Em palestra realizada na APCB - Associação dos Profissionais Chineses no Brasil - a consultoria brasileira apontou as oportunidades de investimentos no País.
- A MA8-MCG ressaltou que já há investidores chineses recuando perante dificuldades e burocracia para entrar no País. Com isso o Brasil corre sérios riscos de perder investimentos asiáticos, em detrimento de outros países em desenvolvimento, porém menos atrativos.
“Como investir corretamente no Brasil”. Este foi o tema da palestra da MA8 Management Consulting, realizada na última semana para a APCB – associação formada por um grupo exclusivo de executivos e representantes de empresas e instituições chinesas no País. O encontro foi realizado a convite de Yue Haiping, presidente da APCB e a apresentação foi conduzida por Orlando Merluzzi, presidente da MA8-MCG. O executivo alertou para os erros cometidos por newcomers ao entrarem no mercado brasileiro e apontou as formas corretas de evitar os riscos e armadilhas que não são exclusivas do Brasil, mas também estão presentes em outros países em desenvolvimento no mundo.
Durante sua apresentação aos executivos chineses, Merluzzi destacou as principais características da economia brasileira, chamando atenção sobre os aspectos positivos que existem no País para novos investidores. Demonstrou ainda projeções de dependência da relação comercial entre Brasil e China e oportunidades de investimentos em setores estratégicos como, por exemplo, energia e infraestrutura, agricultura e pecuária, automotivo, transportes, logística, além de telecomunicações e outros. O consultor tem uma visão positiva para o ambiente de negócios no País, principalmente após o anúncio da nova equipe econômica do Governo. “O Brasil voltará a apresentar crescimento a partir do segundo semestre de 2015, mas especialmente a indústria automotiva brasileira deverá voltar a crescer somente se a China confirmar o segundo ciclo de crescimento, a partir de 2016”, afirma.
Entraves para investir no Brasil
Por outro lado, Orlando Merluzzi alerta que muitas empresas que tentam entrar no Brasil, estão desistindo da estratégia inicial e redirecionando seus investimentos para países como México, Indonésia e Turquia. O executivo afirma que decisões equivocadas, muitas vezes tomadas por informações incorretas ou pela falta delas, aliando outros fatores como receio da burocracia brasileira, desconhecimento da legislação local e também, por acordos firmados com parceiros comerciais locais sem vocação para o negócio, vem sendo os grandes responsáveis pela desistência ou desmotivação dos investidores.
Na opinião de Merluzzi, “a imagem do Brasil está um pouco arranhada, principalmente na Ásia, pela dificuldade que muitas empresas asiáticas encontram para fazer negócios no País”, completa. Além disso, o consultor alerta que as diferenças culturais precisam ser trabalhadas antes do lançamento de um novo empreendimento asiático no Brasil.
No primeiro semestre de 2015, o presidente da MA8 conduzirá um seminário na China para investidores e empresários daquele país, com a finalidade de atrair investimentos para o Brasil. “O objetivo é explicar aos chineses que, o que a eles parece uma grande dificuldade, pode ser um desafio fácil de vencer caso a estratégia seja planejada corretamente”, afirma o consultor. Merluzzi complementa que além dos negócios envolvidos no tema, a consultoria se preocupa com a fuga de investimentos para outros países e atua no sentido de trazer de volta a intenção e a decisão de investir no Brasil.
Recentemente a MA8 anunciou a abertura de um braço de negócios na China denominado “China Desk”, com a finalidade de auxiliar empresas chinesas a se instalar no Brasil, maximizando oportunidades de negócios e gerenciando riscos de forma a motivar e viabilizar a entrada de investimentos estrangeiros no País. Além disso, visa evitar que estratégias equivocadas possam desapontar investidores e redirecioná-los para outros países menos atrativos do que o Brasil.
Além de novas fronteiras asiáticas, a MA8 é uma empresa de consultoria que atua no Brasil para empresas locais, europeias e norte-americanas, em estratégia de gestão, reestruturação de negócios, planejamento de operações comerciais, governança corporativa, análise de investimentos e planos de expansão.
São Paulo, 08 de Dezembro de 2014.
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Orlando Merluzzi
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