terça-feira, 28 de julho de 2009

Servidores param atividades em Cuiabá

Cerca de 200 pessoas que procuraram ontem a sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), para resolver questões trabalhistas, não foram atendidos devido à paralisação de 24 horas realizada pelos servidores administrativos do órgão. Serviços como emissão de Carteira de Trabalho, detalhamento do seguro-desemprego e demais informações dos direitos trabalhistas foram suspensos pelos servidores que reivindicam a implantação do Plano de Cargo, Carreira e Salário (PCCS), abertura de concurso público e melhores condições de trabalho.
A vendedora Ana Paula Moreira, de 23 anos, esteve no local para dar entrada na Carteira de Trabalho, mas foi orientada a procurar novamente o órgão a partir das 8 horas de hoje, quando o atendimento será retomado normalmente, passando a funcionar até as 17 horas.
A decisão de paralisar as atividades por um dia foi em razão das mobilizações que vêm ocorrendo em 20 estados do país, em prol da reestruturação do órgão e da qualidade na prestação dos serviços. Em Mato Grosso, os 225 servidores, sendo 65 da área administrativa, contaram com o apoio do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep).
Conforme o presidente do Sindsep, Carlos Eduardo de Almeida, a paralisação foi uma forma de chamar a atenção do governo federal para as condições de trabalho enfrentadas pelos servidores. “A sede não suporta mais a demanda de atendimento realizada diariamente. São quase 300 servidores lotados no órgão, sem falar das pessoas que procuram atendimento todos os dias. O prédio não tem estrutura para comportar tanta gente. O que se pretende é buscar melhorias que possam garantir um atendimento digno à população”, disse Carlos Eduardo, informando que o prédio foi instalado em 1943.
A assistente de gabinete Eliete Domingues da Costa revelou que os dois únicos banheiros utilizados pelo público funcionam de forma debilitada. “O feminino vive entupido, quase sempre estragado, e com um mau cheiro intenso”, relatou.
De acordo com o superintendente do SRTE, Valdiney Antonio de Arruda, as reivindicações são legítimas, mas não há possibilidade da administração regional resolver a situação. “São questões que dependem de decisões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e até mesmo do Congresso”, disse, salientando que a SRTE tinha um orçamento previsto de R$ 2 milhões, mas devido a um corte feito pelo Ministério do Planejamento, de aproximadamente 40%, até o final do ano deverão ser repassados somente R$ 1,2 milhão totais. (DC)

Diário de Cuiabá

Selzy Quinta

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