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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Para Jayme Campos, novo Código Florestal deve respeitar quem produz

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Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (10), o senador Jayme Campos (DEM-MT) reconheceu a importância do Código Florestal para o setor produtivo, ressaltando que o novo documento deve respeitar quem produz e levar conta as futuras gerações.

- O peso do voto de cada senador decidirá o futuro deste setor da economia, que a despeito de tudo continua a alimentar o mundo - disse o senador.

Jayme Campos enfatizou que é preciso reconhecer a importância do homem do campo no Brasil, a quem chamou de "obstinado e independente". Ele destacou os produtores do seu estado, Mato Grosso, e lembrou que há muitas previsões pessimistas sobre a capacidade de produção de alimentos no mundo, que já conta com 7 bilhões de pessoas.

- A população cresce e a demanda por comida aumenta. Mas Mato Grosso está invertendo essa equação pessimista - afirmou.

Jayme Campos informou que Mato Grosso registrou US$ 9,2 bilhões em exportação de produtos agrícolas entre janeiro e outubro deste ano. O senador salientou que Mato Grosso alimenta grande parte do mundo, já que é o maior exportador do Centro-Oeste e o oitavo do Brasil.

- Somos produtores de alimentos. Nosso ofício é gerar paz e fartura. Os agricultores são missionários da prosperidade - afirmou.

Jayme Campos disse que tem orgulho de saber que os produtores brasileiros se impõem diante das adversidades de uma legislação confusa e punitiva, e da apatia de governantes que pouco fazem para proteger e incentivar a atividade:

- Produzem porque lidar com a terra é o trabalho mais ético e honesto que há. Sujar as mãos com o húmus da terra significa limpar a alma com a seiva da prosperidade. A própria evolução do ser humano como espécie tem sua essência fincada no solo. Pois, diz a liturgia que foi do barro que Deus concebeu o sua criatura mais perfeita.

Ao finalizar, o senador ainda parabenizou o setor produtivo mato-grossense, que tem se esforçado para bater recordes e manter “viva a idéia de que trabalhar faz bem para o espírito e para a nação”.

(Texto e foto - Agência Senado)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Homero critica demarcações irregulares de terras indígenas

O deputado federal Homero Pereira (PR/MT) criticou a criação e ampliação de áreas indígenas sem anuência do Congresso Nacional. O parlamentar argumenta que a convivência pacífica é possível entre índio e não-índio desde que o direito de um não prevaleça sobre o outro.

A argumentação do deputado vem depois que o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB) se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para tratar do tema, em Brasília.

"Ambos precisam ter seu espaço assegurado sem desrespeito ou privilégio. Garantir ao índio acesso ao território é um direito constitucional, mas não podemos admitir que isso ocorra sem critérios, sem regras já estabelecidas e sem a aprovação das casas legislativas", argumenta o Homero.

Em Mato Grosso há duas situações preocupantes nas quais é iminente o confronto entre famílias rurais e indígenas por disputa de terras. De acordo com Homero Pereira, uma é provocada pela proposta da Fundação Nacional do Índio (Funai) de criar uma reserva na Gleba Rio Pardo, no município de Colniza (1160 km a Noreste), na divisa com o estado do Amazonas.

A outra é a reserva Marãiwatsédé, localizada em Alto da Boa Vista (1.059 km a Nordeste de Cuiabá), onde já está havendo a desocupação determinada pelo Judiciário de agricultores que viveram nas áreas durante anos.

A solução encontrada pelo ministro Cardozo para apaziguar os conflitos foi estabelecer tratamento prioritário ao tema em seu gabinete. Pediu ainda ao governador levantamento de todos os casos de terras indígenas com erros ou irregularidades nos atos de criação ou ampliação para análise de sua equipe.

"Há dois anos, o Supremo Tribunal Federal série de condicionantes que a Funai tem, necessariamente, que obedecer, sob pena de nulidade jurídica dos atos de criação, ampliação ou demarcação de reservas. A decisão é hoje considerada um marco legal definitivo", observou o ministro. (Com informações da Assessoria do deputado).

Fonte: De Brasília - Bruno Cassiano

sexta-feira, 17 de junho de 2011

CNBB apoia abaixo-assinado contra texto do Código Florestal

A exemplo da campanha da Ficha Limpa, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) vai incentivar um abaixo-assinado contra o atual texto do Código Florestal, que está em tramitação no Senado.
Os bispos criticam dois pontos da proposta: a mudança nas regras para as APPs (Áreas de Preservação Permanente) e a chamada anistia aos desmatamentos antigos.
"Anistiar é um problema. Não é possível que todo esse desmatamento seja esquecido", afirmou dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB e bispo prelado de São Félix do Araguaia (MT).
A lei da Ficha Limpa, sancionada em 2010, veta a candidatura de políticos condenados por um colegiado da Justiça (mais de um juiz). A regra foi resultado de iniciativa popular que obteve em um abaixo-assinado 1,6 milhão de assinaturas, a maior parte delas captada em paróquias de todo o país.
"Se não fosse a Igreja, a Ficha Limpa não teria tantas assinaturas. Gostaríamos de fazer um pouco de pressão agora", disse dom Steiner.
O secretário-geral da CNBB criticou o fato de a votação na Câmara dos Deputados ter sido influenciada pelo "jogo político".
Questionado sobre o motivo de o abaixo-assinado não ter sido organizado antes da votação do Código Florestal na Câmara, ele respondeu: "Não esperávamos que a Câmara tomasse a atitude que tomou."
Mortes no campo
A CNBB criticou ainda o governo pela falta de "medidas preventivas", que poderiam ter evitado as recentes mortes de líderes extrativistas na região Norte do país.
"O governo já tomou algumas medidas cabíveis, mas não pode agir somente quando acontecem esses fatos dolorosos", disse o cardeal Raymundo Damasceno, presidente da CNBB.
Fonte:  Folha Online

São Félix e Canarana lutam contra as queimadas

Da Redação

“Meio ambiente adequado é direito das futuras gerações, conforme disposto na Constituição Federal”. Com essas palavras, o juiz Marco Antônio Canavarros, diretor do Foro da Comarca de São Félix da Araguaia (1.200km a nordeste de Cuiabá), abriu a 10ª audiência pública do programa Mato Grosso Unido Contra as Queimadas. A reunião serviu para discutir as causas e conseqüências das queimadas ocorridas nos municípios que compõe a Comarca de São Félix, bem como para mobilizar a população nas ações de prevenção às queimadas, em razão dos danos causados à saúde da população e ao meio ambiente. A audiência ocorreu na noite de quarta-feira (14 de junho), no auditório do Salão Comunitário Tia Irene.

Durante a reunião, foi apresentado vídeo orientativo o qual será posteriormente disponibilizado à comunidade. Ainda durante a audiência pública foi feita uma série de palestras ministradas por técnicos das Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e de Educação. O analista Cézar Augusto de Arruda, da Sema, informou durante o evento que a audiência pública tem a finalidade, dentre tantos objetivos, de apresentar os trabalhos das instituições, mas também, em especial, de dirimir dúvidas da população.

Dentre os saldos positivos da audiência, constata-se a disposição do Corpo de Bombeiros de Barra do Garças para treinar e formar brigadistas para o combate aos incêndios urbanos em São Félix. Segundo informações do Comando do Corpo de Bombeiros, até 2014 existe a possibilidade de haver na cidade uma companhia composta por pelo menos quatro militares. Também foi destacado como positivo o apoio na luta contra as queimadas das populações indígenas Karajá, localizada na Ilha do Bananal, e Teribe.

Participaram também da audiência pública a promotora de justiça Maria Coeli Pessoa de Lima, o diretor regional da Sema em Vila Rica, Sérgio Pedro Balestrin, o procurador de justiça da Procuradoria Especializada de Defesa do Meio Ambiente e da Ordem Urbanística, Alberto Esteves Scaloppe, e o representante do Tribunal de Contas do Estado, Willian de Almeida Brito. Também participaram os prefeitos de São Félix, Novo Santo Antônio, Luciara e Alto Boa Vista, respectivamente, Filemon Gomes Costa Limoeiro, Valdemir Antônio da Silva, Parassu de Souza Freitas e Wanderly Iderlan Perin.

Canarana – Em continuidade à série de audiências públicas, a Comarca de Canarana (823km a leste de Cuiabá) realiza hoje (16 de junho) a penúltima audiência do programa. A reunião será realizada no Plenário da Câmara dos Vereadores, às 19h.

Jornal Documento

terça-feira, 7 de junho de 2011

Audiências alertam moradores sobre os riscos das queimadas em MT

As cidades de Alta Floresta e Guaratã do Norte, que ficam a aproximadamente 800 quilômetros de Cuiabá, recebem nesta terça e quarta-feira (7 e 8) audiências públicas para discutir o tema as ‘Queimadas e suas consequências na Saúde e no Meio Ambiente'.

No ano de 2010, os municípios de Alta Floresta e Guarantã do Norte somaram um total de 1.489 focos de calor. Para o procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra de Carvalho, a participação da população é fundamental para o sucesso do programa. “A responsabilidade de combater às queimadas não deve ser somente dos órgãos públicos. A sociedade deve participar, de forma efetiva, das ações que forem promovidas”, disse ele.

As audiências começam sempre às 19h e fazem parte do programa ‘Mato Grosso Unido contra as Queimadas’, uma parceria entre o Ministério Público Estadual (MPE), Poder Judiciário e governo do Estado.

