Mais uma “briga” pode estar por vir entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. A rivalidade entre os dois estados pode ser agora pela instalação do INPP (Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal).
Segundo informações preliminares, o MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) pretende instalar o centro de pesquisa no campus da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), em Cuiabá.Após Mato Grosso do Sul perder de ser sede de jogos da Copa do Mundo de 2014, o deputado estadual Maurício Picarelli (PMDB) informou hoje que vai se mobilizar para que o instituto venha para o Estado.
A exemplo do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), o INPP será criado para fortalecer as pesquisas na região pantaneira, se tornando referencial e garantindo repasse de recursos do MCT. Serão priorizadas pesquisas de biotecnologia e na utilização de recursos naturais.
Picarelli explica que mais de 65% do Pantanal pertencem a Mato Grosso do Sul e não é justo que o instituto seja instalado em Mato Grosso, ainda mais no campus da UFMT. "O INPP deve estar localizado em uma cidade realmente pantaneira e desvinculada das instituições já existentes. Aqui no Estado há muitas opções", reforça o parlamentar.
O deputado recebeu diversos pedidos de pesquisadores e ambientalistas insatisfeitos com essa possível escolha do MCT. Alguns disseram que a forma como está sendo pensado só atende aos interesses de um grupo de pesquisadores da UFMT.
"Recebi reclamações de que é uma simbiose muito estranha esta entre o MCT e a UFMT, em detrimento das instituições de Mato Grosso do Sul [4 universidades e um centro de pesquisa da Embrapa ligados ao Pantanal]", explica.
Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, tem a Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal), que tem desenvolvido um trabalho reconhecido no Pantanal. "Fora isso tem a UFMS, a UEMS e a UCDB, que possuem pesquisas extraordinárias desenvolvidas no Pantanal", ressalta o peemedebista.
Conforme Picarelli, na UFMT já existe o Instituto Nacional de Áreas Úmidas, aprovado ano passado, com aporte de R$ 9 milhões já previstos. "Dois institutos ligados ao mesmo segmento de pesquisas é muito incoerente".
Para que o instituto seja implantado no Estado, o deputado Picarelli pretende se reunir já na próxima semana com deputados federais e o governador André Puccinelli (PMDB), no sentido de mobilizar o MCT para que instale o INPP no território sul-mato-grossense.
Fábrica Petrobras
Construção de uma indústria da gigante Petrobras projetada para dobrar a produção nacional de fertilizantes também está na disputa entre os dois Estados.
A Petrobras confirmou a criação da fábrica, mas impõe mistério quanto à região que pretende se instalar.
A assessoria da empresa informou ao Midiamax via e-mail que o projeto industrial “está dentro do planejamento estratégico da companhia e em fase de estudo conceitual inicial”.
O comunicado sustenta ainda que a fábrica nova vai produzir uréia granulada e perolada e o novo produto já chamado de Reforce N [uréia pecuária].
Também de acordo com a assessoria, não há estimativa de custo do investimento e também mercados que serão atendidos, já que não foi definido o local de instalação da planta, que começa a fabricar a uréia a partir de 2013.
Quanto à construção do empreendimento, a estimativa da Petrobras é que o projeto seja tocado já a partir do ano que vem.
A capacidade de produção prevista, segundo a companhia, é de 1 milhão de toneladas por ano, cálculo que dobraria a fabricação dos fertilizantes.
Reportagem já publicada no jornal Diário de Cuiabá afirma que MT e MS concorrem pelo projeto da Petrobras há pelo menos três anos.
O jornal, que construiu o material com informações de uma fonte consultada do Ministério das Cidades, cita ainda que a companhia deva aplicar ao menos R$ 2 bilhões na construção da fábrica, entre investimentos próprios e paralelos.
E mais: a fonte consultada suspeita ainda que Mato Grosso do Sul possa agora levar a melhor sobre Mato Grosso por ter ficado fora da Copa-2014.
Comentários:
antonio - 10/10/2009 19:29:00
Lendo a materia chego a uma conclusão que, aquilo que pode ser benéfico para as pesquisas não são levados em conta pois Cuiaba esta a 100km do Pantanal cg a 300km. Ai eu pergunto, onde ficaria mais economico e dai prestar uma pesquisa com maior intensidade e muito melhor qualidade por un custo muito mais baixo e melhor qualidade. Quanto a petrobrs e so olhar a produção partindo de MT para outros estados COMO RONDONIA, PARA, ACRE que estão crescendo muito, como fica a logistica? Muito mais barata, e envolveria uma enorme região do Brasil com um custo muito menor, e a concorrencia não teria a mesma praticidade. Montar em Campo Grande e ficar na mesmice que e hoje. Nenhum empreendedor não cometeria tamanha infantilidade. SERIA O MESMO QUE JOGAR DINHEIRO NO VENTO.
24 Horas News-com Midia Max News-Campo Grande
Selzy Quinta
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