sexta-feira, 12 de junho de 2015

Riva tenta novo recurso no STF para rever decisão de ministro que barrou pedido de liberdade

Riva tenta novo recurso no STF para rever decisão de ministro que barrou pedido de liberdade

Os advogados de defesa do ex-deputado estadual José Geraldo Riva (PSD) interpuseram um pedido de agravo regimental no Supremo Tribunal Federal tentando rever a decisão do ministro Teori Zavascki que negou habeas corpus, no dia 29 de maio, ao antigo chefe do Poder Legislativo mato-grossense. O recurso foi protocolizado no dia 8 de junho.

Agravo regimental é um recurso que tem como finalidade rever medida liminar concedida ou não pelo relator ou pelo presidente do órgão. É prevista no regimento do tribunal, por isso “regimental”. A manobra jurídica foi estabelecida um dia antes da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidir, por três votos a dois, manter o ex-parlamentar preso em Cuiabá. A votação apertada o STJ será usada como ponto fundamentador no pedido de reconsideração levado ao STF.
Na tarde do dia 9 de junho Riva ainda prestou depoimento por cerca de três horas à magistrada Selma Rosa de Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, na ação responsável por decretar a prisão preventiva.
Completando o período de instabilidade vivido pelo ex-politíco, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE-MT) deflagrou, também na manhã do dia 9 de junho, a continuidade a segunda fase da 'Operação Imperador' em Mato Grosso. Equipes cumpriram decisão judicial de sequestro de bens, sendo 110 imóveis (urbanos e rurais), 31 veículos e uma aeronave dos bens dos denunciados para ressarcimento a um esquema que lesou o erário em R$ 62 mi na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso.
Riva foi preso em casa por homens do Gaeco no dia 21 de fevereiro, durante a primeira fase da Operação Imperador, que apura crimes de corrupção e desvio de dinheiro público da Assembleia Legislativa de Mato Grosso durante as gestões do ex-deputado. De acordo com as investigações, Riva teria usado empresas de fachada que venciam licitações direcionadas. O dinheiro era pago às falsas firmas e retornava ao então líder do esquema.
O esquema supostamente liderado pelo peessedista teria lesado os cofres públicos no montante de R$ 62 milhões. Em apenas um ano empresas de papelaria venderam mais de 30 mil toners à Assembleia Legislativa, apesar de a casa de Leis contar à época com apenas 150 impressoras. Além de Riva, sua esposa, Janete Riva - que atuava como secretária de Administração e Patrimônio da Casa de Leis - foi denunciada juntamente com outras 13 pessoas, entre servidores e empresários.

Por Arthur Santos da Silva \ Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

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