sábado, 24 de agosto de 2013

ALMT rompe contrato com empresa para realização de concurso público

Empresa IDP havia vencido licitação para realizar concurso para 430 vagas.
Distrato foi assinado nesta sexta (23) após denúncias e alta demanda.

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) rompeu nesta sexta-feira (23) o contrato com a empresa IDP Cursos e Projetos, que havia vencido a licitação para organizar e conduzir concurso público com objetivo de preencher 430 postos de trabalho no serviço do Poder Legislativo ainda este ano. O distrato foi assinado após denúncias de irregularidades que levaram à suspensão do edital do concurso, polêmica e adiamentos sucessivos do relançamento do edital retificado.

Nesta semana, a comissão do concurso e a empresa IDP negociaram o fim do contrato. O presidente da ALMT, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), disse ao G1 na última quinta-feira que havia uma sensação de insegurança porque a IDP jamais havia organizado um concurso público antes. Já a empresa alegou que o contrato assinado previa participação de 17 mil candidatos, mas a demanda de inscrições chegou a 50 mil.

De qualquer modo, o deputado adiantou que já estava sondando outras empresas para o concurso. Em nota publicada em seu site oficial no início da noite desta sexta-feira, a ALMT informou que em breve deve anunciar o nome da nova organizadora do certame e que na próxima semana prestará orientação aos inscritos sobre como obter o ressarcimento do valor pago para participar. O intuito do Poder Legislativo, contudo, continua sendo de realizar o concurso ainda este ano.

Suspensão
O edital do concurso foi suspenso no final de julho. Entidades como o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apontaram indícios de irregularidades e desajustes no edital: o MCCE denunciou direcionamento nas disposições do edital de forma a beneficiar servidores comissionados da ALMT; por sua vez, a OAB reclamou de não haver um edital separado para procuradores legislativos.

Pressionada pela polêmica, a ALMT resolveu suspender o edital. Desde então, uma comissão tem realizado retificações no documento de forma a atender as reivindicações e evitar mais espaço para questionamentos. A data de relançamento do edital já foi remarcada três vezes e o presidente da ALMT justificou o adiamento: “O edital já foi muito contestado e a AL está muito visada. Como é meu primeiro ato como presidente, quero total lisura e transparência neste processo”, explicou Romoaldo.

Vagas
Dentre as vagas de nível médio que devem ser preenchidas pelo certame, estão as de almoxarife, arquivista de TV, arquivista documental, auxiliar de repórter cinematográfico de TV, auxiliar técnico de TV, editor de imagens, editor de pós-produção, editor gráfico, fotógrafo, garçom, motorista, operador de áudio de TV, operador de master de TV, operador de som, operador de vídeo de TV, produtor programador de TV, radialista, secretário, serviços gerais, técnico de manutenção de TV, técnico em eletricidade, técnico em informática, técnico hidráulico e técnico legislativo de nível médio.

Já para nível superior – exceto o cargo de procurador legislativo - há vagas para administrador, analista de sistemas, arquiteto, assistente social, bibliotecário, contador, economista, editor de texto, enfermeiro, engenheiro civil, engenheiro de segurança do trabalho, engenheiro elétrico, fisioterapeuta, jornalista, pauteiro de TV, professor de espanhol, professor de inglês, professor de português, psicólogo, publicitário, repórter apresentador de TV, repórter cinematográfico de TV, revisor e técnico legislativo de nível superior.

Do G1 MT

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