sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Porto Alegre do Norte: Retomada da obra do Hospital Central deve estrear PPPs

Paralisada há duas décadas, a obra da unidade hospitalar pode ser reiniciada com a Parceria Público-privada

As obras do Hospital Central de Cuiabá foram iniciadas na década de 80 e se encontram paralisadas

Por LAURA NABUCO
O deputado federal Pedro Henry (PP), que deve retornar na primeira quinzena de janeiro de 2012 ao comando da Secretaria de Estado de Saúde, pode estrear a Parceria Público-Privadas (PPPs) no âmbito estadual. Com a publicação do decreto regulamentado as PPPs, o parlamentar que firmar a parceria para concluir as obras do Hospital Central de Cuiabá, localizado no Centro Político Administrativo (CPA), paralisadas há mais de duas décadas. Por anos a fio, a construção foi tachada de “elefante branco”.
Pela previsão do parlamentar, se tudo correr normalmente, em maio a licitação da obra deve estar concluída. “A empresa vai fazer a modelagem do projeto e depois isso precisa passar por uma audiência pública. Só então podemos fazer a licitação”, pontua o ex-secretário de Saúde, que deixou o cargo para retomar por alguns dias o seu mandato de deputado federal.
Os próximos empreendimentos que Henry pretende realizar por meio das PPPs é a construção de dois Hospitais Regionais, um em Porto Alegre do Norte, para atender a região do Vale do Araguaia, e outro na região Norte, ainda sem um município definido.
As unidades e a retomadas das obras do Hospital Central, iniciadas na década de 80 e interrompidas devido a indícios de irregularidades na execução do projeto, são tidas com formas de desafogar o sistema de saúde do Estado, em especial o da Capital e de Várzea Grande.
ESTADUALIZAÇÃO
Outra medida que Henry adotou durante o período em que esteve à frente da pasta para solucionar o caos que se tornou a saúde de Mato Grosso foi a estadualização de unidades antes mantidas pelas prefeituras. Porém, a meta do Estado é repassar estes serviços para Organizações Sociais de Saúde (OSSs), a exemplo do que fez no Hospital Metropolitano de Várzea Grande.
O próximo hospital que será transferido aos cuidados do Estado é o municipal de Alta Floresta. “No dia dois vamos tomar posse lá”, anuncia o progressista que, embora ainda não tenha sido reconduzido ao cargo, já responde como secretário.
Na lista das estadualizações estavam também os pronto-socorros de Cuiabá e Várzea Grande. O trâmite, no entanto, parece ter regredido. Enquanto o prefeito da segunda maior cidade do Estado, Tião da Zaeli (PSD), desistiu da transferência depois que a Câmara de Vereadores rejeitou a proposta de implantação de Organizações Sociais de Saúde (OSSs) para administrar as unidades hospitalares, o secretário de Saúde de Cuiabá, Lamartine Godoy, poderá ainda não ter entrado num consenso com o Estado sobre quais seriam as atribuições da prefeitura, no caso do trâmite ser concluído.
Henry, por sua vez, garante estar convencido de que a estadualização é a melhor saída para o problema. Ele cita como exemplo de sucesso os hospitais regionais de Cáceres e Rondonópolis. “Em Cáceres foram realizadas 266 cirurgias. Não tenho dúvidas de que é a melhor saída”, enfatiza.

Diário de Cuiabá

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