Tudo era para estar em um clima de pura festa à espera de mais uma Copa do Mundo de Futebol. No entanto, uma série de dúvidas e incertezas pairam sobre pontos cruciais faltando exatos 16 dias para o começo da Copa do Mundo no Brasil.
Primeiramente, um dos aspectos mais criticados diante da realização do Mundial foi a priorização de investimentos em estádios e estruturas esportivas em detrimento de investimentos em áreas cruciais, como hospitais, rede de saúde, segurança pública e serviços públicos.
A realidade mostrou que muitas obras previstas para a Copa do Mundo tiveram custos finais muito superiores aos inicialmente traçados. Algumas das obras, inclusive, apontam indícios de irregularidades. O pior é que na maioria das cidades sedes do Mundial grande parte das obras de infraestrutura e mobilidade urbana não foi concluída.
Um bom exemplo disso é nossa capital Cuiabá, que se tornou uma vergonha para a Copa do Mundo de Futebol, com expressivas e importantes obras de mobilidade urbana inconclusas ou com qualidade duvidosa. Até as obras de modernização e ampliação do aeroporto de Várzea Grande não serão concluídas para o Mundial.
Nem mesmo o setor de segurança das cidades sedes contou com avanços adequados. Os turistas vão chegar nas sedes do Mundial tendo de enfrentar o medo da violência das cidades brasileiras, com casos corriqueiros de furtos, roubos e assassinatos. Há até quem diga que o número de turistas que virão com o evento não justificará tamanhos investimentos feitos em prol da Copa do Mundo.
Ademais há uma insatisfação da sociedade brasileira com o momento político e econômico vigente no Brasil, com muita corrupção, muita burocracia e pouco retorno aos contribuintes. Inclusive, há uma preocupação com uma grande onda de protestos populares antes e durante a Copa do Mundo, com tendência de tumultos.
Tudo isso acende a luz amarela tendo em vista à chegada do Mundial de futebol no Brasil. A situação realmente inspira cuidados por todos. Por isso, vamos esperar que, apesar dos pesares, esta seja uma Copa da liberdade de expressão, de debates sadios e do patriotismo, sem esquecer o respeito aos bens públicos, à ordem pública e ao próximo.
Tomara que esta não seja uma Copa de lembranças amargas ou lamentáveis!!!
Fonte: A Tribuna-MT
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