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sábado, 24 de agosto de 2013

'Peço que não me recebam mal', diz médico espanhol que chegou a PE

Três espanhois do programa Mais Médicos desembarcaram no Recife.
Cremepe diz que não vai emitir registro para quem não fizer revalidação.

Rafael da Quinta Fruto, médico espanhol que vai atuar na Paraíba (Foto: Luna Markman / G1)

Rafael da Quinta Fruto é cirurgião e vai atuar na Paraíba;
mulher dele é brasileira (Foto: Luna Markman / G1)

O médico espanhol Rafael de Quinta Fruto, 59 anos, selecionado na primeira etapa do Mais Médicos, desembarcou no Aeroporto Internacional do Recife, na noite desta sexta (23), dizendo que se sente constrangido com a posição contrária da classe médica brasileira ao programa. "O governo do Brasil pediu ajuda e eu vim. Peço que não me recebam mal", disse o profissional, bem carismático, falando um 'portunhol' inteligível. Boa parte do português aprendeu com a esposa, que é brasileira e motivo da vinda dele ao País. "Ela morou 12 anos comigo na Espanha e, agora, quis retribuir o favor, mesmo ganhando menos dinheiro. Vim por amor", comentou.

Quinta chegou ao Recife com mais dois médicos espanhóis, Bladimir Quintan, 49 anos, e Domingo Gonzalez, 56. Eles serão levados para um alojamento do Exército  em Tejipió, Zona Oeste do Recife. Outros 16 médicos portugueses, espanhóis, argentinos e brasileiros com formação no exterior chegam até domingo (25), quando iniciam o módulo de avalição sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa.

Após a aprovação nesta etapa, 12 serão encaminhados para Recife, Cabo de Santo Agostinho e Goiana, todos municípios da Região Metropolitana, e o restante para outros municípios do Nordeste e Minas Gerais. Eles começam a atender a população a partir de 16 de setembro. Médicos cubanos devem chegar também neste fim de semana, por meio de um acordo do governo brasileiro com Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), e vão passar pela mesma avaliação. A quantidade de cubanos que chegarão ao Recife não foi informada.

Mozart Sales - Ministério da Saúde (Foto: Luna Markman / G1)

Mozart Sales veio ao Recife receber os médicos espanhois
(Foto: Luna Markman / G1)

Os médicos foram recebidos pelo secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, que garantiu que todos poderão trabalhar legalmente no Brasil. "Existe uma medida provisória que estabelece o registro provisório, e uma autarquia [os conselhos regionais de medicina] não está acima da lei. Pode haver algumas situações de arroubo, como os conselhos do Rio Grande do Sul e Brasília que tentaram se recusar a emitir o registro aos estrangeiros e foram derrotados na Justiça", afirmou.

Sem revalidação, Cremepe não dará registro
A presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Helena Carneiro Leão, citou a Lei nº 3.268/1957, que criou os conselhos de fiscalização profissional, como impedimento. "Nenhum profissional médico pode exercer a profissão sem estar registrado nos conselhos. Eu não posso sair daqui com o meu CRM de Pernambuco e ir trabalhar em São Paulo, porque isso é exercício irregular da medicina, quanto mais vir de outro país para trabalhar aqui", comentou.

Para ela, a situação é bastante delicada. "Não vamos fazer registro de estrangeiro ou brasileiro formado no exterior sem que ele se submeta à prova de revalidação. Estamos diante de um impasse. Como esse médico vai poder preencher receituário para remédio controlado, por exemplo, sem CRM, ou fazer solicitação de exames? Como ele vai ser responsabilizado eticamente, se tiver um erro?", questionou.

A presidente do Cremepe afirma que a fiscalização regular da entidade continuará sendo realizada. "Vamos fiscalizar inclusive as condições de trabalho, como sempre fazemos, mas  não pretendemos encaminhar [os estrangeiros] para as autoridades policiais competentes", assegurou.

Médicos espanhois que vão atuar em Pernambuco e na Paraíba (Foto: Luna Markman / G1)

Por três semanas, eles passarão por treinamento prático
e de língua portuguesa (Foto: Luna Markman / G1)

Motivações diferentes
Rafael de Quinta Fruto é natural de Sevilha e tem 59 anos, 38 deles dedicados a medicina. É especialista em cirurgia geral. Ele viu o chamado do Mais Médicos na internet e se interessou pela proposta por conta da esposa brasileira. "Eu sabia que ela queria voltar, apesar de nunca ter cobrado isso. Ela mora comigo na Espanha há 12 anos. Então surgiu a oportunidade de devolver esse favor, foi por amor", comentou.

O espanhol escolhou trabalhar na Baía da Traição, na Paraíba. "Minha mulher morou lá um ano, e eu gostei muito do lugar", explicou. O médico afirmou que não conhece ainda a realidade do atendimento básico no Brasil, acha que vai se acostumar com o sotaque em pouco tempo e disse que não se importará em ganhar menos - na Espanha, como cirurgião, ganhava, sem benefícios, 3,5 mil euros, cerca de R$ 10.990. Aqui, receberá R$ 10 mil.  "Eu trago coisas diferentes e acho que o cruzamento de cultura e ideias é muito enriquecedor", defendeu.

O também espanhol Bladimir Quintan é natural de Madri e tem 26 anos de experiência profissional. É especialista em medicina da família. Apesar de citar que há chamadas para trabalhar em vários países da Europa, ele optou por trabalhar no Brasil e escolheu a cidade do Recife. "O que me motivou foi a decisão do governo brasileiro de fazer um programa de saúde para a população. Conheço um pouco da situação das áreas pobres, posso aprender português rápido. A Europa também passa por uma crise. Hoje, o médico ganha um quinto do que ganhava", falou.

Domingos Gonzalez é espanhol das Ilhas Canárias, especialista em emergência e saúde da família, trabalhando na área há 32 anos. Ele irá trabalhar em Água Branca, também na Paraíba. "Acredito que atingi uma maturidade profissional e quero me aposentar aqui no Brasil, sei que ainda posso contribuir", disse.

Avaliação
O módulo de acolhimento e avaliação tem carga horária de 120 horas (três semanas) com aulas expositivas, oficinas e simulações de consultas e de casos complexos. Também serão realizadas visitas técnicas aos serviços de saúde. Haverá aulas de língua portuguesa e os conhecimentos linguísticos e de comunicação na prática médica no Brasil serão testados. A capacitação será realizada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no campus de Vitória de Santo Antão, na Mata Norte do estado.

Os médicos aprovados receberão um registro profissional provisório, restrito à atenção básica e às regiões onde serão alocados pelo programa, e bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo. Também farão especialização em Atenção Básica. O governo brasileiro também custeará até dois dependentes dos médicos.

As prefeituras que receberão esses profissionais serão responsáveis pela alimentação e moradia dos médicos durante todo o período do programa. Todos os profissionais serão supervisionados por uma instituição de ensino e também pelas secretarias estaduais e municipais de saúde.

Seleção
A segunda seleção de médicos estrangeiros foi aberta nesta segunda-feira (19) para adesão de novos municípios e médicos brasileiros e estrangeiros, que podem se cadastrar até o dia 30 de agosto. Os profissionais selecionados nesta etapa iniciarão as atividades ainda na primeira quinzena de outubro.

Por Luna Markman Do G1 PE

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

ATENÇÃO BÁSICA: Mais Médicos: 244 profissionais estrangeiros chegam ao país

Médicos inscritos no programa desembarcam no Brasil a partir desta sexta-feira (23) em oito capitais para participar do módulo de avaliação. Eles começam a atuar nos municípios em 16/09

Os 244 médicos formados no exterior selecionados na primeira etapa do Programa Mais Médicos chegam ao Brasil a partir desta sexta-feira (23). Esses profissionais desembarcam em oito capitais onde participarão do módulo de avalição do programa sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa. Após a aprovação nesta etapa, serão encaminhados aos municípios e começam a atender a população a partir de 16 de setembro.

“Estamos recebendo em nosso país médicos que vão atender a população dos municípios do interior e das periferias dos grandes centros. Eles vieram de diferentes países para reforçar a assistência exatamente naqueles locais onde há maior dificuldade em contratar profissionais. Esta é a primeira seleção do Mais Médicos e as inscrições da segunda etapa já estão abertas. O Governo Federal continuará trabalhando para aumentar o número de médicos nas regiões onde mais precisam”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que acompanhou a chegada de médicos do programa no aeroporto de Brasília.

