quinta-feira, 25 de junho de 2009

DIPLOMA DE JORNALISTA - Senador junta 40 assinaturas para apresentar PEC que torna obrigatória exigência do diploma

Da Redação Portal IMPRENSA

O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), que na última terça-feira (23) protocolou uma Proposta de Emenda à Constituição Federal (PEC) para tornar obrigatória a exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista, já conseguiu juntar 40 assinaturas de apoio.

Para poder apresentar o PEC, eram necessárias 27 assinaturas. Segundo a Agência Brasil, a proposta de Valadares torna obrigatório o diploma para exercer o Jornalismo, além de tornar facultativa a exigência do diploma para colaboradores.

"Com todo o respeito que tenho ao Supremo Tribunal Federal, foi uma decisão equivocada. O jornalista é um profissional cujo trabalho é reconhecido. É uma tradição a legitimidade. O Brasil não pode retroceder. Como um senador socialista, não poderia deixar de recolher as assinaturas e protocolar a PEC", declarou o senador.

Com o objetivo de aperfeiçoar o texto do PEC, Valadares ainda vai solicitar que o Senado realize audiências públicas na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ), com representantes de associações e federações de jornalistas e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de estudantes e jornalistas.

No dia 17 de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) revogou, por oito votos a um, a exigência do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão.

Leia mais

- Senador vai protocolar PEC para tornar obrigatória exigência do diploma de Jornalismo

- Por oito votos a um, STF derruba obrigatoriedade do diploma de Jornalismo

  Comentários

“Diploma sim.”

Aos que creem que a profissão de jornalista não requer diploma superior, dou-lhes alguns argumentos:
- ao afirmarem que o jornalismo se faz por talento, até certo ponto é aceitável, mas, todo talento deve ser lapidado e aprimorado, com novos conhecimentos científicos, filosóficos e sociais, e isso se aprende dentro das universidades. Estudamos, durante o curso de jornalismo, a sociedade como um todo, refletimos sob a luz dos grandes pensadores os atuais problemas do mundo e, ainda mais, temos noção de normas, regras e técnicas jornalísticas, que passa pela apuração dos fatos, isenção (ou seja, não emitir opnião) e redação. Como dizia um ex-professor da faculdade, "aqui não se aprende a escrever bem, já deve vir de baixo, da escola. Aqui se forma pensadores e analistas sociais".
- eu acredito que o STF deve ter se confundido ao excluir a exigência do diploma: a liberdade de expressão e opinião indifere da liberdade de informação, até porque o jornalista trabalha justamente com a primeira, onde colhe diversas visões de um determinado fato e a transmite, através de uma reportagem, ao leitor ou telespectador. A opinião fica a cargo de quem recebe, o jornalista não pode omitir a sua opinião numa reportagem.
- Eu concordaria que o STF tivesse excluído, somente, a exigência do diploma para os comentaristas de diversas áreas, como esportes, economia, cultura, entre outras. Mas, as funções de repórter, editor, chefe de redação, noticiarista, assessoria de comunicação, redatores e afins, são de jornalistas, de preferência graduados.
- agora, se querem acabar com o diploma de jornalista, segue outro conselho: acabem também com a de advogados, pois, basta conhecer um pouco de leis e ter boa argumentação, que também posso defender uma causa num julgamento. E, talvez, me torne um ministro do STF.

Luís César Fonseca - 25/06/2009 09:55

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“Formados e forjados”

Mesmo diplomado, não pretendo comentar aqui que "RALO" muita gente que não tem diploma. Discussões com esses termos devem, "SIMPLISMENTE" (como deslizes acontecem, não?!), ser direcionadas a mesas de bar.
O problema todo em torno das discussões acerca do fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional é a confusão entre liberdade de expressão e atividade de imprensa. Jamais as pessoas foram impedidas de manifestar suas opiniões. Existem áreas dos jornais e outros veículos específicas para isso. Contudo a tarefa de construir as informações a partir de fatos da realidade exige um conhecimento que não advem apenas de uma boa escrita, mas da formação adquirida nas universidades.
Contaminado pelos nossos meritíssimos, também vou me lançar no mundo das analogias infâmes. Devemos censurar a atividade dos curandeiros ou das senhoras conhecedoras do mundo das ervas apenas pela existência dos médicos? Logicamente que não. Contudo, os conhecimentos e toda a formação técnica e humanística adquiridos nos bancos acadêmicos não se aprendem "do nada", tampouco podem ser equiparados com os de quem não os possui. Nossa atividade repercute socialmente de forma inegável. Daí a importância de quem trabalha na área ser sabedor de bases cruciais de apuração, edição, redação e, além de tudo, fundamentação ética e jornalística.
Os casos "excepcionais" devem ser tratados pelo que são, exceções. De nada adianta discorrer listas de nomes de profissionais bons, mas que não têm diploma. Também listarei uma lista de práticos da medicina para derrubar a exigência de diploma para a área. Qual a fundamentação desse argumento? Nenhuma.
Se há problemas nos cursos das Universidades, e sabemos que há, a solução é aprimorá-los para qu correspondam melhor à exigência do mercado e aos direitos da população. Porque ponto para a sociedade é informação apurada e redigida por profissional qualificado.
Tento resumir em uma frase: "O JORNALISTA É FORMADO NA UNIVERSIDADE, MAS FORJADO NO MERCADO DE TRABALHO". É uma via de mão dupla. A atividade fica vulnerável se falta uma delas.