As audiências públicas já foram promovidas nos municípios de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, Juara, Juína e Aripuanã. Após as cidades de Alta Floresta e Guarantã do Norte, o evento será promovido em São Félix do Araguaia (14), Canarana (16) e Cáceres (21).

Em Alta Floresta a audiência pública acontece no Centro Cultural da cidade, na avenida Ludovico da Riva. Em Guarantã do Norte o evento será no Auditório da Câmara Municipal de Vereadores.

Do G1

Semana de conscientização e ação

"É fundamental que empresas atuem de forma a respeitar os limites da natureza e desenvolvam produtos que resultem em benefício ao meio ambiente", diz Antonio Luis Francisco

Para a preservação da vida, é fundamental a mudança de hábitos, o desenvolvimento e a utilização de tecnologias que preservem os recursos hídricos

Por Antonio Luis Francisco*

De 6 a 10 de junho, são realizadas ações para marcar a Semana Internacional do Meio Ambiente. Mais do que um tema da moda, este é um assunto que, cada vez mais, permeia a realidade de todo o mundo. Com ênfase, neste ano, na preservação das florestas, a data nos dá a oportunidade de chamarmos a atenção para o que tem sido feito em relação à destruição e à preservação dos recursos naturais, dos ecossistemas, da fauna e da flora.

Não podemos esquecer que, no centro de todas estas áreas está a água, sem a qual plantas, animais, seres humanos e o planeta não sobrevivem. Não é mais possível nos desenvolvermos econômica e socialmente sem nos atermos à manutenção das condições de vida do planeta. A sustentabilidade tem de fazer parte do cotidiano de empresas, pessoas e sociedades, o que exige esforços pessoais, financeiros e mudanças de hábitos e culturas.

Participamos de um sistema natural complexo e como representantes do topo desta cadeia somos responsáveis pelo equilíbrio do meio ambiente. Tudo o que se relaciona à água está diretamente ligado à vida. A manutenção de florestas, matas ciliares, vegetações nativas, cabeceiras e nascentes de rios garante não apenas a preservação do verde, como da vida humana.

Podemos parecer repetitivos, mas é fundamental que empresas atuem de forma a respeitar os limites da natureza e desenvolvam produtos que resultem em benefício ao meio ambiente, economizando água e energia em todo o processo produtivo, reduzindo a geração de resíduos e eliminando a emissão de quaisquer poluentes no ar, na terra ou na água. Muitas ações já podem ser observadas, com resultados surpreendentes, em empresas de todos os portes, mas o engajamento precisa ser maior, ou mesmo total.

O tema ainda pode parecer distante do dia a dia das pessoas, em casa, no trabalho, no lazer, mas não é assim. Há muito a ser feito. Hábitos simples podem representar grandes ganhos ao meio ambiente e por mais que sejam conhecidos das pessoas, eles devem se tornar ações diárias e conscientes, resultando em benefícios pessoais e sociais. Estas iniciativas vão desde não jogar lixo nas ruas, esgotos ou rios, a eliminação do desperdício na hora do banho, na lavagem da louça, na limpeza de quintais, garagens e paredes, até o uso de produtos, comprovadamente, mais econômicos.

É possível encontrar facilmente uma infinidade de itens com esta finalidade. Vão desde eletrodomésticos, chuveiros com sistemas economizadores de água, torneiras de fechamento temporizado e automático, válvulas de descarga de duplo fluxo, até lavadoras pressurizadas que limpam mais com menos água, facilitando o trabalho e ainda reduzindo a conta de água e luz.

Devemos nos ater, também, ao fato de que as mudanças climáticas, causadas pelo aquecimento da Terra, podem trazer consequências ainda desconhecidas ao planeta, o que nos mostra a urgência de agirmos agora para preservarmos os recursos naturais. Esperemos que este dia não seja somente de palavras, mas de ações.

* Antonio Luis Francisco é Diretor da JactoClean, empresa do Grupo Jacto, referência nacional em equipamentos para serviços de limpeza.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Alto Boa Vista - Ministério acrescenta 7 cidades à lista dos maiores desmatadores

Municípios do Pará, Maranhão, Mato Grosso e Amazonas foram incluídos.
Fiscalização será reforçada para combater devastação da Amazônia.

 

Decreto do Ministério do Meio Ambiente incluiu nesta semana mais sete cidades à lista das localidades que mais devastaram o bioma Amazônia.

Passaram a integrar o grupo, que já contabilizava 41 cidades, os municípios de Moju (PA), Grajaú (MA), Boca do Acre (AM), Alto Boa Vista (MT), Tapurah (MT), Claudia (MT) e Santa Carmem (MT). De acordo com o governo federal, que publicou portaria a respeito na última quarta-feira (25), elas terão prioridade na fiscalização de crimes ambientais e em programas de criação de alternativas para a população que vive da exploração ilegal da floresta.

Desmatamento no Mato Grosso (Foto: Reprodução/TV Globo)Desmatamento em MT (Foto: Reprodução/TV Globo)

Para definir a lista, criada em dezembro de 2007, a União utilizou as taxas de devastação da floresta nos últimos três anos e ainda dados do sistema de monitoramento de desmatamento em tempo real da Amazônia Legal (Deter), entre o período de agosto de 2010 e abril de 2011.

Os sete municípios chamaram a atenção a partir dos dados levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pela operação do Deter.

Entre março e abril, 593 km² da floresta Amazônica foram derrubadas. Deste total,  480 km² foram somente em Mato Grosso, estado que foi o principal responsável pela devastação no período e que abriga o maior número de cidades na lista de alerta (22).

Disputa
Alto Boa Vista é a cidade mato-grossense com o maior foco de desmatamento detectado em abril na Amazônia Legal, com uma área de 68,8 km² dentro da Terra Indígena Maraiwatsede, - o equivalente a 43 vezes o Parque Ibirapuera, em São Paulo. A reserva é palco de uma disputa entre fazendeiros e índios xavantes.

No mesmo estado, Tapurah registrou desmates com a utilização de correntes de aço gigantes. A técnica, conhecida como ‘correntão’, é empregada por fazendeiros na derrubada ilegal de grandes árvores e na limpeza de propriedades.

De acordo com o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), centenas de árvores nativas, entre elas o Jatobá, Cambará e a Itaúba, são derrubadas pela corrente, que ganha força ao ser puxada por um trator. A região fica em uma área de transição entre o Cerrado e a Amazônia, área que já foi explorada no passado e agora sofre novo ataque.

Gabinete
Para tentar reduzir o desmatamento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou um gabinete de crise com medidas de reforço na fiscalização feita pelo Ibama e a participação das Forças Armadas no combate aos crimes ambientais.

Veja a lista dos 48 municípios que mais desmatam a Amazônia, segundo o MMA

Amazonas: Lábrea, Boca do Acre

Mato Grosso: Alta Floresta, Alto Boa Vista, Aripuanã, Brasnorte, Claudia, Colniza, Confresa, Cotriguaçu, Feliz Natal, Gaúcha do Norte, Grajaú, Juara, Juína, Marcelândia, Nova Maringá, Nova Ubiratã, Paranaíta, Peixoto de Azevedo, Porto dos Gaúchos, Santa Carmem, São Félix do Araguaia, Tapurah, Vila Rica

Maranhão: Amarante do Maranhão

Pará: Altamira,Brasil Novo, Cumaru do Norte, Dom Eliseu, Machadinho D´Oeste, Nova Bandeirantes, Marabá, Moju, Nova Mamoré, Novo Progresso, Novo Repartimento, Pacajá, Rondon do Pará, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Tailândia, Ulianópolis, Itupiranga

Rondônia: Pimenta Bueno, Porto Velho

Roraima: Mucajaí

 

Fonte: Eduardo Carvalho Do Globo Natureza, em São Paulo

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Veja com exclusividade a proposta do governo para o código florestal