A avaliação dos profissionais com diplomas no exterior será realizada nas cidades de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. Eles estão sendo recebidos por representantes do Ministério da Saúde nos aeroportos internacionais dessas oito capitais. Após o desembarque, dirigem-se aos alojamentos onde ficarão hospedados.

Os custos com alojamento e alimentação serão pagos pelo Governo Federal. A organização logística do módulo, incluindo recepção aos profissionais, será responsabilidade conjunta dos ministérios da Saúde e da Defesa.

SELEÇÃO – No primeiro mês de seleção, 1.096 profissionais com diplomas do Brasil e 244 formados no exterior – sendo 99 de nacionalidade brasileira e 145 estrangeiros – confirmaram sua participação no Mais Médicos. Eles estão distribuídos em 516 municípios e 15 distritos sanitários indígenas. Ao todo, 3.511 cidades aderiram ao programa apontando 15.450 vagas.

A segunda seleção foi aberta nesta segunda-feira (19) para adesão de novos municípios e médicos brasileiros e estrangeiros, que podem se cadastrar até o dia 30 de agosto. Os profissionais selecionados nesta etapa iniciarão as atividades ainda na primeira quinzena de outubro.

AVALIAÇÃO – O módulo de acolhimento e avaliação do Mais Médicos tem carga horária de 120 horas com aulas expositivas, oficinas e simulações de consultas e de casos complexos. Também serão realizadas visitas técnicas aos serviços de saúde com o objetivo de aproximar o médico de seu processo de trabalho.

Os temas abordados nas aulas incluem legislação, funcionamento e atribuições do Sistema Único de Saúde (SUS) com enfoque especial na atenção básica, doenças prevalentes e aspectos éticos e legais da prática médica. Haverá aulas de língua portuguesa e avaliações para testar os conhecimentos linguísticos e de comunicação na prática médica no Brasil.

Os profissionais que vão atuar em áreas indígenas (DSEI) terão, além do módulo de acolhimento, aulas complementares específicas sobre saúde indígena. Estes profissionais ficarão concentrados em Brasília durante o período do módulo de acolhimento.

Os materiais que serão utilizados nessas atividades foram elaborados por uma comissão formada por professores de universidades federais inscritas no programa, Escolas de Saúde Pública e Programas de Residência, sob orientação do Ministério da Educação (MEC).

Depois de avaliados, os médicos que tiverem sua qualificação atestada receberão um registro profissional provisório. As prefeituras que receberão esses profissionais serão responsáveis pela alimentação e moradia dos médicos durante todo o período do programa. Todos os profissionais serão supervisionados por uma instituição de ensino e também pelas secretarias estaduais e municipais de saúde.

Como definido desde o lançamento do programa, os brasileiros tiveram prioridade no preenchimento dos postos apontados. As vagas remanescentes foram oferecidas primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros. Os médicos com diplomas de fora do Brasil vão atuar com autorização profissional provisória, restrita à atenção básica e às regiões onde serão alocados pelo programa.

Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica.

O PROGRAMA – Lançado pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.

O Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação desses estabelecimentos de saúde, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.

 

Distribuição dos médicos nos módulos de avaliação

Brasília

Profissionais que vão atuar no AC, AM, AP, PA, RO, RR, RJ, SP, TO, MA. 23

Fortaleza

Profissionais que vão atuar no CE, MA, PI e RN. 18

Rio de Janeiro

Profissionais que vão atuar no ES, GO, MT, MS, PR, RJ e SC. 68

São Paulo

Profissionais que vão atuar no estado de SP. 47

Porto Alegre

Profissionais que vão atuar no RS. 40

Recife

Profissionais que vão atuar em AL, PE, SE, PB e MG. 19

Salvador

Profissionais que vão atuar na BA. 13

Belo Horizonte

Profissionais que vão atuar em MG 16

Total 244

Por Priscila Costa e Silva, da Agência Saúde

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

SE VER ESSA MANCHA NA PELE SAIBA QUE : é conhecida como acantose nigricans

SE VER ESSA MANCHA NA PELE SAIBA QUE :<br /><br />Esta Mancha não é sujeira, ou desenvolvidos por falta de higiene! Neste marca é conhecida como acantose nigricans-.<br /><br />Você pode ver no pescoço, face, testa, axilas, entre as pernas e outras partes do corpo.<br /><br />É uma marca na pele que os sinais de altos níveis de insulina no corpo.<br /><br />Ele tende a ser confundida com uma mancha de sujeira ou fuligem, mas isso realmente indica que o corpo está resistindo a insulina que o corpo produz.<br /><br />Como resultado, o pâncreas produz mais insulina e, eventualmente, desenvolver diabetes (principalmente de tipo 2).<br /><br />Ela pode desaparecer com mudanças simples no estilo de vida e moderada redução de peso (em muitos casos).<br /><br /><br />Compartilhe as informações com seus amigos para que todos nós aprendemos com as gotas de conhecimento!<br /><br />OBS: Não zombar da próxima vez que o seu amigo / ou membro da família, porque agora você sabe o que isso significa. Em vez de fazer o divertimento de que a pessoa agora pode aconselhar.

Esta Mancha não é sujeira, ou desenvolvidos por falta de higiene! Neste marca é conhecida como acantose nigricans-. Você pode ver no pescoço, face, testa, axilas, entre as pernas e outras partes do corpo. É uma marca na pele que os sinais de altos níveis de insulina no corpo. Ele tende a ser confundida com uma mancha de sujeira ou fuligem, mas isso realmente indica que o corpo está resistindo a insulina que o corpo produz. Como resultado, o pâncreas produz mais insulina e, eventualmente, desenvolver diabetes (principalmente de tipo 2).
Ela pode desaparecer com mudanças simples no estilo de vida e moderada redução de peso (em muitos casos).
Compartilhe as informações com seus amigos para que todos nós aprendemos com as gotas de conhecimento!
OBS: Não zombar da próxima vez que o seu amigo / ou membro da família, porque agora você sabe o que isso significa. Em vez de fazer o divertimento de que a pessoa agora pode aconselhar.

Por Claudionor Sena

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Aspirina pode reduzir em um terço risco de morte por câncer de intestino, diz estudo

Foto: Eyewire

Aspirina não substitui outras terapias contra o câncer

Pacientes de câncer no intestino que tomam aspirina podem reduzir em um terço o risco de morrer por causa da doença, acreditam especialistas.

Mas eles dizem ser muito cedo para concluir que o medicamento deveria ser ministrado regularmente a pacientes.

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Outros estudos já apontaram para benefícios do analgésico no tratamento de outros tipos de câncer. Mas a droga também pode ter indesejáveis e perigosos efeitos, causando irritação estomacal e hemorragia interna em alguns pacientes.

O estudo, publicado pelo British Journal of Cancer, examinou 4.500 pacientes na Holanda. Todos receberam baixas doses diárias de aspirina - 80mg ou menos - dose também é recomendado a pessoas com doenças cardíacas.

No estudo, que levou quase uma década, um quarto dos pacientes não usaram aspirina, um quarto apenas usou aspirina depois de ser diagnosticado com câncer e a metade restante tomou aspirina antes e depois do diagnóstico.

A maior parte dos pacientes que tomaram aspirina o fizeram para evitar doenças cardiovasculares, como enfarte e acidentes vasculares.

"Qualquer um pensando em tomar aspirina para reduzir o risco de câncer deve antes falar com seu médico"

Sarah Lyness, Cancer Research UK

Tomar aspirina por qualquer período depois do diagnóstico reduziu a chance de morte por câncer em 23%.

Os pacientes que tomaram doses diárias do medicamento por pelo menos nove meses depois do diagnóstico tiveram a chance de morrer por câncer reduzida em 30%.

Os que usaram aspirina apenas depois de diagnosticado o câncer de intestino apresentaram um maior impacto na redução de mortalidade.

Nos pacientes que tomaram a aspirina antes e depois do diagnóstico, a redução do risco de morte foi de apenas 12%.

A razão para isso talvez seja o fato de que vários dos pacientes que já vinham tomando o analgésico sofriam de tipos de câncer particularmente agressivos, afirmam especialistas.

O pesquisador Gerrit-Jan Liefers, do Centro Medicinal da Universidade de Leiden, afirmou: "Nosso trabalho soma-se a crescentes evidências de que a aspirina não apenas pode prevenir a ocorrência de câncer mas também impedir que a doença se espalhe".

Ele disse que a aspirina não deve ser vista como alternativa a outros tratamentos, como a quimioterapia, mas poderia ser útil como tratamento adicional.