Leo Meira - leonardo.n.meira@gmail.com - 25/06/2009 09:50

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“Julgue a si mesmo”

A Tati já disse tudo que eu pensaria em escrever, quero só lembrar que o corretor ortográfico do Word ou talvez da Olivetti do Fabrício também esqueceu de corrigir a palavra "Simplismente" ou não seria "Simplesmente"?

Paulo Teixeira - 25/06/2009 09:47

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“Esqueceu o corretor ortográfico....”

Fabrício, você esqueceu de passar o corretor ortográfico no último parágrafo. "Ediondo" é crime hediondo na língua portuguesa e "simplismente" é um erro crasso. Você devia prestar mais atenção antes de falar dos outros. Mas a vida é assim: Tá cheio de gente que acha que é professor, publicitário ou jornalista. Agora, a coisa é oficial, não é? Grandes nomes do jornalismo realmente não possuem diploma especialmente porque no Brasil, por exemplo, é uma coisa muito recente. Quando esses profissionais começaram a atuar, as faculdades não existiam aqui. Para você ter idéia, a primeira faculdade de jornalismo surgiu há um século. No Brasil, tem menos de cinquenta anos. O correto seria caminharmos para a profissionalização e não o contrário. Tanto faz se a lei é ou não da época da ditadura. Faz tanto sentido que vários jornalistas nerm sabiam que era essa a desculpa pra revogar a lei. Fora que a exigência do diploma não impede ninguém de se expressar. Além das ruas e da internet, as pessoas podem, sim, participar de qualquer meio: mas em outra categoria, como colaboradores, colunitas, comentaristas, até apresentadores... e por aí vai. Mas os trabalhos de reportagem e apuração cabem a um jornalista, teoricamente, alguém que estudou para isso. É a profissionalização: você estuda para aquilo, trabalha, recebe e tem direitos pelo seu trabalho. Como fazem os advogados, jornalistas, médicos, etc. É uma coisa definida e quadrada, não tem erro. Por que temos que ser diferentes? Somos cidadãos e trabalhadores de uma classe inferior?
Agora, como cidadã e trabalhadora como todos os outros que se formarm, tenho que voltar ao meu trabalho. Se houver algum errinho aí em cima, sorry. Somos todos humanos.

Tati - 25/06/2009 09:40

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“Aqui é um Jornalista sem diploma...”

1° - Me desculpem, mas se as pessoas que postaram comentários aí são formadas em (ou estão cursando) Jornalismo, prefiro continuar sem diploma. Um bom Jornalista não escreveria jamais palavras como as que encontrei em tais comentários ("a final", "estraordinárias", "prefero") e nem deixariam de lado a correta pontuação de seus textos. Um bom Jornalista prima por aquilo que escreve e torna público. Lê e re-lê por diversas vezes seu próprio texto em busca de erros que possam por em dúvida a sua capacidade.
2° - Ricardo Boechat, Flávio Prado, Juarez Soares, Luciano do Valle, Elí Coimbra, Milton Neves, Juca Kfouri, Jorge Kajuru e tantos outros não possuem formação em Jornalismo.
3° - A ausência do meu diploma não foi uma opção minha. Ocorre que as mensalidades das faculdades deveriam ser classificadas como Crime Ediondo. Muita gente simplismente não tem condições de encarar uma faculdade e nem por isso deixam de ser ótimos profissionais. Garanto pra vocês que eu (e outros tantos) ralo muita gente diplomada por aí...

Fabrício Nickel - nickel@motoway.com.br - 25/06/2009 02:29

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“Descalabros”

As pessoas que concordam com a não exigência do diploma não fazem ideia do que acontece fora dos grandes centros. Há cafajestes sem qualquer qualificação valendo-se de um Mtb obtido sabe-se lá por que meios fazendo verdadeiras barbaridades. Põe-se a escrever e publicar todo tipo de porcarias (difamações, acusações, ameaças) e, até que a Justiça aja, muito mal foi feito. É de se lamentar.

