Por Koró Rocha
Deputada estadual e primeira-dama de Palmas, Solange Duailibe: “Eu não tinha conhecimento”
Em nota a imprensa a deputada e primeira-dama de Palmas, Solange Duailibe (PT), revelou que não tinha conhecimento do depósito feito em nome de uma funcionária do seu gabinete. “Não tinha conhecimento do referido depósito. Fiquei sabendo através do jornal “Folha de São Paulo”, dias atrás. Quero que a polícia investigue o fato noticiado pela “Folha”, pois não posso responder por atos de terceiros”, diz a nota.
Ainda de acordo com a deputada, Rosilda Rodrigues dos Santos foi funcionária do seu gabinete e prestava serviços na região Sul do Estado. Sua função consistia num trabalho político e social que não estava mais atendendo as necessidades, por isso foi dispensada. Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa a deputada se declarou envergonhada com a citação do seu nome no escândalo e anunciou que é favorável à CPI para esclarecer os fatos.
Novas escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal e divulgadas na quarta-feira, 2, pelo Jornal “Folha de São Paulo” indicam que a empreiteira Delta pagou R$ 120 mil para Rosilda Rodrigues dos Santos, assessora da primeira-dama de Palmas e deputada Solange Duailibe (PT). De acordo com a reportagem o depósito teria sido feito no dia 9 de agosto de 2011.
Ainda conforme a reportagem a Delta possui junto a Prefeitura de Palmas um contrato, desde 2006, para prestação de serviços de coleta de lixo na capital que soma R$ 71 milhões. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) considerou o contrato irregular e multou em R$ 10 mil o prefeito Raul Filho e em R$ 5 mil Kênia Duailibe, irmã de Solange, na época presidente da comissão de licitação da prefeitura. A multa aconteceu porque a Delta foi incluída no contrato sem apresentar os documentos necessários.
O escândalo Cachoeira, que parecia ter passado de raspão no Tocantins, faz novas vítimas no Estado. Já foram citados anteriormente em gravações divulgadas pela PF o governador Siqueira Campos (PSDB), o secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, e os ex-governadores Marcelo Miranda e Carlos Henrique Gaguim (PMDB). Dos grandes líderes do Tocantins apenas os senadores João Ribeiro (PR) e Kátia Abreu (PSD) se mantêm imunes ao escândalo que sacudiu a República.
Será o escândalo que faltava para Raul agir?
Se era escândalo que o prefeito Raul Filho (PT) precisava para acordar, agora já não precisa mais. Em 2008 ele acordou um dia com a Polícia Federal em sua porta em busca de documentos na operação João de Barro, que apurava irregularidades na construção de casas populares com recursos do governo federal. Depois de um período de abatimento o prefeito reagiu e foi às ruas mostrar a cara. No debate mostrou que não tinha nada a temer, reconquistou a confiança do povo e venceu uma das eleições mais disputadas da história de Palmas. A operação João de Barro não provou nada contra Raul e foi esquecida. Quem sabe se o prefeito não desperta e faz do novo escândalo a motivação para provar seu prestígio.
“CPI pode não ser a melhor opção”
O deputado Eli Borges defende a instalação da CPI do Cachoeira para apurar o envolvimento de líderes do Tocantins com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O deputado, porém, ressalta que não vai ser fácil. Como convocar para depor no Tocantins personagens do cenário nacional? Pergunta o parlamentar, respondendo que muitos vão se recusar a vir ao Estado colaborar com as investigações. O deputado diz que não tem de ser diferente porque não está investigando uma empresa local e sim um grupo com atuação em todo o país.
Pe. Florisvane caiu no gosto do povão
Ele é um fenômeno de popularidade em Divinópolis. Se aceitar os convites para disputar as eleições pode se tornar candidato único à prefeitura da cidade. Se não, para onde pender decide a eleição. Pelo menos é o que se fala do padre Florisvane Glória nas ruas da cidade. Florisvane mantém silêncio, mas parece entusiasmado com ideia que tem certa restrição da cúpula da Igreja, mas já caiu no gosto do povo.
Em Araguaína pinta uma polarização
Em Araguaína a disputa caminha para a polarização entre o candidato do governo, o suplente de deputado federal Ronaldo Dimas (PR), e a ex-prefeita Valderez Castelo Branco. Outros nomes de peso ainda se mantêm na disputa, mas não por muito tempo. É o caso do presidente da Câmara, Elenil da Penha, e do deputado Jorge Frederico (PSD), que vão acabar compondo a chapa com os candidatos com mais chances de vencer. O empresário Paulo Couto (PDT), o padre Francisco Alcenas (PT) e o líder ruralista Júnior Marzola (DEM) correm por fora, na chamada terceira via, ainda com poucas chances de emplacar a candidatura.
Entre Aspas
"A capital precisa discutir e participar do desenvolvimento que está ocorrendo à margem esquerda do rio Tocantins.”
Deputado Marcelo Lelis (PV), defendendo projeto de sua autoria que pede levantamento dos limites territoriais de Palmas para saber se o Distrito de Luzimangues, que pertence a Porto Nacional, está dentro da área de implantação da capital.
Stalin Júnior quer disputar
Uma grande movimentação política em Miranorte no final de semana marcou o lançamento da pré-candidatura do advogado Stalin Júnior (PR) à prefeitura da cidade. O jovem, que é filho do deputado Stalin Bucar, mostrou força. O evento contou com a presença do senador João Ribeiro (PR), dos ex-governadores Marcelo Miranda e Carlos Henrique Gaguim (PMDB), do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), e de vários deputados, além de vereadores e prefeitos das cidades vizinhas. “Prometo que, se o povo desejar meu nome, farei de tudo para ser o melhor prefeito da história dessa cidade”, destacou o advogado em seu primeiro discurso como pré-candidato.
Crítica ácida de Wanderlei
O deputado Wanderlei Barbosa voltou à tribuna da Assembleia Legislativa para denunciar os altos gastos do governo com o primeiro escalão. O deputado informou que estão sendo gastos mais R$ 2 milhões com a folha de pagamento. “Esse governo gasta com o primeiro escalão o que deveria investir na população pobre.”
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