Por Kalixto Guimarães/Correspondente do Araguaia
O conflito instalado no centro do país, por conta da guerra do indígenato promovida pela FUNAI, que tenta de forma fraudulenta transformar em terra indígena, a “ex-fazenda do Papa,” já está chamuscando a imagem da presidenta.
A lendária Agropecuária Suiá-Missu, considerada na década de 70 e 80 do século passado como sendo uns dos maiores latifúndios do Brasil, com quase Um milhão de hectares de área continua localizada na região nordeste de Mato Grosso , se antes viveu o glamour dos grandes projetos de colonização e desenvolvimento da Amazônia legal, hoje, serve como palco de luta entre os que querem consolidar essa rica região em um promissor pólo-agropecuário e aqueles que preferem a sua africanização. Situada nos respectivos municípios mato–grossenses de São Félix do Araguaia e Alto Boa Vista, a fazenda foi propriedade dos empresários paulista; Ariosto da Riva, Orlando Ometto e por último da holding italiana Agip Petroli, na qual, o Banco Ambrosiano do Vaticano mantinha gordas ações. Daí, a reputação e as referencias feitas na imprensa da época, de ser também, denominada pomposamente de “Fazenda do Papa.”
Traçada por três rodovias federais (BRs-158-242 e 080), a área remanescente dessa imensa fazenda, uma das únicas no país que possui o registro “Torrens,” um documento imobiliário reconhecido internacionalmente, enfrenta na Justiça Federal (TRF 1º Região) um processo insidioso movido pelo MPF e a FUNAI, que perdura por vinte anos e agora, desemboca para sua fase final entrando quase que na “marra” na pauta do Supremo Tribunal Federal. O ministro Ricardo Lavenwdowisk, encarregado de fazer a relatoria do processo, que havia agendado nesta quarta feira (28/11), uma reunião com o governador de Mato Grosso, a bancada federal desse estado e a Comissão Externa da Câmara dos Deputados, que realizou na semana passada (22/11), uma vistoria técnica na área em conflito, simplesmente, suspendeu o esperado encontro alegando outros compromissos.
Contando os dias nos dedos, os produtores e moradores da área sitiados pelos soldados da Força Nacional, Polícia Federal e tropas do Exército, vivem o drama do despejo forçado que tem data limite anunciada para o próximo dia 06 de Dezembro. Prometendo resistência à ordem de desocupação, muitos acreditam que os ocupantes da área estão blefando e até parece que a presidenta Dilma Rousseff e seu staff governamental , preferem pagar para ver se realmente os produtores tem mesmo bala na agulha, coragem e disposição para enfrentar o aparato militar designado para limpar a área. Não há duvidas, a imagem da presidenta Dilma, sairá muito mais chamuscada se não houver bom senso de seu governo em suspender imediatamente tal ação. O confronto fabricado pela FUNAI, na suiá-missu e em outras regiões do país colocou em estado de alerta todos os setores produtivos do Brasil rural.
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