quarta-feira, 2 de março de 2011

CORRIDA GERAL

Caminhões não fogem da fiscalização, mas dos buracos da Rodovia dos Imigrantes

A denúncia de que caminhões estariam passando por dentro de Cuiabá para fugir da fiscalização do Trevo do Lagarto, em Cuiabá, provocou indignação dos empresários do setor de transporte: “Estamos fugindo dos buracos da Rodovia dos Imigrantes, que está em péssimas condições”, justifica o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), Dejalmo Fedrizze.

O diretor da entidade ressalta que nenhum motorista gosta de passar pelo centro de Cuiabá e que está praticamente impossível burlar a fiscalização porque para sair de Mato Grosso todo caminhão, obrigatoriamente, deve parar nos postos da Secretaria Estadual de Fazenda. “Dizer que estamos fugindo da fiscalização é um absurdo”, reage.

Sobre a Rodovia dos Imigrantes, ele conta que os 38 km de extensão estão sendo percorridos em 1 hora e 15 minutos por causa dos enormes buracos ao longo da pista e desníveis no asfalto. “Muitos ainda insistem em dizer que esses problemas são causados pelo peso dos caminhões, mas há muito tempo as transportadoras vem cumprindo com a legislação, mantendo o peso estipulado para cada tipo de carga”.

Além da demora e dos constantes problemas com os veículos (pneus e peças), a falta de manutenção da Rodovia dos Imigrantes, segundo Dejalmo, favorece a ação de assaltantes porque os motoristas tem que andar na velocidade mínima.

“Se o Governo fizer a sua parte, deixando a rodovia em condições de uso, nós seremos os primeiros a fazer um trabalho educativo para evitar a entrada de caminhões na cidade”, garante o diretor do Sindmat.

Sobre o trânsito em Cuiabá, o diretor lamenta que em 30 anos, desde que chegou aqui, não tenha percebido mudanças em sua organização. “Estávamos entusiasmados com a Perimetral Norte, mas até agora ela não foi liberada”, acrescenta, sem perspectivas de poder usar a nova pista tão cedo por conta das últimas denúncias sugerindo mal uso do dinheiro público por parte da Prefeitura.

por Sandra Carvalho

 

Transportadoras: 35% do valor do frete é gasto na manutenção dos veículos

As péssimas condições das estradas de Mato Grosso desanimam empresários do setor de transporte que calculam uma perda de 35% do lucro com a manutenção dos veículos. Além do que, reclamam que o valor do frete continua o mesmo há 10 anos.

Foto: Top News

Ari Rosa, proprietário da AWS Transportes, cuja empresa transporta grãos para todo o BRASIL, não tem dúvida que o principal problema enfrentado pelo setor é a questão das estradas. “Mato Grosso é o pior estado em termos de estradas”, analisa.

O conserto e a troca de pneus e peças são constantes porque os veículos não suportam a quantidade de buracos e desníveis nas pistas, problema que, segundo o empresário, ocorre tanto na seca quanto no período das chuvas.

“Estradas ruins significam para nós aumento do tempo do transporte, mais combustível, avarias no veículo e acidentes”, pontua  Tobias Daubian, proprietário da Locomotiva Transportes, acrescentando aqui o fato do Estado também ter o combustível mais caro do país. “Enquanto aqui o óleo custa R$ 2,15, em Santa Rita de Goiás, na fronteira com Mato Grosso, pagamos R$ 1,88”, indignado com a alíquota de 17% cobrado pelo Governo do Estado sobre o combustível.

Segundo ele, é por isso que Mato Grosso se torna cada vez mais um Estado “só de passagem” porque os veículos passam por aqui, mas evitam ao máximo o abastecimento.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), Amilton Luiz de Mendonça observa que a falta de investimentos em estradas cause prejuízos não só às transportadoras, mas a toda a sociedade porque, segundo ele, é um fator crucial que impede o desenvolvimento do Estado. “Principalmente porque em Mato Grosso ainda não existe outra alternativa de transporte, como hidrovias e ferrovias”, completa Amilton.

por Sandra Carvalho

Obra do Balneário Coxipó do Ouro continua abandonada. Galindo disse não conhecer projeto (com Video)

Sandra Carvalho e Eudes Talaveira

Lançada há três anos pela Prefeitura de Cuiabá (MT), a obra do Balneário Ponte de Ferro, continua paralisada e este, além do asfalto das estradas de acesso ao distrito do Coxipó do Ouro, a 8 km da Capital, também foi um dos motivos da manifestação feita hoje (28) por moradores da comunidade em frente a Agecopa.

