A audiência do Zoneamento Socioeconômico e Ambiental da região de Vila Rica, que será realizado a partir desta quinta-feira (14.05), já tem a presença confirmada da Presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, a Senadora Kátia Abreu.
A Primeira mulher a comandar a CNA, foi também a primeira a presidir uma Federação estadual de agricultura e um sindicato rural. Formada em psicologia, Kátia Abreu assumiu o trabalho no campo em 1987, quando ficou viúva e assumiu a Fazenda Aliança, no antigo norte goiano, atualmente Aliança do Tocantins. Seis anos depois, ganhou destaque entre os produtores da região ao implementar tecnologias de inseminação artificial no Tocantins.
Como conseqüência do sucesso na atividade, foi convidada a se candidatar à presidência do Sindicato Rural de Gurupi. Eleita, sua gestão ficou marcada pela modernização do sindicato, pela união dos pecuaristas e agricultores e por projetos sociais que levaram cidadania ao povo do campo, como o Projeto Sindicato no Campo. Nesta época, a exposição agropecuária de Gurupi chegou a ser a maior do Brasil em volume de negócios em leilões. Kátia Abreu trouxe para os leilões os pequenos produtores, que passaram a comercializar pequenos lotes de seus rebanhos. Dois anos depois, Kátia recebeu novo convite, para candidatar-se à presidência da Federação da Agricultura do Estado do Tocantins (FAET). Em 2005, elegeu-se Vice-Presidente de Secretaria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), cargo que antecedeu a atual posição de presidente.
Kátia Abreu sempre defendeu a tese de que os produtores são contrários ao desmatamento, mas que defendem uma reformulação do código florestal, que já possui mais de 40 anos de existência, período em que ocorreram modificações estruturais tanto no campo quanto na área rural.
A CNA direciona suas colocações ambientais sempre transparecendo a idéia de que não há uma situação de produtores rurais versus meio ambiente, e sim, produtores rurais e meio ambiente.
Em um recente depoimento ela declarou que “o Brasil é o único país do mundo capaz de matar a fome do mundo sem matar uma árvore, mas para isso os produtores terão que receber a consideração merecida”, ao salientar a importância dos agropecuaristas na composição do PIB nacional.
Para isso, seria preciso que houvesse muito bom senso na definição de leis que, segundo a CNA, "acabam por marginalizar vários produtores rurais que não conseguem cumprir uma lei que não condiz com a realidade do país".
É justamente nesta linha de raciocínio que seguem quase todos os que participarão da Audiência do ZSEE em Vila Rica. A região de Vila Rica tem grandes discrepâncias entre o Projeto de Lei que esta na Assembléia Legislativa e a realidade local.
Questões como a indicação da existência de uma zona de Pantanal, na região sul de Confresa e quase todo o município de Porto Alegre do Norte chegando até o Rio Araguaia, onde se produzem milhares de hectares de grãos, é uma destas propostas descabidas.
É válido lembrar que Vila Rica também ficou nacionalmente conhecida quando no inicio de abril produtores e população bloquearam a entrada do Frigorífico Quatro Marcos exigindo uma negociação para o pagamento de animais vendidos por produtores da região.
A CNA e outras instituições apoiaram a iniciativa que acabou sendo imitada em outras diversas regiões do pais.
Fonte: Luciano Silveira com CNA
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