decretos normativos e uma medida provisória que nunca foi votada na Casa, deixar 100% dos produtores em situação ilegal? Não tem o princípio da razoabilidade. Quem está errado, as regras ou o setor produtivo primário?

Cezar Santos — Mas o texto do relator [deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP)] é bom?
Lógico que é bom. Ele é pacificador, responsável. Define esferas de participação dos municípios, Estados e União. Em vez de ser uma legislação para extorquir o produtor rural, é muito mais educativa, apoia a recuperação das áreas necessárias. O Código vai dizer que o governo dá anistia é para Cesare Battisti [ex-ativista italiano condenado à prisão perpétua no seu País por assassinato, que fugiu, foi preso no Brasil em 2007 e ganhou status de refugiado político]. O governo da anistia é para corrupto. Produtor rural é diferente. Produtor rural é que segura esse País. Quando o governo fala que pagou dívida externa, não está falando a verdade. Não pagou nada. Quem pagou a dívida externa foi o setor rural, que foi superavitário na balança comercial. Agora demagogicamente querem criar uma figura e colocar o produtor como inimigo do meio ambiente. É o setor que mais preserva o meio ambiente. Qual é o lugar do mundo onde uma pessoa retira 20% do seu patrimônio para preservação? Isso no Centro-Oeste. E no Norte o produtor retira 80% da área que adquiriu para preservação do meio ambiente. Mas se estamos falando em recuperação, isso significa áreas que já foram ocupadas. Por que eu tenho que recuperar as áreas que já foram ocupadas na beira dos Rios São Francisco e Paranaíba, por exemplo, e não recuperam áreas em torno dos Rios Sena, Danúbio, Reno, Mississipi, Missouri pelo mundo afora? Ninguém está estimulando a devastação. Mas nossos pais eram estimulados a desmatar beira de rios para combater a malária. O governo já financiou a drenagem das várzeas para que o País fosse competitivo na produção de arroz. Há 20 anos o Brasil importava leite da Austrália, feijão do México, arroz da Ásia, carne da Austrália e da Argentina. Hoje somos autossuficientes e sem dúvida alguma a maior potência em produção de proteínas do mundo. Se temos apenas um quarto do Brasil produzindo e os outros três quartos totalmente preservados, por que não fazermos uma política onde podemos casar tranquilamente a convivência e respeitar as áreas consolidadas que estão com plantio de café e uva, ou nas regiões onde pequenos produtores respeitam áreas preservadas. Por que não uma política educativa? O americano e o europeu, quando pretendem preservar uma área, a congelam e depositam na conta do produtor aquele valor mensalmente referente à área. Aqui não temos nenhum incentivo nas áreas que são congeladas como reserva legal ou APP.

Cezar Santos — Muito da pressão ambiental vem de organizações de fora do País?
Sim, e como esses organizações não governamentais (ONGs) internacionais vêm dizer aqui o que precisamos fazer? Alguém tirou o ocupou algum pedaço de Cerrado que não fosse para produzir grãos e proteínas? Não. Se o cidadão urbano gasta 18% do salário para comprar uma cesta básica, é porque produzimos alimentos a preço barato. Há 20 se gastava 56% da renda do cidadão em cesta básica. Pergunto se o Brasil é competitivo em tecnologia? As montadoras de carro possuem licença ambiental para cada carro que produzem? Elas não têm nem licença ambiental. Então são dois pesos e duas medidas. A casa da Dilma [Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República] está dentro de uma APP. As casas oficiais dos presidentes da Câmara e do Senado estão dentro de uma APP. Em todos os lagos, acima de 1 hectare de lâmina d'água é preciso manter de 50 a 100 metros de mata ciliar. Isso não existe. Em São Paulo o Rio Pinheiros virou um esgoto, o Rio Tietê outro. Vamos trazer para nossa casa. Em Goiânia os Rios Cascavel e Meia Ponte estão uma lástima.

José Cácio Júnior — O sr. já consegue montar um cenário do que pode ser aprovado, de fato, na reforma política?
O que posso dizer é que o relator, deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), ficou um pouco limitado em participar desse debate por causa de um acidente que o seu filho sofreu. Foi substituído temporariamente pelo deputado federal Rubens Otoni (PT), um profundo conhecedor da matéria. Então até o momento ainda não avançamos no relatório. E existem várias sugestões que são Propostas de Emenda Constitucional (PECs). PEC tem um rito totalmente diferente. Foi feita uma comissão especial na Câmara, composta pelas mesmas pessoas da Comissão da Reforma Política e que abriu prazo para apresentarmos emenda. Como eu vou apresentar uma emenda sobre uma matéria estranha, se a PEC que estamos discutindo diz apenas sobre sistema eleitoral de voto distrital misto? Mas outros temas estão sendo propostos para que sejam votados. Como vou apresentar emenda sobre data de posse, unificação de campanha, fim das coligações das eleições proporcionais, sistema de governo, se não tem sequer um relatório, parcial que seja, para poder ser discutido.

