Presidente do PT descarta acordo para evitar CPI de Cachoeira
O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou nesta terça-feira (10) que o partido não fará acordo com a oposição para evitar a instalação de uma CPI sobre o envolvimento de políticos com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Rui Falcão defende que CPI apure envolvimento de governistas e oposicionistas com Cachoeira
Ele defendeu que a comissão também apure a ligação de um acusado de integrar a quadrilha com o petista Olavo Noleto, subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais.
Segundo o jornal "O Globo", Noleto avisou à ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) que manteve diálogos com Wladimir Garcez, apontado pela Polícia Federal como o número dois de Cachoeira.
"O que eu vi no jornal foi que houve um telefonema do Wladimir Garcez para o Noleto. Mas ainda que qualquer pessoa do PT possa ter telefonemas, ligações e tal, nós queremos ver tudo apurado. Até para que não pesem suspeitas indevidas sobre gente do PT", disse Rui Falcão.
De acordo com o dirigente, não haverá acordo "de maneira nenhuma" para poupar petistas. Questionado sobre as menções no inquérito a um ex-assessor do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), Falcão respondeu que também há suspeitas sobre auxiliares do governador de Goiás, Marconi Perilo (PSDB).
DEMÓSTENES
Rui Falcão afirmou que a eventual anulação das provas contra o senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM) não impedirá a abertura de um processo para cassar seu mandato.
A defesa de Demóstenes sustenta que ele tem foro privilegiado e só poderia ser alvo de escutas com autorização prévia do STF (Supremo Tribunal Federal).
"A consideração das gravações como eventual prova ilegítima não impede o processo político no Congresso", disse o presidente do PT.
Falcão defendeu a instalação de uma CPI mista, integrada por deputados e senadores, para facilitar a investigação das suspeitas sobre Demóstenes.
Fonte: Agência de Notícias
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