De Brasília - Vinícius Tavares

O governo federal deu um grande passo para apaziguar a disputa entre ruralistas e ambientalistas e levar tranquilidade e segurança jurídica ao homem do campo ao apresentar nesta terça-feira (26) aos líderes partidários uma proposta definitiva para os pontos divergentes do projeto de lei 1.876/1999 que atualiza o código florestal.
A proposta conjunta foi apresentada pelos ministros da Agricultura, Wagner Rossi, do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.
Caberá, a partir de agora, aos líderes debaterem as propostas com os deputados.
O presidente da Câmara Federal, deputado Marco Maia (PT/RS) admite adiar do s dias 3 e 4 de maio as datas de votação do código florestal depois de apelos de cientistas para que o debate fosse ampliado.
“Se eu fosse o relator, eu incorporaria as sugestões do governo, porque elas carregam a opinião de diversos segmentos ouvidos pelos ministros da agricultura, do desenvolvimento agrário e do meio ambiente”, disse o presidente da Câmara, Marco maia (PT/RS) em recado dirigido ao relator do projeto, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP).
Veja abaixo na íntegra os pontos que o governo apresentou e que serão analisados pelo relator e pelos deputados membros da Câmara de negociação do código florestal.
Reserva legal (RL)
Situação atual: É obrigatória para todos os imóveis rurais
Relatório Aldo Rebelo: Prevê RL apenas para os imóveis com área superior a 4 módulos fiscais e percentuais aplicados apenas à área que exceder a 4 módulos fiscais
Proposta do governo: RL
1) fica obrigatória para todos os imóveis rurais;
2) será definida em lei os usos possíveis da RL (uso sustentável);
3) a averbação da RL em cartório será substituída por Cadastro Ambiental Rural (CAR), exceto para compensação;
4) será feita a inclusão de mecanismos de apoio financeiro para pequenos proprietários.
Compensação da RL
Situação atual: é permitida a compensação desde que: seja em área equivalente em importância ecológica e extensão; permaneça ao mesmo ecossistema; esteja localizada na mesma microbacia;
Relatório Aldo: não limita a compensação à mesma microbacia e limita apenas ao mesmo bioma;
Proposta do governo: sempre no mesmo bioma, sem limitação ao território do Estado desde que:
1) imóveis e respectivas RL estejam registrados no CAR;
2) que RL deva estar averbada;
3) e desde que o Estado possa receber outras áreas prioritárias para compensação.
4) Ficou pendente ainda a proposta em que a compensação deve ser feita em áreas prioritárias definidas em regulamento (PROBIO).
Áreas de Preservação Permanente (APP)
Situação atual: são consideradas APPs as margens de rios e topos de encostas de morros e montanhas
Relatório de Aldo Rebelo: no caso das margens, reduz de 30 metros para 15 metros a APP dos rios com menos de 5 metros de largura; informou que pretende manter todas as APPs de relevo atuais, incluindo a definição de “morro” (em acordo com o Poder Executivo).
Proposta do governo:
1) manter as medidas atuais das APPs para as margens dos rios. APPs margem de rios serão contadas do maior nível do leito regular (calha). Haverá flexibilização para recomposição de áreas consolidadas;
2) ficam mantidas todas as APPs de leitos atuais. Introdução do conceito de “morro”( elevados com mais de 100 metros, contados a partir do ponto de sela);
3) Exceções para APPs serão as margens de rios em geral: atividades poderão ser admitidas no caso de interesse social, de utilidade pública e baixo impacto. Casos serão definidos em lei, com abertura para outras hipóteses em regulamento.
Áreas Consolidadas de RL e APPs
Situação atual: não há previsão
Relatório de Aldo Rebelo: autoriza a continuidade de atividades consolidadas em APPs e áreas de RL até a implantação do programa de regularização; programas de regularização devem ser implantado em até 5 anos.
Proposta do governo:
1) Áreas consolidadas devem ser conceituadas como aquelas com ocupação preexistentes a 22/07/2008;
2) Importante: para todas as áreas consolidadas, garantir na lei a observância de técnicas conservacionistas do solo e da água e vedação de novos desmatamentos;
3) Nos rios até 10m, será admitida a recuperação de 15m (ao invés de toda a APP de 30 m), de áreas consolidadas;
4) Nas APPs de relevo, exceto acima de 45°, serão admitidas lenhosas (uva, café, frutíferas) e infraestrutura associada (instalações, equipamentos);
5) Demais atividades (especialmente hortaliças) serão admitidas entre 25° e 45°, excluídas áreas de risco.
Reserva Legal – inclusão de APP no cálculo de RL
Situação atual: admite o cômputo, desde que observadas áreas mínimas e vedados novos desmatamentos
Relatório de Aldo Rebelo: Admite o cômputo geral, desde que não haja novos desmatamentos e de que o imóvel esteja inscrito num cadastro ambiental;
Proposta do governo:
1) Cômputo será admitido para qualquer propriedade rural;
2) Imóvel deve estar registrado no CAR;
3) Área eventualmente faltante da RL pode ser compensada segundo as regras normais de compensação;
4) Deve constar na lei: “vedadas novas conversões para uso alternativo do solo”.

Reserva Legal – Recomposição com espécies exóticas
Situação atual: Permite o plantio temporário objetivando a restauração do ecossistema original e observados critérios do CONAMA.
Relatório de Aldo Rebelo: Permite, sem limite temporal, limitada a 50% da área a ser recuperada, e conforme critérios técnicos fixados em regulamento.
Proposta do governo:
1) Imóveis rurais com área de até 150 hectares ou 4 módulos fiscais poderão efetuar o plantio em 50% da área e a ser recuperada, sem limite temporal.

Reserva Legal – Redução via zoneamento ecológico - econômico
Situação atual: Estados da Amazônia Legal podem reduzir de 80% para 50% a área de RL para fins de recomposição. Limita essa possibilidade às florestas.
Relatório de Aldo Rebelo: Amplia possibilidade também para o cerrado da Amazônia Legal. A redução é admitida para fins de “regularização ambiental”, o que pode ser entendido de forma distinta de recomposição.
Proposta do governo:
1) manter o código atual e acrescentar a possibilidade de o Poder Público reduzir o percentual de RL para 50%, independentemente de ZEE, para fins de recomposição , quando o município tiver mais de 50% da área ocupada por unidade de conservação de domínio público ou terra indígena.
Exploração de APPs
Situação atual: não é permitida; intervenções em APPs apenas nos casos de interesse social ou utilidade pública aprovados pelo órgão estadual ambiental; há a necessidade de anuência do órgão federal ou municipal “quando couber”.
Relatório Aldo Rebelo: modificações não são substanciais; permite o acesso de pessoas e animais às APPs para obtenção de águas e para realização de atividades de baixo impacto ambiental.
Proposta do governo:
1) Será admitida a exploração de APPs nas hipóteses de interesse social, utilidade pública e baixo impacto para rodos os imóveis rurais
APPs em lagoas, lagos ou reservatórios d’água naturais ou artificiais
Situação atual:
No código, há apenas menção de que a faixa ao redor são APPs (art. 2°, “a”). Resoluções Conama n° 302 e 303 especificam:
* APPs em lagos e lagoas naturais: (1) 30 m, em áreas urbanas consolidadas; (2) 100m, em áreas rurais, exceto em corpos d’água com até 20 há. de superfície, cuja faixa marginal será de 50m.
* APPs em reservatórios artificiais: (1) 30m, em áreas urbanas consolidadas; (2) 100m, em áreas rurais; (3) 15m, no mínimo, para os reservatórios artificiais de geração de energia elétrica com até dez hectares; (4) 15m, no mínino, para reservatórios artificiais não utilizados em abastecimento público ou geração de energia elétrica, com até 20 hectares de superfície e localizados em área rural; (5) órgão ambiental pode ampliar essas medidas de APP quando julgar necessário
Relatório de Aldo Rebelo:
• Mantém as medidas da resolução do Conama para reservatórios naturais;
• Reservatórios artificiais: faixa definida na licença ambiental do empreendimento.
Proposta do governo:
1) Reservatórios naturais: Manter as medidas atuais do Conama;
2) Reservatórios artificiais: dispensa de APP para reservatórios de barramentos
3) Demais casos: APP definida na licença ambiental do empreendimento com limites mínimos e máximos previstos na Lei (30m e 100m).
Programas de regularização
Situação atual:
• Há programa de regularização no âmbito federal: “Programa Mais Ambiente”
• Modelo inclui: prazo para a adesão, suspensão de penalidades e cancelamento de penas após regularização
Relatório de Aldo Rebelo:
• Concede prazo de 5 anos para a definição de programas de regularização ambiental das propriedades rurais;
• Apenas desmatamentos de vegetação nativa anteriores a 22/7/2008 poderão aderir ai programa;
• Cria cadastro ambiental, necessário para a participação;
• A adesão ao programa de regularização ambiental substitui, naquilo que for com ele compatível, termo de compromisso firmado com o Poder Púbico anteriormente, ressalvadas as obrigações já cumpridas.
Proposta do governo:
1) Rejeitada proposta de 5 anos;
2) Prever isenção de obrigação de recuperar a RL para quem desmatou quando a legislação estabelecia RLs menores (direito intertemporal);
3) Responsabilidade penal: isentar de responsabilidade penas aqueles que cumprirem o compromisso de regularização firmado com o Poder Público.

 

comentários

por Henrique Maggi

O que importa é que o meio ambiente se torne sustentável. Nao basta ter uma estatística na qual 90% dos agricultores estão irregulares. Eles tem que se regularizar e fazer a recuperação das areas degradadas, pelo bem deles mesmo.

por Fernando Silva

90% dos agricultores como foi divulgado no Jornal nacional hoje está na ilegalidade no código Florestal atual, e ja é proibido o desmatamento e mesmo assim acontece, será que se proibir de novo vão para de desmatar ? Outra questão é a legalização das Terras até o ano de 2008 que é da União e será legalizada, será que isso é certo? Eu sou contra e VC?

Olhar Direto

sábado, 19 de março de 2011

Investigadores de Aveiro descobrem novo roedor no Brasil

Espécie pode ter derivado da acção do rio Araguaia como barreira geológica

Animal vive numa zona ameaçada  pela  intensa exploração agrícola (Clique para aumentar |Foto: Yuri Leite)

Animal vive numa zona ameaçada pela intensa exploração agrícola (Clique para aumentar |Foto: Yuri Leite)

Vive no Cerrado brasileiro, junto ao rio Araguaia (uma das maiores bacias hidrográficas da região centro-norte), e é uma das espécies de mamífero mais recentemente descobertas: o rato arborícola Rhipidomys ipukensisive, que, até então passou despercebido à ciência, foi encontrado e descrito por investigadores da Universidade de Aveiro em conjunto com outras entidades brasileiras.
Muito provavelmente, esta nova espécie terá derivado da acção do rio Araguaia como barreira geológica, que separou duas espécies irmãs de Rhipidomys originárias de uma outra ancestral que ocorria naquela área.
"As duas populações que ocuparam cada margem do rio foram acumulando diferenças até se tornarem espécies distintas, actualmente diferenciadas, tanto a nível molecular como morfológico", explicou ao "Ciência Hoje" a investigadora Rita Rocha, que permaneceu por um longo período de tempo na estação de campo do Centro de Pesquisas em Biodiversidade Tropical-Ecotropical e descreveu este roedor, em colaboração com duas biólogas da Universidade Federal do Espírito Santo.