Selma Corrêa - 25/06/2009 01:49

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“Fim de todos os diplomas”

É isso ai pessoal! Nada de diploma pra jornalista! Que bobagem é essa de exigir a obrigatoriedade do diploma né? Já que estamos nesta linha de pensamento, proponho também o fim da obrigatoriedade do diploma de médico, engenheiro ou qualquer outra profissão, por que afinal, o que conta é o talento! Sem essa de conhecimento inútil na fculdade. É só pegar o exemplo de alguem que não teve o mínimo de instrução e agora tem sucesso: nosso querido presidente! A gente percebe seu talento nos tantos discursos de português corretíssimo e argumentos super elaborados... desse modo, nada melhor do que o total fim das umiversidades.

Bruna - 25/06/2009 00:45

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“diploma de jornalista”

ser jornalista é ser um bom profissional por isso vou continuar a lutar e terminar a minha faculdade a final sei que terei tudo aquilo que a minha profissao necessitar.

Bimbo - paulaedega86_@hotmail.com - 25/06/2009 00:09

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“"PEC pela exigência do diploma de Jornalismo"”

PrefIro uma PEC para acabar é com o Senado.
Para que serve afinal esta casa legislativa?
Só serve mesmo é para dar despesas "estraordinárias" para a nação!
ABAIXO O SENADO!!!

Nannor - gervasion@gmail.com - 24/06/2009 23:46

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“PEC pela exigência do diploma de Jornalismo conta ”

Prefero uma PEC para acabar é com o Senado.
Para que serve afinal esta casa legislativa?
Só serve mesmo é para dar despesas "estraordinárias" para a nação!
ABAIXO O SENADO!!!

Nannor - 24/06/2009 23:45

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“Recomeça a novela”

O senhor Valadares e os 40 subscritores de sua PEC estão, por acaso, esperando que nós jornalistas os tratemos com condescendência? Eu prefiro propor o fim do Senado. Pra que essa câmara de bandidos, corruptos e nefelibatas? Chega de pakhaçada. Nós jornalistas devemos definir, POR NÓS MESMOS, quem é ou não é jornalista. Mais um pouco e o senador Valadares vai propor uma PEC para revogar a Lei Áurea. Imagino que à época havia muitos que deviam considerar aquilo um retrocesso... O senhor Valadares faz parte do lobby dos donos de faculdade, os maiores defensores do nefando decreto lei do diploma.

Flavio - 24/06/2009 23:29

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“E por fim...”

Quem faz a notícia valer são os redatores, editores-chefe, diretores de redação... A estes sim... creio ser importante a diplomação.

Mauro Queiroz - 24/06/2009 23:29

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“Diploma não prova qualidade”

Acredito que as empresas serão mais criteriosas. Mas o certificado não prova capacidade. Creio que deva ser usado outro argumento. Com esse argumento a PEC não passa. Alegando que a profissão exige essa qualificação? O Boechat da band tem so 2o. grau. Há quem discuta a capacidade do homem?

Mauro Queiroz - 24/06/2009 23:26

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“Enfim uma luz em meio a arbitrariedade”

Felizmente há aqueles que entendem que a qualidade da informação, ancorada em preceitos éticos, é necessária. A formação superior em jornalismo é preceito básico para que esta premissa seja minimamente alcançada. Obviamente o simples diploma não pode garantir que seu titular aja de maneira ética, mas diante do contexto atual da sociedade - especialmente da brasileira, assolada constantemente por mazelas político-econômicas - a graduação em jornalismo é fundamental pois parte-se do princípio de que as pistas essenciais que devem nortear a profissão serão compartilhadas no espaço acadêmico, com grandes possibilidades de serem levadas ao campo de trabalho. Se se considerar que o jornalismo atua como uma representaçao do real, como impedir que pessoas sem formação na área passem a propagar informação que não seja de interesse coletivo ou, simplesmente, repleta de marcas de valoração?

Janaíne dos Santos - 24/06/2009 23:14

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“PEC pela exigência do diploma de jornalismo...”

A não obrigatoriedade do diploma de jornalismo obrigará as empresas jornalisticas a serem mais criteriosas quando da seleção de seus profissionais... A qualidade do trabalho de um jornalista não pode ser avaliada pelo seu diploma. Conheço bons profissionais que jamais cursaram uma faculdade de jornalismo e outros graduados que não conseguem sequer redigir uma pequena nota, com clareza e precisão. Obviamente que o diploma é importante, mas não deve ser obrigatório!!!!!

LINDA T. SHINODA - 24/06/2009 22:27

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“Outra vez”

Começa essa indecente novela...

César Thamagushi - 24/06/2009 19:24

Selzy QUinta

Nenhum comentário: