terça-feira, 22 de novembro de 2011

Crime mais bárbaro do ano teve frieza, covardia e até atos de sadismo

José Ribamar Trindade - 24 Horas News


Frieza e covardia, pois foram precisos três homens armados de facas para matar uma mulher indefesa. Ganância para roubar um patrimônio construído com muito esforço por uma mulher trabalhadora e honesta. E sadismo pelo fato do marido, além de mandar matar a mulher, ainda ter ajudado a dar duas facadas, para depois ir ouvir música em som bem alto, como se nada tivesse acontecendo

Antes ele era só frio e ganancioso. Agora é frio, ganancioso, covarde e, principalmente sádico. A Polícia trabalha com a hipótese de que o empresário Damião Francisco Resende, de 33 anos, deu as duas primeiras facadas na esposa, a também empresária Ângela Cristina Peixoto da Silva, de 32 anos. Depois saiu do local e foi assistir o restante da execução ouvido música em som bem alto. Os dois acusados de participar da execução estão presos em Mato Grosso do Sul (MS).
Os dois devem chegar à Cuiabá nos próximos dias. O quarto integrante da morte de Ângela se entregou à Polícia. Ele contou que ganhou um Note-book para levar os assassinos até o local, mas foi apenas ouvido e liberado.
O delegado Anderson Veiga, da equipe de investigações da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRRFV), não descarta a participação de Damião direta no caso. Ou seja, o empresário, além de mandante, também teria ajudado a matar uma mulher trabalhadora e que era responsável pela situação financeira estável do casal, pois  todos os bens, inclusive a casa, os carros particulares, os caminhões de uma empresa de porte médio  foram adquiridos com a sua ajuda e o seu patrimônio.
O prazo para casos de flagrantes com réus presos é de dez dias, como é o caso de Damião, o  inquérito tem ser relatado e entregue à Justiça  na próxima sexta-feira (25). Até lá, segundo o delegado Anderson, a Polícia espera colher novas. Entre elas a de que o home acusado como mandante teria participado diretamente do crime.
“Verdade. Temos convicção é certeza de que o marido, não apenas encomendou o crime, como também ajudou a matar a mulher. Aguardamos pela chegada dos dois acusados presos no mato Grosso do Sul para ouvi-los. Quem sabe eles não falam a verdade”, ponderou o delegado Anderson.
O delegado Anderson também está investigando uma suspeita de que a vítima tenha deixado um seguro de vida muito alto. “Estamos investigando mais essa hipótese, Agora dependemos dos bancos”, concluiu o delegado Anderson Veiga.
O quarto acusado como co-autor na morte de Ângela. Um homem visto em um carro próximo à casa onde aconteceu o crime, no Jardim Presidente-1, região do Coxipó, em Cuiabá, se apresentou nesta sexta-feira (18)< na Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP).
Trata-se de um homem identificado apenas como Eduardo , o “Dudu”, morador do bairro Morada do Ouro, em Cuiabá, dono um veículo Golf, usado para levar ao local do crime os assassinos-confessos Maycon José Cardoso Nogueira, de 22 anos, e Daniel Paredes Ferreira, de 20 anos, presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Mato Grosso do Sul.
“Dudu” confessou que foi contratado para levar Maycon Daniel até o local do crime. Em troca ele recebeu um aparelho Note-book retirado de dentro da casa da vítima após a execução de Ângela.
 O quarto integrante do bando que matou a empresária Ângela Cristina foi ouvido em depoimento, indiciado em crime de co-autoria de homicídio, mas foi liberado. A Polícia, no entanto, pode representar por sua prisão preventiva nos próximos dias.
Não existe crime perfeito. Mas também existem casos em que até um leigo não acredita em “estórias” como a contada pelo empresário acusado de mandar matar a mulher com 17 facadas. Para completar o azar do mandante, os dois assassinos contratados praticamente se entregaram ao fazer uma ultrapassagem perigosa em uma faixa contínua quase na frente da Polícia Rodoviária Federal

A Polícia classificou o empresário Damião Francisco Resende, de 33 anos, como frio e ganancioso.  O mandante e os falsos assaltantes estão presos. O preço da “empreitada” custou R$ 3 mil, R$ 1,5 mil pago adiantado, a camionete levada com os objetos da casa para simular o latrocínio: roubo seguido de morte. “Levem tudo. Me matem, mas não façam nenhum mal à minha filha” - suplicou a vítima antes de morrer. Na casa de um dos matadores a Polícia apreendeu 13 quilos de pasta base de cocaína e destruiu um laboratório de refino de pó.
Ouvido logo após a morte da esposa, a também empresária e comerciante  Ângela Cristina Peixoto da Silva, de 32 anos, Damião não conseguiu convencer os policiais da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), muito menos os policiais da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRRFV), que iniciaram uma investigação em conjunto.
Mas foi uma ultrapassagem em faixa contínua numa das rodovias federais da cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul que desmanchou a trama macabra do crime .A Polícia suspeita que a ganância pelo dinheiro tenha sido o principal motivo do crime.
Depois da execução no Jardim Presidente, região do Coxipó, na saída de Cuiabá, os assassinos Maycon José Cardoso Nogueira, de 22 anos, e Daniel Paredes Ferreira, de 20 anos, seguiram para outro Estado, onde a camionete S-10 seria trocada por droga.
Parados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Corumbá, os dois ocupantes do veículo caíram em várias contradições e acabaram confessando que receberam o carro como pagamento de um crime de mando em Cuiabá. Como “réus-confessos”, os dois deram detalhes minuciosos de como aconteceu o crime onde a mulher foi morta com muitas facadas.
Os federais fizeram contato com Cuiabá e relataram as prisões para a DHPP e para a DRRFV. Na Capital, a Polícia foi até a casa de Maycon, no bairro Grande Terceiro, e apreenderam 13 quilos de pasta base de cocaína e destruíram um mini-laboratório montado para “batizar” a droga com produtos químicos também apreendidos.
O empresário Damião Resende estava saindo do cemitério por volta das 19 horas desta quarta-feira após sepultar a mulher em que ele é acusado de mandar matar, quando foi preso por policiais da DHPP em conjunto com policiais da DRRFV. Damião, no entanto, nega todas as acusações.
“Ele é um homem frio e nega as acusações com muita naturalidade. Tanto é verdade que nós suspeitamos que ele estava ouvindo música com o som bem alto enquanto a mulher dele estava sendo esfaqueada pelo Maycon, enquanto Daniel, que também deu algumas facadas a segurava”, relata o delegado Anderson Veiga, da DRFFV.
Além do preço cobrado para matar a empresária Ângela Cristina, crime tramado há  mais de um mês, Maycon e Daniel também receberam do mandante o controle remoto do portão eletrônico da casa da família, que não foi invadida e também não haviam quatro assaltantes conforme Damião citou no Boletim de Ocorrência (BO).
Segundo narração dos dois acusados de executar o crime, só os dois entraram pela porta da frente. A filha do casal de oito anos estava dormindo em outro quarto, e a esposa de Damião estava dormindo quando foi amarrada pelo supostos assaltantes. A crueldade aumenta à medida em que os assassinos confessam com muita frieza que pararam por alguns instantes antes de começarem a esfaquear a vítima, que implorava para que eles não fizessem nenhum mal a filha dela.
Livres das cordas, o marido, segundo a Polícia, não foi molestado em nenhum momento. “O Daniel, que também deu algumas facadas, segurou a vítima primeiro para Maycon começar a dar os golpes. As duas facas usadas no crime eram da casa e também foram apreendidas. A maior frieza foi quando os dois confessaram que pararam por alguns minutos para decidir o que fazer com a mulher que implorava para não morrer e para que não fizessem o mesmo com a filha dela”, conclui o delegado Anderson.
O empresário Damião Resende foi atuado como mandante e co-autor em homicídio triplamente qualificado. Maycon e Danile, além do homicídio, também foram autuados em crime de tráfico de drogas. Os três seguem para a Penitenciária Central do Estado ainda hoje. Só que, as investigações continuam, pois a Polícia quer saber sobre um veículo modelo Golf que teria dado cobertura aos assassinos, na chegada e na fuga.
Até então, na manhã desta quarta-feira, 16, as Polícias Civil e Militar tratavam o caso como latrocínio: roubo seguido de morte. Só que, em poucas horas o caso foi totalmente desvendado.
 

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