Congresso em SP debate de 13 a 15 de junho a ciência levada da bancada de pesquisa para o leito do paciente com câncer
As equipes clínicas têm as perguntas relevantes ao tratamento dos pacientes e trabalham com a pesquisa básica na obtenção das respostas. Desta forma é que se constitui a Medicina Translacional, fundamental, no caso da Oncologia, para definir os mecanismos por trás de cada subtipo de câncer e, desta forma, traçar os perfis da doença e oferecer, a cada paciente, um tratamento eficaz e individualizado. Este será o foco do Next Frontiers to Cure Cancer, evento promovido pelo Hospital A.C.Camargo e que reunirá mais de 100 palestrantes de instituições brasileiras e internacionais como M.D.Anderson, Memorial Sloan-Kettering, McGill, dentre outras
Levar o conhecimento adquirido na bancada de pesquisa para a prática médica. Esta é a Medicina Translacional, o ponto central do principal evento de 2013 no país sobre avanços em ciência, prevenção, diagnóstico por imagem e molecular, cirurgia, quimioterapia, radioterapia e reabilitação do câncer. Trata-se do Next Frontiers to Cure Cancer, que acontece de 13 a 15 de junho de 2013 no Hotel Renaissance, em São Paulo. A programação está disponível em www.accamargo.org.br/evento-detalhe/next-frontiers-to-cure-cancer/82
Dividido em módulos voltados para discutir, individualmente, os tumores de mama, próstata, intestino, reto, rim, pulmão, melanoma, glioblastoma, dentre outros, o evento terá ao todo 90 horas/aula programadas para acontecer em quatro salas. Além de especialistas de todas as regiões do Brasil, estão confirmados palestrantes de outros cinco países. Os Estados Unidos serão representados pelo M.D.Anderson Cancer Center, Memorial Sloan-Kettering, e UT Southwestern Medical Center. Do seu vizinho, Canadá, pesquisadores da University Health Network, The Hospital for Sick Children, Princess Margaret Hospital e McGill University. Os demais participantes são University of Paris Descartes (França), National Cancer Center Research Institute (Japão), University of Modena and Reggio Emilia e European Institute of Oncology (Itália). A expectativa é a de atrair um público de 500 pessoas.
Grandes nomes da Oncologia mundial – Ao longo dos três dias de evento a cidade de São Paulo será a capital mundial dos debates sobre câncer. Com um time seleto composto por especialistas em ciência básica, cirurgiões, oncologistas clínicos, radioterapeutas e profissionais de outras áreas envolvidas no suporte interdisciplinar ao paciente, o Next Frontiers to Cure Cancer reunirá mais de uma dezena de palestrantes internacionais.
Clifford Hudis, diretor do Serviço de Câncer de Mama do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, de Nova Iorque, será um dos destaques do primeiro dos três dias de evento. Hudis abordará os processos inflamatórios relacionados com a obesidade que podem levar ao desenvolvimento de tumores mamários. Em artigo publicado em abril/2013 na revista científica Cancer Prevention Research, Clifford Hudis e demais autores avaliam os níveis de PGE-M, um biomarcador da inflamação que é resultado da associação entre obesidade e envelhecimento tendo relação com desenvolvimento de metástases no pulmão de pacientes com câncer de mama. O tema será trazido por Hudis em aula no dia 13, às 10 horas. No mesmo dia, o especialista estará à frente de Conferência de 45 minutos sobre o papel do desenvolvimento da biologia tumoral nas terapias sistêmicas a partir das 11h45.
Eduardo Franco, cientista brasileiro que é um dos principais nomes do mundo em epidemiologia do câncer ministrará às 11h45 do segundo dia de evento a conferência sobre a tirania da medicina baseada em evidência. Professor do Departamento de Oncologia, Epidemiologia e Bioestatística da McGill University, no Canadá, Eduardo Franco lidera pesquisas na área há 28 anos, focando em temas como epidemiologia molecular, prevenção de câncer de colo do útero, associação de vírus HPV com doenças, câncer de estômago e esôfago, próstata, endométrio, tumores na infância. É referência também em estudos sobre estratégias de rastreamento de câncer.
