Por Marcos Loures
Saudades do que fui, tempo querido,
Que morre em todo dia até o final;
Retrato no meu peito envelhecido,
Até chegar o abraço que é fatal
Daquela que em verdade já tem sido
Uma presença próxima. O sinal
Do fim já pode ser reconhecido;
Quem sabe encontrarei paz, afinal.
Saudades do que nunca tive, enfim,
Estranhas sensações de aborto e morte,
Guardando a triste ausência dentro em mim,
Aprofundando o vago e velho corte,
Do nada que criei e que perdi,
Saudades do que nunca conheci..
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