Foto: E. T. (www.navegadormt.com)


Alegando que “a mãe mais velha de Cuiabá pede socorro”, a manifestação objetivou chamar a atenção do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, que despacha todas as segundas-feiras na Agecopa. “Asfalto já”, pediram os moradores ao governador, que foi esclarecido, na oportunidade, sobre o potencial turístico da região e também sobre a obra paralisada do terminal da Ponte de Ferro, de responsabilidade da prefeitura.

“Quando procuramos o prefeito Chico Galindo ele nos disse desconhecer a existência do projeto”, informou indignado o líder da manifestação, Marcos Santiago, relatando ainda a série de irregularidades na obra, hoje embargada.

Para a moradora Dirce dos Santos, “isso é revoltante”. Ela aproveitou para fazer um desabafo sobre a situação de descaso que vive o Coxipó do Ouro, local onde foi realizada a primeira missa em Cuiabá, região histórica e que atrai milhares de visitantes nos finais de semana e é palco de diversos eventos ecológicos. “Não temos estradas e isso é inadmissível”, bradou a moradora.

Há duas semanas a secretária estadual de Turismo, deputada Teté Bezerra reuniu a imprensa para anunciar investimentos de mais de R$ 300 milhões num raio de 200 km em torno de Cuiabá para a Copa 2014. “Queremos saber se o Coxipó do Ouro está incluído”, acrescentou Tomás Aquino de Oliveira, presidente da Associação de Moradores de São Gerônimo. (com http://www.navegadormt.com/)

Confira o apelo dos moradores do Coxipó do Ouro ao governador Silval Barbosa:

 

Sob risco de desabamento, escola estadual é interditada em Alta Floresta

Com sérios problemas na estrutura física e correndo risco de desabamento, a escola estadual Dom Bosco, no Jardim das Araras, em Alta Floresta,a 774 km de Cuiabá, teve um pavilhão interditado e apenas duas salas de aula estão em funcionamento. Os alunos estão reunidos no pavilhão da igreja, dentro da biblioteca e sala de informática, que foram desativadas para que o ano letivo tivesse inicio.

Segundo Vagna Martins Fernandes, diretora da escola, o problema foi informado a SEDUC - Secretaria de Estado de Educação desde 2007 quando começou a apresentar problemas. “Na verdade a gente avisou a infraestrutura da SEDUC, que é a nossa mantenedora, de que a gente não iniciaria o ano letivo caso não houvesse os reparos no telhado. Isso porque já estamos pedindo a reforma geral da escola desde 2007”, falou Vagna.

Um laudo técnico, tanto por parte de engenharia quanto por parte do Corpo de Bombeiros, é aguardado pela diretora, que já havia alertado que não iniciaria o ano letivo sem um laudo confirmando que o local oferece segurança para os alunos. “A gente está aguardando o laudo do Corpo de Bombeiros para que a SEDUC inicie as reformas”.

Enquanto o laudo não é realizado, a Associação dos Moradores do bairro ofereceu a sede para que as aulas tivessem continuidade, já que os alunos estão estudando em uma pequena área na igreja. “Talvez a única saída seja dar aulas na associação. A gente está na igreja, mas o ambiente, as salas são pequenas”, frisou Vagna, preocupada com a garantia de aprendizagem dos alunos. “Nossa preocupação enquanto gestora é de garantir os dias letivos e ensino aprendizagem dos alunos”, finalizou Vagna Fernandes. (Elisa Gund/TV Nativa/Alta Floresta)

por Sandra Carvalho

 

Moradores do Coxipó do Ouro fazem manifesto à Silval Barbosa por asfalto

Moradores de 9 comunidades da região do Coxipó do Ouro, marco do nascimento de Cuiabá, capital de Mato Grosso, fizeram uma manifestação hoje (28) pela manhã em frente a Agecopa. Eles aproveitaram a ida do governador Silval Barbosa à agência para cobrar o asfalto interligando a Rodovia Emanuel Pinheiro (de acesso a Chapada dos Guimarães) até o bairro Três Barras, cortando a vila do Coxipó do Ouro e o Arraial dos Freitas.

