Por: Alline Marques da Redação Olhar Direto
Foto: Reprodução
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Luiz Carlos Machado O ex-prefeito de Porto Alegre do Norte, Luiz Carlos Machado, preso durante Operação Pluma que combate a prática de grilagem de terras no Vale do Araguaia, já foi considerado o 5º pistoleiro mais perigoso do país. Em função disso ele prestou depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pistolagem ocorrida entre 1991 e 1993 na Câmara Federal.
Na época em que foi chamado para depor na CPI, o nome de Luiz Bang, como é conhecido, também foi envolvido com o assassinato do ex-senador Olavo Pires, morto num hotel de São Paulo, que era pré-candidato a governador de Rondônia.
Bang é apontado no inquérito da Polícia Federal como pistoleiro e responsável por desmate, venda de áreas griladas, falsificação de escrituras e ameaças. O promotor da região, Leandro Volochko, relata no processo que Luiz Bang atua desde 1994 na localidade cometendo ilícitos da espécie.
De acordo com o inquérito da PF, Luiz Bang era ligado ao grupo do sub-tenente Moreira, citado no processo, e atuava junto com Camilo de Lélis Brasileiro Pereira, envolvido no esquema. O ex-prefeito também era responsável por providenciar a escrituração falsa dos lotes.
Ainda de acordo com o processo Camilo e Luiz Bang atuam em conjunto, inclusive ameaçando juízes da região e promovendo a invasão de terras da União, havendo notícia de que pagam propina a servidor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e para agilizar a entrada na posse.
O Bang também responde por crimes de homicídios. Em 2006, ele foi julgado e absolvido no caso em que era acusado de mandar matar o ex-prefeito Rodolfo Alexandre Inácio, o Cascão, a esposa Fernanda Macruz, e o amigo Avelino Pereira Coelho, em novembro de 1988.
A absolvição, no entanto, pode ter ocorrido por Bang ter pressionado um dos jurado e ameaçado o promotor Leandro Volochko e o juiz Gerardo Umberto Júnior. A Promotoria recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
O ex-prefeito também já foi preso por exploração de trabalho escravo. Em 2003, foi processado pela prática de trabalho escravo na Fazenda Cinco Estrelas, em Mundo Novo (MT). Ele chegou a ser preso, mas solto logo em seguida.
Bang também já foi preso em flagrante por promover quebra-quebra na Câmara Municipal de Confresa em maio de 2006. No ano passado, Bang tentou voltar para Prefeitura de Porto Alegre do Norte, porém teve o registro de candidatura cassado por improbidade administrativa. O pedido foi feito pela promotora Alessandra Gonçalves.
CONFIRA A LISTA DOS ENVOLVIDOS NO ESQUEMA DE GRILAGEM DE TERRAS
.Confira a lista completa:
Gilberto Luiz de Rezende - (Chefe da organização)
Adário Carneiro Filho - (Um dos chefes da organização)
Admilson Luiz de Rezende - (Irmão de Gilberto e responsável pela vendas de terras)
Luiz Carlos Machado - (Pistoleiro e ex-prefeito de Porto Alegre do Norte)
Altamiro Schneider - (Pistoleiro)
Josemar Pereira dos Santos - (Técnico agrimensor responsavel pela medição da fazenda Suiá-missú e Bridão Brasileiro)
Elierson Metello de Siqueira - (Coronel da PM-MT)
Adalberto da Cunha de Oliveira - (Sub-tenente da PM-MT)
Adaildon Evaristo de Moraes Costa - (Ex-comandante da PM-MT)
Robson Oliveira Curi - (Capitão da PM-MT)
Wlamir Luis da Gama Figueiredo - (Major da PM-MT)
Antonio de Moura Neto - (Capitão da PM-MT)
Camilo de Lélis Brasileiro Pereira - (Pistoleiro e químico)
Jurandir de Souza Ribeiro - (Comprou terra na reserva índigena)
José Carlos de Moraes - (Grileiro)
Maristela Maranhão Fonseca - (Engenheira Agrônoma Suiá-missú)
Antonio Cezar Rocha Felipe - (Responsável pela delimitação da fazenda Suiá-missú)
Maria Elizabete G. Carvalho - (escrevente do cartório de São Felix do Araguaia)
Selzy QUinta
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