Recomendar, não

"É possível que pessoas mais velhas tenham outros problemas de saúde que não permitam a quimioterapia. Câncer de intestino é mais comum em pessoas mais velhas, então esses resultados poderiam ser um grande avanço no tratamento da doença, particularmente para este grupo. Mas precisamos de pesquisa adicional para confirmar isso."

Ele disse que o plano agora é fazer um teste aleatório controlado - chamado "Gold Standart Test" na pesquisa - para verificar se a aspirina prevalece sobre uso de placebo junto ao mesmo grupo de idosos.

Sarah Lyness, da Cancer Research UK, disse: "Este último estudo acrescenta evidências sobre os benefícios da aspirina. Mas ainda não chegamos ao ponto de recomendar que as pessoas tomem aspirina para reduzir o risco de câncer.

"Ainda há questões que precisamos responder sobre efeitos colaterais, como hemorragia interna, e sobre quais seriam os maiores beneficiados pelo uso da aspirina, quem poderia sofrer efeitos negativos e ainda que dose deveria ser ministrada".

"Qualquer um pensando em tomar aspirina para reduzir o risco de câncer deveria conversar com seu médico primeiro. Pessoas com câncer devem estar cientes de que a aspirina pode aumentar as chances de complicações antes de cirurgia ou outros tipos de tratamento, e devem discutir isso com o especialista.

"Enquanto isso, há outras formas de reduzir os riscos de câncer, como não fumar, beber menos álcool e manter um peso saudável".

BBC Brasil

Infecções causam um de cada seis casos de câncer, diz estudo

Bactéria Helicobacter pylori. | Foto: Ed Uthman/ Wikimedia Commons

Bactéria responsável por gastrite é uma das principais causas de câncer de estômago

Um em cada seis casos de câncer - 2 milhões por ano - tem origem em infecção tratáveis ou evitáveis, segundo um novo estudo.

O estudo, publicado na revista The Lancet Oncology, analisou a incidência de 27 tipos diferentes de câncer em oito regiões do mundo e concluiu que quatro doenças são as principais responsáveis.

As infecções provocadas pelo vírus do papiloma humano (HPV), pela bactéria Helicobacter pylori e pelos vírus da hepatite B e C são responsáveis por 1,9 milhões dos casos de câncer de estômago, câncer hepático e câncer de colo do útero.

Cerca de 80% destes casos acontecem em países em desenvolvimento.

A equipe da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (IARC), na França, que realizou o estudo, diz que mais esforços são necessários para lidar com estes casos "evitáveis" e reconhecer o câncer como uma doença "comunicável", ou seja, que se propaga com facilidade.

"A aplicação dos métodos existentes de saúde pública para a prevenção de infecções - como as vacinas - e a prática segura das injeções ou dos tratamentos antimicrobianos poderiam ter um efeito substancial nos futuros casos de câncer em todo o mundo", dizem os médicos Catherine de Martel e Martyn Plummer, que lideraram a pesquisa.

'Evitáveis'

Para a pesquisa, os cientistas analisaram as estatísticas da Globocan, um projeto da IARC e da Organização Mundial da Saúde que reúne os dados sobre a incidência de mortalidade e a prevalência dos principais tipos de câncer em 184 países.

Com estes dados, eles calcularam a porcentagem de casos atribuídos a infecções e o número de mortes que poderiam ter sido evitadas com tratamentos médicos preventivos.

Cerca de um terço dos casos ocorrem em pessoas com menos de 50 anos.

Entre as mulheres, o câncer de colo de útero corresponde a cerca de metade dos cânceres causados por infecções. Em homens, mais de 80% dos casos é de cânceres de fígado ou estômago.

Já existem vacinas preventivas contra o vírus do HPV - ligado ao câncer de colo de útero - e contra o vírus da hepatite B - uma causa conhecida de câncer hepático.

Além disso, especialistas afirmam que o câncer de estômago pode ser evitado tratando a infecção pela bactéria H. pylori com antibióticos.

Pelo menos 1,5 milhão das 7,5 milhões de mortes por câncer anuais poderiam ser evitadas, de acordo com o levantamento da IARC.

BBC Brasil

terça-feira, 8 de maio de 2012

Quem frequenta áreas verdes tem menos alergia e asma

As pessoas que vivem em contato com áreas verdes têm menos propensão a desenvolver asma e alergias, dizem pesquisadores finlandeses. Eles descobriram que bactérias boas para a saúde do homem aparecem em maior abundância em locais não urbanizados. A microbiologia fortalece o sistema imunológico, descreve o trabalho recém-publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).

"Existem micróbios em todos os lugares, inclusive no ambiente construído, mas a composição deles é diferente entre os ambientes naturais e construídos pelo homem ", disse Ilkka Hanski, da Universidade de Helsinque, um dos autores do trabalho, em entrevista à BBC.

A pesquisa se baseou em amostras de 118 adolescentes do leste da Finlândia. Os que vivem em fazendas ou em florestas tinham mais diversidade de bactérias na pele e menos alergias.

Entre as bactérias, um tipo de Gammaproteobacteria, chamada Acinetobacter, estaria fortemente ligada ao desenvolvimento de moléculas anti-inflamatórias. Por isso, Hanski defende a criação de áreas naturais e espaços verdes dentro das cidades, além de reservas naturais fora das áreas urbanas.

Da Agência O Globo

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Olhos castanhos "protegem" contra tipo agressivo de câncer de pele

Fonte: G1, em São Paulo

Olhos castanhos representam menor risco de melanoma
Olhos castanhos representam menor risco de melanoma
Foto de Reprodução

Genes de pessoas com olhos escuros reduzem risco de melanoma. Por outro lado, olhos claros significam menor risco de vitiligo.

Pessoas com olhos castanhos têm menor risco de desenvolver melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele. A conclusão é de um estudo publicado neste domingo (6) pela revista científica “Nature Genetics”.

O objetivo da equipe liderada por Richard Spritz, da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, era estudar o vitiligo, uma doença que causa perda de pigmentos e, portanto, manchas claras na pele e nos cabelos. Na pesquisa, eles descobriram que as pessoas com olhos claros correm menor risco de ter essa doença.

“Geneticamente, o vitiligo e o melanoma são opostos polares. Algumas das variações genéticas que aumentam a probabilidade de que uma pessoa tenha vitiligo diminuem a do melanoma, e vice-versa”, explicou Spritz, em material de divulgação da universidade.

O estudo analisou pouco menos de 3 mil pessoas com ascendência europeia nos Estados Unidos, com diferentes cores de olhos, e identificou 13 novos genes relacionados ao vitiligo.

O vitiligo é uma doença autoimune, ou seja, o próprio sistema de defesa do corpo provoca a perda de pigmento. Pessoas com vitiligo também têm maior risco desenvolver outras doenças autoimunes, como diabetes tipo 1 e lúpus. Isso reforça a importância do estudo da genética do vitiligo, pois ele poderia explicar mais também sobre essas outras doenças.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ser exposto ao vício pode ajudar a esquecê-lo

Por Luan Galani

Quem já tentou parar de fumar sabe que se torna mais difícil se abster do vício quando exposto ao cigarro, seja vendo ou sentindo seu cheiro.

Mas, de acordo com pesquisa feita por um grupo de pesquisadores da China e dos Estados Unidos, tal exposição ao vício ajuda a frear o hábito porque a memória do vício é corrigida.

Terapeutas sabem de longa data que expor os viciados ao cheiro da droga, por exemplo, sem expô-los aos efeitos delas, pode enfraquecer a associação entre vício e viciado.

Mas esse é um reparo de curto prazo, pois os desejos retornam. Mas agora pesquisas mostram que a memória pode ser alterada mais permanentemente, se reparada antes.

“É como abrir um documento no computador, fazer algumas alterações e salvar”, comenta David Epstein, do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, nos Estados Unidos.

Treinamento

Para aferir se essa abordagem poderia ser utilizada como terapia, Epstein e Yan-Xue Xue, da Universidade de Peking, em Beijing, na China, ensinaram pessoas hospitalizadas, que estavam se recuperando do vício em heroína, como reparar suas memórias através de vídeos que mostravam a droga.

Depois, os participantes do experimento receberam heroína falsa e utensílios comumente relacionados à heroína. E foram questionados sobre seus desejos de consumo da droga antes e depois da exposição. Para medições mais corretas, foram monitorados o batimento cardíaco e a pressão sanguínea dos pacientes durante todo o experimento.

Segundo os pesquisadores, os pacientes tiveram seus desejos reduzidos, depois de testes de 1, 30 e 180 dias. Aqueles que não tiveram suas memórias preparadas para o experimento não tiveram melhoras nos desejos.

