A Tribuna de MT
A Tribuna
Em um momento em que a Igreja Católica Romana perde acentuado espaço para as igrejas protestantes em Rondonópolis, um padre vem sendo assunto nos quatro cantos da cidade. Dentro da espiritualidade carismática, o padre João Paulo Nolli vem chamando a atenção pelas missas que realiza com oração de cura e libertação. Essas missas vêm atraindo tantas pessoas que hoje são realizadas em praça pública, com até seis mil pessoas, segundo os organizadores. O movimento tem ajudado a trazer muitas pessoas de volta à prática do catolicismo. “Não tínhamos a mínima pretensão de chegar aonde chegamos”, afirma o jovem padre.
A missa começou com um grupo de 25 pessoas e foi aumentando o público a cada mês. Na segunda missa, foram 300 pessoas; depois 500, 800, 1000, 1500, 2000, até atingir o público atual. Nesse processo, os locais da missa também tiveram de ser mudados. Primeiro, o local foi na paróquia São José Esposo. “Nessa missa, Deus colocou em meu coração que queria fazer algo mais pela paróquia e pela Igreja em Rondonópolis”, argumenta. Depois, a missa foi para a quadra do colégio CPAC e, após, para a quadra do colégio Domingos. Com os ambientes fechados não comportando mais o público, a solução foi apelar para a missa campal na praça do bairro Conjunto São José.
As missas com oração por cura e libertação do padre João Paulo começaram há quase dois anos. Há cerca de cinco meses está na praça do Conjunto São José. Apesar de ser realizada em um bairro periférico, essas missas têm atraído pessoas de todas as regiões da cidade e, inclusive, muitas pessoas de classes altas. Grande parte das pessoas que têm ido às missas vão, pela primeira vez ao local, movidos pela curiosidade. O próprio padre João Paulo reconhece isso. “Muitos vão por curiosidade e lá tem o seu encontro com Deus. Outros vão movidos pelas necessidades físicas, espirituais e emocionais. O mais lindo é que temos visto que as pessoas têm se encontrado com Deus” - afirma.
Testemunho de fé
A costureira Auta Coelho Rocha relata que foi curada de um tipo de câncer na mama. Ela conta que acompanhou o Cerco de Jericó e, ao fim, foi na missa com oração por cura e libertação. “Vim e pedi: Senhor, faça a sua vontade. Se for da sua vontade que eu seja curada, cura essa enfermidade para eu não ser operada. A minha irmã até falou em língua estranha na hora e não vi. Na hora da cura, senti um calor…” - externou.
Na sequência, foram realizados três exames em Cuiabá, mas nada de anormal foi detectado na mama. “Eu estou curada. Hoje não sinto nada. O peito está normal. Quem me curou foi Jesus Cristo, através da fé do João Paulo, da minha e de todo mundo rezou por mim. Não vou dizer que foi minha fé sozinha. Sou casada há 44 anos, tenho 30 afilhados e pela primeira vez recebi uma bênção”, disse Auta.
As missas campais com oração de cura e libertação são realizadas em toda última sexta-feira de cada mês. O padre João Paulo esclarece que o objetivo maior não é a cura ou libertação. “O objetivo é fazer com que as pessoas se encontrem com o Deus vivo. A consequência é que Deus cura fisicamente, emocionalmente e espiritualmente. Digo nas pregações: ‘posso ser curado e ir para o inferno’. Mas, não, Deus me quer salvo! Mesmo que a dificuldade bata lá em casa, o que vai fazer a diferença é se sou cheio de Deus ou não; não se sou curado do câncer” - argumenta.
Apesar do sucesso das missas com oração de cura e libertação, padre João Paulo é comedido ao falar sobre o futuro dessas missas campais. “Não tenho muita clareza sobre o que Deus tem para o futuro e, até para a santa missa. Creio que Ele ainda vai fazer muita coisa grande ainda. Mas, confesso que essa não é a minha expectativa, que isso vá durar para sempre. Chega um momento em que as necessidades são outras. E Deus suscita outras formas de chegar a seu povo” - relata. “É como se fosse uma corrente elétrica, passa, produz os seus frutos e cede lugar para uma outra inspiração do Espírito, para novas pessoas que chegam. Enquanto eu estiver aqui, vou estar fazendo isso”.