O animal apresenta uma cauda a terminar num tufo de pêlos e  manchas de pêlos escuros na parte superior das patas traseiras, o que permite a sua distinção dos restantes géneros próximos que habitam a mesma região.
Além disso, depois de uma intensa amostragem de campo, entre Junho de 2007 e Novembro de 2008, e análises genéticas e morfológicas de várias peles e crânios de museu, os investigadores constataram que tem algumas características nas estruturas cranianas díspares dos seus congenéres.

Rita Rocha foi orientada por Carlos Fonseca, do DBio/UA

Rita Rocha foi orientada por Carlos Fonseca, do DBio/UA

Existência de mais espécies desconhecidas é provável
A bióloga destacou que a região norte do Cerrado brasileiro, principalmente nas áreas de transição entre este e a Amazónia, "tem sido muito negligenciada quanto ao número de estudos aí realizados", pelo que "a existência de outras espécies desconhecidas para a ciência é muito provável".
Disse ainda que esta descoberta representa "o 'encaixar de novas peças num puzzle', com as quais se pode inferir sobre o modo como estas espécies/indivíduos evoluíram ao longo dos tempos".
A Zootaxa, revista onde foi publicada a investigação, já deu a conhecer outras três espécies de roedores naquela região,  para as quais a sua taxonomia ainda não é conhecida.  Uma delas, a Thrichomys  sp., já tinha sido reportada por outros investigadores. De acordo com a cientista portuguesa, "os estudos moleculares comprovam que é a mesma espécie, no entanto, permanece por descrever até ao momento".
Uma segunda espécie, a Oligoryzomys sp., foi registada pela primeira vez, enquanto a  Oecomys sp. apresenta uma variação morfológica muito grande. "Ainda não conseguimos atribuir estes exemplares a nenhuma espécie descrita, mas estamos a trabalhar para tentar esclarecer esta situação", sublinhou.
Para além da relevância para a biologia, Rita Rocha espera que este estudo alerte as instituições estaduais de Tocantins (estado brasileiro onde decorreu a investigação) para a importância da conservação da área que envolve o rio Araguaia, que está ameaçada  devido à intensa exploração agrícola.

Por Carla Sofia Flores

sábado, 25 de setembro de 2010

Chapada decreta estado em emergência por conta de incêndios

Diário

6406

Chapada dos Guimarães (distante 67 quilômetros de Cuiabá) é a terceira cidade do Estado a decretar situação de emergência por conta da incidência de queimadas. Incêndios originados na zona urbana e no Parque Nacional têm jorrado todos os dias uma imensa quantidade de fumaça na cidade. Encoberta, a contemplação das belezas naturais também ameaçadas pelo fogo está comprometida.

Com economia voltada para o turismo, só nas últimas semanas a Associação Comercial de Chapada calcula perdas de 25% na arrecadação em vários segmentos do comércio, com quedas mais expressivas na cadeia de hotéis e pousadas.

Outro problema que forçou a decretação de emergência se baseia no racionamento ou falta de água em toda cidade. Há quatro meses sem chuva, as três nascentes que abastecem a cidade estão quase secas. Juntas, elas perderam três vezes a capacidade de produção de água no período da estiagem. De acordo com a prefeitura, todos os dias uma média de 42 residências é abastecida por caminhões-pipa.

Sem acreditar na falta de planejamento prévio, que poderia ter evitado a situação, o prefeito da cidade, Flávio Daltro Filho revelou que o problema recai na falta de recursos. “O problema é financeiro e não orçamentário. A gente nunca sabe qual vai ser a dimensão do problema, mesmo assim, tentamos fazer tudo (combates aos incêndios) na medida do possível”, salientou o prefeito.

Segundo ele, pelo orçamento municipal estipulado para este ano, estão previstos recursos na ordem de R$ 58 mil para combates aos incêndios no município. Até a Justiça já interferiu anteriormente na questão. No início do mês, uma ação civil pública interposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) estipulava de forma emergencial a contratação de cinco brigadistas e mais um caminhão-pipa para realizar os combates aos incêndios. O pedido foi aceito pelo juiz Eduardo Calmom.

Daltro informou à reportagem que já contratou sete brigadistas e dois caminhões-pipa, além de efetuar distribuição de cartilhas com conteúdo explicativo sobre os perigos do fogo pelos bairros da cidade. Com o decreto em vigência, Ministério Público, governo do Estado e a Defesa Civil serão acionados. O levantamento das perdas econômicas, sociais e ambientais será elaborado pela Defesa Civil e encaminhado ao governo federal que poderá destinar recursos a Chapada.

PARQUE EM CHAMAS - De agosto até o presente mês, 14 mil dos 33 mil hectares do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães se transformaram em cinzas, o equivalente a 42% da área total da reserva. Os últimos combates aconteceram na quarta-feira. O circuito com sete cachoeiras, local que atrai muitos turistas, permaneceu fechado por quatro dias. Ontem, segundo informações do Instituto Chico Mendes, responsável pelo parque, o vale do Véu de Noiva estava encoberto pela grande quantidade de fumaça que permanece estacionada na área.

Fonte: O Documento

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Incêndio criminoso na fazenda da Família Riva causou prejuízos em varias propriedades

O final de semana foi de desespero para alguns fazendeiros com áreas de terras nas proximidades da Rodovia do Vale em Juara no sábado dia 21 de agosto. Várias propriedades foram parcialmente destruídas por queimadas que esta sendo tratada como criminosa.
De acordo com informações de alguns fazendeiros, o fogo foi criminoso, pois foram iniciados em vários locais, um distante do outro, sendo que o primeiro começou por volta das 10:00 horas da manhã de sábado e foi se alastrando. O último por volta das 16:00 horas em um canavial que ficava na beira da estrada da antiga Fazenda Paineira , hoje Fazenda Vô Dauri, de propriedade da família Riva, distante da sede do município de Juara aproximadamente 30 km.
Devido às pastagens estarem seca, o vento fez com que as chamas se alastrassem, ficando assim sem controle.
Quando o fogo começou Janete Riva estava em Juara participando de visitas políticas, quando recebeu a noticia de alguns focos de incêndios em sua propriedade.
Amigos, familiares, Secr. de Urbanismo se deslocaram para o local para socorrer as propriedades que ficaram bastante danificadas.
O Sr. Jose da Silva trabalhador da Faz Vô Riva da Família Riva, afirma ter certeza que foi criminoso o incêndio iniciado na fazenda e que a noite toda ficaram tentando estancar o fogo.
Riva esteve ontem em Juara, sobrevoou a fazenda e em entrevista exclusiva a Rádio Tucunaré, Riva disse que gostaria de acreditar que não foi um incêndio criminoso, mas com 4 focos de incêndio em locais diferentes em sua fazenda, fica difícil para ele não acreditar nessa hipótese, pois se trataria de muita coincidência. O prejuízo é incalculável para ele e para os outros fazendeiros vizinhos. Riva espera que apareça alguém que de pistas para a policia chegar ao culpado.
O pecuarista Antonio Carlos Quintana, disse em entrevista que por volta das 15 h de sábado, ele foi avisado que a Fazenda do Deputado estava em chamas e que a fazenda dele também estava em chamas. Ele acredita que o incêndio foi criminoso e que nem palavras para explicar um ato sórdido desse com o bem de outras pessoas.
Segundo Sr Quintana, o fogo veio da Faz Vô Dauri da família Riva e queimou a sua propriedade e ainda, a de Marcio Minotto, do Sr Muchalak e do Dr Célio , explicou ele.
O pecuarista Márcio Minotto, também teve a sua propriedade invadida pelo fogo. Ele nos informou que recebeu a notícia através de um telefonema quando estava na cidade, segundo o Márcio, o fogo teve início às 16:00 horas, controlando parcialmente por volta das 03:00 horas da manhã, "aproximadamente 70 alqueires de pasto, 40 alqueires de reserva, destruindo de 03 a 04km de cerca, várias porteiras", acrescentou o pecuarista. Na sua propriedade foram queimados de 60 a 70 alqueires de pasto e uma pequena reserva de cerca de 40 alqueires.
Ele estima que teve um prejuízo de cerca de 300 mil reais.
Marcio acredita que o incêndio foi criminoso, que alguém ateou o fogo e m outra propriedade que pulou para sua.

Fonte:Rádio Tucunaré

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Fogo destrói área equivalente a metade da cidade de SP em município de MT

Globo Amazônia

Localizado ao norte de Mato Grosso, próximo ao estado do Pará, o município de Peixoto Azevedo teve destruída, por conta de incêndios recentes, uma área equivalente a quase metade do tamanho da capital paulista, segundo informações da Secretaria de Meio Ambiente do município. O fogo colocou a cidade em estado de alerta, passou por cima de florestas, pastos e plantações.

A cidade sofre com incêndios desde o fim de junho, quando os primeiros grandes focos de queima foram registrados. Apenas em agosto, Peixoto Azevedo registrou 1988 focos, considerando imagens geradas por todos os satélites disponíveis no Banco de Dados de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É a cidade mais atingida por incêndios em Mato Grosso no mês. Entre quarta e quinta-feira (19), outros 97 focos foram registrados.