Da cocaína ao estresse

Os resultados foram similares para ratos viciados em cocaína ou heroína, que também pararam de procurar as drogas depois dos treinamentos.

De acordo com Epstein, a descoberta é promissora, mas precisa de mais estudos complementares para que os pesquisadores possam entender como as pessoas responderão ao tratamento quando voltarem às suas casas. [NewScientist]

Parceria prevê transferência de tecnologia para produção nacional de remédio contra leucemia

Paula Laboissière da Agência Brasil

Brasília – Um acordo firmado entre dois laboratórios públicos e cinco privados prevê a transferência de tecnologia para a produção nacional do medicamento mesilato de imatinibe, usado para o tratamento de leucemia mieloide crônica.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que o objetivo da parceria é tornar o país autossuficiente em produtos considerados essenciais para a população. Segundo ele, a expectativa é que, em quatro anos, a produção do remédio seja suficiente para suprir a demanda de pacientes no país.

“Além da inovação tecnológica e da geração de empregos, passar a produzir o mesilato de imatinibe no Brasil vai significar uma economia de até US$ 70 milhões para o Ministério da Saúde, uma vez que negociamos também um preço menor com a possibilidade de atender mais pessoas no Sistema Único de Saúde [SUS]”, disse.

Padilha lembrou que a saúde demanda atualmente 9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, além de concentrar de 30% a 35% de todo o esforço de inovação tecnológica do país e mais de 10% da força de trabalho de nível superior.

“Nosso programa de aids, uma dos mais amplos do mundo na oferta de medicamentos gratuitos, só é possível e sustentável porque metade dos medicamentos que oferecemos de graça é produzida aqui no Brasil”, ressaltou. “Outro exemplo é o Programa Nacional de Imunização, que só é sustentável porque 96% das doses das vacinas aplicadas são produzidas no Brasil”, acrescentou o ministro.

Edição: Juliana Andrade

Nova forma de administração de medicamento para câncer de mama garante maior conforto aos pacientes e reduz custos de centros de saúde

Marco Prates NOTÍCIAS - Saúde

A administração subcutânea de Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) é menos invasiva e leva aproximadamente 5 minutos, em vez dos 30-90 minutos necessários para a administração intravenosa, atualmente aprovada

Resultados do estudo de fase III, HannaH, revelam que uma nova forma de aplicação subcutânea de HerceptinSímbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) - medicamento biológico usado desde 1998 para o tratamento de quase um milhão de pacientes com câncer de mama HER2 positivo em todo o mundo – tem eficácia comparável a da via intravenosa, atualmente aprovada no Brasil, Estados Unidos, Europa e outros países. O câncer de mama positivo para HER2 acomete de 15 a 20% das mulheres que sofrem da doença2 e é um tipo particularmente agressivo do tumor3. Os dados foram apresentados no 8º Congresso Europeu de Câncer de Mama (EBCC-8), em Viena, no dia 23 de março.

Os dados apresentados pelo Professor Christian Jackisch, demonstram pela primeira vez que o medicamento Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) administrado por uma nova via, a subcutânea (SC), permite a completa erradicação das células tumorais da mama (a chamada resposta patológica completa) que atualmente só é possível através do medicamento intravenoso. Pode representar mais conforto para as pacientes em relação ao método tradicional de aplicação na veia (i.v.), por ser uma via menos invasiva e de mais rápida aplicação: o tempo que o paciente ocupa o leito hospitalar ou da clínica passa de 30 a 90 minutos para 5 minutos. O estudo HannaH demonstra que Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) SC resultou em concentrações médias comparáveis do fármaco no sangue (farmacocinética; PK) em relação às da forma intravenosa.

“A forma subcutânea de Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) representa uma alternativa ao medicamento intravenoso e uma importante opção para tratamento de pacientes com câncer de mama positivo para HER2”, disse o Dr. Hal Barron, Diretor Médico e de Desenvolvimento Global de Produtos da Roche. “Por ser menos invasivo e levar 5 minutos para ser administrado, Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) subcutâneo é mais cômodo para as pacientes e pode reduzir os custos do tratamento em relação à forma padrão”, afirmou.

A administração SC pode permitir às pacientes permanecerem menos tempo no hospital. Esse é um dado importante para pacientes com câncer de mama inicial, já que, nesses casos, Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) é geralmente utilizado por um ano. Na forma subcutânea, não é necessário usar dose de ataque nem ajustar a posologia pelo peso, ou seja, usa-se sempre a mesma dose, independentemente do peso corporal da paciente.

Com base nos dados do estudo HannaH, a Roche encaminhou à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) a solicitação de extensão de linha de Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) SC para tratamento do câncer de mama positivo para HER2.

A Roche também está pesquisando o uso de MabTheraSímbolo de marca comercial registrada (rituximabe) por injeção subcutânea em linfoma não-Hodgkin e leucemia linfocítica crônica. No momento, o uso de MabThera

Símbolo de marca comercial registrada (rituximabe) por injeção subcutânea não está aprovado nem licenciado em qualquer mercado. A Roche pretende encaminhar a primeira solicitação de registro na UE no final de 2012.

Sobre a aplicação subcutânea

Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) SC é uma nova formulação de Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe), mais conveniente, que usa a tecnologia Enhanze

Símbolo de marca comercial , desenvolvida pela Halozyme Therapeutics, Inc. com base no excipiente inovador rHuPH20 (transportador de princípios ativos de medicamentos). O rHuPH20 facilita a distribuição do volume injetado em uma área maior e permite a aplicação subcutânea indolor de um grande volume de Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) (dose fixa de 600 mg [5ml]).

Sobre o estudo HannaH4

O estudo HannaH é um estudo multicêntrico, internacional, de fase III, randomizado, aberto. No total, foram incluídas no estudo 596 pacientes com câncer de mama inicial operável ou localmente avançado. O estudo avaliou a eficácia, a farmacocinética e a segurança de Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) SC (em frasco pronto para uso) e Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) i.v., usado como tratamento neoadjuvante–adjuvante (antes e depois da intervenção cirúrgica) de mulheres com câncer de mama inicial positivo para HER2. Em ambos os grupos, a duração total do tratamento foi de um ano. Os eventos adversos observados no estudo foram consistentes com o perfil de segurança conhecido de Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe). Não foram identificados novos sinais de segurança.

De modo geral, a incidência dos eventos adversos mais comuns (acima de 10% em cada grupo) foi comparável entre os grupos. Os eventos adversos graves (grau >3) ocorreram com frequência semelhante nos dois grupos (52 % com Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) i.v. e 51,9 % com Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) SC). Os eventos adversos cardíacos foram semelhantes nos dois grupos de tratamento: 12,1% vs. 11,4%, respectivamente, com as formas i.v. e SC. Entre os pacientes que receberam injeções SC, 11% apresentaram uma reação no local da injeção (mais comumente dor), que foi de intensidade leve em 95% dos casos.

Sobre Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe)

Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) é um anticorpo monoclonal desenvolvido para visar e bloquear a função do HER2, uma proteína produzida por um gene específico, que tem potencial cancerígeno quando se expressa além do nível habitual. Essa alteração é conhecida como “positividade para HER2” e afeta de 15 a 20% das mulheres que sofrem de câncer de mama2. O mecanismo de ação de HerceptinSímbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) é único, pois ele ativa o sistema imune e suprime a sinalização de HER2, visando e destruindo o tumor. Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) é comercializado pela Genentech, nos Estados Unidos, pela Chugai, no Japão, e internacionalmente pela Roche. Desde 1998, Herceptin

Símbolo de marca comercial registrada (trastuzumabe) já foi usado para tratar quase 1 milhão de pacientes com câncer de mama positivo para HER2, em todo o mundo.

Sobre a Roche

Com sede em Basileia, na Suíça, a Roche é uma das líderes mundiais na pesquisa de produtos para a saúde, atuando fortemente e de modo combinado nas áreas farmacêutica e de diagnóstico. A Roche é a maior empresa de biotecnologia do mundo, e tem medicamentos realmente diferenciados para as áreas de oncologia, virologia, inflamação, metabolismo e SNC. Além disso, a Roche é líder mundial em diagnóstico in vitro e no diagnóstico tecidual de câncer, e pioneira no tratamento do diabetes. A estratégia de medicina personalizada da Roche tem como foco o fornecimento de medicamentos e ferramentas de diagnóstico que possibilitem melhorias tangíveis na saúde, qualidade de vida e sobrevida dos pacientes. Em 2011, a Roche tinha mais de 80 mil funcionários em todo o mundo e investiu mais de 8 bilhões de francos suíços em P&D. O Grupo registrou vendas de 42,5 bilhões de francos suíços. A Genentech, nos Estados Unidos, é uma subsidiária integral do Grupo Roche. A Roche tem participação majoritária na Chugai Pharmaceutical, do

Japão. Mais informações: www.roche.com.