José Cácio Júnior — Mas já tem algo que já seja consenso entre a maioria dos deputados?
Objetivamente tem um sentimento na Casa que propõe o fim das coligações nas eleições proporcionais. Eu tenho outra linha de raciocínio, mas difícil de ser aprovada. Mas como médico, em vez de tratar sintoma, eu prefiro tratar a causa. Qual é a causa da total deterioração do sistema eleitoral? É um modelo que exauriu. Hoje só se viabiliza na política quem tem proteção das máquinas do governo ou quem tem poder financeiro e, com raras e honrosas exceções, quem tem voto de opinião. Esse sistema é excludente. Sou defensor de um sistema que fosse transitório, quando eu defendia à época a adoção da Unidade Real de Valor [URV, modelo monetário que serviu de transição entre o Cruzeiro Real (CR$) e o Plano Real (R$)]. Para acabar com a cultura inflacionária o Brasil viveu um período sem moeda. Talvez seja o único caso no mundo. Se você tem uma cultura de compra de votos, precisa ter um interstício para quebrar isso e depois avançar em outro sistema. Quando propomos a tese de financiamento público exclusivo de campanha com lista pré-ordenada foi para que o cidadão pudesse fazer valer a sua competência, valor e espírito público, que o candidato tivesse condição de se mostrar, sem que os fatores máquinas de governos e poder financeiro fossem os determinantes. Quando acabar a cultura da compra de votos podemos voltar à vida normal e discutir o voto distrital, novas regras para o financiamento. A classe política está perdendo cada vez mais a capacidade de ter a confiança ou a possibilidade de oferecer uma solução ao cidadão. Eu costumo dizer que faço parte dos dois extremos de uma pesquisa que foi feita: como médico, a classe com mais conceito junto à sociedade brasileira; e como político, a pior avaliada junto à sociedade. É um absurdo imaginar que, estando na vida política, não se pode propor mudanças substantivas e corrigir isso. É o que eu tenho me debruçado nos meus mandatos. Lutando por uma reforma política com objetivo. Não é ficar remendando o que já tem. Isso é tecido roto. Não podemos fazer reforminhas de conveniência. Teríamos de ter coragem e ousadia de fazer uma quebra no sistema.

José Cácio Júnior — Quais a principais mudanças poderiam ser feitas?
Se você perguntar qual é o senso comum da sociedade, a resposta vai ser a escolha pelo distritão [proposta em que os mais votados para o Legislativo são os eleitos], porque não conhecem a regras e detalhes do sistema eleitoral. O distritão é o pior dos mundos. Aí é o fim do processo político no País. O distritão é o que existe de pior. Tanto é que é um sistema que existem em países como Afeganistão, Vanuatu [País da Oceania formado por 83 ilhas] e um outro lugar aí. Foi feita uma pesquisa por um cientista político que identificou isso. Para você ver os lugares em que têm o distritão. Realmente vai ser um processo de quem mais poder de comprar foto é que vai ser eleito. Não vai ter regras partidárias, princípios, doutrina, limite, com quem vai se aliar. É um balcão de negócios, não é política. A reforma política me encanta, mas não é fácil, pois algumas pessoas foram eleitas pelo atual processo e não querem mudar isso. Temos outros que convivem bem com esse sistema, pois passa a ser uma fonte de arrecadação. E tem os que querem propor algumas mudanças. É um momento delicado, até o momento não avançamos nada. As mudanças foram maquiagem, mas não alteramos a essência. Fui relator da reforma em dois mandatos, mas em dois momentos nossa proposta foi rejeitada quando levamos ao plenário. E fica a expectativa do que vamos conseguir avançar. Com poucas chances de que podemos fazer algo que possa valer para a eleição de 2012. Ao menos que tenha algum acordo com a adoção de algumas PECs, que seriam promulgadas no final das votações na Câmara e no Senado. Mas o sistema eleitoral está muito confuso, temos muitos debates, mas a cada momento surge uma nova proposta para o sistema, mas não conseguimos convergir em uma só.

Cezar Santos — O sr. começou na política na União Democrática Ruralista (UDR) [criada em 1986 em nível nacional], onde teve uma grande projeção. O que mudou no Ronaldo Caiado de lá para cá?
Primeiro lugar é visível (risos). Naquela época eu tinha 36 anos e hoje já estou com 61. Você amadurece muito com a idade. Não é que se perdem as referências, pelo contrário. Eu as tenho muito consolidadas. Aquele momento foi ímpar, pois foi uma oportunidade de mostrar que um setor, ao qual sempre me orgulhei de pertencer - sou médico, exerço a profissão -, mas tenho o orgulho da minha origem e de representar o setor produtivo primário. Foi um momento em que o governo propunha uma Constituinte estatizante e revogava o direito de propriedade. E a luta foi toda nesse sentido. Aqueles que viveram à época lembram que nós garantimos um princípio que é basilar em toda democracia, que é o respeito ao cidadão e sua propriedade. Naquele momento nós enfrentávamos uma onda, existia o muro de Berlim, uma imagem de que os países comunistas estavam produzindo uma melhor qualidade de vida, com renda per capita. E de repente, quando o povo começou a saber das coisas, com a queda do muro de Berlim, viu que aquilo tudo que noticiavam era uma total irrealidade. O que existia era fome, confisco, bloqueio de todos os direitos do cidadão, o que o mundo não deseja mais. E estamos vendo que aquilo que defendíamos àquela época, quando éramos até satanizados, já surte efeito. A sociedade começa a entender que precisamos buscar uma prática moderna na política em que o principal no processo é a ética, dignidade e não fazer política para se beneficiar e auferir interesses pessoais ou lucros. Mas sim com altivez, defendendo seu estado, seu País, estando presente nas matérias mais relevantes, tendo opinião, não se comportando nas horas mais difíceis pelo caminho da omissão e da subserviência. Se tem alguma coisa que tento sempre transmitir aos mais jovens, nas palestras que faço nas universidades, é do jovem que tem o cérebro inflamado, que ele mantenha seus princípios e coerência. Que não perca a perspectiva de buscar um País melhor. Uma mudança é que a pessoas estão se politizando cada vez mais. Estão tendo voto de opinião. Para se ter uma ideia sou votado nos 246 municípios do Estado de Goiás. Sou o único. Minha base é formada por votos de opinião.

