sábado, 11 de julho de 2009

Caminhões afundam no rio das Mortes Carretas despencaram de balsa na MT-236, no Vale do Araguaia, mas ninguém se feriu; dono de embarcação e motoristas dão versões diferentes

FRANCIS AMORIM Da sucursal/Barra do Garças-DC

Interativa FM

Fato aconteceu na noite de anteontem, em meio à pouca vazão de água registrada nos últimos dias em leito

Duas carretas caíram nas águas do rio das Mortes na noite de quinta-feira durante a travessia pela balsa que faz o transporte de veículos de cargas e passeios na MT-326, divisa dos municípios de Nova Nazaré e Cocalinho, na região do Vale do Araguaia. O acidente aconteceu logo depois do acionamento do rebocador da embarcação e a pouca vazão de água no leito do rio pode ter sido a principal causa. Um dos motoristas escapou ileso durante o afundamento da carreta que conduzia.
Segundo a empresa Salazar Transporte Fluvial, responsável pela operação das balsas, o procedimento de embarque foi normal, porém, como o nível das águas está baixo, os motoristas foram orientados a deslocar as carretas mais à frente, o que provocou uma leve inclinação e a entrada de água na embarcação.
No momento do acidente uma carreta trucada e um bitrem estavam na embarcação. A carreta afundou no rio das Mortes e parte do bitrem ficou preso na balsa. O motorista de uma das carretas, cujo nome não foi divulgado, estava na cabine e conseguiu sair antes que ela afundasse por completo.
“Com o peso todo na dianteira, a plataforma submergiu, provocando o acidente”, disse o empresário Dário Salazar, que aproveitou para criticar o excesso de peso dos caminhões. “As autoridades têm que tomar conhecimento disso. Os caminhões passam sobrecarregados com calcário”. Ele suspeita também que uma das carretas estava sem freio, o que pode ter contribuído para o acidente.
Porém, o acidente de anteontem já era prenunciado por motoristas. Alertas foram feitos anteriormente pelos caminhoneiros que trafegam pela MT-236. Segundo eles, cruzar o rio das Mortes é um verdadeiro desafio, mas é a única rodovia que liga o Estado à região do Calcário em Nova Nazaré e Cocalinho.
Esse foi o segundo acidente com uma balsa da Salazar no rio das Mortes. O primeiro aconteceu em maio de 2003. Na época, um caminhão caiu nas águas do rio das Mortes e a falta de manutenção da embarcação foi apontada como a causa. Desta vez, o proprietário da balsa descarta a falta de manutenção. Segundo ele, R$ 280 mil foram aplicados na reforma da embarcação para garantir a segurança dos motoristas que cruzam o rio diariamente. Ele informou que a capacidade da balsa é de 250 toneladas.

Selzy Quinta

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