Natasha Leighl, pesquisadora do setor de Ensaios Clínicos da University Health Network, do Canadá, será o destaque internacional do Módulo sobre Câncer de Pulmão. Em um de seus trabalhos mais recentes, da edição de maio/2013 do Journal of Thoracic Oncology - www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23524403 - Natasha e outros três pesquisadores da instituição
canadense analisaram o possível papel como marcador prognóstico e preditivo das mutações KRAS em câncer de pulmão de células não-pequenas. Segundo os autores, que fizeram uma pesquisa extensiva do oncogene KRAS, há questões ainda a serem elucidadas. O trabalho aponta que há indicativos de que o KRAS mutado, por ser preditivo de falta de resposta à quimioterapia, poderia identificar quais pacientes não seriam beneficiados pelo tratamento com as drogas atuais, no entanto, seriam necessárias mais evidências. Em duas aulas na quinta, 13, Natasha focará em câncer de pulmão de células não-pequenas, enfatizando as abordagens personalizadas aos pacientes idosos e como avaliar o real impacto em sobrevida para os casos diagnósticos em estágio avançado.
Raphael Pollock, cirurgião oncologista do M.D.Anderson Cancer Center, é nome referendado mundialmente quando se fala em tumores desmóides. Com importantes trabalhos produzidos sobre a doença, sendo o mais recente deles publicado em 2012 na renomada Histology and Histopathology - www.hh.um.es/Abstracts/Vol_27/27_5/27_5_641.htm, - Pollock abrirá o Módulo de Sarcomas e Tumores Ósseos em 13 de junho com aula na qual abordará o presente e a novas perspectivas terapêuticas para a doença. Em seu artigo na Histology and Histopathology, Raphael Pollock busca diferenciar os tumores desmóides por meio de um melhor entendimento da história natural da doença. Ao todo, 44 pacientes participaram do estudo, tendo, por sua vez, apresentado marcadores importantes como positividade para proteína ciclina D1, alta expressão do gene p53, da enzina COX2, dentre outros. A maioria dos tumores desmóides é esporádica, porém alguns são associados à polipose adenomatosa familiar, uma doença hereditária que se caracteriza pelo aparecimento de inúmeros pólipos no intestino grosso e que se não tratados levam ao aparecimento de câncer em 100% dos casos.
Patrizia Paterlini-Bréchot, cientista italiana e Professora de Biologia Celular e Oncologia na Université Paris Descartes na França. Patrizia será um dos destaques do último de três dias de evento, quando falará sobre células tumorais circulantes como indicadores de metástase. Ela reúne trabalhos clássicos em oncologia, um deles de 1994, quando demonstrou o impacto clínico de um novo marcador de proliferação celular, a ciclina A. A sua atividade é centrada no isolamento e estudo de células tumorais circulantes e seu papel como marcadoras da ausência de resposta a tratamento ou da recidiva de tumores.
George Chang, cirurgião oncologista e diretor do setor de Cirurgia Oncológica e Novas Tecnologias Minimamente Invasivas do M.D.Anderson Cancer Center reúne uma das maiores casuísticas do mundo em cirurgia robótica. Em um de seus mais recentes artigos, publicado em 2012 - www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22228169 - Chang aponta algumas vantagens técnicas da cirurgia robótica para câncer retal. Neste que é um estudo de corte prospectivo consecutivo observacional de pacientes submetidos à cirurgia robótica de janeiro de 2009 a março de 2011 ele observou que o procedimento maximiza a aplicabilidade terapêutica, ou seja, permite que mais profissionais sejam habilitados a tratar a doença. Segundo o autor, os principais fatores positivos são a tridimensionalidade da câmera, instrumentação articulada, três braços de trabalho e a interface computadorizada. Em linhas gerais, trabalhos liderados por Chang, afirmam que há diferentes áreas em que a operação pode ser muito difícil de fazer por via laparoscópica e pode se tornar mais fácil fazer com o robô como, o cirurgião exemplifica, quando o paciente tem pélvis estreitas ou com doença distal (mais afastada do centro e de difícil acesso cirúrgico). Em sua aula, George Chang também apontará os fatores que, por sua vez, limitam a indicação da cirurgia robótica, dentre eles a necessidade de avaliar por um prazo maior as vantagens oferecidas pelo procedimento.
Jaffer Ajani, oncologista clínico com mais de 400 artigos de alto impacto sobre tumores do aparelho digestivo será um dos destaques do Módulo voltado à discussão de câncer de estômago, esôfago, pâncreas, fígado e GIST. Ajani é diretor de Oncologia do Aparelho Digestivo do M.D. Anderson e coordenador do National Comprehensive Cancer Network (NCCN), uma aliança de 21 centros de câncer dos Estados Unidos que publica diretrizes baseadas em evidências científicas - seguidas em todo o mundo - sobre rastreamento, tratamento e acompanhamento oncológico. Ajani publicou mais de 15 trabalhos no último ano e, dentre os mais relevantes, está o artigo publicado no periódico PloS One, no qual o pesquisador identifica marcadores biomoleculares de prognóstico para câncer de esôfago por meio de análise de transcriptoma (expressão dos genes) tumoral. O artigo está disponível em www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2994829/pdf/pone.0015074.pdf
Jeffrey Myers, Professor do Departamento de Cabeça e Pescoço do M.D.Anderson Cancer Center, ministrará uma Conferência em 14 de junho às 11h45 sobre alterações genômicas associadas aos tumores de Cabeça e pescoço e como tratá-las. No dia 15 às 11 horas fala sobre o tratamento de tumores com mutações na proteína p53.
