Valdemir Roberto
Partidos que formam a chamada “Terceira Força” se reúnem nesta terça-feira em Cuiabá, na sede do PDT, para dar continuidade a discussão da formação de um projeto alternativo para as eleições de 2010. Seria uma reunião absolutamente normal não fosse um detalhe: a poeira de desconfianças que pairam sobre as reais intenções do Partido Socialista Brasileiro (PSB). “Até que ponto o PSB vai estar conosco é um dos temas que vão ser amplamente discutidos” – adiantou um interlocutor partidário. A reunião desta terça terá a presença do empresário Mauro Mendes, do PSB.
Mendes é tido como o principal trunfo neste momento da “terceira força” para ser o candidato ao Governo do Estado em 2010 e consequentemente puxar as demais siglas para um desempenho mais satisfatório nas urnas. Porém, o que preocupa os partidos que integram a “força” é justamente o grau de comprometimento do empresário – e do próprio PSB. Especialmente quanto ao Governo do Estado.
O fato de Mendes ter deixado o Partido da República e se filiado ao PSB para ser alternativa, mas ter buscado um diálogo com Silval Barbosa, vice governador e principal nome do Governo para as eleições de 2010, tornaram sua situação política um tanto quanto controvertida. Na época, Mendes conversou com Barbosa e chegou a admitir a possibilidade de apoiá-lo na eleição do ano que vem. Resta agora a dúvida.
O PSB ainda mantém discussões no outro lado da linha, segundo esse interlocutor. Precisamente, com o prefeito Wilson Santos, do PSDB, também candidato ao Governo. Os socialistas teriam discutido a hipótese de formação de aliança com o tucano, embora hoje se possa afiançar a existência de um grau de possibilidade menor, já que Mendes e Santos são apontados como inimigos políticos desde a eleição de prefeito, no ano passado, quando os dois foram para o segundo turno e houve duras trocas de acusações.
Nesse encontro participam nove legendas. Segundo nota distribuída pela assessoria do PSB, o deputado federal Valtenir Pereira, disse que as discussões envolvem propostas para o desenvolvimento sócio-econômico-social e em breve haverão debates abertos e seminários com lideranças, militantes, simpatizantes e filiados dos partidos para que se possa elaborar um plano de trabalho participativo. “Um partido significa uma parte da população, por isso é importante que haja esse debate com a sociedade. Ao ser eleito representante do povo, devemos manter as portas abertas para cada vez mais estar próximo das necessidades de cada cidade, de cada região e encontrar a melhor forma de unir forças para atender essa demanda”, disse o deputado.
24 Horas News
Selzy Quinta
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