Diário de Cuiabá
Lorival Fernandes/DC
Categoria, que atinge 80% do efetivo em MT, quer o reenquadramento de classes e aprovação de Lei Orgânica
JOANICE DE DEUS
Da Reportagem
Acompanhando a mobilização nacional, policiais federais cruzaram os braços ontem, por uma hora, em Mato Grosso. Em Cuiabá, o ato público aconteceu em frente à sede da Superintendência da PF, que fica na avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais (Sinpef), Erlon José Brandão de Souza, a categoria cobra o reenquadramento da terceira para a segunda classe dos policiais federais. Segundo ele, o governo federal lançou, em 2003, o edital para realização de concurso para segunda classe.
Porém, enquanto os aprovados faziam academia, o governo mudou a carreira e eles tomaram posse como terceira classe. “Isso significa um prejuízo funcional de cinco anos”, comentou. “Nós queremos que seja cumprida a lei que determina que não pode mudar o edital”, acrescentou.
Em todo país, conforme Souza, aproximadamente quatro mil policiais, entre agentes, peritos, escrivães e delegados, estão sendo prejudicados. No Estado, a medida afeta 80% dos 270 profissionais. A categoria também quer mais celeridade na tramitação da Lei Orgânica da Polícia Federal.
Para chamar a atenção do poder público, os policiais levaram faixas informando à sociedade sobre as reivindicações dos agentes, escrivães, delegados e peritos. “O protesto foi para mostrar que a categoria está unida e mobilizada”, disse Souza. Também houve manifestação em Rondonópolis, Barra do Garças, Cáceres e Sinop.
Conforme Souza, para reverter o quadro, a Federação dos Policiais Federais (Fenapef), em Brasília, move ação judicial procurando manter contato com o ministro da Justiça, Tarso Genro.
“Se o governo não acatar os pedidos não é descartada uma grave”, frisou Souza observando que, caso as negociações não avancem, novos protestos serão realizados.
Quanto à Lei Orgânica, o projeto está parado desde o início do ano no Ministério do Planejamento. Os policiais querem mais celeridade na tramitação. Após sair do Ministério do Planejamento, o projeto segue para a Casa Civil e, depois, para o Senado.
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