domingo, 13 de setembro de 2009

JARAGUÁ-GO - Banco SICOOB começa com dívida de 130 mil com matriz de Goianésia

 Investimentos para instalação da nova unidade bancária consumiu 130 mil reais

O Banco SICOOB, aberto há poucas semanas em Jaraguá tem a missão de conquistar o empresário e o comerciante jaranguense para poder deslanchar. A cooperativa de crédito, que representa um grande avanço para o município, começa com uma dívida de 130 mil reais com a matriz de Goianésia, isso devido aos investimentos feitos para sua instalação. Em entrevista a Folha de Jaraguá, Paulo Lourenço da Silva gerente do banco falou sobre os desafios do SICOOB.

Foto: Rarilton Damasceno

folhadejaragua.com

Paulo Lourenço diz que o valor foi usado para montar a agência e que até o final deste ano tudo será pago a matriz de Goianésia.

Folha – Qual a expectativa do Senhor sobre o funcionamento do SICOOB em Jaraguá?

Paulo – Temos as melhores expectativas, temos trabalhado muito, pois esta cooperativa veio para ficar, veio para dar certo, pois é uma instituição financeira diferente dos bancos. Ela é do cooperado, portando, ela é nossa e trabalhará com tarifas bem reduzidas.

Folha – Qual seria a taxa dessas tarifas?

Paulo – Posso afirmar que elas são apenas o custo operacional. Dou como exemplo, o custo de uma folha de cheque, que no SICOOB custará R$ 0,25, ou seja, um talão de cheque com 20 folhas vai custar 5 reais, por isso posso afirmar que as tarifas serão reduzidas mesmo. As tarifas mais altas são aquelas repassadas pelo Banco Central, agora as nossas tarifas são reduzidíssimas.

Folha – A taxa Selic, hoje não chega a 9%, quais serão as taxas de juros praticas pelo SICOOB?

Paulo – Teremos uma taxa de 1,6% ao mês, contra até 5% em outros bancos.

Folha – Quanto uma pessoa precisa investir no SICOOB para se torna sócia?

Paulo – Pois bem, nos buscamos um grupo de sócios fundadores, serão os primeiros 50, nos colocamos uma cota de 1 mil reais, sendo que cada um compraria 10 cotas. Se tivéssemos conseguida isso daria 500 mil reais, mas, isso não impediu que o sócio comprasse uma só cota. Vale frisar que não existe cota menor do que 1 mil reais, e o limite do cooperado é de acordo com número de cota adquirida.

Folha – Qual foi processo de seleção para se chegar a esses 50 primeiros cooperados?

Paulo – Na verdade, nós visitamos 80 pessoas, para chegarmos aos 50 nomes, pois sabíamos que alguns poderiam desistir, há também daqueles que querem esperar pra ver se vai funcionar. Buscamos os novos cooperados também naquelas pessoas que eu tinha mais conhecimento, que fazia parte do meu relacionamento da época do Bradesco. Desses 80, listamos 50 e chegamos a 22 cooperados. Agora esta relação de nomes, pode ter certeza, vai crescer muito até dezembro.

Folha – A partir do dinheiro investido pelos cooperados, com quantos mil reais o SICOOB começa a trabalhar?

Paulo – Estamos começando com aproximadamente 200 mil reais, mas o valor que nós vamos trabalhar não é baseado nisso, teremos muito mais dinheiro para emprestar.

Folha – Se um empresário precisar de 1 milhão de reais para um grande projeto, a SICOOB dá conta de arrumar esse recurso?

Paulo – Veja bem, o pedido de um valor desses é repassado para as nossas instâncias superiores, pois podemos trabalhar até com um valor X, acima disso vai para o nosso departamento de crédito. Realmente, um valor desses está aquém das nossas possibilidades.

Folha – Jaraguá tentou por muitos anos ter a sua própria cooperativa de crédito, não conseguiu, diante disse cabe perguntar. É vantajoso para os jaraguenses se filiarem a cooperativa de Goianésia?

Paulo – Hoje eu diria que sim, porque para se fundar uma cooperativa leva-se no mínimo dois anos de burocracia. Daí pensamos, porque não puxar uma filiar de Goianésia, que tem três cooperativas muito boas, e foi o que os empresários decidiram. Só para fazer um comparativo, mesmo sendo uma filial, gastamos quase um ano para monta-lá.

Folha – Qual foi o investimento feito para montar o SICOOB em Jaraguá?

Paulo – Entre, reforma do prédio, compra de móveis e equipamentos, foram gastos aproximadamente 130 mil reais. Valor este, que a cooperativa matriz (de Goianésia) pagou a vista. Não devemos nada na praça, mas isso também quer dizer que nós abrimos no vermelho, pois nós devemos este valor para a matriz. E afirmo que queremos pagar tudo até o final deste ano.

Folha de Jaraguá

Selzy Quinta

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