terça-feira, 13 de outubro de 2009

Com seleção, Campo Grande volta a sonhar com sede da Copa

Carlos Augusto Ferrari e Márcio Iannaca
Globo Esportes

Não são apenas alguns jogadores convocados por Dunga que querem aproveitar o último jogo das eliminatórias, contra a Venezuela, nesta quarta-feira, às 19h (horário de Brasília), no Morenão, para assegurar uma vaga na Copa do Mundo de 2010. Para a própria cidade, a partida vale como um teste na tentativa de manter vivo o sonho de ser uma das sedes do Mundial de 2014 e uma tentativa de pressionar Cuiabá a desistir da vaga.

- Esse jogo é importante para demonstrarmos organização e competência. Temos que agarrar essa chance com unhas e dentes. Vamos provar que temos cacife para o desafio de receber os jogos da Copa – afirmou o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), durante visita ao estádio Morenão.

Por enquanto, dirigentes do futebol e autoridades da prefeitura de Campo Grande e do governo do Mato Grosso do Sul evitam falar publicamente sobre o assunto. No entanto, o estado voltou a acreditar na escolha nas últimas semanas pelas dificuldades enfrentadas por Cuiabá para cumprir as exigências da Fifa.

A entidade que comanda o futebol não teria ficado satisfeita com o projeto de reforma do estádio Verdão. A intenção dos arquitetos é construir uma parte desmontável para reduzir a capacidade de 40 para 30 mil torcedores após o Mundial pelo pouco sucesso do futebol no estado. Mixto e Luverdense são os times melhores colocados no Campeonato Brasileiro, disputando apenas a Terceira Divisão.

Em Campo Grande, a confiança aumenta também quando o assunto é infraestrutura de Cuiabá. Além dos gastos de cerca de R$ 400 milhões com o Verdão, a cidade prevê um custo de R$ 2 bilhões para a reforma do aeroporto Marechal Rondon, atualmente bastante defasado em comparação com as exigências.

Aproveitando a presença de toda a mídia brasileira em Campo Grande pela chegada da seleção, os sul-matogrossenses garantem que possuem investidores para todas as mudanças necessárias no Morenão, em parceria com um grupo português, e até para a construção de um trem de superfície cortando a cidade, através de um acordo com empresas espanholas.

- Ficamos sabendo que Cuiabá está com dificuldades. Aqui, as coisas estão mais concretas – disse o vice-presidente da Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul, Marco Antônio Tavares, que gastou R$ 1 milhão nas reformas do estádio apenas para o jogo do Brasil.

Florianópolis, outra cidade que ficou fora das 12 sedes escolhidas, também voltou a se animar, crescendo os olhos para os problemas enfrentados por Natal para arrecadar investimentos para as obras. No mês passado, em comunicado oficial, a CBF garantiu que a FIfa não diminuirá o número de cidades, mas não se pronunciou sobre substituir alguma delas.

Comentários:

Rev - 13/10/2009 08:42:00

Cuiabá e seus dirigentes que não começem logo a mostrar serviço se quiserem mesmo realizar a copa por aqui. O grande problema não são os recursos, em primeiro lugar fica a "CORRUPÇÃO" gananciosa de gente que quer lucrar deslavadamente com a copa, e em segundo, fica a gestão de infra-estrutura, e a impressão que fica é a de que querem dar uma maquiada legal em cuiabá, somente por cima, como as obras públicas que conhecemos, podres por baixo, sem qualidade nenhuma, somente para aquele momento, passou a copa, voltará tudo a estaca zero, quem viver verá.

Selzy Quinta

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