Foto: Sandra Carvalho

“Se o Coxipó do Ouro é a mãe de Cuiabá, não pode ser desprezada”, disse o coordenador da comissão e liderança comunitária na região, Marcos Santiago. São 27 km de asfalto que levarão mais qualidade de vida aos moradores, além de fortalecer a agricultura familiar. “Muitos jovens que tem que se deslocar diariamente até Cuiabá para estudar também serão beneficiados”, acrescentou o morador Ademir Soares Guimarães, apostando num resultado positivo à mobilização.

Foto: Sandra Carvalho

Tomás Aquino de Oliveira, presidente da Associação de Moradores do São Gerônimo, lembra que já houve uma reunião com Carlos Brito, diretor da Agecopa, mas que nada ficou definido em relação ao asfalto. Ele também reclama do abandono da região por parte da prefeitura de Cuiabá. “Somos mais de mil moradores em situação de abandono”, frisou o líder.

O governador ouviu a reivindicação dos manifestantes e prometeu ir até o Coxipó do Ouro antes do aniversário de Cuiabá (08 de abril) para conhecer o local e abrir a discussão sobre a questão do asfalto.

por Sandra Carvalho

 

Cidade de Vila Rica lidera homicídios no Estado

Vila Rica é citada enquanto município mato-grossense mais violento pelo extemporâneo e muito ultrapassado Mapa da Violência no Brasil, documento elaborado pelo Instituto Sangari (sabe-se lá por quantos milhões de reais) para o Ministério da Justiça, com base em números relativos ao ano de 2008. Essa vergonha merece ser esmiuçada pelo Ministério Público Federal, porque o governo da ex-guerrilheira Dilma Rousseff tem em mãos números mais atualizados e disponíveis nos bancos de dados oficiais graças a internet e não poderia pagar por levantamento tão defasado.

A vergonha divulgada pelo Ministério da Justiça aponta que em 2008 Mato Grosso registrou 942 homicídios (latrocínios e etc.)  sendo o 14º estado mais violento, com taxa de 11,3 mortes violentas para cada grupo de 100 mil habitantes sendo o segundo do Centro-Oeste (atrás de Goiás, com1.754).

O estado  mais violento é  Alagoas, com 60,3 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. Em ordem decrescente: Espírito Santo, com 56,4; Pernambuco, com 50,7; Pará, com 39,2; e Amapá, com 34,4.  O Piauí registrou o menor índice, com 12,4.

Entre as capitais Cuiabá (dados de 2008) é a 12ª com 42,8 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. As três capitais mais violentas: Maceió (AL), com 107,1 mortes; Recife (PE), com 85,2; e Vitória, (ES) com 73,9.

Entre os municípios mato-grossenses os10 mais violentos: Vila Rica, com 76,3 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes; Nova Bandeirantes, com 64,6; Colniza, com 53,8;  Várzea Grande, com 53,8; Arenápolis, com 53; Aripuanã, com 48,5; Confresa, com 43,6; Tabaporã, com 43,3; Cuiabá, com 42,8 e Cáceres, com 42,6 Vila Rica é o 38º município mais violento do Brasil, Nova Bandeirantes o 72º e Colniza o 114º.

Maceió  é a única capital dentre os 10 municípios mais violentos. São eles: Itupiranga (PA), com 160,6 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes; Simões Filhos (BA – região metropolitana de Salvador), com 152,6; Campina Grande do Sul (PR), com 125,5; Marabá (PA), com 125; Pilar (AL), com 110,6; Goianésia do Pará, com 109,6; Serra (ES-região metropolitana de Vitória), com 109; Maceió, com 107,1; Itapissuma (PE), com 106,8; e Guaíra (PR), com 103,6.

por Valdemir Roberto

 

UmUnDo, VaStO mUndo…

Frase da semana: “Só deixo o poder morto”. Líder líbio, Muamar Khadafi

 

CÂNCER DE OVÁRIO

Alerta importante. Cancer de Ovário, silencioso e traiçoeiro, semsintomas e sinais claros, quando do diagnóstico, usualmente já esta complicado,muitas das situações incurável, mortal.

