Caos no período de chuvas na rodovia federal
Polêmica sobre implantação da BR por atingir comunidades tradicionais
Os governadores de Mato Grosso, Silval Barbosa, e do Tocantins, Siqueira Campos, deverão se reunir no próximo dia 17, sábado que vem, para tratar de assuntos ligados a BR-242, que liga os dois estados pela Ilha do Bananal, na região São Felix do Araguaia. O encontro está sendo promovido pelo prefeito Filemon Limoeiro, em articulação com outros municípios da região na área de influência da rodovia. “Queremos pedir apoio dos dois governadores para que possam cobrar do Governo Federal, condições para que o trecho desta BR-242 se torne trafegável na época da chuva” - explicou Filemon.
Segundo o prefeito de São Felix do Araguaia, a estrada já existe e é acessível na época de estiagem. Porém na época da chuva é impossível se trafegar por aquela estrada. “Se o Governo melhorar as condições de trafegabilidade na BR 242 será de grande importância para a nossa região, e acreditamos que isso será possível através de ações como este encontro, porque o MT tem uma ligação forte com o Tocantins” - explicou Limoeiro.
A estrada foi criada ainda no Governo de Juscelino Kubitschek e iniciada durante a Ditadura Militar através do Plano Nacional de Viação, através da Lei 5.917, de 10/09/1973, que previa a construção da BR-242 ligando o porto de Salvador na Bahia a BR-163 (MT). A BR-242, oficialmente, tem uma extensão total de 2.115 km, assim composta: Bahia, com 953 km, Goiás (hoje Tocantins), com 500,3 km e Mato Grosso, com 557,3 km (incluindo a travessia da Ilha do Bananal).
O projeto original da rodovia BR-242, ao propor o cruzamento da Ilha do Bananal teria dois trechos principais: o trecho conhecido como Transbananal, ligando São Félix do Araguaia (MT) a Formoso do Araguaia (To), atravessando o Território Indígena do Parque do Araguaia e o Território Indígena Inãwébohona e o trecho chamado de Transaraguaia, antigo nome da Go-262, ligando Santa Teresinha (MT) à Lagoa da Confusão, também atravessando o Parque Nacional do Araguaia e o território indígena.
A Transbananal é considerada polêmica. Especialistas classificam a rodovia como “um aval ao genocídio ambiental, econômico social e cultural” de diversas populações tradicionais que habitam a região, considerada “habitualmente abandonadas” e “desassistidas”. O professor de Sociologia Paulo Henrique Costa Mattos considera que essas populações tradicionais são “ usadas como "bucha de canhão" para assegurar os objetivos de integração nacional, de expansão da fronteira agrícola e de exploração dos imensos recursos naturais da Região Amazônica”.
Limoeiro adiantou que já estão confirmadas as presenças dos dois governadores, além do senador Jaime Campos (DEM), deputados federais dos dois estados e também deputados estaduais, além de prefeitos e vereadores das cidades vizinhas.
O encontro será na Câmara de Vereadores de São Felix do Araguaia.
por Camila Navelaiko e Edilson Almeida
da Agência da Noticia e 24 Horas News
Um comentário:
Cara esse prefeito Filemon é só moage, pirotecnia, só sabe fazer festa e inventar questão sem futuro. É uma mula em termos de administração. Cara precisamos é anestesista no hospital, pagar as promessas de campanha, resolver o problema da água correndo a céu aberto na vila Santo Antonio e coisas mais emergenciais, e não essa balela da estrada da ilha.
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