sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

PP tenta se reerguer este ano, após debandada em 2011

Por RENATA NEVES
Apesar de ter registrado grande esvaziamento em seus quadros após a criação do Partido Social Democrático (PSD), o Partido Progressista (PP) espera conseguir bons resultados nas eleições de 2012. O pleito será a oportunidade para recuperar ao menos parte dos 14 prefeitos que perdeu para a nova agremiação.
Antes da criação do PSD, o PP possuía 23 prefeitos. Agora, conta com apenas nove. A sigla foi a mais prejudicada porque o movimento de criação do PSD foi encabeçado pelo ex-progressista e presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, um dos políticos mais influentes do Estado.
Primeiro-secretário do diretório estadual do PP, o deputado estadual Ezequiel Fonseca aposta que o partido conseguirá se restabelecer após as eleições municipais. O otimismo é motivado principalmente pelo fato de muitos dos prefeitos que migraram para o PSD estarem em seu segundo mandato, e, por isso, impossibilitados de se candidatar novamente. É o caso, por exemplo, dos prefeitos de Araputanga, Pontes e Lacerda, Reserva do Cabaçal e Jauru.
“Além disso, novas lideranças com grande potencial se filiaram à sigla e concorrerão ao pleito com grandes chances de vitória”, salientou.
Até o momento, o partido possui 40 pré-candidatos nos municípios do interior e a expectativa é eleger ao menos 30 prefeitos. Fonseca aposta ainda na composição de alianças inclusive com a indicação de candidatos a vice-prefeito como estratégia para reerguer a legenda.
Em Cuiabá e Várzea Grande o PP não deve lançar candidatura própria. Historicamente, a sigla figura como coadjuvante nos pleitos dos dois maiores municípios e nas duas últimas ocasiões em que tentou protagonizar a disputa amargou resultados desastrosos.
Em Cuiabá, o último candidato progressista foi o atual deputado estadual e apresentador de TV, Walter Rabelo, que também trocou a sigla pelo PSD. O parlamentar ficou em terceiro lugar na disputa, sendo o segundo turno disputado pelo ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) e o empresário Mauro Mendes (PSB).
Em Várzea Grande, o “vexame” ficou por conta do ex-deputado estadual Maksuês Leite (PRB). O ex-progressista abriu mão de sua candidatura na última hora para apoiar o então candidato do Democratas, atual deputado federal Júlio Campos.

Diário de Cuiabá

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