“Sonho um dia governar Goiás, não descartei”

Cezar Santos — O sr. continua querendo ser governador de Goiás?
Não tive sucesso na eleição majoritária, mas não quer dizer que descartei. Eu sonho em amanhã chegar ao governo do meu Estado. Sempre digo isso e é um objetivo que tenho na minha vida. Mas respeito a decisão das urnas. O mundo muda rápido, avançamos em várias áreas, mas o que pode me frustrar no meu quinto mandato é o fato de ainda não termos realizado uma mudança substantiva no sistema eleitoral. Aí daríamos mais oportunidades, incluiríamos os jovens e quebraríamos o conceito da compra de votos para ter sucesso na disputa eleitoral. Hoje tenho mais experiência para me posicionar tanto na política quanto na cirurgia médica, já não sendo a primeira cirurgia que eu fiz, já tendo feito centenas delas. A experiência vem no decorrer da minha trajetória de vida. Quando se faz política com dignidade, as pessoas podem até não lhe apoiarem ou não se posicionarem ao seu lado, mas elas têm respeito pela sua atitude. Esse é o ponto principal. E isso demora muito até ser construído na vida política. Quando a sociedade vê que a causa é justa, que a pessoa enfrenta posições concretas, de não ficar criando factoides, fatos momentâneos, mas defende uma tese que vai melhorar a vida de milhares de pessoas, você começa a construir uma história. E no decorrer da vida as pessoas vão percebendo em quem podem acreditar. Esse é um bom jornalista, aquele um bom médico, o outro um bom político. E o que precisamos fazer é ampliar a vida política para aqueles que possuem espírito público.

Cezar Santos — A grande preocupação com os rejeitos de Angra para Abadia de Goiás é com o perigo real para o Estado ou pelo estigma, como ocorreu com o césio?
Não é só o estigma. Em Abadia há resíduos do césio em que a vida média é de mais de 300 anos. Acidentes nucleares têm várias causas. Pode ser por incompetência no gerenciamento dos resíduos, mas também por causas naturais, terremotos, inundação, contaminação do lençol freático, etc. Tudo isso está acontecendo. Em Chernobyl há mais de 1 milhão de pessoas contaminadas. Em Goiânia foram mais de mil contaminados, com quatro mortes. O mundo todo se questiona se vale a pena a energia nuclear. No domingo passado, na Itália, o povo votou contra. A Alemanha está desativando usinas. Também a Suíça, a Bélgica. E para eles, a energia nuclear é fundamental, mas para nós representa apenas 1,9% da energia produzida. Tudo bem avançarmos na pesquisa nuclear, mas temos de investir na produção de energia renovável, eólica, biomassa e outras. E a obrigação do controle desse material é da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). Mas em Goiânia, no episódio da ampola de césio, não teve controle. Houve o acidente e eles disseram sinto muito. A ampola estava largada, as pessoas roubaram e saíram com aquilo pelas ruas. É interessante corrermos o risco transferindo milhares de toneladas de rejeitos para Goiás? E por que Goiás? O depósito de Abadia é de superfície. O lençol freático é tão raso que eles não puderam fazer escavação, a água drena na superfície. Nós já pagamos um custo alto por um prejuízo. Na construção da usina de Angra já deveriam ter definido o depósito definitivo. Não aceitamos agora trazerem lixo radioativo para Goiás. Outro aspecto, quando foi feito o projeto nuclear, compraram os reatores na Alemanha, que está desativando suas usinas. Então, quem vai fazer manutenção dos reatores de Angra 1 e 2? Não sei se Angra 3 é a mesma tecnologia alemã. Então recusar o lixo nuclear em Goiás não é preconceito, é por questão de segurança mesmo. Se a tecnologia nuclear brasileira está toda implantada em Angra dos Reis, porque transferir isso para Goiás?

José Cácio Júnior — E as faladas compensações para o Estado?
Isso é desrespeitoso para com o nosso Estado. É uma maneira de o governo federal dizer eu dou uma esmola e alguns empregos a vocês para que vocês se calem e os rejeitos de Angra 1 e 2 fiquem com vocês. Não vejo credenciais na CNEN em estar sozinha à frente desse projeto. Cobramos que haja uma agência reguladora, até porque quem executa não pode fiscalizar.

José Cácio Júnior — O País não tem um projeto de energia nuclear, que determina locais seguros para colocar os dejetos?
Até hoje não identificaram esses locais. E o prefeito de Angra dos Reis vem recusando duramente a posição de construírem lá depósito definitivo do lixo. E o presidente da CNEN disse que já tem três municípios que teriam aceitado receber o depósito pelos subsídios que receberão, mas não diz quais são por questão de segurança. Eu digo que não sendo em Goiás, tudo bem. Chega, já pagamos muito com vidas humanas, com prejuízos econômicos e preconceito durante muitos anos. Talvez os mais jovens não saibam disso, mas a minha geração sabe.

Cezar Santos — Como político e médico, o que o sr. diz da proposta do governo goiano de criar os Centro de Recuperação de Dependentes Químicos (Credeqs)?
De fato, a droga está destruindo quase em massa a nossa juventude. Ela está ficando nas mãos dos traficantes, que oferecem drogas a preço baixo, 2 a 5 reais, como o crack e agora uma ainda pior, o oxi, que tem poder destrutivo maior. O Jornal Opção mesmo colheu depoimento de dependentes dizendo que é mais fácil ter acesso ao crack do que comprar pão na padaria. Os jovens se viciam e têm sua sentença de morte decretada. A estatística diz que são 1,2 milhão de jovens dependentes do crack.  Um centro especializado para atendimento a dependentes químicos tem de ser aplaudido. Esse projeto (do Credeq) propõe aquilo pelo que temos lutado no Congresso, que é alterar a legislação brasileira, na qual não se tem mais a internação compulsória, o que é absurdo. Internar um jovem drogado depende do autorizo dele, isso é inaceitável. Na Europa a internação do drogado é compulsória. Trabalha-se para tirá-lo da mão do traficante. O governo federal lava as mãos sobre isso, causando milhares de mortes. Não temos orçamento no Ministério da Saúde compatível para tratamento dos drogados. O governo federal gasta muito mais em publicidade. Não temos hospitais com leitos suficientes para internar esses dependentes. Não temos política, nem atendimento psiquiátrico, nem pessoas preparadas para lidar com esses jovens. Por isso lutamos para mudar a legislação.

