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Nova empresa tem até 9 de junho para apresentar fusão às autoridades de defesa da concorrência
As empresas Perdigão e Sadia anunciaram oficialmente ontem acordo que prevê a união das duas companhias, criando uma empresa gigante do setor de alimentos, que recebeu o nome de Brasil Foods. Pela operação, a Sadia, que precisava se capitalizar após as perdas de R$ 2,6 bilhões com derivativos, terá suas ações incorporadas em um primeiro momento pela sociedade criada no acordo, chamada HFF Par, que posteriormente terá suas ações incorporadas pela Brasil Foods. Os grandes acionistas de Sadia (famílias Furlan e Fontana) e Perdigão (que tem controle pulverizado nas mãos de fundos, liderados pela Previ) continuarão presentes na nova sociedade.
A Brasil Foods terá até o dia 9 de junho - 15 dias úteis a partir da data de assinatura do contrato - para apresentar o negócio às autoridades do Sistema de Defesa da Concorrência. É só a partir dessa apresentação que as empresas começarão a negociar com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica o Acordo de Preservação de Reversibilidade de Operação (Apro).
Os acionistas da Perdigão ficarão com uma fatia de 68% da Brasil Foods. Os acionistas da Sadia terão participação de 32%, segundo o presidente do conselho de administração da Perdigão, Nildemar Secches. Segundo o executivo, a presidência do conselho será compartilhada entre ele e o presidente do conselho da Sadia, Luiz Fernando Furlan.
Paralelamente, a Brasil Foods realizará uma oferta pública de ações para captação de recursos no valor estimado de R$ 4 bilhões. O comunicado não menciona a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tido como um dos investidores na oferta. Segundo Secches, o banco manifestou interesse de participar da operação por meio da subscrição de ações, mas isso pode não ser necessário porque a demanda para a operação deve ser alta. "Quase metade da emissão já esta demandada pelos atuais acionistas", disse. Mesmo assim, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que a instituição provavelmente participará da oferta pública.
Fonte: AE
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