Por Alexandre Böer* A mais recente Relatora Especial da ONU para a independência dos juízes é a brasileira Gabriela Carina Knaul De Albuquerque e Silva. Ela foi eleita no último dia 18 de junho pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, em sessão que nomeou mais quatro Relatores para atuarem em diferentes grupos de trabalho.
A juíza Gabriela Albuquerque, 36 anos, é natural de Florianópolis e reside em Mato Grosso desde a infância.
Graduada em Direito pela Universidade de Cuiabá e pós-graduada em Direito Público pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), sua carreira jurídica é marcada pela experiência de juíza titular em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá), que durou quatro anos (2004-2008). Antes, ela chegou a atuar em Rondonópolis. Atualmente, estuda MBA em Gestão do Judiciário na Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ).
Por indicação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, Gabriela Albuquerque esteve, recentemente, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) auxiliando na coordenação do desenvolvimento do planejamento estratégico que servirá de base para modernizar o Judiciário de todo o país.
Sobre o cargo de relatora especial da ONU, Gabriela afirma: “é um trabalho gratificante que tem o grande desafio de desenvolver o fortalecimento do Judiciário, o que implica em tratá-lo como instituição e torná-lo mais resistente a intervenções de diferentes naturezas".
Além de Gabriela Albuquerque, foram eleitos, também, o representante da Grécia sr. Sicilianos Linos-Alexander para Relatoria Especial para Pessoas de Ascendência Africana, o sr. Mads Andenas, da Noruega para a Relatoria Especial sobre Detenções Arbitrárias, o sr. Osman El-Hajje, do Líbano para Relatoria Especial sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários e a sra. Rashida Manjoo, da África do Sul para Relatora Especial sobre a Violência Contra as Mulheres.
* Böer é jornalista e atua em advocacy internacional através do grupo SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade; da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais; da ILGA - Associação Internacional de Gays e Lésbicas e da Rede LGBT do Mercosul.
Selzy Quinta
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