José Cácio Júnior - Montar o centro, fazer o confinamento do drogado, resolve?
Não é só confinar. Além do diagnóstico, tem o acompanhamento psiquiátrico e daí várias fases. Para uns pacientes o tratamento psiquiátrico com assistência familiar resolve. Para outros, precisa a internação. Não é um tratamento simples nem barato, pelo contrário. O Estado tem de fazer sua parte e estamos lutando para mudar a legislação atual, que é falha.

José Cácio Júnior — O sr. concorda com a proposta do ex-presidente FHC, de descriminalizar as drogas?
Discordo frontalmente. É uma tese muito mais para aparecer, de momento. Foi um momento infeliz do presidente Fernando Henrique depois de uma trajetória toda, achar que descriminalizar a maconha tiraria os dependentes de drogas das mãos dos traficantes e os transferiria para o Estado. Isso é utópico, irreal. O governo não tem estrutura para tratar essas pessoas e acompanhá-las durante todo o processo de tirá-las do problema. Os países que fizeram isso, como a Holanda, com controle maior que o nosso, com nível cultural muito melhor que o nosso, já deram sinal de que não estão conseguindo controlar esse processo. Aliás, a saúde, nos últimos anos, tem sido o calcanhar de Aquiles, o ponto mais frágil deste governo. Nunca vimos algo parecido. Não tem verba para a saúde. Este governo trancou a regulamentação da emenda 29, que nos daria mais 35 bilhões de dólares para a saúde. As ações nas áreas estão restritas a 62 bilhões para 192 milhões de brasileiros. Sobre as drogas, em primeiro lugar seria preciso uma política de conscientização dos jovens. E ao mesmo tempo enfrentar a luta real. O Brasil não pode continuar benevolente com vizinhos como a Venezuela e Bolívia, que tratam produtores e traficantes de drogas como cidadãos de prestígio.

José Cácio Júnior — Argumentam que do jeito que está não se consegue sucesso no ataque às drogas.
Dizer que mesmo a política de repressão dos Estados Unidos, a maior economia do mundo, não consegue conter as drogas, muito menos sucesso teremos se abrir isso. Transferir para o Estado o controle da droga vai abrir ainda mais o campo para a corrupção. Além do dinheiro público sendo desviado, vamos ter outro aparelho de corrupção montado na máquina estatal. As cidades brasileiras virariam aquela cidade do Pablo Escobar (Medellín), que era base do tráfico na Colômbia. É inaceitável a tese de Fernando Henrique, é  tentativa de levantar uma bandeira que ele não teve coragem de enfrentar como presidente da República. Ele teve oito anos da vida dele com os mecanismos para trazer isso a público e se omitiu. Por que agora?

Fonte: Jornal Opção

Wenderson Monteiro

Leitão acredita que será empossado deputado até o final do mês

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O presidente estadual do PSDB, Nilson Leitão, será diplomado amanhã e espera que, até o final deste mês, seja efetivamente empossado na Câmara dos Deputados. O tucano acredita que todo o trâmite entre a retotalização dos votos realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE), decidida na última 5ª à noite, até sua posse, na entre 10 a 12 dias.
Ele explicou que, após a mesa diretora da Câmara ser notificada, expede um comunicado ao parlamentar que deve deixar o cargo. Este, por sua vez, tem um prazo de três a cinco dias para deixar o gabinete. Devido a todo este procedimento é que Leitão acredita que deve tomar posse apenas no final do mês. Sem contar que na quinta-feira (23) ainda há um feriado nacional de Corpus Christi.
Conforme Só Notícias já informou, após a retotalização dos votos Leitão foi considerado deputado federal eleito. Ságuas Moraes (PT), que está no exercício do mandato, passa para a ser primeiro suplente de sua coligação. O Tribunal deve emitir o diploma de Leitão na terça-feira.
A recontagem é consequência da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar válidos os votos do suplente de deputado federal Willian Dias (PTB), que concorreu sob júdice. Os mais de dois mil votos de dele causaram mudanças no coeficiente eleitoral, pois Willian estava na mesma coligação de Leitão. Com isto, a coligação "Jonas Pinheiro" (PSDB-DEM-PTB) fez 158.669 elegendo dois deputados: Júlio Campos e Nilson Leitão. A coligação de Ságuas totalizou com 157.626 e elegeu três: Wellington Fagundes, Homero Pereira e Carlos Bezerra.
A saída de Ságuas deixa o PT de Mato Grosso sem representante na Câmara dos Deputados. Agora, Sinop passa a ter dois deputados federais - Roberto Dorner (primeiro suplente) está no exercício do mandato ocupando a vaga de Pedro Henry, atual secretário de Estado de Saúde. É a primeira vez que a maior cidade do Nortão passa a ter dois parlamentares federais.
Esta foi a segunda retotalização de votos para federal, desde o dia 3 de outubro. Na primeira, Pedro Henry, que havia concorrido sob júdice, conseguiu ter votos validados e foi considerado eleito. Devido a esta decisão, Leitão, que no dia da eleição constava como eleito, caiu para primeiro suplente.

