por Rodrigo Vargas
O advogado Luiz Alfredo Seresin de Abreu, que representa a Associação dos Produtores Rurais da Área Suiá-Missú, diz não ter dúvidas de que a desintrusão será cassada antes de ser colocada em prática.
“E, se não for cassada, também não irá ocorrer porque é impraticável e a Funai sabe que não tem como cumprir. Para onde vão levar todas aquelas pessoas? O que farão com as 300 mil cabeças de gado? Essa história é um absurdo do início ao fim”, afirma o advogado.
Segundo ele, uma desocupação nos moldes defendidos pela Funai não se compara à realizada em Raposa Serra do Sol, em Roraima. “Ali eram 26 fazendas. Neste caso, estamos falando de esvaziar uma cidade. Será uma calamidade pública”.
Abreu, no entanto, diz acreditar que os recursos encaminhados ao STJ e ao STF darão resultado antes do prazo determinado pela Justiça Federal. “Os juízes de 1ª instância são mais influenciáveis pela mídia. Nos tribunais superiores, a verdade será restabelecida”.
A verdade, segundo o advogado, consta de um mapa supostamente produzido pela Funai e que indicaria a exata localização das áreas xavante na região - longe da área demarcada. “O mapa é indiscutível e não foi impugnado pela Funai e o MPF. O processo é uma fraude e nós não temos como perder no Supremo.”
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