Peixoto Azevedo tem 14.399 km² de área, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma porção de terra de cerca de 720 km², principalmente em zonas rurais, foi atingida por incêndios desde junho. A área é equivalente a quase metade do tamanho da cidade de São Paulo, cujo território é de cerca de 1.500 km².
"A situação está de grave para gravíssima. A maior parte da área destruída é de florestas e os motivos para os incêndios são criminosos ou acidentais", explica Flávio Lima Borges, secretário de meio ambiente de Peixoto Azevedo. Segundo ele, um agravante para a piora dos incêndios foi a retirada, em novembro passado, da brigada da PrevFogo (sistema por meio do qual o Ibama controla focos de queima no país) do município. A única estrutura da Prefeitura contra incêndios na cidade, que não tem corpo de bombeiros, são dois caminhões-pipa.

Sem condições de controlar a queima, a cidade acionou a Defesa Civil, que ajudou a disponibilizar bombeiros e duas aeronaves para monitoramento. "O fogo continua muito intenso e existem diversas áreas de risco. Também estamos levantando informações para conhecer o tamanho das perdas", diz Borges.

Até agora, o fogo já destruiu pelo menos 200 mil pés de banana e diversas plantações familiares, além de ter acabado com casas de alguns moradores. A produção de leite, importante atividade econômica da cidade, também caiu pelo menos 70%, por conta da queima de pastagens e do excesso de fumaça.

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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Amazônia Selvagem

 Bois na Amazônia: frigoríficos pedem mais prazo

Informações do Greenpeace:


Em reunião na sede da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), em São Paulo, dois dos três maiores frigoríficos do país, a Marfrig e o Minerva, apresentaram ontem resultados menores do que o prometido no compromisso assinado com o Greenpeace, em outubro de 2009. As empresas adotaram, na época, um cronograma para cadastrar e mapear todas as fazendas de seus fornecedores – diretos e indiretos – na Amazônia.

A primeira fase do trabalho consistia em cadastrar e mapear as fazendas que fornecem boi gordo para seus abatatedouros situados no bioma Amazônia. O monitoramento de toda a cadeia produtiva da pecuária é fundamental para que os frigoríficos possam assegurar a seus clientes e consumidores que os produtos bovinos que comercializam não contribuem para o desmatamento do maior patrimônio ambiental do Brasil.
Apesar disso, as empresas mostraram avanços significativos nos últimos seis meses de trabalho e reiteraram o interesse em não permitir que o desmatamento continue manchando a sua cadeia de produção. A Marfrig, por exemplo, informou ter cadastrado os fornecedores de 80% de seu volume de abate, mas ainda não tem os mapas de todas as fazendas.

A Abiec, que acompanha de perto o trabalho dos dois frigoríficos, manifestou seu interesse em expandir a adesão ao compromisso do desmatamento zero a outros associados que atuam na região Norte do país.  A entidade e as empresas pediram um prazo adicional de 3 meses para completar o cadastro das fazendas e prometem ter os mapas em novembro.
A maior empresa processadora de proteína animal do mundo, a JBS, encontrou-se separadamente com o Greenpeace e apresentou relatório em que garante que até final de abril 80% de seu volume de abate estará cadastrado. Hoje, segundo informação da empresa, esse número é de 43%. Para completar o trabalho em todos os estados em que opera na Amazônia, a JBS também pediu um prazo adicional de 3 meses. O desmatamento e as queimadas da Amazônia fazem do Brasil o quarto maior inimigo do clima no mundo. A pecuária ocupa 80% das áreas já desmatadas na região.
Seis meses atrás, os presidentes dos quatro maiores frigoríficos do Brasil - JBS-Friboi, Bertin (que fundiu-se com a JBS), Marfrig e Minerva - assinaram um compromisso público para, num prazo de 180 dias, cadastrar seus fornecedores diretos - as fazendas que vendem boi gordo para seus frigoríficos - e completar num prazo de até dois anos o cadastro e mapeamento das fazendas que fornecem animais para as fazendas de engorda.
Eles reagiam à pressão do Greenpeace e de grandes redes de supermercados, como Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar, e produtoras de calçados, como Nike, Adidas e Timberland, que deixaram claro aos grandes frigoríficos brasileiros que não pretendiam continuar comprando couro e carne suspeitos de causarem a destruição da floresta.
Essa garantia, no entanto, os frigoríficos ainda não têm como dar aos seus clientes enquanto o processo de mapeamento das fazendas fornecedoras, com coordenadas geográficas, não for completado. Desde que eles assinaram o compromisso contra o desmatamento na sua cadeia de produção, no último dia 5 de outubro, cerca de 14 mil hectares de floresta tombaram nas áreas de influência desses frigorícos na Amazônia, o que corresponde a pelo menos 40% do total desmatado nos quatro meses analisados.*
“Numa região como a Amazônia, onde a imensa maioria das fazendas não são registradas junto aos órgãos oficiais e a grilagem de terras, a sonegação, a violência, o trabalho escravo e a invasão de terras indígenas e áreas protegidas são práticas comuns, a formalização do setor da pecuária, inclusive o mapeamento das propriedades rurais para que elas possam ser monitoradas, é do interesse nacional”, disse Paulo Adario, diretor da campanha Amazônia, do Greenpeace.
O Brasil é hoje o maior exportador de carne do mundo e um grande consumidor de proteína de origem animal. “Para manter a liderança no mercado global, interessa aos frigoríficos brasileiros assegurar que o boi adquirido por eles não vem de um fazendeiro que destrói a Amazônia ou contrata trabalho escravo”, diz Adario.
“Interessa igualmente ao fazendeiro, porque isso garante o escoamento de sua produção, bem como ao governo, que pode mostrar um desenvolvimento econômico aliado da inclusão social e preservação ambiental e aos consumidores, que não querem ser sócios da destruição da Amazônia”, prossegue ele. “Mas sobretudo, o fim do envolvimento da pecuária com o desmatamento interessa ao planeta, porque parar com a derrubada da floresta é a forma mais rápida e barata de reduzir as emissões de gases que provocam o aquecimento global.”
Segundo o Imazon, ONG que monitora o desmatamento da Amazônia com seu sistema SAD, de outubro de 2009 a janeiro de 2010 foram desmatados pelo menos 38.400 hectares na Amazônia. Cerca de 14 mil ha desmatados (40% do total) ocorreram nas áreas de influência principal dos abatedouros (um círculo com 200 km de raio). Já o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Deter/INPE), que não divulgou dados recentes, aponta que 24.700ha foram desmatados no bioma Amazônia entre outubro e novembro de 2009. Desse total, 11,700ha (47,4%) foram desmatados na área de influência principal dos abatedouros. (Greenpeace)

Fonte: Blog de Rodrigo Taves

O Globo

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Desmatamento na Amazônia cai 72,5%

O desmatamento na Amazônia em outubro e novembro de 2009 atingiu 247 km² de floresta. Na comparação com os mesmos meses de 2008, houve queda de 72,5%. 
Os números, divulgados na terça-feira (2), são calculados pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (Inpe).
A medição do Deter considera as áreas que sofreram corte raso (desmate completo) e as que estão em degradação progressiva.
No mês de outubro, o Pará foi o estado com maior área desmatada (67km²), seguido de Mato Grosso (41km²), Amazonas (32km²) e Rondônia (14km²). Em novembro, o Pará continuou em primeiro, com 40 km², seguido de Maranhão (18km²), Mato Grosso (8km²) e Rondônia (2km²).
Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a queda no desmatamento reflete, em grande parte, o resultado das ações coordenadas da Comissão Interministerial de Combate ao Crime e Infrações Ambientais (Ciccia), que com ações de comando e controle apreendeu bois piratas, embargou propriedades e intensificou as fiscalizações.
Segundo Minc, agora é o momento de intensificar as ações que levam alternativas sustentáveis à população que vive na Amazônia. Ele citou o Mutirão Arco Verde, que leva piscicultura, manejo florestal comunitário, extrativismo; e o Fundo Amazônia, que financiará projetos sustentáveis. “Com isso a gente quer mostrar que é possível a população viver com dignidade na Amazônia sem destruir o bioma, mantendo a floresta em pé”, destacou.
Nos quatro primeiros meses do calendário oficial do desmatamento – de agosto a novembro – a redução entre 2008 e 2009 foi de quase 50%, com queda de 2.238 km² para 1.144 km² no acumulado medido pelo Deter.
Nesse ritmo, Minc acredita que será possível cumprir a meta de redução do desmatamento prevista na Política Nacional de Mudanças Climáticas muito antes do prazo.
“A meta é reduzir o desmatamento em 80% e chegar a 3,5 mil km² em 2020. Podemos alcançar essa meta ainda este ano, com nove ou dez anos de antecedência”, aposta.
“Podemos chegar em 2020 com redução de 95% do desmatamento em relação à década anterior”, completou.

Portal do Governo Brasileiro

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Governo superestimou dados sobre desmatamento do Cerrado

Luana Lourenço - de Brasília

Vejetação

O desmatamento do Cerrado entre 2002 e 2006 foi menor do que o governo havia anunciado. A área atingida foi de 85.075 quilômetros quadrados (km²) do bioma e não 127.564 km², como o governo divulgou em setembro. A diferença de 33% foi resultado de revisão que mostrou que parte da derrubada registrada para o período aconteceu antes de 2002.  O ritmo anual de devastação do bioma é de 14 mil km² por ano. A estimativa, antes da correção, era de 20 mil km² por ano.

De acordo com Centro de Sensoriamento Remoto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), dos 177 mil km² de desmatamento detectados até 2008, somente a metade foi confirmada para o período entre 2002 e 2008, a outra parte aconteceu antes de 2002.

Apesar da correção, o percentual do bioma desmatado até 2008 não foi alterado. O Cerrado já perdeu cerca de 48% de sua cobertura vegetal original.