Fonte: Só Notícias/Alex Fama (foto: Só Notícias/Cleverton Neves)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

TRE retotaliza votos e confirma Leitão deputado federal

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O TRE acaba de fazer a recontagem de votos para deputado federal e o presidente estadual do PSDB, Nilson Leitão, é considerado deputado federal eleito. O deputado Saguas Moraes (PT), que está no exercício do mandato, passa para 1º suplente. Agora, o tribunal deve emitir o diploma Leitão na próxima 3ª feira e, com isto, ele deve ser empossado na Câmara dos Deputados. Conforme Só Notícias antecipou, o presidente Rui Ramos decidiu colocar em apreciação dos magistrados, na sessão, o edital prevendo a retotalização dos votos, que foi aceita por unanimidade pelos integrantes do pleno.

A recontagem é consequência da decisão do TSE de tornar válidos os votos do suplente de deputado federal Willian Dias (PTB), que concorreu sob júdice. Os mais de 2 mil votos de Willian causaram mudanças no coeficiene eleitoral porque Willian estava na mesma coligação de Leitão. Com isto, a coligação PSDB-DEM-PTB fez 158.669 elegendo dois deputados - Julio Campos e Nilson Leitão. A coligação de Saguas totalizou com 157.626

A saída de Saguas deixa o PT de Mato Grosso sem representante na Câmara dos Deputados. Agora, Sinop passa a ter dois deputados federais - Roberto Dorner (primeiro suplente) está no exercício do mandato ocupando a vaga de Pedro Henry. É a primeira vez que a maior cidade do Nortão passa a ter dois parlamentares federais.

Esta foi a segunda retotalização de votos para federal, desde o dia 3 de outubro. Na primeira, Pedro Henry (PP), que havia concorrido sob júdice, conseguiu ter votos validados e foi considerado eleito. Devido a esta decisão, Leitão, que no dia da eleição constava como eleito, caiu para 1º suplente.

Fonte: Só Notícias/Editoria com Tania Rauber, de Cuiabá (foto:Só Notícias/Cleverton N.)

A doação, que é feita anualmente, desta vez vai beneficiar sete entidades

 


A Sala da Mulher da Assembleia Legislativa de Mato Grosso-AL/MT, recebeu nesta semana 2,1 toneladas de alimentos em mais uma ação dos alunos da Escola do Legislativo. A doação, que é feita anualmente, desta vez vai beneficiar sete entidades: Associação Domingos Sávio, Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais, Canção Nova Promoção Cuiabá, Creche Raio de Luz, Casa de Apoio Estrela Dalva, Instituição Portal da Esperança Jardim Araçá e Associação do Bairro São João Del Rey.
Quem recebeu, de forma simbólica, os alimentos pela Sala da Mulher foi Janaína Riva. Para ela, trata-se de uma iniciativa generosa e que precisa ser valorizada. “É uma honra ter vocês como parceiros todos esses anos. Até hoje, foram beneficiadas 75 entidades e é através de iniciativas como essa que temos como atender as demandas das instituições que nos procuram em busca de apoio”.
O diretor da Escola do Legislativo, Ataíde Almeida, informou que a mobilização na coleta dos alimentos foi dos 270 alunos de graduação. “Hoje, atendemos toda a sociedade com cursos de graduação e pós-graduação, numa parceria com o Instituto Cuiabano de Educação (ICE). E, em nível nacional somos referência”. 
A iniciativa de criar a Escola do Legislativo foi dos deputados Humberto Bosaipo e José Riva, em 1999. Os parlamentares sentiram a necessidade de oferecer a qualificação aos servidores da Casa.
O acadêmico de Gestão Estratégica de Pessoas, Márcio Valander, foi um dos que liderou a coleta junto com lideranças de outras turmas. “Foi um prazer participar dessa campanha. Abraçamos a causa porque sabemos que estes alimentos vão beneficiar realmente quem precisa”, concluiu.


Autor: SANDRA COSTA-Assessoria da Presidência

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Jayme Campos recebe visita do chefe da Embrapa e do presidente do Sicred-MT

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Centro de Pesquisa – Jayme Campos recebeu, nesta quinta-feira (05), a visita do chefe-geral da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Agrossilvipastoril, João Flávio Veloso. O senador ouviu de Veloso um relato do andamento das obras de construção do Centro de Pesquisa da Embrapa em Sinop (MT) e o pedido de apoio do senador para a conclusão da obra. “Pela relevância e serviços prestados, assumo compromisso com esse grandioso projeto. Vamos destinar recursos de emenda do Orçamento para essa obra”.

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Sicredi - O senador também recebeu a visita do presidente da Central Sicredi de Mato Grosso, João Carlos Spenthof, e do presidente da Sicredi Ouro Verde MT, da cidade de Lucas do Rio Verde, Eledir Pedro Techio. Eles participaram de encontro do Conselho Consultivo do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras. A Jayme Campos, eles pediram apoio para o marco regulatório do setor no Congresso Nacional.

Assessoria de Imprensa

Foto – à esquerda, com Jayme Campos, João Fávio Veloso (de barba)

Foto – à direita, com Jayme Campos, João Carlos Spenthof (ao centro)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Governo tem que ter compromisso com o orçamento, dispara Jayme

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Preocupado com o provável corte em parte das emendas parlamentares de 2011, o senador Jayme Campos (DEM-MT) disse que o governo tem o compromisso de executar o orçamento federal de 2011 que foi aprovado pelo Congresso Nacional.

Segundo ele, o anúncio de cortes é muito ruim, pois traz intranqüilidade nos Estados e municípios beneficiados com recursos federais já anunciados. “Cria-se uma expectativa muita grande da liberação dos recursos e depois ocorre o corte, que frustra comunidades inteiras que almejam o desenvolvimento”, comentou o Jayme.

