O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Leonardo Vilela, comentou no último Fórum Ambiental do Fica sobre o lixo radioativo vir de Angra para Goiás. Ele citou o presidente da EletroNuclear que foi taxativo ao dizer que o Brasil precisa de um depósito definitivo para receber rejeitos radioativos e então, citaram o Parque Telma Ortegal, em Abadia de Goiás. “Esta proposta causou uma péssima sensação nos goianos, que sentiram novamente o medo de serem discriminados no Brasil por questões nucleares”.
O secretário ainda explicou que Goiás não pode receber os rejeitos radioativos de Angra dos Reis, porque a Constituição goiana proíbe o uso e armazenamento de materiais com média a alta radioatividades e a população goiana é unânime ao dizer que não quer esse lixo em seu quintal. “É uma posição de Governo: Goiás não aceita lixo nuclear”, destaca.
Além disso, o parque não foi construído para receber um volume de material radioativo maior do que ele já guarda. Ampliar o depósito pode comprometer a segurança do local. De acordo com Vilela, os países têm gastado bilhões de dólares em depósitos definitivos e não têm a garantia de que são totalmente seguros. Ele ressalta que o Brasil deve abrir os olhos para seu modelo energético. “Se a Alemanha, que tem 35% de toda sua matriz energética com base na energia nuclear e anuncia que vai zerar a produção de suas usinas, o Brasil pode facilmente abandonar projetos nucleares”, afirma.
O encontro, que teve como tema Energia nuclear: Fukushima, Angra dos Reis e o Césio 137 em Goiás, aconteceu na manhã de ontem no último dia do Fica. Contou como os debatedores Fernando Gabeira e Leonardo Vilela e como mediador o coordenador Ambiental, Emiliano Godoy. O público presente no Teatro São Joaquim também participou do debate.
Mais informações: (62) 3201-5196
Fonte do rss
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