As missas com oração de cura e libertação, realizadas pelo padre João Paulo, acumulam relatos de testemunhos de pessoas que receberam bênçãos diversas. “Os testemunhos têm comprovado isso: que Deus tem se manifestado entre nós. Mas os maiores milagres não são as curas físicas. É ouvir as pessoas dizerem: padre, a minha família está restaurada, está na Igreja; meus filhos se converteram”, relata João Paulo, citando relatos de curas de cânceres, problemas na coluna, tumores incuráveis no cérebro, enxaquecas, depressão, entre outras.
O bombeiro Rogério Sousa Lisboa, 29 anos, conta que foi curado de problemas na coluna em uma missa com oração por cura e libertação do padre João Paulo. Quando era mecânico, por volta de 1996, teve mau jeito na coluna, problema que foi agravado após um touro pisar em sua costa em uma montaria de rodeio. “De lá para cá, não fui o mesmo, sempre sentindo dores”, contou, lembrando que possui mais de 10 exames de raios-x, nos quais o médico aponta dois desvios de coluna.
Rogério esteve internado no Hospital Regional, também em Cuiabá e passou inúmeras vezes no Pronto Atendimento. O sofrimento durou, segundo ele, até quando foi convidado a participar da missa por cura e libertação. “O padre disse que quem cresse e tivesse fé, seria curado dos seus problemas. Inclusive, disse que havia ali uma pessoa com problema de coluna que seria curada. Levei o meu pedido a Deus. Hoje, graças a Ele, não sinto mais nada”, argumenta. “Quem me curou foi nosso Senhor, Jesus”, acrescenta.
A apoio administrativo Josiane Ferreira Rocha, de 22 anos, informa que sofria de depressão. “Até então, só sentia vontade de morrer. Tentei me matar, estava muito mal da depressão”, lembra, acrescentando que, nesse período, acabou engravidando. “Não aceitei a gravidez. Tomei até remédio para tirar a criança, mas não consegui”, continuou. Por um período de seis meses, tomou fortes remédios controlados, até o médico lhe dizer que o feto não estava se desenvolvendo devido à medicação.
“Vim na missa e disse: Senhor, meu Deus, se for curada e minha filha nascer saudável, perfeita e sadia, nunca mais eu coloco um tipo de remédio na boca. E foi o que aconteceu: Estou curada”, repassou, explicando que prometeu ainda dar o testemunho, caso curada. “Quem me curou foi o Senhor Jesus. Tenho fé que foi o Senhor Jesus que me curou”, afirmou.
Comentários:
julio antunes - 04/11/2009
concordo plenamente com ana. vc só esqueceu de fazer uma colocação.Mesmo assim ela precisa anunciar e denunciar.caracteristicas do cristão.tem gente vendendo milagre a igreja n está na terra pra isso. Muita gente q a deixa por causa de milagres, retornarão com mãos vazias. Por isso ela n faz questão de fieis mas de qualidade, pq o q resolve lotarmos igreja, mas temos gente q só enfeita e faz numero.Sou ateu. mas creio na presença e salvação de Deus na igreja catolica. As outras? markiting e franquias.
ana maria - 04/11/2009
isso é maravilhoso e vale lembrar que a igreja não precisa de numeros, pq Jeus não quer numeros mas qualidade. independente de ter essas missas ou não , nada vai tirar da igreja o que ela é, fundada pelo Cristo e não por homens. Cada reportagem q pelo amor de Deus. Parabéns ao padre.
Carlos - 03/11/2009
Não pensem que este mérito é para as denominações religiosas, e sim, para todo aquele que tem a verdadeira "fé", Jesus disse que a fé é dom de Deus. Então nem adianta discutir, você crê, você alcança. Mas em nome de Jesús.
Selzy Quinta
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Oeste 2 em Mato Grosso, Dom Gentil Delazari, de Sinop, foi recebido em audiência pelo papa Bento 16, no Vaticano, acompanhado dos bispos de Cuiabá, Diamantino, Juína, Guiratinga, Barra do Garças, Paranatinga, Cáceres, São Félix do Araguaia. Após os bispos mato-grossenses celebrarem missa no túmulo de São Pedro - o primeiro papa -, começaram os encontros com o Sumo Pontífice. Depois, houve os encontros reservados e, em seguida, a reunião geral.