Em nota técnica, o Ministério do Meio Ambiente afirmou que a correção dos dados contou com a colaboração de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

O governo argumenta que a superestimativa não compromete a credibilidade das metas de redução de emissões de gases de efeito estufa – que contabilizam a queda no desmatamento do Cerrado.

“Os dados utilizados pelo governo para estimar as taxas anuais de emissão de gases de efeito estufa e para definir metas nacionais para sua redução até 2020 foram baseados nos novos dados revisados de desmatamento no bioma Cerrado”, diz a nota do governo.

24 Horas News

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Comissão Especial do Código Ambiental fará duas audiências em Mato Grosso

Da Redação

A atualização das normas ambientais brasileiras será debatida em Mato Grosso. A Assembleia Legislativa aprovou requerimento do deputado estadual Dilceu Dal’Bosco (DEM) para realização de duas audiências públicas nas quais, em parceria a Comissão Especial da Câmara Federal, será discutido o Projeto de Lei nº 1876/99, do ex-deputado Sérgio Carvalho, que disciplina as Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal e Exploração Florestal, substituindo a lei nº 4.771, de 1965, que criou o Código Florestal Brasileiro.

Cinco outras propostas estão sendo analisadas pela Comissão Especial, que tem o deputado mato-grossenses Homero Pereira (PR) como 2º vice-presidente, entre elas, o projeto nº 5367/09, da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que institui o Código Ambiental Brasileiro e revoga o Código Florestal. Defendida por produtores rurais, a proposta enfrenta forte resistência de ambientalistas.

“Mato Grosso, devido a sua complexidade de biomas, tem sido o maior penalizado com desgaste das leis ambientais brasileiras. As alterações precisam ser discutidas com os setores diretamente envolvidos e a população em geral, no intuito de se equilibrar as propostas projeto com a realidade do nosso Estado”, defendeu Dal’Bosco.

O deputado federal Homero Pereira afirmou que, apesar de milhares de documentos regulamentarem o uso dos recursos naturais no país, ambientalistas e membros do setor produtivo estão descontentes com os resultados.

“A legislação ambiental está obsoleta, em desacordo com a realidade, as necessidades e os interesses do país, tanto para a efetiva proteção do meio ambiente, quanto para o desenvolvimento”, salientou. Ele foi mais longe ao observar que a má qualidade das águas, do ar e os índices de desmatamento demonstrariam a necessidade de uma mudança urgente nos conceitos e paradigmas até hoje adotados.

A primeira audiência acontecerá em Cuiabá, no dia 19 deste mês, às 9h, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e deve reunir produtores das regiões sul, oeste e da Baixada Cuiabana.

A segunda etapa das discussões será dia 21, no município de Colíder (650 km da capital), às 14h, na sede Centro de Tradições Gaúchas Porteira Aberta (CTG), e pretende aglutinar cidades das regiões, norte, nordeste e médio-norte de Mato Grosso.

A Comissão Especial é presidida pelo deputado Moacir Micheletto (PMDB/PR). Aldo Rebelo (PCdoB/SP) é relator do projeto que tem ainda Anselmo de Jesus (PT/RO) como 1º vice-presidente, e Nilson Pinto (PSDB/PA) como 3º vice-presidente.

O Documento

Selzy Quinta

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Câmara pode votar hoje projeto que anistia desmatadores

Luana Lourenço - de Brasília

A Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados pode votar hoje (4) proposta que anistia quem desmatou até 31 de julho de 2006 e altera o Código Florestal. A medida pode beneficiar os responsáveis por 34 milhões de hectares de desmatamento na Amazônia, segundo ambientalistas.

O texto para votação é um substitutivo ao Projeto de Lei 6424/05, apelidado de “Floresta Zero” pelos ambientalistas. Originalmente, a proposta do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) previa a recomposição de áreas desmatadas com espécies não nativas, como o dendê. 

Ao chegar à Câmara, no entanto, o texto recebeu adendos do deputado Marcos Montes (DEM-MG), relator da proposta. Montes incluiu a garantia de consolidação de atividades agropecuárias em áreas desmatadas antes de 31 de julho de 2006, dispensando os proprietários da obrigação de recompor até mesmo as áreas de reserva legal (percentual mínimo de vegetação nativa).

Além da anistia, o substitutivo também prevê que a definição dos percentuais de reserva legal e de áreas de preservação permanente deixe de ser prerrogativa da União e passe à competência dos estados.

O projeto deveria ter sido votado na última quarta-feira (28), mas parlamentares da bancada ambientalista obstruíram a sessão. Na ocasião, manifestantes do Greenpeace se acorrentaram a cadeiras para impedir a análise da proposta. Se aprovado na comissão, o texto não precisa passar pelo Plenário da Câmara.

Comentários:

Neto - V. G./Cuiabá - 04/11/2009

Será que nesta Anistia, o nosso ex-governador e atual Senador por MT, Pelo DEM será beneficiado quanto aos desmatamentos em sua fazendinha na Alta Floresta?

24 Horas News

Selzy Quinta

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Daldegan: Manter floresta em pé requer muitos recursos

Thalita Araújo

Floresta

Não desmatar e manter a floresta “em pé” é uma ação que requer muito investimento, precisa de um volume amplo de recursos. Essa é a avaliação feita pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan, e integra uma das principais metas ambientais da atual gestão, que é conseguir tornar real o pagamento pelos serviços ambientais.
Daldegan diz que Mato Grosso é o estado que mais tem contribuído com a preservação dentro da Amazônia Legal e o objetivo principal é promover o desmatamento legal zero, o que é diferente de ‘desmatamento zero’.
“Mas nós vamos mostrar ao país e ao mundo que para essa meta ser cumprida serão necessários muitos custos. Vamos mostrar que isso tem preço. É interessante para o mundo que a gente cumpra a meta de desmatamento? Quanto isso vale? Então que venham os recursos”, dialogou o secretário em entrevista ao Olhar Direto.
Na última quinta-feira (29) foi lançado em Mato Grosso o Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento e às Queimadas. Além de passar a ser uma espécie de guia e referência para aprovação de qualquer projeto que envolva o meio ambiente no estado, o plano terá a importância fundamental de valorizar a floresta em pé e vem a se constituir em ferramenta eficiente neste quesito, segundo analisa Daldegan.

Olhar Direto

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Matéria de Alexandre visa incentivo a projetos ambientais

 

Dispositivo prevê Fundo específico e incentivos fiscais para quem investe no meio ambiente

Dar incentivos fiscais para quem investe no meio ambiente e desenvolver a consciência ambiental através de programas educativos é o propósito do Projeto de Lei nº 508/09, de autoria do deputado estadual Alexandre Cesar (PT), que institui o Programa Estadual de Apoio ao Meio Ambiente (Preama).

O parlamentar pretende instituir o Preama por meio de lei para captar e canalizar recursos para o setor ambiental. Para isso o programa contará com o Fundo de Investimentos Ambientais (FIA), que servirá para dar incentivos a projetos ambientais com recursos do tesouro do Estado. Os patrocinadores ou doadores também terão abatimento de impostos.

O FIA será administrado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e gerido pelo titular da pasta. Os projetos ambientais a receberem recursos do FIA serão submetidos à avaliação e deverão cumprir um dos seguintes objetivos: projetos de educação ambiental; projetos de preservação de áreas degradadas, fauna e flora; pesquisa científica ambiental; concessão de prêmios às empresas que se destacarem na defesa do meio ambiente, entre outras ações consideradas importantes pelo Preama.

"Com esses incentivos para ações concretas e educativas visamos desenvolver a consciência ambiental da sociedade para a preservação dos três ecossistemas existentes em Mato Grosso, que são o Pantanal, o Cerrado e a Floresta Amazônica", afirmou Cesar.

Da: Assessoria

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Estado mantém equilíbrio das contas, mesmo com crise econômica e redução dos repasses federais