Presente à audiência da Comissão Mista de Orçamento para ouvir a ministra do Planejamento, Mirian Belchior, o senador defendeu a adoção do orçamento impositivo para evitar mudanças na destinação dos recursos federais.

“O Congresso não pode aceitar esta quebra de compromisso firmado de forma republicana entre o legislativo e o executivo. Espero que a ministra se sensibilize com os pleitos dos parlamentares”, argumentou Jayme antes do início da audiência.

Vinícius Tavares, do Olhar Direto

Jayme Campos é eleito membro Conselho de Ética

O presidente da Comissão de Assuntos Sociais, senador Jayme Campos (DEM-MT), foi eleito membro do Conselho de Ética do Senado. O nome de Jayme é o único do Mato Grosso e, junto com os outros nomes indicados pelas lideranças partidárias, foi aprovado pelo plenário da Casa. O colegiado é formado por 15 titulares e 15 suplentes.

Assessoria de Imprensa

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Riva convida Zaeli para integrar PSD por qualidade empresarial e política

Pollyana Araújo

O presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP), confirmou que convidou o vice-prefeito de Várzea Grande, Sebastião dos Reis Gonçalves (PR), o Tião da Zaeli, para integrar o PSD (Partido Social Democrático), nova agremiação partidária que conta com o progressista à frente de sua fundação em Mato Grosso.
“O Zaeli tem o perfil apropriado para esse partido. É político e empresário e já estamos conversando sobre sua vinda”, garantiu Riva, que já recebeu sinal verde do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), responsável por coordenar o processo de fundação da legenda no Estado e promover as agremiações de políticos de diversas siglas.
No entanto, Zaeli ainda não respondeu se vai deixar o PR e trocar pelo PSD, apesar de demonstrar insatisfação com o partido diante da falta de reestruturação política. As reclamações também já foram feitas ao presidente do diretório regional do PR, deputado Emanuel Pinheiro.
As ameaças em sair do PR tiveram início diante dos sucessivos desentendimentos entre Zaeli e o prefeito afastado de Várzea Grande, Murilo Domingos, ocasionando um momento de fragilidade. Sobre a tentativa de cooptação feita por parte de Riva, o deputado Emanuel Pinheiro ressalta que “agora é a vez do Riva flertar com mulher casada”. Para ele, faz parte da política o convite feito.

Olhar Direto

comentários

Exibindo de 1 a 2

por Carlos Regis da Silva

grande deputado riva, só não convide o vereador pop, que se diz vereador mas não tem feeling nenhum de vereador. esse cara não faz nada em pró a nossa sociedade. te peço pelo amor de DEUS. não faça essa façanha. eu lhe admiro muito deputado, mas não faça essa minha admiração pelo senhor se acabar.

por João Victor Sacks

Alguem poderia me informar, O QUE NOS O POVO ganha com esse novo partido??? e que na verdde nova e so a sigla pois as carinhas que estã nela todo mundo ja conhece, sera que esse partido vai ajudar o nobre Dp. Riva a comprar Mais calcinhas...epá como eu fui chato, desculpa o poco ja tinha até esquecido disso, desculpa mesmo!!!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Riva assegura apoio à mobilização de produtores pelo Código Florestal

 O parlamentar defende ainda sanção do ZSEE para contribui com desenvolvimento de Mato Grosso
Fotos Assessoria Riva/ Clique na foto para ampliar
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de mato Grosso-AL/MT, deputado José Riva (PP), defendeu como imprescindível a aprovação do novo Código Florestal Brasileiro. Riva tem feito duras críticas em Plenário sobre a omissão do Congresso Nacional por não votar a proposta. “O Congresso Nacional comete um grande equívoco por não apreciar essa matéria, que dará a tranquilidade aos produtores rurais”, afirmou Riva, que participou do ato de mobilização dos produtores rurais realizado no início da manhã desta segunda-feira (04), na Famato.
Para Riva, esse movimento é a demonstração de que o Congresso Nacional não cumpriu seu papel. Diferente da Assembleia Legislativa, que oportunizou a participação da classe produtora nas discussões do Zoneamento Socioeconômico Ambiental (ZSEE). O zoneamento deixará um grande legado aos produtores por normatizar o uso dos recursos naturais de maneira sustentável.
“Essas discussões estimularam os produtores a se mobilizar para pressionar o Congresso Nacional a votar o Código Florestal”.
O ZSEE já foi encaminhado ao Governo do Estado. “Esperamos que o zoneamento ambiental seja sancionado até o próximo dia 15”, ressaltou, ao alertar que não adiantará normatizar o uso da terra sem o código florestal.

Na sequencia, os produtores seguiram rumo à Brasília onde farão o manifesto amanhã (05), no Congresso Nacional. A ideia é reunir pelo menos 20 mil produtores rurais de todo o Brasil, sendo 1,5 mil de Mato Grosso, para pressionar pela votação do novo Código Florestal. “A classe merece todo nosso apoio”, declarou o governador em exercício, Chico Daltro. Ele garantiu que o Governo do Estado não terá dificuldades em sancionar o ZSEE porque foi amplamente debatido.
O presidente da Famato, Rui Prado, destacou a importância social e econômica da nova legislação. “Sessenta e dois por cento a mata de Mato Grosso estão preservadas. Mas, o atual código florestal não contempla a categoria, pois 90% dos produtores rurais têm alguma irregularidade ambiental e são considerados criminosos. Vamos mostrar em Brasília que somos trabalhadores”.
O deputado federal Homero Pereira, que acompanhará os participantes em Brasília, explicou que os deputados federais já trabalham a proposta. “Passamos os finais de semana reunidos para aperfeiçoar o texto”.