Renata Pasqualini e Wadih Arap – oncologistas brasileiros que juntos dirigem um laboratório de genômica no M.D.Anderson. Eles serão dois dos destaques do módulo Genômica e Proteômica como ferramenta para entendimento do Câncer, que acontecerá no dia 14 das 8 às 11h30. Um dos focos deles, a relação entre obesidade e câncer. Em um de seus trabalhos de alto impacto, publicado na Science - http://stm.sciencemag.org/content/4/131/131lr2.short. Neste estudo, Arap e Pasqualini aplicaram diariamente injeções de uma droga chamada adipotide em macacos obesos durante 28 dias. Após a indução, macacos perderam em média 11% de peso. Testes clínicos com humanos foram iniciados com indivíduos obesos com câncer de próstata.
Dentre os convidados internacionais destaque também para o diretor de Diagnóstico por Imagem Molecular do M.D.Anderson, Vikas Kundra; o Professor do Departamento de Ginecologia Oncológica e Medicina Reprodutiva do M.D.Anderson, Robert Coleman; o Professor do Departamento de Radiologia Oncológica, Kie Kian Ang; o Professor de Ciências Médicas e onco-hematologista no The Hospital for Sick Children, Uri Tabori; o coordenador de Desenvolvimento Biológico do UT Southwestern Medical Center, Luis Parada; o diretor da Divisão de Epigenômica do National Cancer Center Research Institute, no Japão, Toshikzu Ushijima; o Professor do Departamento de Dermatologia da University of Modena, na Itália, Giovanni Pellacani; e o psico-oncologista e pesquisador sobre cuidados paliativos e estudo comportamental da University Health Network, do Canadá, Gary Rodin.
O evento é coordenado por uma Comissão Científica formada por Vilma Regina Martins, diretora do Centro de Pesquisa do A.C.Camargo; Marcello Ferretti Fanelli, diretor de Oncologia Clínica; Fernando Augusto Soares, diretor da Anatomia Patológica e da pós-graduação; Luiz Paulo Kowalski, diretor do Núcleo de Cabeça e Pescoço; Glauco Baiocchi Neto, diretor de Ginecologia Oncológica e também da oncologista clínica Solange Moraes Sanches e do pesquisador Rafael Malagolli.
SERVIÇO
Next Frontiers to Cure Cancer - Integrating Science and Patient Care
Realização: Hospital A.C.Camargo
Data: 13 a 15 de junho de 2013
Local: Hotel Renaissance, Alameda Santos, 2233, São Paulo - SP
Cobertura de imprensa: moura@comunique.srv.br
Sobre o Hospital A.C.Camargo - Instituição privada sem fins lucrativos criada em 1953 por Antônio e Carmen Prudente, o Hospital A.C.Camargo é um dos maiores centros mundiais de tratamento, ensino e pesquisa em câncer. De forma integrada e multidisciplinar, atua na prevenção, diagnóstico e tratamento ambulatorial e cirúrgico dos mais de 800 tipos de câncer identificados pela Medicina, divididos em mais de 40 especialidades. A cada ano atende cerca de 15 mil novos pacientes de diversas partes do país e exterior.. Seu corpo clínico é composto por uma equipe de mais de 500 especialistas, a maior parte com mestrado e doutorado. A dedicação e interação destes profissionais em atividades interdisciplinares resulta em um tratamento com melhores índices de sucesso, só comparáveis aos observados nos maiores centros oncológicos do mundo.
Em 2012, o Hospital A.C.Camargo conquistou a Certificação Internacional pelo Canadian Council for Health Services Accreditation (CCHSA). No mesmo ano também conquistou alguns reconhecimentos importantes: foi apontado pela edição 500 Melhores Empresas da revista Istoé Dinheiro como uma das melhores em Saúde pelo quarto ano consecutivo. Pelo Anuário 360º Época Negócios foi a melhor empresa do Brasil no setor de Saúde. Pelo Anuário Valor 1000 figurou como a 1ª. no ranking de serviços médicos e foi eleito pela quarta vez uma das melhores empresas para Você trabalhar do Guia Você S/A Exame.
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