Referências

1) Ferlay J, Shin HR, Bray F, Forman D, Mathers C and Parkin DM GLOBOCAN 2008, Cancer Incidence and Mortality Worldwide: IARC Cancer Base No. 10 [Internet]. Lyon, France: International Agency for Research on Cancer; 2010. Available from: http://globocan.iarc.fr.

2) Wolff A.C et al. American Society of Clinical Oncology/ College of American Pathologists Guideline Recommendations for Human Epidermal Growth Factor Receptor 2 Testing in Breast Cancer. Arch Pathol Lab Med—Vol 131, January 2007.

3) Slamon D et al. Adjuvant Trastuzumab in HER2-Positive Breast Cancer. N Engl J Med 2011; 365:1273-83.

4) Jackisch C,Stroyakovskiy D,Muehlbauer S,et al. Subcutaneous administration of trastuzumab in patients with HER2-positive early breast cancer: Results from the Phase III randomised, open-label, multi-centre (neo)adjuvant HannaH study. 8th European Breast Cancer Conference 21?-24 March 2012, Vienna, Austria. Abstract 1BA

Brasil ajudará Líbia na retirada de minas e no combate à aids
19 de abril de 2012

No esforço de aproximar o Brasil da Líbia, o governo brasileiro decidiu fazer doações, enviar especialistas e apoiar a realização de eleições parlamentares dentro de dois meses no país. Especialistas brasileiros que vão trabalhar na desminagem (retirada de minas terrestres) seguem para Trípoli, capital líbia, nos próximos dias. Também serão enviados técnicos em identificação de armas e doações de medicamentos antirretrovirais para o combate à aids.

Nos últimos dias, o vice primeiro-ministro da Líbia, Omar Abdelkarim, conversou com a presidente Dilma Rousseff e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, além de deputados, na tentativa de obter apoio para a reconstrução da região. Nas conversas, ele disse que a prioridade do Conselho Nacional de Transição (CNT), que controla o governo provisório, é a estabilização e reorganização do país.

Do lado brasileiro, segundo assessores que acompanharam as reuniões, Abdelkarim foi informado que os especialistas em desminagem são peritos das Forças Armadas que atuaram em Angola (África) e na fronteira entre o Peru e o Equador. O vice primeiro-ministro também soube que especialistas irão à Líbia para ajudar no trabalho de identificação de armas. A ideia é que os peritos colaborem no processo de controle da proliferação de armas. Em 2003, ainda durante a gestão do ex-presidente Muammar Khadafi, a Líbia anunciou o início de um programa de não proliferação de armas na região.

O vice primeiro-ministro também foi informado pelas autoridades brasileiras que está em Trípoli um carregamento de medicamentos, no valor de R$ 1,2 milhão. Os medicamentos foram comprados por meio de uma ação conjunta de empresas brasileiras que atuam na Líbia - Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão. Com as eleições parlamentares marcadas para 23 de junho, o vice primeiro-ministro pediu o apoio dos deputados brasileiros. O deputado Adrian Mousi (PMDB-RJ) se dispôs a cooperar na realização das eleições para a Assembleia Constituinte líbia, quando serão escolhidos 200 parlamentares.

Agência Brasil

Bayer inova sem esquecer velha fórmula

Com forte presença no Brasil no segmento de agronegócios, a Bayer está reforçando suas apostas na divisão farmacêutica no país. O foco da companhia será no lançamento de produtos inovadores desenvolvidos pela multinacional alemã e também nos já consagrados - os chamados medicamentos maduros, afirmou ao Valor o presidente do grupo no Brasil Theo van der Loo.

Dona da centenária marca Aspirina, a companhia faturou R$ 4,3 bilhões no Brasil no ano passado. Deste total, a divisão CropScience (agrícola) responde por 50% das vendas. A área HealthCare (saúde) fica com 35% e MaterialScience (materiais inovadores), com os outros 15%. "A imagem da Bayer no mundo é diferente. A divisão farmacêutica responde por 50% do faturamento global. Aqui no Brasil a agricultura tem uma importância muito grande para a Bayer", disse Loo. "O que não é ruim. Para nós, é bom ter uma estrutura assim porque dividimos os riscos."

Loo não acredita que a divisão farmacêutica vá ultrapassar a agrícola de uma hora para outra, mas vê espaço para que a área de saúde ganhe mais importância no país. Para isso, a companhia prevê investimentos neste ano da ordem de R$ 143 milhões - parte desse aporte será concentrado na força de vendas e na promoção de novos medicamentos no país..

Com uma fábrica de hormônios instalada na capital paulista, a empresa produz anticoncepcionais no país e exporta o produto para cerca de 30 países, incluindo América Latina e Ásia. No ano passado, as exportações da Bayer atingiram US$ 100 milhões. Líder nesse segmento, a empresa possui cerca de 35% de participação no país.

O segmento de anticoncepcionais no país movimentou em 2011 cerca de R$ 2 bilhões, ou 160 milhões de unidades (embalagens). O país comercializa 120 marcas, a maioria medicamento similares. Os recentes lançamentos da Bayer foram o Qlaira, com hormônio natural, e o YAZ.

Em março, a companhia lançou no país o Xarelto, a grande aposta de "blockbuster" (campeão de venda) do grupo para os próximos anos. Esse medicamento, oral e de dose única diária, é indicado para a prevenção do AVC em pacientes com fibrilação atrial e para a trombose para os que passaram por cirurgia ortopédicas de grande porte (quadril e joelho). Além disso, o Xarelto está aprovado para o tratamento e prevenção da trombose e prevenção de embolia pulmonar.

O mercado dos anticoagulantes está em expansão em todo o mundo. Esse segmento movimentou US$ 6,9 bilhões em 2008 e deve atingir US$ 15,1 bilhões em 2015. A Bayer estima a receita global com o Xarelto de US$ 4 bilhões até 2020. No Brasil, a companhia acredita que esse mercado saltará dos atuais R$ 226 milhões neste ano para cerca de R$ 700 milhões em 2020, dos quais o Xarelto responderá por cerca de R$ 240 milhões. "Para nós é uma grande oportunidade porque é um mercado terapêutico onde as outras opções estão antiquadas", afirmou Loo.

Apesar do avanço dos genéricos no Brasil, a Bayer não tem interesse em investir nesse segmento no país - globalmente a empresa atua nesse setor em poucos países. A empresa não descarta, contudo, analisar o mercado de genéricos de marca (medicamento similar), sobretudo na área de cardiologia.

Outra linha de atuação da farmacêutica no país será em seus produtos já consagrados. Além dos anticoncepcionais, que respondem por quase 60% das vendas da divisão farma, o foco será em produtos MIPs (medicamentos isentos de prescrição), como o Redoxon (suplemento de vitamina C), lançado há 77 anos, Aspirina, e a pomada Bepantol, por exemplo. "A Aspirina é a Coca-Cola dos medicamentos", observou Loo.

Segundo o executivo, as pesquisas em torno da Aspirina ocorrem até hoje. "Em oncologia, há estudos que apontam que o uso da Aspirina no tratamento câncer do colo melhora a eficácia da quimioterapia. Esses estudos são tocados por universidades, não pela Bayer." O exemplo clássico é o cardio-aspirina, usado como prevenção anticoagulante.

GlaxoSmithKline lança oferta hostil de US$ 2,59 bi por Human Genome

Por Stella Fontes | Valor

SÃO PAULO - O grupo farmacêutico britânico GlaxoSmithKline lançou uma oferta hostil para aquisição da americana Human Genome Sciences (HGS), em uma operação que poderia movimentar US$ 2,59 bilhões e que foi prontamente rejeitada. Conforme o conselho da HGS, o preço proposto por ação pela Glaxo, de US$ 13 pagos à vista, “não reflete o valor inerente” à companhia.

Em comunicado emitido hoje, a HGS também informa que seu conselho de administração autorizou a busca de alternativas estratégicas em linha com os “melhores interesses” de seus acionistas, incluindo uma potencial venda da empresa — porém não limitado a esse tipo de transação.

Para auxiliar nesse processo, a companhia americana contratou o Goldman Sachs e Credit Suisse Securities. De acordo com a HGS, a Glaxo foi convidada para participar desse processo e foram solicitadas informações adicionais sobre os medicamentos em desenvolvimento pelo laboratório. “Não há garantias de que haverá alguma transação ou em quais condições”, ressalta a HGS.

