Por CLÁUDIO MORAES
O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) apresentou há pouco na Assembleia Legislativa um requerimento convocando, de forma oficial, o secretário estadual de Fazenda, Edmilson José dos Santos (PR), para explicar a situação das investigações envolvendo um desvio de cerca de R$ 13 milhões da conta única do Estado através do sistema BB Pag. Agora, a proposta será analisada em plenário e pode ser rejeitada até pelo fato do governador Silval Barbosa (PMDB) contar com ampla maioria no Legislativo.
Para o parlamentar tucano, o rombo pode ser maior diante do volume dos recursos que foram usados pelo sistema, cerca de R$ 380 milhões. "Acredito que as investigações chegarão a uns R$ 100 milhões diante do padrão de vida dos investigados", assinalou.
Neste momento, cerca de 100 aprovados no concurso público realizado 2010 realizam uma manifestação no plenário da Assembleia Legislativo. O prazo para chamamento do concurso vence no mês de abril e o governador Silval Barbosa (PMDB) já declarou que irá prorrogar a validade do certame por mais dois anos por falta de recursos financeiros.
O parlamentar tucano apontou que os desvios financeiros do Estado que resultaram num rombo de R$ 1,7 bilhão prejudicam a convocação dos aprovados. "Se não tivéssemos tantos escândalos, teríamos condições de chamar a maioria dos aprovados", avaliou.
Guilherme Maluf citou que as 37 pessoas envolvidas nas investigações dos desvios da Conta Única são, em sua maioria, servidores contratados através de empresas terceirizadas que prestam serviços ao Estado. "Existem bons servidores contratados, mas o comprometimento de um concursado é bem maior", salientou.
O deputado tucano apontou que os servidores terceirizados chegam a custar 300% a mais para os cofres públicos. Para exemplificar, ele revelou que o Governo de Mato Grosso paga R$ 8,4 mil para uma empresa fornecer uma pessoa para o cargo de analista júnior. Já no concurso, o salário previsto nesta mesma função é de R$ 2,4 mil.
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