 amigaveis2

Apesar do ambiente de crise econômica mundial e da redução das transferências federais da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), Mato Grosso manteve suas finanças equilibradas nos primeiros oito meses de 2009. Foi o que demonstrou o secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, nesta terça-feira (29.09), em audiência pública na Assembleia Legislativa.
Na ocasião, o titular da Sefaz apresentou o relatório das metas do orçamento fiscal e da seguridade social de janeiro a agosto deste ano, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A receita total do Estado, equivalente à soma das receitas correntes e de capital, foi de R$ 6,21 bilhões, valor nominal (sem descontar a inflação do período) 12,1% superior ao montante realizado no mesmo período de 2008, de R$ 5,54 bilhões.
As receitas correntes, classificadas em receita tributária, transferências correntes, receitas de contribuições e demais receitas correntes, somaram R$ 6,1 bilhões, valor nominal 11% superior ao realizado nos primeiros oito meses de 2008, de R$ 5,5 bilhões.
A receita tributária, item mais significativo na composição das receitas correntes, totalizou R$ 3,48 bilhões, 7,2% a mais que o arrecadado em igual período do ano anterior, de R$ 3,25 bilhões. A arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), principal componente da receita tributária, somou R$ 2,71 bilhões, montante 1,8% superior, em valores nominais, ao realizado no mesmo período de 2008, de R$ 2,66 bilhões.
Já a arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) atingiu R$ 209,1 milhões, valor 21,3% acima do efetivado em igual período de 2008, no total de R$ 172,3 milhões. Nos oito primeiros meses de 2009, o Estado arrecadou R$ 12,8 milhões de Imposto sobre a Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD), 17,7% a mais que no mesmo período de 2008, no total de R$ 10,9 milhões.
A arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) somou R$ 155,7 milhões, montante 11,6% superior ao realizado em 2008, de R$ 139,5 milhões; ao Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) totalizou R$ 345,2 milhões, 52% a mais que no mesmo período do ano passado, de R$ 227,1 milhões; e outras receitas tributárias atingiram R$ 48,2 milhões, valor 33% superior ao arrecadado no ano anterior, de R$ 36,3 milhões.
As transferências federais para Mato Grosso somaram R$ 1,66 bilhão, um acréscimo nominal de 16,1% em relação ao repassado pela União em igual período de 2008, de R$ 1,43 bilhão. Entretanto, os repasses do FPE, principal fonte de transferência constitucional às unidades da federação, reduziram 4,8%, de R$ 719,8 milhões em 2008 para R$ 684,9 milhões em 2009. Os repasses da Cide e do IPI reduziram 55,7% e 31,1%, respectivamente.
As receitas de contribuições somaram R$ 207 milhões, um acréscimo nominal de 34,5% em relação ao valor verificado nos primeiros oito meses de 2008, de R$ 153,9 milhões. As demais receitas correntes somaram R$ 750,1 milhões, montante 13,5% superior ao realizado em 2008, de R$ 660,6 milhões. As receitas de capital atingiram R$ 101,8 milhões, um acréscimo de 167,7% na comparação com o valor realizado em 2008, de R$ 38 milhões.
DESPESAS
As despesas do Estado totalizaram R$ 5,17 bilhões, valor 14,9% acima do executado nos primeiros oito meses de 2008, de R$ 4,5 bilhões. As despesas correntes, relativas às despesas de caráter continuado da atividade governamental (pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida, transferências aos municípios e demais despesas correntes), somaram R$ 4,58 bilhões, 16,1% a mais que o executado em 2008, no montante de R$ 3,95 bilhões.
As despesas de capital (investimentos, inversões financeiras e amortização da dívida) atingiram R$ 585,8 milhões, uma expansão da ordem de 6,5% em relação a 2008, no total de R$ 549,8 milhões.
AVALIAÇÃO FISCAL
Assim, a despesa do Estado nos primeiros oito meses de 2009 (R$ 5,17 bilhões) correspondeu a 91,7% da receita total (R$ 6,21 bilhões), líquida das deduções para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que atingiram R$ 5,63 bilhões.
O secretário Eder Moraes salientou que esse superávit reflete o esforço fiscal demandado pela gestão Blairo Maggi para manter o equilíbrio financeiro do Estado. “Esse superávit significa que de cada R$ 0,92 gasto, o Estado tem R$ 1,00 em caixa”, comentou o titular da Sefaz. O resultado primário, indicador que demonstra a intensidade do ajuste fiscal necessário para a cobertura do serviço da dívida pública, foi da ordem de R$ 697,5 milhões nos primeiros oito meses de 2009. A meta para o exercício é de R$ 661 milhões.
“O desempenho orçamentário do Governo de Mato Grosso em 2009 é reflexo da forte atuação do fisco estadual para aperfeiçoar a eficácia tributária, com a implementação de ações de combate à evasão fiscal, sem promover, contudo, aumento dos impostos, e do esforço de todo o executivo estadual para manter a qualidade do gasto público, principalmente no momento de crise econômica”, explicou Moraes.
Conforme o secretário, embora a crise não tenha se manifestado de maneira tão intensa em Mato Grosso e já haja indícios de recuperação da economia mundial, o executivo estadual segue com a determinação de cautela nos gastos públicos, sem prejudicar a regularidade do pagamento de salário dos servidores e o repasse de recursos aos poderes constituídos.
“Vejo com otimismo o fechamento das contas de 2009. Contudo, é preciso que continuemos trabalhando em contingenciamento das despesas, conforme determinação do governador Blairo Maggi”, destacou Eder Moraes.
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado José Riva, elogiou as finanças públicas do Estado. “Parabenizo o Governo do Estado pela sua boa saúde financeira”, concluiu.
LIMITES DA LRF
Em 30 de agosto de 2009, a dívida consolidada do Estado evidenciou um estoque de R$ 3.099,1 bilhões, uma redução de R$ 1.22,1 bilhão em relação ao estoque de R$ 4.324,2 bilhões registrado em 31 de dezembro de 2008.
A receita corrente líquida somou R$ 6,56 bilhões, situando a relação dívida consolidada líquida e receita corrente líquida em 0,47, abaixo do limite de duas vezes a receita corrente líquida fixado pela Resolução nº 40/01 do Senado Federal.
A despesa com pessoal do Poder Executivo foi de R$ 2,46 bilhões, resultando no comprometimento de 37,60% da receita corrente líquida (a LRF impõe limite de 49%). A despesa com pessoal consolidada dos demais poderes e também do Ministério Público foi de R$ 2,99 bilhões, o que equivale a um comprometimento de 45,70% da receita corrente líquida (para este caso, a LRF impõe limite de 60%).
EDUCAÇÃO E SAÚDE
O secretário Eder Moraes assinalou que, nos primeiros oito meses de 2009, o Governo de Mato Grosso aplicou 26,84% da receita constituída no desenvolvimento do ensino e 12,35% em ações de saúde. A Constituição Federal estabelece que sejam aplicados, no mínimo, 25% e 12% dos recursos arrecadados em educação e saúde, respectivamente, por ano. Apesar do ambiente de crise econômica mundial e da redução das transferências federais da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), Mato Grosso manteve suas finanças equilibradas nos primeiros oito meses de 2009. Foi o que demonstrou o secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, nesta terça-feira (29.09), em audiência pública na Assembleia Legislativa. Na ocasião, o titular da Sefaz apresentou o relatório das metas do orçamento fiscal e da seguridade social de janeiro a agosto deste ano, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A receita total do Estado, equivalente à soma das receitas correntes e de capital, foi de R$ 6,21 bilhões, valor nominal (sem descontar a inflação do período) 12,1% superior ao montante realizado no mesmo período de 2008, de R$ 5,54 bilhões. As receitas correntes, classificadas em receita tributária, transferências correntes, receitas de contribuições e demais receitas correntes, somaram R$ 6,1 bilhões, valor nominal 11% superior ao realizado nos primeiros oito meses de 2008, de R$ 5,5 bilhões. A receita tributária, item mais significativo na composição das receitas correntes, totalizou R$ 3,48 bilhões, 7,2% a mais que o arrecadado em igual período do ano anterior, de R$ 3,25 bilhões. A arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), principal componente da receita tributária, somou R$ 2,71 bilhões, montante 1,8% superior, em valores nominais, ao realizado no mesmo período de 2008, de R$ 2,66 bilhões. Já a arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) atingiu R$ 209,1 milhões, valor 21,3% acima do efetivado em igual período de 2008, no total de R$ 172,3 milhões. Nos oito primeiros meses de 2009, o Estado arrecadou R$ 12,8 milhões de Imposto sobre a Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD), 17,7% a mais que no mesmo período de 2008, no total de R$ 10,9 milhões. A arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) somou R$ 155,7 milhões, montante 11,6% superior ao realizado em 2008, de R$ 139,5 milhões; ao Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) totalizou R$ 345,2 milhões, 52% a mais que no mesmo período do ano passado, de R$ 227,1 milhões; e outras receitas tributárias atingiram R$ 48,2 milhões, valor 33% superior ao arrecadado no ano anterior, de R$ 36,3 milhões. As transferências federais para Mato Grosso somaram R$ 1,66 bilhão, um acréscimo nominal de 16,1% em relação ao repassado pela União em igual período de 2008, de R$ 1,43 bilhão. Entretanto, os repasses do FPE, principal fonte de transferência constitucional às unidades da federação, reduziram 4,8%, de R$ 719,8 milhões em 2008 para R$ 684,9 milhões em 2009. Os repasses da Cide e do IPI reduziram 55,7% e 31,1%, respectivamente. As receitas de contribuições somaram R$ 207 milhões, um acréscimo nominal de 34,5% em relação ao valor verificado nos primeiros oito meses de 2008, de R$ 153,9 milhões. As demais receitas correntes somaram R$ 750,1 milhões, montante 13,5% superior ao realizado em 2008, de R$ 660,6 milhões. As receitas de capital atingiram R$ 101,8 milhões, um acréscimo de 167,7% na comparação com o valor realizado em 2008, de R$ 38 milhões. As despesas do Estado totalizaram R$ 5,17 bilhões, valor 14,9% acima do executado nos primeiros oito meses de 2008, de R$ 4,5 bilhões. As despesas correntes, relativas às despesas de caráter continuado da atividade governamental (pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida, transferências aos municípios e demais despesas correntes), somaram R$ 4,58 bilhões, 16,1% a mais que o executado em 2008, no montante de R$ 3,95 bilhões. As despesas de capital (investimentos, inversões financeiras e amortização da dívida) atingiram R$ 585,8 milhões, uma expansão da ordem de 6,5% em relação a 2008, no total de R$ 549,8 milhões. Assim, a despesa do Estado nos primeiros oito meses de 2009 (R$ 5,17 bilhões) correspondeu a 91,7% da receita total (R$ 6,21 bilhões), líquida das deduções para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que atingiram R$ 5,63 bilhões. O secretário Eder Moraes salientou que esse superávit reflete o esforço fiscal demandado pela gestão Blairo Maggi para manter o equilíbrio financeiro do Estado. “Esse superávit significa que de cada R$ 0,92 gasto, o Estado tem R$ 1,00 em caixa”, comentou o titular da Sefaz. O resultado primário, indicador que demonstra a intensidade do ajuste fiscal necessário para a cobertura do serviço da dívida pública, foi da ordem de R$ 697,5 milhões nos primeiros oito meses de 2009. A meta para o exercício é de R$ 661 milhões. “O desempenho orçamentário do Governo de Mato Grosso em 2009 é reflexo da forte atuação do fisco estadual para aperfeiçoar a eficácia tributária, com a implementação de ações de combate à evasão fiscal, sem promover, contudo, aumento dos impostos, e do esforço de todo o executivo estadual para manter a qualidade do gasto público, principalmente no momento de crise econômica”, explicou Moraes. Conforme o secretário, embora a crise não tenha se manifestado de maneira tão intensa em Mato Grosso e já haja indícios de recuperação da economia mundial, o executivo estadual segue com a determinação de cautela nos gastos públicos, sem prejudicar a regularidade do pagamento de salário dos servidores e o repasse de recursos aos poderes constituídos. “Vejo com otimismo o fechamento das contas de 2009. Contudo, é preciso que continuemos trabalhando em contingenciamento das despesas, conforme determinação do governador Blairo Maggi”, destacou Eder Moraes. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado José Riva, elogiou as finanças públicas do Estado. “Parabenizo o Governo do Estado pela sua boa saúde financeira”, concluiu. Em 30 de agosto de 2009, a dívida consolidada do Estado evidenciou um estoque de R$ 3.099,1 bilhões, uma redução de R$ 1.22,1 bilhão em relação ao estoque de R$ 4.324,2 bilhões registrado em 31 de dezembro de 2008. A receita corrente líquida somou R$ 6,56 bilhões, situando a relação dívida consolidada líquida e receita corrente líquida em 0,47, abaixo do limite de duas vezes a receita corrente líquida fixado pela Resolução nº 40/01 do Senado Federal. A despesa com pessoal do Poder Executivo foi de R$ 2,46 bilhões, resultando no comprometimento de 37,60% da receita corrente líquida (a LRF impõe limite de 49%). A despesa com pessoal consolidada dos demais poderes e também do Ministério Público foi de R$ 2,99 bilhões, o que equivale a um comprometimento de 45,70% da receita corrente líquida (para este caso, a LRF impõe limite de 60%). O secretário Eder Moraes assinalou que, nos primeiros oito meses de 2009, o Governo de Mato Grosso aplicou 26,84% da receita constituída no desenvolvimento do ensino e 12,35% em ações de saúde. A Constituição Federal estabelece que sejam aplicados, no mínimo, 25% e 12% dos recursos arrecadados em educação e saúde, respectivamente, por ano.