(Stella Fontes | Valor)

Abbott anuncia crescimento de dois dígitos nos lucros por acção no primeiro trimestre

19/04/2012 -

O Abbott anunciou esta quinta-feira, em comunicado de imprensa, os resultados financeiros do primeiro trimestre, que terminou a 31 de Março de 2012.

Os resultados diluídos por acção, excluindo itens específicos, foram de 1.03 dólares, reflectindo um crescimento de 13,2 por cento e excedendo a previsão anterior do Abbott. De acordo com os Princípios Contabilísticos Geralmente Aceites (PCGA), os lucros diluídos por acção foram de 0.78 dólares, incluindo itens específicos, reflectindo um crescimento de 41.8 por cento.

Excluindo efeitos cambiais, as vendas globais aumentaram cerca de 6 por cento. As vendas reportadas cresceram 4,6 por cento, incluindo um efeito cambial desfavorável de 1,3 por cento.

O Abbott eleva a previsão para os lucros anuais sustentados por acção previstos para o ano de 2012, de 5.00 a 5.10 dólares por acção, ao invés de dos 4.95 para 5.05 dólares previstos, reflectindo a expectativa de mais um ano com forte desempenho.

Os resultados do primeiro trimestre incluem um ajustamento do índice de margem bruta de 61,1 por cento, um aumento de 260 pontos de base comparativamente a 2011, impulsionado pelo aumento de eficiência em algumas divisões operacionais e ao product-mix favorável.

A margem operacional ajustada aumentou 150 pontos de base ao longo de 2011, impulsionada pelo crescimento combinado das áreas de negócio de dispositivos médicos diversificados e de farmacêutica de investigação.

“O Abbott está a ter um forte início de 2012, oferecendo um crescimento sustentado de dois dígitos nos lucros por acção” afirmou," Miles D. White, presidente e CEO do Abbott. “Como resultado, estamos a aumentar a previsão para este ano. Durante o trimestre em análise, anunciámos também o lançamento de vários novos produtos e de parcerias estratégicas para reforçar o pipeline em cada uma das nossas principais áreas de negócio. Ao mesmo tempo, mantemo-nos focados no processo de separação do Abbott em duas companhias líderes em cuidados de saúde, que continua no bom caminho para ser concluída até ao fim do ano”, concluiu.

Human Genome Sciences rejeita oferta de aquisição da GSK

19/04/2012 -

A Human Genome Sciences anunciou esta quinta-feira que rejeitou uma oferta não solicitada da GlaxoSmithKline para adquirir a companhia por 13 dólares por acção em dinheiro. A Human Genome Sciences disse que, depois de rever a oferta, determinou que esta "não reflecte o valor inerente" na companhia farmacêutica, avança o site FirstWord.

A Human Genome Sciences acrescentou que o seu conselho de administração autorizou a empresa a procurar alternativas estratégicas, que podem incluir uma possível venda. A GlaxoSmithKline foi convidada a participar neste processo.

A Human Genome Sciences referiu que, em relação a isso, solicitou mais informações sobre fármacos experimentais no pipeline da GlaxoSmithKline a que tem direitos financeiros, incluindo as terapias em estágio avançado darapladib e albiglutide.

Sandoz participa do VI Congresso Brasileiro de Farmacêuticos em Oncologia em Brasília

19/04/2012 -

A Sandoz, segunda maior fabricante mundial de genéricos e pertencente ao grupo suíço Novartis, participa do VI Congresso Brasileiro de Farmacêuticos em Oncologia, que decorre de 20 a 22 de abril de 2012, no Hotel Royal Tulip, em Brasília, avança comunicado de imprensa.

A Sandoz possui experiência global na produção de medicamentos genéricos no segmento de Oncologia, com qualidade, segurança e eficácia comprovadas por estudos de bioequivalência em 130 países do mundo. No seu amplo portefólio de injectáveis conta mais de 25 produtos e robusto pipeline com mais de 20 moléculas. Actualmente existem dois ensaios clínicos em estágio avançado para o mercado americano. São eles: Neupogen

Símbolo de marca comercial registrada (filgrastim) e Neulasta

Símbolo de marca comercial registrada (pegfilgrastim), da Amgen, ambos indicados para o tratamento do cancro da mama para doentes submetidos à quimioterapia mielossupressora.

Com a presença na VI Congresso Brasileiro de Farmacêuticos em Oncologia, a Sandoz visa, através de acções e actividades contínuas, contribuir, ainda mais, para o desenvolvimento deste segmento.

O evento estima reunir cerca de 1.500 farmacêuticos em oncologia e abordará questões sobre como e porque desenvolver indicadores de qualidade na farmácia, novas tecnologias para manipulação segura de medicamentos antíneoplásticos, tratamento de pacientes geriátricos, entre outros. A empresa contribuirá com a distribuição de material técnico-científico contendo protocolo de quimioterapia e guia de extravasamento, que servem como material de apoio para desenvolvimento e aprimoramento da actividade profissional.

Roche decidiu não estender oferta pela Illumina

19/04/2012 -

A Roche decidiu não estender a sua oferta hostil de 6,8 mil milhões de dólares pela empresa de sequenciamento genético Illumina, após os accionistas do grupo norte-americano terem bloqueado o movimento da farmacêutica suíça de indicar nova administração, avança a agência Reuters.

A Roche disse que uma oferta acima dos 51 dólares por acção não seria do interesse dos seus próprios accionistas.

A oferta pela Illumina expira na sexta-feira e a Roche disse esta quarta-feira que não vai estendê-la, já que a direcção da empresa norte-americana se recusa a travar um diálogo construtivo.

"A Roche continuará a considerar opções e oportunidades para desenvolver mais o seu portefólio de negócios a fim de expandir a sua posição de liderança em diagnósticos", afirmou o CEO da empresa, Severin Schwan, em breve comunicado.

A especialista em sequenciamento genético, que diz ser a "Apple do negócio genoma", rejeitou a oferta de aquisição melhorada da Roche e tem repetidamente pedido a accionistas que votem contra as indicações da Roche.

A decisão da Roche de abandonar a sua oferta acontece enquanto accionistas da Illumina se reuniam para votar uma proposta da Roche, que visava a alteração dos estatutos da Illumina para aumentar o número de directores no conselho de administração da empresa - e indicou duas pessoas para preencher os novos lugares -, numa tentativa de conquistar a maioria do conselho de administração.

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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Como identificar um mentiroso

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Por Bernardo Staut

Os mentirosos são pegos nos mínimos detalhes. Agora, pesquisadores descobriram que o levantar de sobrancelhas e indícios de um sorriso são os sinais corporais para quem mente.

Os estudiosos descobriram quatro músculos faciais que estão ligados aos sentimentos “verdadeiros” de uma pessoa, como culpa, envolvidos em pressões emocionais.

A equipe, da Universidade de Columbia, concluiu que as expressões de surpresa e sorrisos pequenos são sinais de uma mentira.

Psicólogos comentam que a maior parte dos humanos consegue controlar os músculos faciais inferiores, mas os superiores são difíceis, e por isso estão ligados aos comportamentos involuntários.

“Nossa pesquisa sugere que os músculos da face não estão sob controle consciente completo, e certos músculos tendem a nos trair, particularmente em situações muito emocionais”, afirma a pesquisadora Leanne ten Brinke.

Os pesquisadores analisaram as expressões de 52 pessoas – metade depois se mostrou mentirosa – conforme faziam vídeos para expressar o desejo da volta de um familiar que estava longe.

No total, foram analisadas 23 mil imagens de vídeos. A equipe descobriu que mensagens falsas usavam os músculos da testa, o que dava uma expressão de surpresa. Isso também acontecia com os músculos próximos à boca, o que gerava um leve sorriso inconsciente.

“Enquanto as pessoas verdadeiras mostravam uma cara realmente sofrida, os mentirosos não conseguiam replicar a ação dos mesmos músculos”, afirma Brinke.

Mas não saia por aí descobrindo mentirosos. “Nem todos deixam vazar suas emoções verdadeiras, e alguns são melhores do que outros em adotar expressões falsas, como os psicopatas”, finaliza. [Telegraph]

10 Fascinantes fatos sobre ratos

Por Bernardo Staut

Poucas criaturas inspiram tanto nojo e medo do que os ratos. Símbolos antigos da morte e da peste, eles assustam muitas pessoas – e principalmente – desde a Idade Média. Até hoje, eles causam danos a armazéns de comida, fios elétricos, saúde pública, etc. Mas também trazem benefícios para nós, principalmente no campo da ciência. Veja aqui algumas informações que você provavelmente não sabia!

