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A denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Paulo Leão, seu sócio Paulo Lessa, o ex-secretário de Segurança Pública Carlos Brito e mais quatro pessoas revela o que muitos já sabiam: a desenvoltura com que Leão transitava pela esfera política e administrativa no governo Blairo Maggi.
Segundo a promotora Ana Cristina Bardusco Silva, vários documentos e depoimentos de testemunhas revelaram que “Paulo Leão transitava com desenvoltura por diversos órgãos públicos, sempre administrando, clandestinamente, os interesses das empresas as quais estava vinculado”.
Segundo Bardusco, as testemunhas foram praticamente unânimes em atribuir essa “desenvoltura” à amizade entre Leão e Luz Antônio Pagot, que desempenhou uma espécie de papel de coringa durante a maior parte da gestão de Blairo Maggi, ocupando secretarias estratégicas como as da Casa Civil, Educação e Sinfra.
Aluguel e conta de energia
Em sua denúncia, a promotora cita: “(...) esta desenvoltura era fruto da longa amizade que (Paulo Leão) mantém com o ex-Secretário de Estado Luiz Antônio Pagot, sendo que a filha de Leão, Franciele Leão, o acompanhou em várias pastas que ocupou, na condição de assessora, a saber na Sinfra e Educação, conforme consta as fls. 841/844”.
Outro fato bastante significativo, segundo o Ministério Público Estadual, foi o lembrete encontrado numa agenda de Leão, na Braserv. “Ilustrando os estreitos laços entre Pagot e Paulo Leão, aponta o encontro, na anotação da agenda usada pela secretária da empresa Braserv, do lembrete para efetuar o pagamento do aluguel e da conta de energia do Pagot – CID IMÓVEIS (fls. 63 do Anexo XIV)”, consta da denúncia.
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