Redação
A cúpula do PMDB se reuniu na quarta-feira (20), à noite, em um jantar, com representantes de 20 diretórios regionais. O prato principal foi a avaliação do cenário referente às possíveis alianças estaduais com o PT nas eleições de 2010. Dos diretórios presentes, apenas seis manifestaram resistência em dividir o palanque com os petistas.
A preocupação, no entanto, foi com o fôlego da pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o que, na avaliação de peemedebistas pode inflar a proposta para o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante a reunião - que ocorreu na casa do líder da bancada da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN) e contou com a presença do presidente da Câmara, Michel Temer (SP) -, os diretórios do Acre, Santa Catarina e Rio Grande do Sul informaram que são mínimas as chances de um entendimento com o PT. Paraná, Minas Gerais e Bahia condicionaram a união à concessão dos partidos.
A avaliação preliminar do cenário deve ser entregue na semana que vem ao presidente Lula, que tem estimulado o diálogo para diminuir conflitos em busca de candidaturas únicas dos partidos. A pressa do presidente em acertar a composição partidária nos Estados é para consolidar a aliança nacional.
O discurso oficial dos peemedebistas é que o apoio a ministra na corrida para ser a sucessora do presidente Lula está mantido. Mas longe dos holofotes eles já admitem que a luta dela contra o câncer pode prejudicar o andamento da campanha. O tratamento de quimioterapia deve durar ainda mais quatro meses e a recomendação é para que a ministra diminua o ritmo de trabalho.
Incomodados com as incertezas sobre o estado de saúde dela, dirigentes do PMDB que estavam no jantar começaram a discutir a PEC (proposta de emenda constitucional) do deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) que propõe o terceiro mandato para o presidente Lula.
Líderes do partido argumentaram que o PT não tem outro nome forte para uma eventual substituição de Dilma e que o ideal seria avançar com a proposta de mais um mandato para o petista. Barreto explicou a PEC aos correligionários e disse ter conquistado o apoio de 188 deputados. O deputado se comprometeu em ampliar o número de assinatura - são necessária 171 - e sustentou que apresenta o texto no final do mês. Segundo relato de peemedebistas, não houve resistência entre os caciques do PMDB ao texto de Barreto
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