10 – Ratos da Noruega

Apesar de existirem diferentes espécies de ratos, uma das mais conhecidas no mundo são os ratos marrons ou da Noruega. Provavelmente com origem chinesa, os maiores exemplares podem chegar a pesar um quilograma. Essa espécie é uma praga em cidades como Nova York (onde algumas fontes afirmam existirem desde algumas centenas de milhares até centenas de milhões de ratos) e Londres. Os ratos albinos usados em laboratórios são versões dessa espécie.

9 – Ratos Negros

Os ratos negros já foram dominantes na Europa, mas hoje preferem os locais mais tropicais. Esse foi o vetor da famosa e terrível Peste Negra. As pulgas que viviam nas criaturas transmitiram a peste para milhões de pessoas. Eles são muito comuns hoje na Nova Zelândia, e ao contrário dos seus “amigos” marrons, eles tendem a explosões de crescimento populacional, tipicamente em épocas com boa oferta de comida.

8 – Convidados da sua casa

É quase impossível eliminar completamente os ratos da sua casa. Eles conseguem se espremer até passar pelo vão da porta. Seus dentes são mais duros que metal, e conseguem passar por coisas de madeira, por exemplo. Uma vez dentro da sua casa, são muito difíceis de serem eliminados. São espertos e bons para escapar de uma armadilha. Veneno pode ser perigoso para crianças e animais de estimação, e mesmo que eles estejam prestes a morrer, geralmente se escondem nas paredes e acabam deixando um terrível cheiro podre no ambiente.

7 – Ratos zumbis

O Toxoplasma gondii é um parasita que consegue se desenvolver apenas dentro dos gatos. Outros animais podem carregá-lo, mas ele apenas se desenvolve nos gatos. E o modo como ele passa para os gatos é um filme de terror: os ratos infectados sofrem uma mudança cerebral, e ficam atraídos, ao invés de terem medo, pelo cheiro dos felinos. É claro que eles não duram muito e acabam comidos. Humanos também são infectados pelo Toxoplasma, mas ele é perigoso apenas em algumas situações de fragilidade imunológica.

6 – Ratos são durões

A infestação de ratos pelo mundo não é derivada apenas da sorte. Eles são praticamenteo o “Rambo” do mundo animal: conseguem se adaptar em diferentes ambientes, sem muita dificuldade. Apesar da fama do camelo, os ratos aguentam mais tempo sem água do que eles. Eles podem cair de até cinco andares e sair andando. Aguentam altas doses de radiação e conseguem nadar centenas de quilômetros. Com o tempo, desenvolvem imunidade a alguns venenos. E mesmo um gato durão pode sair correndo quando aparecem alguns dos ratos maiores e dentudos.

5 – Hora da janta

Alguns gatos domésticos já perderam a habilidade de caçar ratos, mas alguns outros animais contam com eles para satisfazer os estômagos. Corujas, águias e cobras são exemplos. Cachorros treinados também podem ser bons caçadores. Humanos também podem colocá-los na dieta. Isso acontece em algumas partes da África, China e Ásia. Já imaginou que delícia, um espetinho de rato?

4 – Ratos de laboratório

A importância dos ratos nas pesquisas de laboratório é enorme. Grandes feitos foram atingidos usando esses animais. Os exemplares são modificados geneticamente para serem praticamente idênticos. Algumas manipulações geram espécies que desenvolvem diabetes tipo 1 e obesidade, por exemplo. Nos últimos tempos, alguns ratos modificados estão sendo usados para desenvolver peles e cartilagens para transplante em humanos.

3 – Ratos gigantes

Para aqueles que têm medo de ratos, essa espécie da Gâmbia é o terror absoluto. Similar na aparência ao rato da Noruega, essa versão pode crescer até atingir o peso de quase sete quilogramas. Nativo da África, serve como alimento e na detecção de minas terrestres – pela inteligência, e não pelo tamanho, que não é o suficiente para detoná-las. Apesar da aparência terrível, ele até que é amigável e tem se tornado cada vez mais um animal de estimação exótico.

2 – Máquinas de filhos

Um casal de ratos pode gerar cinco ninhadas com sete a quinze filhos em um ano, e os filhos ficam férteis na quinta semana de vida. Em um mundo hipotético, um par apenas seria capaz de produzir centenas de milhares, ou até milhões, de descendentes em apenas um ano. Essa velocidade é necessária para manter a espécie, já que raramente um rato chega até o segundo aniversário. Dependendo dos fatores ambientais, a taxa de moralidade pode chegar a 95% nas primeiras semanas de vida.

1 – Rato rei

Um rato rei é um acidente bizarro onde muitos animais ficam presos juntos pelas caudas, sem possibilidade de libertação. Vários já foram encontrados desde a Idade Média, mas muitos ainda duvidam da veracidade disso. Apesar de não ocorrer apenas na Alemanha, a maior parte desses estranhos seres foi encontrada por lá. O maior já visto era formado por 32 ratos negros mumificados, encontrados em uma lareira, em 1828. Historicamente, esse bizarro ser era enxergado como um presságio terrível de morte e doença.

[ListVerse]

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Quimioterapia durante a gravidez não afeta bebês, mostra estudo

Por MARIANA VERSOLATO DE SÃO PAULO

Mulheres que têm que enfrentar um tratamento de câncer na gravidez podem ficar mais tranquilas quanto ao risco de o bebê ser afetado pela quimioterapia.

Uma série de estudos publicados hoje no periódico "Lancet" mostra que crianças expostas à quimioterapia na gestação se desenvolvem tão bem quanto crianças da população geral.

'O médico disse que eu deveria abortar', conta decoradora

Uma em cada mil gestações é afetada pela doença, mas a tendência é que essa incidência aumente, já que mais mulheres têm deixado a gravidez para depois dos 30 e o risco de câncer aumenta com a idade.

Uma das pesquisas envolveu 68 mulheres grávidas que tiveram diferentes tipos de câncer e receberam químio, cirurgia e/ou radioterapia.

As crianças foram examinadas logo após o parto e periodicamente até os 18 anos. Os testes incluíam exames neurológicos, eletrocardiogramas, audiometrias e testes de aprendizagem, função cognitiva e atenção.

Os únicos que mostraram um atraso no desenvolvimento cognitivo foram os que nasceram prematuros e, por isso, já tinham maior risco de apresentar essa diferença.

TRATAMENTO

O tratamento da gestante com câncer precisa de cuidados a mais. A químio só deve ser feita após o primeiro trimestre para evitar o risco de malformação do bebê --antes disso, só pode ser feita a cirurgia para retirar o tumor.

A última sessão de químio deve ser feita pelo menos três semanas antes de o bebê nascer. E, como não há estudos sobre os efeitos da radioterapia, é recomendável deixá-la para depois do parto.

Segundo os autores, a estratégia de prorrogar o tratamento para depois do parto não deve ser colocada em prática, assim como antecipar o nascimento para iniciar a quimioterapia. "Isso não ajuda a mãe em nada e, pior, pode causar sequelas no bebê", diz Max Mano, coordenador do ambulatório clínico de câncer de mama na gestação do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira).

Da mesma forma, o abortamento não muda o prognóstico da mulher no caso de câncer de mama. Mas, em algumas situações mais graves, isso pode ser discutido, como em câncer de colo de útero, leucemias e linfomas.

Mano afirma ainda que o estudo vai deixar gestantes e médicos mais seguros.

"Muitos médicos têm uma posição conservadora e recomendam o abortamento."

Segundo Mano, as conclusões são tranquilizadoras. "Parte do medicamento cruza a placenta. Um dos nossos medos era de que o coração do bebê fosse afetado."

No estudo, foi observado um batimento cardíaco um pouco mais acelerado nessas crianças, mas elas não tinham arritmia ou qualquer outra anormalidade.

Mano afirma, porém, que não se sabe ainda o que vai acontecer quando essas pessoas tiverem 50 anos e um risco cardiovascular maior.

Número de transplantes mais que dobra em dez anos

Em 2011 o Brasil atingiu a marca de 23.397 transplantes, um novo recorde no setor. Em uma década, o país mais que dobrou o número de cirurgias – o aumento foi de 124% em relação a 2001, quando foram realizados 10.428 procedimentos. Acompanha este crescimento o número de doações de órgãos. Foram registradas 2.207 doações no ano passado, um avanço de 16,4% em um ano – a maior variação em quatro anos. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresenta balanço de desempenho no setor nesta quarta-feira (8), em coletiva de imprensa realizada em Brasília.