Mas boas novas no ar. Trabalho médico raro nos dias atuais alerta e chamaa atenção, mostrando três sintomas que devem levar as mulheres suas portadorasa procurar em no máximo três semanas seu clínico, ginecologista. Dor abdominal,pélvica, “surda”, persistente, que não cede por semanas, mudança súbita noshábitos urinários, com urgência que não existia previamente à micção, edificuldade, lentificação inexplicável do ritmo alimentar, com sobras dealimento durante o almoço e jantar, são os sintomas que devemos, médicos epacientes, valorizar a partir de agora.

Por isso se já estiver sentindo algo parecido procure imediatamente seuserviço médico e esclareça, pois são sintomas precoces e como em todo caso decâncer o diagnóstico precoce é o que faz a maior diferença no sucessotratamento e consequente cura.

Olho vivo.

por Marcelo Sandrin

 

Negócio milionário: Alguns estacionamentos da cidade cobram tarifas de R$ 10/hora

O crescente aumento da frota de veículos em Cuiabá está levando a uma situação comum nas grandes metrópoles: a falta de vagas para estacionar nas principais ruas da cidade, como também no centro comercial. Se o cenário não agrada àqueles que precisam circular várias vezes pelo mesmo ponto até encontrar uma vaga isso quando não são obrigados a estacionar em locais mais distantes por outro lado acaba agradando os proprietários de estacionamentos rotativos, que fazem da atividade uma ótima fonte de lucro, um negócio com retorno garantido e baixo custo de funcionamento.

Não há um levantamento oficial, mas estima-se que somente na região central de Cuiabá existam cerca de 170 estacionamentos funcionando, disponibilizando cerca de 5,1 mil vagas disponíveis média de 30 por estabelecimento, porém, aos olhos dos motoristas, parece fábula uma oferta nesse nível, tamanha a dificuldade em encontrá-las.

Com uma taxa média de ocupação de 70% durante seis dias da semana segunda-feira a sábado o faturamento de todos os estacionamentos chega a R$ 140 mil ao dia ou R$ 3,60 milhões ao mês, considerando-se 26 dias de atividade no período. Ao ano, o setor movimenta em torno de R$ 43 milhões, valor suficiente para comprar uma frota de aproximadamente 1,7 mil carros populares a cada ano.

Os preços variam conforme a localização do estacionamento, oscilando entre R$ 1 e R$ 10 a hora. Geralmente os pontos de maior movimento do comércio e bancos costumam ser mais valorizados. Em média, os estacionamentos cobram R$ 2 para moto, R$ 3 para carro pequeno e R$ 4 para carro grande (caminhonete). Em caso de permanência por tempo superior ao prazo estabelecido, é cobrado mais um valor pela hora adicional ou extra. Geralmente, cada hora estacionada gera uma receita de R$ 4 ao proprietário do estacionamento, um faturamento diário em torno de R$ 840 só na parte rotativa.

Proprietários e administradores dos estacionamentos contam que o negócio é altamente lucrativo e fonte de renda segura. “Se considerarmos os mensalistas, com o pagamento fixo variando de R$ 100 a R$ 150 ao mês para cada carro, o lucro é bem maior”, afirma Paulo Peixoto, proprietário de um estacionamento na área central de Cuiabá. Em frente a uma padaria da cidade, na Avenida Rubens de Mendonça (Av. do CPA), o preço do estacionamento por uma hora chega a R$ 10. “Na verdade, não é uma área própria de estacionamento, mas área reservada aos nossos clientes em compra. Entretanto, como muitos estacionam e deixam o carro por um longo período, resolvemos aplicar a cobrança para afugentá-los. Mas ainda assim não está sendo suficiente e muitos preferem pagar”, diz a gerente, Neuza Urbana, da Estação do Pão.

EXPANSÃO - Estima-se que houve um aumento de 20% na procura por estacionamento, de dezembro do ano passado para cá. “A gente ainda tem como atender a demanda”, afirma o gerente José Carlos Lopes, lembrando que as pessoas preferem deixar o carro no estacionamento a rua. “Tenho recebido muita gente que não encontra vaga para estacionar na “Faixa Verde” e traz o carro porque sabe que aqui é um lugar seguro”.