Autor: ITIMARA FIGUEIREDO-Assessoria da Presidência

domingo, 3 de abril de 2011

Ságuas diz que não teme auditoria da AL na Educação

De São Paulo - Marcos Coutinho

Saguas

O deputado federal Saguas Moraes (PT) afirmou, em entrevista ao Olhar Direto, em Brasília, que não tem nenhum temor quanto à realização de uma auditoria na Secretaria da Educação (Seduc).
Uma auditagem nas contas da Seduc foi aprovada pela Assembléia Legislativa no mês passado e visa, basicamente, investigar denúncias consideradas graves que foram encaminhadas aos parlamentares.
"Eles (os deputados estaduais) têm o dever de investigar, mas tenho certeza que nenhuma irregularidade será encontrada em minha gestão", assegurou o congressista do PT, que comandou a pasta da educação por dois anos na gestão Blairo Maggi-Silval Barbosa.
Dentre as denúncias recebidas pelo deputados estão o pagamento efetuado a empreiteiras que não teriam terminado as obras contratadas. Outras dão conta de adiantamentos a empresas.
Saguas contesta as irregularidades e destaca que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Auditoria Geral (AGE) fazem um acompanhamento "quase que diário" na  Educação. "Tudo é fiscalizado. Por isso acredito que está tudo dentro do que prevê a lei", pondera.

  • comentários

 

por osmar

ta na hora da justiça começar a trablhar e colocar essa petezada na cadeia. esse ságuas, só quem é cego não vê. só faz coisa errada. a secxretaria de educação se realmente for feito uma investigação, aí todos conhecerão quem é saguas. fora PT. o brasil não merece tanta falcatrua

por Ondino Lima Neto

" Nenhuma irregularidade será encontrada " é no mínimo exagero.

por Henrique Marques

Só da boca pra fora...quando começarem a perguntar por que só algumas empresas conseguem entregar obras na Seduc e 70% das obras não são recebidas, nem ao mesnos visitadas pelos fiscais e depois chegarem os nomes dos donos dessas empresas e o grau de parentesco ou envolvimento com os diretores do orgão vai sobrar dor de cabeça pra muita gente.

por ALEX

TODAS ESTAS SUPOSTAS DENUNCIAS SÃO PARA DESVIAR O FOCO DOS 44 MILHOES DAS MAQUINAS QUE ATÉ AGORA NÃO SABEM ONDE FORAM PARA O DINHEIRO. DESTE JEITO O BRASIL NUNCA VAI PRA FRENTE....O GOVERNO DE BLAIRO SÓ BENEFICIO ELE MESMO....AGORA ESTA CONSTRUINDO A NOVA SEDE DA MAGGI ENFRETE A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO...VAI FICAR DE LÁ SENTADO EM SEU ESCRITORIO CONFORTAVEL E RINDO DOS IDIOTAS DO CENTRO POLITICO .....

por silva

quero saber sobre o sumiço de 44 milhões dos maquinarios os outros desvios do governo é fixinha,parece que a roubalheira no governo maggi silval é geral,não escapa nada

por PAULO

PERSEGUIÇÃO AO PT. SÓ ISSO

Olhar Direto

De volta à AL, Fabris defende "DEM eterno" com Silval

Deputado condena alianças com PSDB em MT e prevê candidaturas ao Senado e Governo
Widson Maradona/AL

Gilmar Fabris volta à AL e condena aliança do DEM com PSDB

  • Empossado na Assembleia Legislativa nesta semana, em substituição ao correligionário José Domingos Fraga, o deputado estadual Gilmar Fabris defendeu que o DEM permaneça na base aliada do governador Silval Barbosa (PMDB). Segundo ele, o propósito é construir projetos políticos para 2014, com candidatura ao Senado ou mesmo ao Governo do Estado.
    "Estamos voltando de onde nunca deveríamos ter saído. Sempre apoiamos a gestão de Blairo Maggi e Silval Barbosa e foi um erro seguir outro rumo. Agora, humildemente, nossos antigos aliados estendem a mão para começarmos novamente uma relação. O DEM deve defender, dentro da base aliada, a candidatura de Jaime Campos ao Palácio Paiaguás, em 2014, e identificar uma nova liderança para concorrer ao Senado", afirmou Fabris.
    O parlamentar defendeu essa meta, diante do que considera "esfacelamento partidário" vivido pelo DEM, que pode ser percebido pela própria movimentação da cúpula nacional.
    "O DEM está enfraquecido politicamente em âmbito nacional porque insiste numa aliança com o PSDB, para ocupar o papel de vice-presidente, sem encabeçar uma chapa. A mudança no diretório nacional foi antecipada por conta disso e, em Mato Grosso, onde o partido ainda mantém força, somos obrigados a ter candidatura própria", disse.
    Com a posse de Gilmar Fabris, sobe para cinco o número de suplentes que ocupam vaga de titulares na Assembleia Legislativa. Os deputados João Malheiros (PR), Tetê Bezerra (PMDB) e José Domingos Fraga (DEM) assumiram secretarias de Estado.
    Por outro lado, Adalto de Freitas, o Daltinho (PMDB), conseguiu na Justiça estadual o direito de ocupar a vaga que era do republicano Emanuel Pinheiro.
    A liminar concedida pelo juiz Gilberto Giraldelli segue o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a vaga aberta com licença ou renúncia do titular deve ser ocupada pelo primeiro suplente do partido, e não da coligação.
    Emanuel Pinheiro ocupa a vaga aberta com a licença de Mauro Savi (PR), por 121 dias, para tratamento de saúde.