Vale lembrar que em 2011, o Brasil teve o maior aumento anual em números de transplantes da década, com 2.357 cirurgias a mais que em 2010. A média de acréscimo na década foi de 1.200 procedimentos por ano. “Atingimos um patamar importante e hoje o Brasil é uma referência. O país possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Hoje, 95% das cirurgias são realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma totalmente gratuita à população”, destaca Padilha. O SUS oferece assistência integral ao paciente transplantado, incluindo exames periódicos e os medicamentos pós-transplante. “Queremos atingir, até 2015, a meta de 15 doadores por milhão de população. Hoje, a marca é de 10 doadores”, complementa.

Neste contexto o Sistema Nacional de Transplantes, coordenado pelo Ministério da Saúde, conta com rede integrada em 25 estados e Distrito Federal, onde funcionam Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos. O investimento na manutenção e crescimento dessa rede em 2011 foi de R$ 1,3 bilhão – quatro vezes mais que o total de recursos alocados para o setor em 2003, quando foram destinados R$ 327,85 milhões.

“O aumento do número de transplantes e doações de órgãos é reflexo de estratégias de capacitação profissional que humaniza o atendimento. Esta ação também tem o propósito de expandir e melhorar a qualidade do atendimento”, concluiu o ministro.

Fonte: Agência IN

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

CANCER DE PÊNIS: Mapeamento inédito diferencia tumores de pênis,traça perfil da doença e direciona caminhos terapêuticos

imageLiderado por pesquisadores do Hospital A.C.Camargo estudo analisou o alterações genômicas e o perfil de expressão gênica de 42 pacientes com diagnóstico de câncer de pênis e observou que alterações no cromossomo 3 estão relacionadas à pior prognóstico, tumores avançados e mais risco de recidiva. Estudo visa também validar em torno de 20 genes considerados centrais como novos marcadores prognósticos ou alvos terapêuticos

Um trabalho multicêntrico liderado por pesquisadores do Hospital A.C.Camargo com participação da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e do Hospital de Câncer de Barretos analisou alterações genômicas e traçou o perfil de expressão gênica de 42 pacientes com diagnóstico de câncer de pênis, sendo a maior amostra para tal análise no mundo, reunindo homens de 24 a 91 anos com média de idade de 55 anos.

Foram utilizados dois métodos de estudo: a hibridação genômica comparativa baseada em arrays (denominada CGH-array e que utiliza DNA tumoral) e a análise da expressão gênica (RNA) nos tumores penianos em comparação com tecidos normais. Observou-se várias alterações genômicas que caracterizaram os tumores HPV (vírus do papiloma humano) positivos e negativos. Estas alterações foram consideradas como potenciais marcadores prognósticos, portanto fundamentais para determinar a forma como cada tratamento será direcionado.

As análises possibilitaram identificar o determinante papel das alterações no cromossomo 3, que foram associadas a características de pior prognóstico, culminando em mais recidivas (retorno da doença pós-tratamento) e tumores mais avançados. O estudo indicou que 30% de todos os tumores analisados eram HPV-positivos. A literatura indica que os pacientes que apresentam diferentes tipos de tumores HPV positivos respondem melhor a tratamentos, entretanto, isso não é conhecido em carcinomas de pênis. Além disso, a literatura também mostra resultados discrepantes quanto ao comportamento dos tumores HPV positivos, ou seja, se eles teriam prognóstico bom ou desfavorável.

O estudo em questão é a tese de doutorado pela Fundação Antônio Prudente/Hospital A.C.Camargo da bióloga Ariane Fidelis Busso, com orientação da bióloga e geneticista do A.C.Camargo e UNESP, Sílvia Regina Rogatto e colaboração dos patologistas Fernando Augusto Soares – que dirige a Anatomia Patológica do A.C.Camargo – e José Vassalo, da UNICAMP.

Segundo Ariane Busso apenas alguns subtipos histológicos são mais frequentemente HPV positivos, são os casos dos condilomatosos e basalóides. O tipo mais comum de HPV associado ao câncer de pênis, segundo o estudo, é o subtipo 16 (85% dos casos), um subtipo de alto risco oncogênico e comum também em tumores de colo do útero e carcinomas de orofaringe. Os pesquisadores também identificaram HPVs do tipo 18, 31, 52 e 59 (alto risco) e 40 e 81 (ambos de baixo risco).

“Observou-se que a presença de HPV está associada a alterações de moléculas específicas do sistema imune e resposta inflamatória. Isso é novidade em câncer de pênis. Relação semelhante foi descrita há mais tempo com câncer de colo do útero, que é quase 100% associado com HPV, principalmente dos subtipos 16 e 18”, destaca a pesquisadora.

De acordo com estimativas do INCA, o Brasil registra anualmente quase 5 mil novos casos de câncer de pênis, sendo assim uma das maiores incidência desta doença no mundo e embora seja sabido que os principais fatores de risco sejam falta de higiene, fimose e sexo sem proteção, pouco se sabia, até este estudo, sobre as alterações biológicas que levam ao seu desenvolvimento.

“Nossa pesquisa poderá ajudar a criar estratégias específicas e mais eficazes para o tratamento da doença. Pela característica dos genes, é possível saber quando o tumor é mais ou menos agressivo e partir para do alvo diretamente para a terapia, com drogas com potencial para inibir o seu crescimento”, explica Sílvia Rogatto.

Além das descobertas genômicas e da expressão desses genes, os pesquisadores conseguiram selecionar 20 genes alterados centrais, que estão sendo validados como alvos terapêuticos ou marcadores prognósticos. “Todo esse conhecimento permitirá manejar o câncer de pênis da melhor maneira em um futuro próximo. Os participantes do nosso trabalho têm em mente que estão contribuindo para o avanço no conhecimento”, orgulha-se a geneticista.

Com o estudo ainda em andamento, os pesquisadores visam ampliar a amostragem para mais de 50 pacientes, consolidando-a como a maior em mapeamento genômico de tumores penianos do mundo. O principal trabalho até então foi publicado por pesquisadores do INCA e da Universidade Jena, na Alemanha, em 2001 no Genes, Chromosomes & Cancer. Na oportunidade, Alves et al analisaram os perfis de 26 pacientes, porém foi utilizada uma técnica menos abrangente de análise genômica.

Sobre o Hospital A.C.Camargo - Instituição filantrópica criada em 1953 por Antônio e Carmen Prudente, o Hospital A.C.Camargo é um dos maiores centros de tratamento oncológico da América Latina. De forma integrada e multidisciplinar, atua na prevenção, diagnóstico e tratamento ambulatorial e cirúrgico dos mais de 800 tipos de câncer identificados pela Medicina, divididos em mais de 40 especialidades. A cada ano identifica e trata 14 mil novos casos da doença, com pacientes de diversas partes do país e exterior, totalizando mais de 950 mil atendimentos (consultas, exames laboratoriais e por imagem, internações, cirurgias, quimioterapia e radioterapia, entre outros). Seu corpo clínico é composto por uma equipe fechada de 403 médicos especialistas, a maior parte com mestrado e doutorado. A dedicação e interação destes profissionais em atividades interdisciplinares resulta em um tratamento com melhores índices de sucesso, só comparáveis aos observados nos maiores centros oncológicos do mundo.

Na área de ensino, o A.C.Camargo criou a 1ª Residência em Oncologia do país, em 1953, tendo formado em 2010 o seu milésimo residente. É também responsável pela formação de um em cada três oncologistas em atividade no Brasil. Sua pós-graduação, criada em 1997, é a única em um hospital privado reconhecida pelo Ministério da Educação e foi avaliada com nota máxima durante toda essa década pela CAPES, tornando-se assim, entre escolas públicas e privadas, a melhor do país em Oncologia e uma das duas melhores em Medicina. Tem a maior produção científica da área, com mais de mil trabalhos publicados na última década nas principais revistas internacionais de alto impacto. Centralizou em 2000 o Genoma do Câncer no Brasil, financiado pela FAPESP e Instituto Ludwig.

Em 2011, o Hospital foi eleito pela terceira vez uma das melhores empresas para Você trabalhar do Guia Você S/A Exame. Em 2009, o Hospital foi apontado pela edição 500 Melhores Empresas da revista Istoé Dinheiro como uma das melhores em Saúde pelo terceiro ano consecutivo e pela segunda vez consecutiva entre as 10 melhores empresas de serviços médicos do Brasil na Gestão de Pessoas, de acordo com o anuário Valor Carreira.

Mais informações ao público: www.accamargo.org.br