Bruno e Celso Neves, sócios-proprietários do Goodway Parking Rotativo, na rua Barão de Melgaço, confirmam o aumento na procura por vagas no centro da cidade. “A nossa média é de 120 veículos por dia”, conta Bruno. No local são cobradas taxas de R$ 6 (carro grande), R$ 5 (médio) e R$ 4 (pequeno). O estacionamento tem 80 vagas disponíveis.

De acordo com funcionários de estacionamentos, o período da tarde tem maior procura por vagas no rotativo. Os momentos de pico são entre 12 e 16 horas, horários de maior movimento bancário. Normalmente, nos estabelecimentos legalizados não há seguro de proteção contra risco, roubo, arrombamento e batidas. “Mas, não são todos que oferecem, pois muitos estão irregulares”.(Diário)

por Valdemir Roberto

 

Não existe “bloco fechado” pró privatização da Sanecap

A discussão de um novo modelo de gestão para a Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) está apenas se iniciando na Câmara de Cuiabá e as insinuações de setores da imprensa de que há qualquer “bloco fechado” para a aprovação da privatização da estatal, não passa de mera especulação. Pelo menos nove vereadores se revezaram na tribuna do Plenário das Deliberações para emitir opinião, na sessão da última quinta-feira, sobre o tema e cobrar discussão sobre urgência em universalizar o abastecimento de água, ininterrupto, nos bairros da cidade.

O vice-presidente da Câmara, vereador Arnaldo Penha (PMDB), afirma que é favorável a uma ampla discussão, envolvendo a sociedade organizada, para se encontrar o melhor formato a ser implantado.

“Creio que existe, sim, um consenso de que, do jeito em que está, a Sanecap não pode continuar. Agora, isso não significa que está prestes a ser aprovada a privatização”, argumenta Penha.

Para o vereador Misael Galvão, líder do PR na Câmara, alguns defensores de interesses escussos estão “tentando pôr o carro na frente dos bois”. Ele não escondeu sua irritação com as ilações de que seria favorável à privatização da Sanecap.

“Eu sou contra a privatização!”, proclamou ele, na tribuna da Câmara. Contudo, Misael aceita discutir um novo formato, como, por exemplo, a terceirização.

O vereador Antônio Fernandes (PSDB), segundo vice-presidente da Câmara, assegura que não está “no bolso do prefeito” nem sabe de grupo de 14 vereadores favoráveis  à privatização da Sanecap. “A discussão mal começou e algumas pessoas, não se sabe com qual intenção, tentam confundir o público sobre o tema”, afirma Antônio Fernandes, que, na sessão da próxima terça-feira (01/03), fará uma nova explanação sobre o tema, na tribuna.

Em outra vertente, o vereador Deucimar Silva (PP) voltou a defender a concessão da exploração dos serviços de água e esgoto seja retomada pelo Governo de Mato Grosso. Ele recorda que, até 1998 ou 99, o sistema era operado pela Companhia de Saneamento do Estado (Sanemat). “Durante décadas a gestão foi do Estado. Portanto, não estou sugerindo nenhuma novidade. O que não pode é a população continuar sem água na torneira”, observa.

O futuro da Sanecap, segundo o vereador Clovito Hugueney (PTB), passa necessariamente por um choque de gestão ou a privatização. “Creio que é essencial discutir à exaustão, mas não podemos demorar demais com picuinhas”, avalia Clovito.

Advogado por formação, o vereador Thiago Nunes (PSDB) considera essencial que a Sanecap seja privatizada. “Em todos os lugares que o sistema foi privatizado, houve sensível melhora e investimentos maciços”, observa Nunes.

O vereador Totó César (PRTB) assegura que não está “fechado” para votar a favor da privatização. Contudo, admite que, após ampla discussão, “se for convencido com dados reais”, pode até ser favorável.
“Por enquanto, defendo apenas que haja debate com a sociedade”, avista Totó.

Os parlamentares sugerem que sejam convidados órgãos públicos e entidades da sociedade organizada, como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb), Conselho Regional de Engenharia (Crea), Sindicato dos Feirantes (Sindfeiras), Sindicato dos Taxistas (Sintac) e Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), entre outras.

por Valdemir Roberto

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