sábado, 22 de maio de 2010

E Tome-lhe Cana!

Por Ivaldo Lúcio

Nunca em momento algum em Mato Grosso tanta gente foi presa em tão pouco tempo. Vale acrescentar que desta feita as pessoas envolvidas em algum tipo de delito não são meros vagabundos, a exemplo de batedores de carteira, ventanistas, ridículos ladrõezinhos de corretinhas em pontos de ônibus, ou gatunos de roupa usadas penduradas em varais, as pessoas detidas são todas gente de classe, pessoas que se imaginavam viverem num patamar  acima do bem e do mal.

O que pode estar acontecendo para que tanta gente importante, repentinamente se envolva com esquema de ilegalidade e não se preocupem e jogar o nome na berlinda como se nada estivesse acontecendo?

Não é estranho que pessoas importantes do ponto de vista social, gente que necessariamente não precisariam se envolver em esquema ilegal, de repente tenha suas vidas devassadas, e sejam obrigadas a acompanhar policiais que de posse de um mandado de prisão, lhe enfia na porta malas de uma viatura da policia e lhe entrega na superintendência da Policia Federal, onde vai ter que contar estórias que não imaginavam ser possível vir á tona.

Só uma explicação poderá justificar o desequilíbrio moral de tantas pessoas que nos últimos tempos estão sendo presas por esse ou aquele motivo. Existe um adágio popular que assegura que a “medida do ter nunca enche”. Só pode ser ansiedade de conseguir em pouco tempo angariar fortuna que em outras circunstancias levaria anos para se aquinhoar. O que se questiona é o seguinte: Vale apena jogar o nome no lixo, o prestigio que já tem no esgoto, e o mais importante de tudo, trocar a liberdade de que desfruta por um punhado de dinheiro?

Dinheiro f4ruto de rapinagem, que por isso mesmo pode vir a perder, na eventualidade da justiça resolver expropriar, já que a forma usada para adquirir foi ilegal.

Na nossa simplista concepção trocar a liberdade pela prisão é sem duvida um péssimo negocio. Mas pelo que temos visto nos últimos tempos, muita gente não pensa assim. E para esses só resta dizer tome-lhe cana.  Pois não é?

LUCIO Dia e Noite

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