sábado, 3 de janeiro de 2009

Fazendeiro no Mato Grosso protege onças pintadas

24HorasNews

     O programa Globo Rural apresenta esta semana uma série de reportagens especiais sobre os animais que estão ameaçados de extinção. A onça pintada foi tema de um dos programas exibidos este mês.
     Para mostrar a influência do desmatamento na vida dos animais, o programa deu enfoque ao município de Alta Floresta, no norte do Mato Grosso. Está distante 800 quilômetros de Cuiabá. Na cidade, a principal fonte de renda vem da pecuária, com rebanho em torno de 700 mil cabeças de gado.
     A grandeza da boiada reflete algo que merece atenção. Segundo o INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, seis em cada 10 hectares do município já foram abertos, ou para lavouras ou para pastagens.
     Se a floresta some, quem vive nela também some. Entre eles, um dos maiores felinos das Américas: a onça-pintada. Quando adulta, alcança 2,40 metros de comprimento e pesar até 158 quilos.
     No Brasil, o animal pode ser encontrado na Mata Atlântica, no cerrado, caatinga, no Pantanal e na região Amazônica, o que inclui a cidade de Alta Floresta.
     Por esse motivo, há sete anos, a bióloga Fernanda Michalski foi para a região. Com uso de máquinas fotográficas especiais, consegue acompanhar as andanças do bicho.
     “A gente está vendo como que os animais estão percebendo a paisagem fragmentada, como a região de Alta Floresta e se elas estão utilizando essas áreas de beira de rio ou não”, explica Fernanda Michalski, bióloga.
     O trabalho compreende a uma área de dois mil quilômetros quadrados. A pesquisa revelou que existe uma onça para cada 10 mil hectares. Um sexto da quantidade existente no Pantanal.
     Só em uma fazenda são quatro mil cabeças de gado. Todo mês é certo que quatro animais serão atacados. A fazenda reage de uma forma diferente. Não se mata onça. É ordem do patrão.
     “Ele não aceita de jeito nenhum matar. Ele protege muito elas, nunca deixou matar”, revela Osmano Souza Porto, capataz.
     “É muito importante que as presas naturais sejam preservadas para que a onça não seja forçada a atacar o gado doméstico”, explica a bióloga.
     Seu Geraldo é um exemplo de mudança. Ele foi caçador de onça durante 30 anos, mas hoje é assistente da bióloga. “A gente vai se conscientizando de que tem que preservar. A verdade é essa, porque antes a gente não tinha essa consciência e matava mais por instinto mesmo", afirma Geraldo Correia Araújo, assistente da bióloga Fernanda.

 

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