Por José Ribamar Trindade
Mais uma operação desastrosa da Polícia Militar. Um jovem identificado como Raul Alves Ferreira Neto, de 25 anos, foi baleado e morto. Neto era motorista, trabalhava, não usava droga e não tinha passagens pela Polícia. Duas casas foram invadidas. Um jovem teve uma bala raspando a cabeça e uma senhora de 80 anos passou mal ao ter a casa dela invadida e revirada pela Polícia Militar. “Eu atirei e assumo a bronca”, teria dito um policial que se identificou como o tenente-PM Costa Castro.
Passavam das 23 horas da noite desta terça-feira (14), quando policiais militares em três viaturas chegaram à Rua Brigadeiro Antonio Luiz, e começaram a atirar contra algumas pessoas em frente à casa de nº 142 do bairro Canjica, área central de Cuiabá.
O motorista Raul Neto sem passagens pela polícia e que nunca usou droga levou alguns tiros e morreu a caminho do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). Com os tiros, um casal e um primo de Raul que estavam conversando, correram e por pouco também não foram baleados e mortos.
Um dos homens que estava com a Polícia Militar chegou ao local apenas de short e camiseta em um Pálio Prata, mas com uma pistola na mão e se passou por policial. “Essa cara não era policial coisa alguma. Ele é louco e armou para pegar pessoas inocentes. E ele também atirou, e por pouco não atingiu um jovem com um tiro na cabeça”, disse uma testemunha que estava no local.
Armados e gritando como estivessem loucos, segundo testemunhas, os policiais militares invadiram duas casas, e depois saíram atirando nas pessoas que estavam juntas com o Raul Neto. “Nunca. Ninguém aqui tinha arma. Eles plantaram essas armas para justificar a cagada que fizeram”, desabafou um parente da vítima.
Revoltada, a comunidade do bairro Canjica pede Justiça, alegando que o rapaz que morreu não era bandido e nunca, sequer usou droga. “Os caras usaram e abusaram da violência. Uma senhora de 80 anos quase morre. Agora eles vão falar outra coisa, a não ser que o tenenete Castro assuma as palavras e repita o que falou antes, que assumiu a bronca”, concluiu outro parente da vítima.
A versão oficial da da Polícia Militar é que após denúncia de que um grupo de rapazes estava armado circulando pelo bairro, os policiais se deslocaram para a ocorrência. Os rapazes começaram a correr e a vítima, armada com um revólver acabou sendo baleada.
Segundo ainda a versão da Polícia Militar, os policiais apreenderam três armas de fogo e diversas munições em duas casas de parentes de Raul Neto. O caso será investigado por policiais da Delegacia de Homicídio e Prote4ção a Pessoa (DHPP).
Fonte: 24 Horas News
Nenhum comentário:
Postar um comentário