  • Por RAFAEL COSTA

  • sábado, 2 de abril de 2011

    Instituições se unem combatendo pedofilia em MT

    A ideia da ong é demonstrar que o que falta não são apenas novas leis, mas principalmente a aplicação das já existentes

    O cerco contra crimes de pedofilia vão se fechar mais ainda em 2011. Instituições de várias partes do estado vão se unir, no próximo dia 12/04, na Câmara Municipal de Várzea Grande-MT, para um fórum contra a pedofilia. O evento é organizado pela Câmara Municipal de Várzea Grande, através do vereador Antonio José de Oliveira (TONINHO DO GLORIA) líder da bancada do (PV). Ele é presidente da ONG MT contra a Pedofilia.

    Na ocasião, estarão presentes a Coordenadora da Sala da Mulher da Assembléia Legislativa do estado de Mato Grosso-MT, Janete Riva, ela vai proferir a palestra com o tema:“Diferenciação entre Pedofilia e Abuso Sexual”, a PromotoraLindinalva Rodrigues Dalla Costa, Titular da 15ª Promotoria Criminal, Especializada no Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá-MT, vai abordar o seguinte tema: “Os Entraves da Lei Frente à Punição dos Agressores. O parlamentar destaca que tem trabalhado temas para alertar e esclarecer a população sobre não só pedofilia, mas também acerca de aborto, infanticídio, drogas e prostituição infantil o Projeto MT de Mãos Dadas Contra a Pedofilia atenderá ao clamor da população que diariamente se depara com a notícia de crianças e adolescentes que são violentadas em Mato Grosso.

    A idéia da ong é demonstrar que o que falta não são apenas novas leis, mas principalmente a aplicação das já existentes, entre elas o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e mobilizar mais as câmaras municipais, conselhos tutelares e de direito para acompanhamento e implementação de políticas definidas no âmbito municipal, pois todas são implementadas no município ou estado. Quer organizar também uma rede de proteção nos municípios, realizar seminários com lideranças políticas, religiosas e com a sociedade em geral. 

    Na Assembléia Legislativa o crime também tem suporte de combate. O trabalho em conjunto com o Ministério Público é realizado pela Sala da Mulher. Conforme a coordenadora Janete Riva, em Mato Grosso ocorrem entre cinco e seis casos diariamente. Para participar como parceiro do fórum foi convidado secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado Filho, procurador de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Paulo Prado, advogada Rosarinha Bastos, Coordenadora da Sala da Mulher da Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso, Janete Riva, Delegada Titular da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica),Mara Rubia Carvalho,Juiz de Direito e Diretor do Fórum de Várzea Grande,Jones Gattass Dias, Titular da 15ª Promotoria Criminal, Especializada no Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá-MT,Promotora Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, Promotora de Justiça Sasenazy Soares Rocha Daufenbach, Delegadas de Polícia Daniela Maidel e Juliana Palhares, Primeira-dama e Secretária de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, Roseli Barbosa,Secretario de Desenvolvimento Humano e Assistência Social de Cuiabá,Mário Lúcio,professor Silvio Fidelis,Prefeito de Cuiabá,Chico Galindo,Prefeito de Várzea Grande,João Madureira,Presidente da Câmara Municipal de Cuiabá,Júlio Pinheiro,Presidente da Câmara Municipal de Várzea Grande,Maninho de Barros.

    O que é Pedofilia? É a designação da patologia (doença) que geralmente manifesta-se em adultos, que por sua vez, somente conseguem atingir o prazer sexual através de contatos com crianças ou adolescentes. Contatos físicos ou visuais.

    O que é Pornografia Infantil? É o termo utilizado para diferenciar a pornografia (arte, textos, figuras, cenas ou imagens que tratem de assuntos obscenos ou licenciosos) adulta, comum, daquela que contenha imagens de crianças ou adolescentes em poses ou situações erotizadas, de sexo explícito ou inadequado. Especialmente envolvendo estas e adultos.

    O que é Exploração Sexual? É o meio pelo qual, o adulto em geral, tira proveito da inocência, da infância ou adolescência, quando em troca de favores sexuais, turismo sexual, incentivo à prostituição, rufia-nismo, pedofilia, obtém lucro financeiro.

    Se eu tiver acesso às imagens ou sites de pedofilia, estou cometendo algum crime? Se este acesso foi esporádico e involun-tário, não. Você não cometeu crime algum. Contudo, se você acessar tais imagens constantemente, filiando-se a sites criminosos, trocando, comprando ou vendendo imagens, aí sim estará sujeito a investigação.

    O que faço se deparar com cenas, sites, imagens, bloggs, spams ou chats de conteúdo criminoso? Sempre que, involuntariamente, você tiver acesso aos tipos criminosos como: imagens ou textos de pornografia infantil ou pedofilia, anote tantos dados quantos forem possíveis acerca do fato, como: endereço eletrônico, e-mails, números de IP, o que for possível. Encaminhe estes dados diretamente para a Polícia Federal no site http://www.dpf.gov.br .

    Programação:

    13:30h -Credenciamento

    14h00 – AberturaVereador Toninho do Gloria, presidente da ONG MT contra a pedofiliaé autor de quinze projetos de lei para enfrentar e combater a pedofilia, e da Indicação para instalação da Delegacia do Menor e do Adolescente para casos específicos de maus tratos, trabalho escravo, exploração e abuso sexual.

    15h00 Palestra (Janete Riva)Tema:- “Diferenciação entre Pedofilia e Abuso Sexual” (Janete Riva, Coordenadora da Sala da Mulher da Assembléia Legislativa do estado de Mato Grosso-MT)

    15h30 – Palestra (Promotora Lindinalva)Tema: “Os Entraves da Lei Frente à Punição dos Agressores”Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, Promotora de Justiça do Estado de Mato Grosso, Titular da 15ª Promotoria Criminal, Especializada no Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá-MT.

    16h00- Entrega das homenagem aos parceiros da campanha MT de Mãos Dadas Contra a Pedofilia.

    17h00 - Encaminhamento e Encerramento

    Fonte: Movimento contra a Pedofilia