Paradoxos da imprensa brasileira
Publicado por Paulo Zaviasky -verpz@terra.com.br
A todo o momento, surgem provas aterradoras contra o jornalismo brasileiro, aquele descendente da ditadura.
Se não bastassem as marginalizações dos enganados pela ficção científica dos diplomas no Brasil – em todas as áreas – o jornalista aprende o paradoxo.
O estudo dos paradoxos deveria ser o nome do curso de jornalismo no Brasil. Estuda-se liberdade até a exaustão para entrar na cadeia- clausura da realidade.
Recebi inúmeras correspondências. A maioria, externando admiração pelo tema apresentado no primeiro artigo, logo abaixo, na ânsia democrática do debate cívico e extremamente atual.
Todos que elogiaram são cidadãos bem informados e que entendem o que lêem. Oito jornalistas, com diplomas, externaram que não leram e não gostaram. Houve um deles que disse que leu e não entendeu e outro, também jornalista diplomado, que afirmou que vai ficar de mal comigo por um mês inteirinho.
Querem a prova suprema, embora minúscula? Não publiquei coisa alguma desses leitores. E se publicar, vou apenas escolher aqueles que acham meu porte atlético e minha vasta cabeleira adoráveis. Psicologia de massa.
A isso, denominamos “democracia” jornalística imposta goela abaixo por alguns professores de Deus no jornalismo daqui: sempre dizem que Cuiabá é terra de cegos e como possuem um olho só, assim mesmo com catarata míope e glaucoma irreversível, fantasiam e se auto-intitulam “deuses” da comunicação social desta terra de índios bororos.
Apenas os incapazes ficam danadinhos, esperneiam, rolam no chão, xingam a mãe, falam em estilo (?), em “complicado demais para entender”, “dinossauro”... Só não falam em credibilidade. Competência é virtude. É berço. É vocação quase sacerdotal.
Vou além. A coisa mais comum e vergonhosa na imprensa brasileira, além de tudo aquilo que já registrei no primeiro artigo abaixo e outras que ainda não publiquei, mas vou publicar, é a tal de “enquete”.
É o momento em que sinto vergonha do Brasil, do Estado, da cidade, do município, do bairro, do quarteirão, da quadra, da rua e das calçadas de meu bem...
Alguns apresentadores de TV da nação anunciam que vão fazer uma enquete/pesquisa popular sobre a preferência masculina. Se os homens preferem as mulheres, os próprios homens ou um sapo na cama.
Entrevistam 20 homens onde 19 preferem o sapo e um é católico. E nós somos obrigados a engolir. Esse sapo. Nada publicam, por disfunção erétil e preferência sexual invertida, sobre todos aqueles que detestam sapos como objeto sexual.
Ou seja, traduzindo ainda mais para aqueles que nunca aprenderam interpretação de texto: puxam a brasa para suas sardinhas. Mais didático do que isso é ocupar muito espaço deste importante veiculo que prima, agora, pela racionalização e competência na comunicação social dos verdadeiros sites do futuro que já está aqui.
Na política, a mesma coisa. O assessor de imprensa de determinado político divulga essas enquetes “livres” onde seu patrão sempre tem a preferência de 99 por cento da vontade do povo.
Taí o que está acontecendo em Cuiabá onde o político rei ficção científica foi estufado tanto com assopros nos ouvidos que está boiando no ar como balão do nada sabe, nada quer, é Blairo que manda, tem que tirar novamente outras férias, ama a família, a religião e a pátria... Adotou a política fantástica do “nada faço, não estou fazendo porra alguma, porém sei fazer discurso bonito”.
Seu professor de Deus – só dele - sai entrevistando 200 e apresenta apenas os seis que aceitaram os “cincos reaul” para dizerem que apóiam e gostam do cara. Bem feito para ele. As pesquisas populares disseram que o ex-presidente Collor de Mello tinha 70 por cento quando ele nem era conhecido e o Brasil ficou conhecendo o famoso “golpe da TV Globo” a única nesta terra de Santa Cruz que sabe aplicar e manejar tão bem a psicologia de massa... Lembram-se disso?
Tudo com a participação efetiva do jornalismo “independente” não é mesmo? Com diploma e tudo. Tá chateado? Vá agora à TVCA, canal 4 de Cuiabá e publique que é contra a atitude do STF que aboliu o diploma de jornalista no Brasil.
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