José Wilson Siqueira Campos, fundador do Tocantins, onde é governador pela quarta vez, aos 85 anos de idade é um dos políticos mais velhos e atuantes do País. Esbanjando vitalidade e em franca atividade, "Siquerido," apelido carinhoso que recebeu do povo tocantinense, demonstra sua vigorosa saúde e seu brilhante perfil de homem público ao lançar o arrojado projeto de construção da TO-500, travessia da Ilha do Bananal, também chamada de Transbananal. Esta rodovia unirá o Brasil leste-oeste permitindo a efetivação da logística nacional para o transporte de cargas e ainda, a imediata integração socioeconômica entre os estados de Tocantins e Mato Grosso. Visionário e estadista, Siqueira Campos atravessou o século XX de forma mitológica com os seus feitos equiparando-se as realizações impossíveis dos heróis da antiguidade. Quebrando paradigmas históricos ele transformou uma das regiões mais pobres do Brasil, o vasto e abandonado território do norte goiano em um manancial de oportunidades e prosperidade hoje, chamado de Tocantins. Um estado criado com suor, lagrimas e inúmeras batalhas!
Agora, de forma surpreendente, ele anuncia a construção da rodovia Transbananal, a TO-500, obra de engenharia monumental e redentora da geopolítica brasileira. A BR-242, projetada no governo do ex-presidente JK, parte do litoral baiano, atravessa o Tocantins e entre os municípios de Formoso do Araguaia - TO e São Félix do Araguaia - MT, o seu trajeto cruza a Ilha do Bananal, seguindo para Alto Boa Vista - MT, onde, no distrito de Estrela do Araguaia (Posto da Mata) se interpõem com a BR-158, no sentido Ribeirão Cascalheira - MT, bifurcando em seguida para Querência, até chegar em Sorriso, onde conecta-se a BR-163. A conclusão desse traçado transversal permitirá a efetivação da logística para o transporte intermodal ( Hidrovia e Ferrovia) e um desenvolvimento socioeconômico sem precedentes em sua área de abrangência, constituindo ainda, no primeiro e mais importante eixo de integração nacional no sentido Leste - Oeste.
O arrojado projeto da TO-500 (Transbananal), sob a coordenação do engenheiro José Mazzaro, que obstinadamente trabalha para a racionalização da malha rodoviária brasileira, possibilitará uma significativa redução no custo de transporte (aproximadamente 30% por tonelada), diminuindo a distância em direção aos portos de exportação (Ilha do Conde em Belém - PA e Porto de Itaqui, São Luíz-MA com transbordo na Ferrovia Norte-Sul, em Gurupi-TO, ou pela BR-242 até ao Porto de Aratu, na Bahia), fator que irá conferir competitividade mercantil na produção e no abastecimento estratégico das duas maiores fronteiras agrícolas do País, situadas no médio norte mato-grossense e na região do vale do Araguaia. A travessia de 84 km no interior da Ilha do Bananal, tida como a maior ilha fluvial do mundo esta orçada em torno de 1,3 bilhões, incluindo a construção de uma ponte estaiada sob o rio Araguaia. A implantação da TO-500, interligando a BR-242 e o Brasil leste - oeste, representa uma batalha homérica e mais um dos tantos desafios enfrentados por este nordestino migrante, ex-gabiru e boia-fria, transmutado em super-herói do progresso e do desenvolvimento nacional.
Enfrentando a fúria insana dos ongueiros e de monstros desumanizados que insistem em manter o Brasil na pré-história, o guerreiro, Siqueira Campos, pai mítico do Estado do Tocantins e construtor da linda Palmas,, segue em frente confiante e cheio de entusiasmo com o seu plano de fazer a travessia da Ilha, buscando os apoios necessários para concluir a odisseia integracionista da grande nação brasileira, iniciada por Getúlio Vargas e JK. Políticos, juristas, técnicos, cientistas e empresários, a nação inteira e principalmente, os nossos concorrentes de commodities internacionais, estão de olho na TO-500, até os habitantes nativos da Ilha do Bananal, Carajás e Javaés, já deram o aval a este audacioso projeto. Sabiamente, eles entenderam que se continuarem no isolamento e no regime do apartheid étnico - social e cultural, condição de vida imposta pelos falsos indigenistas e ambientalistas, estarão simplesmente fadados a continuarem alimentando a corja de vampiros caniballis e suas contas bancárias recheadas de dólares e euros doados em nome do proselitismo da “preservação cultural e da sustentabilidade ambiental. A participação social e econômica da comunidade Karajá e Javaé no programa inteligente do projeto TO-500, é a oportunidade para que eles possam se livrar do confinamento sub-humano que foram subjugados ao longo dos anos. Seguramente, o trabalho advindo do ecoturismo e o pedágio sob a TO-500, irá garantir-lhes uma fonte de renda permanente com capacidade de melhorar significativamente a qualidade de vida de toda a população da Ilha. Se querido, Siqueira Campos é, pode não ser unanimidade, mas Ele é na atualidade, o único político brasileiro da estirpe dos grandes estadistas.
Por Kalixto Guimarães/Correspondente do Araguaia
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