Por Alessandra Neves
Conforme o vice-presidente da Associação de Produtores Rurais da Gela Suiá Missú (Aprosum) João Camelo, após visita à área, deputados disseram aos moradores que a desocupação da terra considerada indígena pela Justiça não deve ir adiante já que se trata de área produtiva onde mais de 7 mil famílias vivem há décadas.
Ainda segundo o produtor, durante audiência pública sobre o impasse, cerca de 80 índios manifestaram apoio a troca da área por uma outra maior, ofertada pelo Governo do Estado.
A comissão de parlamentares era composta por deputados de Mato Grosso e também de outros estados. Além deles, participaram da reunião no Posto da Mata, representantes do governo e da Advocacia Geral da União (AGU).
Alguns moradores da área já receberam as ordens de despejo e têm até o dia 6 de dezembro para deixarem a área de forma voluntária. A terra indígena Marãiwatsédé é disputada entre índios e não índios há pelo menos duas décadas.
Parlamentares do Estado e até mesmo o governador Silval Barbosa têm tentado sensibilizar o governo federal e o STF para a eminência de um possível conflito caso a retirada das famílias não seja suspensa.
Os moradores garantem que a região possui mais de 7 mil famílias e que elas vivem da criação de gado e plantação de grãos. No entanto, entidades que defendem a saída dos posseiros da Gleba, afirmam que esse número não passa de 1.500.
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