quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Consumidor é penalizado no "bife de cada dia" por causa de variação

A variação dos preços da arroba, carne no atacado e carne no varejo, demonstra que o consumidor continua pagando alto quando compra o bife de cada dia nos supermercados e açougues. Pelos dados do Instituto Matogrossense de Estudos Agropecuários (IMEA), desde meados de 2008 se nota este descolamento da variação do preço do varejo, do atacado e do produtor.

Este fato, mostrado na avaliação do ano da pecuária em Mato Grosso pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), nesta quinta-feira,  é justificado pela desigualdade no repasse dos ganhos entre os elos da cadeia, onde as duas pontas, os produtores e os consumidores, levam a pior. A variação média do preço do varejo, de janeiro a novembro de 2009, ficou em 84%, do atacado em 46% e do produtor em 39% com relação ao ano‐base (2005).

“Acreditamos que 2010 será um ano positivo para o setor da pecuária de corte, pois as exportações já retomaram os números e antes da crise e estamos produzindo de forma sustentável, com regras mais claras e aplicáveis da rastreabilidade, fator primordial para continuarmos competindo em mercados internacionais mais atraentes, como a Europa. Além disso, estamos produzindo respeitando o meio ambiente” - aposta o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.

O levantamento do Imea demonstra que Mato Grosso exportou no ano passado 185,6 mil toneladas kg/eq. carcaça, uma queda de 18,5% em relação ao mesmo período de 2008, que registrou 270,7 mil toneladas kg/eq. carcaça.

“Mesmo assim podemos dizer que foi um ano de recuperação, pois conseguimos retomar as exportações no decorrer do ano e chegar aos patamares de 2008”, disse Vacari.  Em janeiro foram embarcados apenas 7,8 mil toneladas de kg/eq. carcaça, registrando o menor volume desde fevereiro de 2005, mas esse volume exportado chegou em 18 mil toneladas de kg/eq. carcaça no mês abril.
Ele pondera ainda, que será necessário encontrar uma forma que dê segurança ao produtor “na hora de comercializar seu gado, pois a atual formula deixou um rastro de mais de R$ 120 milhões nos frigoríficos que transformaram o boi em carne e não pagou o pecuarista. Por enquanto a saída é vender o boi à vista”.

24 Horas News

Selzy Quinta

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