Os trabalhadores da educação de Alto Boa Vista, no Norte Araguaia de
Mato Grosso. estão sofrendo retaliação da Prefeitura desde a suspensão
do movimento grevista, no dia 21 de novembro. A greve durou 38 dias. As
represálias vão desde o corte de ponto à portaria que designa mudança de
cargo. A denuncia foi feita pela presidente da subsede dos
Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Elione José
da Costa.
Ela disse que está inconformada com a política exercida pelo prefeito Wanderley Perin. “Sabemos que a ditadura militar acabou há décadas em nosso país, mas em Alto Boa Vista está ocorrendo barbaridades”, desabafou a sindicalista. ”Querem nos calar. Não fizemos nada de errado, apenas lutamos pelos nossos direitos que estão garantidos na Constituição Federal”, afirmou a presidente da subsede.
Ela disse que está inconformada com a política exercida pelo prefeito Wanderley Perin. “Sabemos que a ditadura militar acabou há décadas em nosso país, mas em Alto Boa Vista está ocorrendo barbaridades”, desabafou a sindicalista. ”Querem nos calar. Não fizemos nada de errado, apenas lutamos pelos nossos direitos que estão garantidos na Constituição Federal”, afirmou a presidente da subsede.
A vice-presidente da subsede de Alto Boa Vista, Almiria Rosa Francisca
de Souza, é um exemplo das retaliações praticadas pela prefeitura
municipal. Efetivada desde 2007 como agente administrativa, a
sindicalista exerce cargos importantes na área da Educação no município,
dentre eles: a presidência do Conselho Deliberativo da escola - eleita
pela comunidade escolar; e membro suplente do quadro técnico
administrativo do conselho Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb)
da Escola Municipal Betel.
Na assembleia em que foi deliberado o fim da greve, por motivo de
saúde, Almiria Rosa não compareceu, porém a sua ausência foi justificada
com a entrega de um atestado médico válido para o período de uma
semana. Mesmo assim, ao retornar as atividades recebeu uma portaria
comunicando a sua transferência para a Empresa Mato-grossense de
Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), cargo que não condiz
com as suas especializações.
Com esta determinação, a trabalhadora é excluída do quadro educacional e
não poderá ser beneficiada, conforme a Lei 12.014/2009. Graduada em
Letras, Almiria Rosa tem especialização em Gestão Orientação e
Supervisão Educacional. Na última terça-feira (29), a trabalhadora
denunciou o caso ao Ministério Público Estadual (MPE) e espera retomar
as atividades na área da Educação.
Dentre as reivindicações da categoria está a reestruturação do Plano de
Cargos, Carreira e Salário (PCCS), com o enquadramento dos
trabalhadores da educação. De acordo com a presidente da subsede,
“agiram de má fé com a trabalhadora; ignoraram o lado humano” e todos os
investimentos em formação da trabalhadora.
As retaliações continuam. Os trabalhadores da educação já haviam
elaborado um novo calendário de reposição, aprovado pelos pais dos
alunos, pelo Conselho Tutelar e protocolado junto à Promotoria da
comarca de São Felix do Araguaia. Mesmo assim, o prefeito Wanderley
Perin desconsiderou o documento e cortou ponto e salário dos
trabalhadores.
Fonte: 24 Horas News
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