quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Lideranças veem Sérgio fora do pleito Apesar de reconhecer força do republicano

políticos de diferentes siglas dão como certo que ele não vai disputar o cargo de prefeito no ano que vem

O deputado estadual Sérgio Ricardo (PR), que teve quase 47 mil votos somente em Cuiabá, na eleição para deputado estadual em 2010

Por LAURA NABUCO
O nome do deputado estadual Sérgio Ricardo (PR) já começa a ser descartado pelas lideranças dos demais partidos quando o assunto é a disputa pela prefeitura de Cuiabá.
Enquanto o PMDB já conta com o apoio do republicano à candidatura do empresário Dorileo Leal, o DEM não encara como adversário o parlamentar, que teve a mais expressiva votação na Capital no pleito de 2010, opção de 46.919 eleitores cuiabanos.
Embora Sérgio evite afirmar ter desistido de concorrer à sucessão do prefeito Chico Galindo (PTB), o senador Jayme Campos (DEM) garante ter ouvido do próprio parlamentar que o Palácio Alencastro não está em seus planos.
“Ele jurou para mim, na frente de outras pessoas, que não é e não vai ser candidato”, enfatiza o democrata. O encontro a que Jayme se refere ocorreu na última segunda-feira (2), na posse do novo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o conselheiro José Carlos Novelli.
O presidente do PMDB de Cuiabá, Clóvis Cardoso, também já desconsidera a presença do republicano na disputa e conta com sua influencia para alavancar o nome de Dorileo no pleito. “O Sérgio já declarou que vai nos apoiar”, afirma.
Sérgio, por sua vez, vem preferindo manter uma postura mais diplomática diante da pressão de lideranças republicanas. Ao contrário, por exemplo, do presidente da legenda em Mato Grosso, deputado federal Wellington Fagundes, que, mesmo a contragosto de alguns, deixa claro não estar interessado na prefeitura de Rondonópolis, Sérgio protela uma definição argumentando ainda ser cedo para a escolha de nomes. Ele alega que o partido precisa antes se preocupar em estabelecer alianças para a composição de uma eventual coligação.
Entre os motivos que tiram a atenção de Sérgio do Executivo está a eleição à mesa diretora da Assembleia Legislativa. No cargo de primeiro-secretário, o republicano vem se articulando desde o ano passado para assumir o posto hoje ocupado pelo social-democrata José Riva e parece estar prestes a alcançar seu objetivo.
Além disso, há os rumores de que ele seria o indicado pelo Legislativo ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas. Durante sua posse, o novo presidente do órgão deu sinais de que este momento pode estar próximo.
Segundo Novelli, a próxima vaga a ser aberta será destinada a um nome indicado pela AL. Das sete cadeiras, a mais próxima de ser desocupada é a do conselheiro afastado Humberto Bosaipo. Acusado de cometer atos de improbidade administrativa à época em que atuou no Legislativo, ele pode ter que deixar o cargo em definitivo por decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Das vagas de conselheiro, três partem de indicação do Executivo, sendo uma destinada a um auditor-substituto, outra a um membro do Ministério Público de Contas e outra à escolha do governador. As outras quatro são preenchidas após indicações da Assembleia.

Diário de Cuiabá

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