O asfalto dentro da Ilha do Bananal ligaria o MT e o TO com um trecho de apenas 89 quilômetros de ex
Foto por: Agência da Notícia
A previsão da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) é que Mato Grosso colha no próximo ano aproximadamente 38 milhões de toneladas de grãos. Quantidade superior ao que é produzido simultaneamente pelas regiões Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil.
E por enquanto, o que sair das lavouras principalmente do Nortão, seguirá com um destino definido, a exportação através dos portos ao sul. E para chegar lá, o caminho é um só, a BR 163.
Isso porque outras vias de escoamento seguem abandonadas, como os casos das BR 158 e BR 242, na região do Norte Araguaia, e que poderiam diminuir a distância da lavoura aos portos pela metade.
Cortando o Brasil de Leste a Oeste, a BR 242 nasce no município de Maragogipe, na Bahia, e depois de 2695 quilômetros chega a Sorriso, no Mato Grosso, considerada a capital nacional do agronegócio.
Mas no meio do caminho tem uma ilha. A maior de água doce do mundo, com cerca de 89 quilômetros de extensão, conhecida como Ilha do Bananal.
Localizada na divisa de Tocantins com Mato Grosso, é nela que termina o asfalto da rodovia, que segue em estrada de chão por mais 1019 quilômetros até chegar ao médio norte do estado.
Mas se dependesse dos discursos dos governadores de Mato Grosso, Silval Barbosa, e do Tocantins, Siqueira Campos, a estrada de terra irá se transformar no mais novo corredor do agronegócio entre os dois estados.
Em 2011 eles assinaram em São Félix do Araguaia, um acordo solicitando a presidente Dilma Roussef (PT), a estadualização da rodovia e definindo as responsabilidades de cada Estado na conclusão das obras da BR-242, que passaria a se chamar Transbananal. Até hoje o projeto não saiu do papel.
A BR 242 encontra com a BR 158 em Alto Boa Vista. O entroncamento, onde moravam cerca de sete mil famílias, foi centro da resistência de posseiros e produtores quanto à desocupação da antiga fazenda Suiá Missú. Área de 166 mil hectares demarcadas pela justiça como reserva indígena Xavante.
A disputa judicial, que depois de 20 anos acabou em dezembro de 2012 com a devolução das terras aos índios, era a justificativa para que o rodovia que corta o país do sul ao norte, continuasse com as obras de pavimentação asfáltica paradas na região.
Mais um ano depois do cumprimento da sentença, as máquinas das empreiteiras ainda não voltaram a trabalhar. Restam concluir 290 quilômetros de trecho ainda sem pavimentação.
Fonte: Agência da Notícia com Redação
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