Vereador Deucimar Silva espera articulação que está sendo feita por Riva e Pedro Henry
Por ANA ROSA FAGUNDES
O vereador cuiabano Deucimar Silva (PP) deve renunciar ao mandato e assumir uma vaga de deputado estadual. Será promovido um rodízio entre quatro dos cinco deputados eleitos. O deputado José Riva, presidente da Assembleia Legislativa, e uma das principais lideranças do PP, não participará do rodízio.
Para assumir uma cadeira no Legislativo estadual, independente do tempo, o vereador precisará renunciar a seu cargo. Ele afirma que Riva e o secretário de Saúde, deputado federal licenciado Pedro Henry (PP), estão cuidando da articulação dentro do partido.
Riva afirma que ainda não conversou com os outros deputados sobre o assunto porque ainda é muito cedo. “Os deputados assumiram as cadeiras há uma semana, é até chato falar sobre isso agora, tem que dar tempo às coisas. Mas é um consenso desde a campanha de que os deputados abririam espaço para os suplentes. Só não é o momento agora, já que acabaram de entrar”, disse o deputado José Riva.
Foram eleitos pelo PP, além de Riva, Airton Português, Walter Rabelo, Antônio Azambuja e Ezequiel Fonseca. Azambuja já deixou o Legislativo para assumir a Secretaria de Esportes do governo, abrindo vaga para o primeiro suplente, Luizinho Magalhães, que renunciou ao mandato de vereador por Primavera do Leste.
Deucimar afirma que não tem pressa porque está numa posição confortável de vereador. Ele ainda conta que só renunciará ao cargo se tiver uma proposta boa do partido. “Mas o PP está muito unido, eles não vão me colocar numa fria, não vão me fazer renunciar ao cargo de vereador, no qual ainda tenho quase dois anos de mandato, para ficar apenas três meses na Assembleia”, disse o vereador.
O progressista ficou com a segunda suplência do partido. Ele considera que teve um bom resultado, com 15.781 votos, por ter participado da primeira eleição estadual. Caso deixe a Câmara Municipal, o suplente Marcos Fabrício se torna titular.
Um fato curioso é que Fabrício e Deucimar tiveram o mesmo número de votos, 3.524, mas o vereador ficou com a vaga porque é mais velho. Até o final do ano passado o progressista era o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá. Numa gestão polêmica, ele promoveu reformas do prédio da Câmara, mas também teve atritos com os colegas. Pregando a moralidade nas contas, ele realizou uma auditoria nas contas do presidente anterior, Lutero Ponce, que apontou rombo de cerca de R$ 6 milhões nos cofres do Legislativo e culminou na cassação do vereador por CPI realizada na Casa. Na Justiça ele ainda não teve o caso julgado.
Diário de Cuiabá
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