Apesar do ambiente de crise econômica mundial e da redução das transferências federais da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), Mato Grosso manteve suas finanças equilibradas nos primeiros oito meses de 2009. Foi o que demonstrou o secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, nesta terça-feira (29.09), em audiência pública na Assembleia Legislativa. Na ocasião, o titular da Sefaz apresentou o relatório das metas do orçamento fiscal e da seguridade social de janeiro a agosto deste ano, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A receita total do Estado, equivalente à soma das receitas correntes e de capital, foi de R$ 6,21 bilhões, valor nominal (sem descontar a inflação do período) 12,1% superior ao montante realizado no mesmo período de 2008, de R$ 5,54 bilhões. As receitas correntes, classificadas em receita tributária, transferências correntes, receitas de contribuições e demais receitas correntes, somaram R$ 6,1 bilhões, valor nominal 11% superior ao realizado nos primeiros oito meses de 2008, de R$ 5,5 bilhões. A receita tributária, item mais significativo na composição das receitas correntes, totalizou R$ 3,48 bilhões, 7,2% a mais que o arrecadado em igual período do ano anterior, de R$ 3,25 bilhões. A arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), principal componente da receita tributária, somou R$ 2,71 bilhões, montante 1,8% superior, em valores nominais, ao realizado no mesmo período de 2008, de R$ 2,66 bilhões. Já a arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) atingiu R$ 209,1 milhões, valor 21,3% acima do efetivado em igual período de 2008, no total de R$ 172,3 milhões. Nos oito primeiros meses de 2009, o Estado arrecadou R$ 12,8 milhões de Imposto sobre a Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD), 17,7% a mais que no mesmo período de 2008, no total de R$ 10,9 milhões. A arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) somou R$ 155,7 milhões, montante 11,6% superior ao realizado em 2008, de R$ 139,5 milhões; ao Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) totalizou R$ 345,2 milhões, 52% a mais que no mesmo período do ano passado, de R$ 227,1 milhões; e outras receitas tributárias atingiram R$ 48,2 milhões, valor 33% superior ao arrecadado no ano anterior, de R$ 36,3 milhões. As transferências federais para Mato Grosso somaram R$ 1,66 bilhão, um acréscimo nominal de 16,1% em relação ao repassado pela União em igual período de 2008, de R$ 1,43 bilhão. Entretanto, os repasses do FPE, principal fonte de transferência constitucional às unidades da federação, reduziram 4,8%, de R$ 719,8 milhões em 2008 para R$ 684,9 milhões em 2009. Os repasses da Cide e do IPI reduziram 55,7% e 31,1%, respectivamente. As receitas de contribuições somaram R$ 207 milhões, um acréscimo nominal de 34,5% em relação ao valor verificado nos primeiros oito meses de 2008, de R$ 153,9 milhões. As demais receitas correntes somaram R$ 750,1 milhões, montante 13,5% superior ao realizado em 2008, de R$ 660,6 milhões. As receitas de capital atingiram R$ 101,8 milhões, um acréscimo de 167,7% na comparação com o valor realizado em 2008, de R$ 38 milhões. As despesas do Estado totalizaram R$ 5,17 bilhões, valor 14,9% acima do executado nos primeiros oito meses de 2008, de R$ 4,5 bilhões. As despesas correntes, relativas às despesas de caráter continuado da atividade governamental (pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida, transferências aos municípios e demais despesas correntes), somaram R$ 4,58 bilhões, 16,1% a mais que o executado em 2008, no montante de R$ 3,95 bilhões. As despesas de capital (investimentos, inversões financeiras e amortização da dívida) atingiram R$ 585,8 milhões, uma expansão da ordem de 6,5% em relação a 2008, no total de R$ 549,8 milhões. Assim, a despesa do Estado nos primeiros oito meses de 2009 (R$ 5,17 bilhões) correspondeu a 91,7% da receita total (R$ 6,21 bilhões), líquida das deduções para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que atingiram R$ 5,63 bilhões. O secretário Eder Moraes salientou que esse superávit reflete o esforço fiscal demandado pela gestão Blairo Maggi para manter o equilíbrio financeiro do Estado. “Esse superávit significa que de cada R$ 0,92 gasto, o Estado tem R$ 1,00 em caixa”, comentou o titular da Sefaz. O resultado primário, indicador que demonstra a intensidade do ajuste fiscal necessário para a cobertura do serviço da dívida pública, foi da ordem de R$ 697,5 milhões nos primeiros oito meses de 2009. A meta para o exercício é de R$ 661 milhões. “O desempenho orçamentário do Governo de Mato Grosso em 2009 é reflexo da forte atuação do fisco estadual para aperfeiçoar a eficácia tributária, com a implementação de ações de combate à evasão fiscal, sem promover, contudo, aumento dos impostos, e do esforço de todo o executivo estadual para manter a qualidade do gasto público, principalmente no momento de crise econômica”, explicou Moraes. Conforme o secretário, embora a crise não tenha se manifestado de maneira tão intensa em Mato Grosso e já haja indícios de recuperação da economia mundial, o executivo estadual segue com a determinação de cautela nos gastos públicos, sem prejudicar a regularidade do pagamento de salário dos servidores e o repasse de recursos aos poderes constituídos. “Vejo com otimismo o fechamento das contas de 2009. Contudo, é preciso que continuemos trabalhando em contingenciamento das despesas, conforme determinação do governador Blairo Maggi”, destacou Eder Moraes. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado José Riva, elogiou as finanças públicas do Estado. “Parabenizo o Governo do Estado pela sua boa saúde financeira”, concluiu. Em 30 de agosto de 2009, a dívida consolidada do Estado evidenciou um estoque de R$ 3.099,1 bilhões, uma redução de R$ 1.22,1 bilhão em relação ao estoque de R$ 4.324,2 bilhões registrado em 31 de dezembro de 2008. A receita corrente líquida somou R$ 6,56 bilhões, situando a relação dívida consolidada líquida e receita corrente líquida em 0,47, abaixo do limite de duas vezes a receita corrente líquida fixado pela Resolução nº 40/01 do Senado Federal. A despesa com pessoal do Poder Executivo foi de R$ 2,46 bilhões, resultando no comprometimento de 37,60% da receita corrente líquida (a LRF impõe limite de 49%). A despesa com pessoal consolidada dos demais poderes e também do Ministério Público foi de R$ 2,99 bilhões, o que equivale a um comprometimento de 45,70% da receita corrente líquida (para este caso, a LRF impõe limite de 60%). O secretário Eder Moraes assinalou que, nos primeiros oito meses de 2009, o Governo de Mato Grosso aplicou 26,84% da receita constituída no desenvolvimento do ensino e 12,35% em ações de saúde. A Constituição Federal estabelece que sejam aplicados, no mínimo, 25% e 12% dos recursos arrecadados em educação e saúde, respectivamente, por ano.

Fonte: A NotíciaMT

Selzy Quinta